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Química Experimental Dez 2012

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO 
Química Experimental 
Bacharelado em Ciências Biológicas 
 
Ester Ribeiro Gouveia 
Dez_2012 
 
 
 
Apostila utilizada na disciplina de Química Experimental (AT 278), do Curso de Ciências 
Biológicas (modalidade Bacharelado). 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
Apresentação da disciplina 3 
Procedimento de trabalho no laboratório 3 
Algarismos significativos 5 
Principais materiais e equipamentos de 
laboratório 
6 
Precisão e exatidão 9 
Trabalhando com um editor gráfico 10 
Medidas de volumes 10 
Medidas de massas 11 
Técnicas de filtração 12 
Preparação de soluções e diluição 13 
Tampões 16 
Volumetria 17 
Espectrofotometria 19 
Bibliografia 21 
 
 
 
 
 
3 
 
 
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 
 
 
A carga horária semanal desta disciplina é de duas horas, estando a mesma baseada 
principalmente em atividades práticas. O número máximo de faltas é igual a sete, e isso implica 
que cada aluno só poderá faltar até três dias durante o semestre. 
Nas aulas práticas, de acordo com o cronograma distribuído no início de cada semestre, os 
experimentos serão realizados conforme procedimento descrito nesta apostila. 
Em cada aula, haverá a distribuição de exercícios, os quais deverão ser resolvidos entregues 
no dia de cada uma das duas avaliações escritas, que serão realizadas durante o semestre. Além 
destas avaliações e dos exercícios, o aluno deverá entregar um relatório de algumas aulas 
práticas, no final do semestre. 
Cada avaliação escrita valerá nove pontos e o conjunto de exercícios, um ponto. O 
relatório valerá 10 pontos. 
O uso de caderno de laboratório, jaleco, sapatos fechados e calculadora são obrigatórios 
em todas as aulas. 
 
 
2. PROCEDIMENTO DE TRABALHO NO LABORATÓRIO 
 
 
2.1 Regras básicas 
 
 O trabalho num laboratório químico só é efetivo quando realizado conscientemente e 
com compreensão da sua teoria. Além disso, toda atividade experimental requer que o 
experimentador SEJA CUIDADOSO E ESTEJA ATENTO. Mesmo um experimento 
aparentemente inofensivo, pode resultar em conseqüências sérias quando planejado de 
maneira imprópria. 
 
 Todo grupo terá um LUGAR NO LABORATÓRIO (BANCADA), QUE DEVERÁ 
SER MANTIDO LIMPO E ARRUMADO. Somente os materiais necessários ao experimento 
deverão permanecer sobre a bancada. 
 
 O estudante, antes de iniciar o trabalho de laboratório deve: 
 Conhecer todos os detalhes do experimento que irá realizar 
 Ter conhecimento sobre as propriedades das substâncias a serem utilizadas 
 Familiarizar-se com a teoria relativa ao tópico em estudo 
 Ter um protocolo experimental escrito envolvendo todas as atividades a serem 
realizadas. 
 Vestir jaleco e óculos de segurança sempre que trabalhar no laboratório (itens de uso 
pessoal que devem ser providenciados pelo aluno). 
 
2.2 Regras de Segurança 
 
 Realize todo o trabalho com substâncias voláteis na capela 
 Trabalhe longe de chamas quando manusear substâncias inflamáveis 
 Use os óculos protetores de olhos, sempre que estiver no laboratório. 
 Use sempre jaleco de algodão com mangas compridas. 
 Não fume não coma ou beba no laboratório. 
 
 
 
4 
 
 
 Evite trabalhar sozinho, e fora das horas de trabalho convencionais. 
 Não jogue material insolúvel nas pias. Use um frasco de resíduo apropriado. 
 Não trabalhar com material imperfeito, principalmente o de vidro que contenha pontas ou 
arestas cortantes. 
 Fechar com cuidado as torneiras de gás, evitando o seu escapamento. 
 Não provar ou ingerir drogas ou reagentes de laboratório. 
 Não aspirar gases ou vapores. 
 Comunicar imediatamente ao professor qualquer acidente ocorrido. 
 
2.3 Manuseio de Produtos Químicos 
 
 Nunca manusear produtos sem estar usando o equipamento de segurança adequado para 
cada caso. 
 Usar sempre material adequado. Não faça improvisações. 
 Comunicar qualquer acidente ou irregularidade ao professor. 
 Não pipetar, principalmente, líquidos cáusticos ou venenosos com a boca. Use os 
aparelhos apropriados. 
 Não transportar produtos químicos de maneira insegura, principalmente em recipientes de 
vidro e entre aglomerações de pessoas. 
 Ler o rótulo antes de abrir a embalagem. 
 Verificar se a substância é realmente aquela desejada. 
 Abrir as embalagens em área bem ventilada. 
 Tomar cuidado durante a manipulação e uso de substâncias químicas perigosas, utilizando 
métodos que reduzam o risco de inalação, ingestão e contato com pele, olhos e roupas. 
 Fechar hermeticamente a embalagem após a utilização. 
 Evitar a utilização de aparelhos e instrumentos contaminados. 
 Não comer, beber ou fumar enquanto estiver manuseando substâncias químicas. 
 Lavar as mãos e as áreas expostas regularmente. 
 
 
 
 
5 
 
 
 
3. ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS 
 
Todas as medidas de uma propriedade físico-química estão afetadas por uma 
incerteza, chamada em geral erro, desvio ou imprecisão da medida. Por isso, os resultados das 
medidas devem ser expressos de modo que se possa avaliar a precisão com que elas foram 
calculadas. Portanto, o número que representa a medida de uma propriedade não pode ter uma 
quantidade qualquer de algarismos, ele deve conter apenas algarismos que representem 
realmente a precisão com que a medida foi feita, ou seja, todos os algarismos devem ter um 
significado. Introduzimos assim o conceito de algarismos significativos, procurando indicar 
que nem todos os algarismos que aparecem na representação de uma medida ou no resultado 
de uma operação matemática tem significado científico. 
Quando escrevemos 6,41 mL, significa que a imprecisão (a dúvida da medida de 
volume) está no último algarismo "1". É errado escrever que 6,41 mL = 6,410 mL, pois neste 
último caso a dúvida está no milésimo de centímetro e não em centésimo como no primeiro 
caso. 
A situação se complica um pouco se aparecem zeros no início ou no fim do número. 
Os zeros que aparecem no início não são significativos, pois indicam simplesmente a posição 
da vírgula. Assim, 0,003702 e 0,3702 têm o mesmo número de algarismos significativos (4): 
3, 7, 0 e 2. Às vezes (não é sempre), os zeros que aparecem como últimas cifras indicam 
apenas a ordem de grandeza. Por exemplo, 74000 poderia ter apenas dois algarismos 
significativos (7 e 4) e os três zeros indicam o milhar. Ou então, temos de fato cinco 
algarismos significativos: 7, 4, 0, 0 e 0. Para evitar confusões, costuma-se escrever o número 
em potências de 10: 74x10
3
 significa que temos dois algarismos significativos. Se os 
algarismos significativos fossem cinco, dever-se-ia escrever: 74000. O uso de potência de 10 
é indispensável quando tratamos com grandezas muito pequenas ou muito grandes: 
6,022x10
23
, 6,63x10
-34
j.s. etc. Portanto, quando se escreve um número em potência de 10, o 
primeiro fator deve indicar os algarismos significativos e o segundo nos diz de quantos zeros 
se deve deslocar a vírgula. 
Para se saber quantos algarismos significativos existem em um número que expressa a 
medida de uma propriedade, deve-se proceder assim: 
i. O algarismo que fica mais à esquerda, diferente de zero, é o mais 
significativo, 
ii. Se não há vírgula, o algarismo que fica mais à direita, diferente de zero, é o 
algarismo menos significativo, 
iii. Se há vírgula, o último algarismo da direita é o menos significativo, mesmo 
que ele seja zero, 
iv. Todos os algarismos entre o mais e o menos significativo são significativos. 
 
Durante os cálculos, pode-se trabalhar com um algarismo a mais, mas ao se apresentar 
o resultado final, deve-se usar o número corretode algarismos significativos, obedecendo às 
seguintes regras: 
 
-se o algarismo a ser cortado for maior que 5, soma-se 1 ao algarismo anterior, 
-se o algarismo a ser cortado for menor que 5, o algarismo anterior mantém-se inalterado, 
-se o algarismo a ser cortado for igual a 5, soma-se 1 ao anterior se ele for ímpar, mantendo-o 
inalterado se for par. 
 
 
 
 
 
6 
 
 
4. PRINCIPAIS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DE LABORATÓRIO 
 
Objetivo 
Associar o nome de cada material/ equipamento com seu uso específico 
 
 
Fig. 1: Béquer – aquecimento 
de líquidos, dissolução de 
sólidos, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 2: Erlenmeyer – 
aquecimento de líquidos, 
titulação, cultivos de 
microrganismos, etc. 
 
 
 
 
 
Fig. 3: Proveta – medidas 
aproximadas de volumes fixos 
de líquidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 4: Funil comum – 
transferência de líquidos e 
filtração por gravidade. 
 
 
 
 
 
 
Fig. 5: Pipeta 
graduada – medir 
volumes variáveis de 
líquidos. 
 
 
 
 
 
 
Fig. 6: Pipetas 
volumétricas – 
medir volumes fixos 
de líquidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 7 :Tubo de ensaio – 
reações químicas e bioquímicas, 
cultivos de microrganismos. 
 
 
 
Fig. 8: Tela de 
amianto – distribuir 
uniformemente o 
calor em 
aquecimentos. 
 
 
 
Fig. 9: Cadinho de 
porcelana – aquecimento à 
seco (calcinações) no bico 
de Bunsen e mufla. 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
Fig. 10: Bico de Bunsen 
– aquecimentos em 
laboratório. 
 
 
 
 
Fig. 11: Estante para 
tubos de ensaio – 
suporte para tubos de 
ensaio. 
 
 
 
Fig. 12: Tripé de ferro – 
sustentar a tela de 
amianto. 
 
 
 
 
Fig. 13: Funil de 
decantação – separação de 
líquidos imiscíveis 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 14: Placa de Petri – 
fins diversos 
 
 
 
 
Fig. 15: Pisseta – frasco 
lavador 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 16: Dessecador – 
esfriar substâncias em 
ausência de umidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 17: Balão volumétrico 
– preparar e diluir soluções 
 
 
 
 
 
 
Fig. 18: Anel para funil – sustentação 
 
 
 
 
Fig. 19: Garra metálica – 
sustentação 
 
Fig. 20: Suporte universal - 
Fig. 21: Bureta – 
análises volumétricas 
 
 
 
8 
 
 
 
Figura 22. Bomba a vácuo - Utilizado para 
aplicação de vácuo e ar comprimido. Para vácuo, 
tem utilização em evaporadores rotativos, estufas 
a vácuo, dessecadores e filtrações etc 
 
 
Figura 23. Centrífuga - Acelera a sedimentação 
(decantação) de sólidos em suspensão em 
líquidos. 
 
 
 
Figura 24. Estufa bacteriológica - 
Equipamento utilizado para incubação de 
meios de cultura inoculados e 
monitoramento de crescimento 
microbiano. 
 
 
 
 
Figura 25. Estufa de secagem e esterilização - 
Utilizada para secagem e esterilização de material 
e vidrarias em geral. 
 
 
 
Figura 26. Destilador de Água - Utilizado no 
processo de purificação da água. 
 
 
Figura 27. Incubadora refrigerada com agitação 
orbital - Utilizada para incubação de amostras que 
necessitem de agitação orbital e temperatura 
controlada; como meios de cultura para 
crescimento de microrganismos. 
 
 
 
9 
 
 
 
5. PRECISÃO E EXATIDÃO 
 
Precisão 
 
 A precisão descreve a reprodutibilidade 
das medidas, isto é, a proximidade entre os 
resultados que foram obtidos exatamente da 
mesma forma. Geralmente, a precisão de uma 
medida é prontamente determinada simplesmente 
pela repetição da medida em réplicas da amostra. 
Três termos são amplamente empregados para 
descrever a precisão de um conjunto de dados de 
réplicas: desvio padrão, variância e coeficiente de 
variação. Estes três termos são uma função de 
quanto um resultado individual xi difere da média, 
o que é denominado desvio em relação à média, 
di. 
 
 
 
 Observe que os desvios em relação à 
média são calculados desconsiderando-se o sinal. 
 Valores muito próximos entre si indicam 
uma precisão em suas medidas. Para medir a 
precisão pode-se utilizar o cálculo do desvio 
padrão: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Onde: 
 
 s: desvio padrão da amostra 
 x1: primeiro valor medido 
 x2: segundo valor medido 
 xn: último valor medido 
 : valor médio 
 N: número de valores medidos 
 N -1: graus de liberdade. O número de graus 
de liberdade indica o número de resultados 
independentes que fazem parte do cálculo do 
desvio padrão. 
Um desvio padrão pode ser considerado 
grande ou pequeno dependendo da ordem de 
grandeza da variável. Uma maneira de se 
expressar a variabilidade dos dados tirando a 
influência da ordem de grandeza da variável é 
através do coeficiente de variação (CV), definido 
por: 
 
 
 e também conhecido como 
desvio padrão relativo em termos percentuais 
(DPR%) 
O CV é: 
 interpretado como a variabilidade dos 
dados em relação à média. Quanto menor 
o CV mais homogêneo é o conjunto de 
dados. 
 adimensional, isto é, um número puro, que 
será positivo se a média for positiva; será 
zero quando não houver variabilidade 
entre os dados, ou seja, o desvio padrão é 
zero. 
 usualmente expresso em porcentagem, 
indicando o percentual que o desvio 
padrão é menor ou maior do que a média. 
Um CV é considerado baixo (indicando um 
conjunto de dados razoavelmente homogêneo) 
quando for menor ou igual a 25%. Entretanto, esse 
padrão varia de acordo com a aplicação. 
Exatidão 
 
 A exatidão indica a proximidade da medida 
do valor verdadeiro, ou aceito, e é expressa pelo 
erro. A exatidão mede a concordância entre um 
resultado e o valor aceito e a precisão descreve a 
concordância entre os vários resultados obtidos da 
mesma forma. A precisão pode ser determinada 
medindo as réplicas da amostra. A exatidão é com 
freqüência mais difícil de ser determinada porque 
o valor verdadeiro é geralmente desconhecido. A 
exatidão é expressa em termos do erro absoluto ou 
erro relativo. 
 O erro absoluto E, na medida de uma 
quantidade x, é dado pela equação 
 
 
 
 Onde xv é o valor verdadeiro, ou aceito, da 
quantidade. Observe que se mantém o sinal no 
erro absoluto. O sinal negativo indica que o 
resultado experimental é menor que o valor aceito, 
enquanto que o sinal positivo, indica que o 
resultado experimental é maior que o valor aceito. 
 Em geral, o erro relativo é uma quantidade 
mais útil que o erro absoluto. O erro relativo 
percentual é dado pela expressão: 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
 
 
 
 Quanto menor for o erro relativo (ER), mais 
exata é a medida. 
 As análises químicas são afetadas por pelo 
menos dois tipos de erros. Um tipo, chamado erro 
aleatório (ou indeterminado), faz que os dados se 
distribuam de forma mais ou menos simétrica em 
torno do valor médio e afetam a precisão dos 
resultados. Um segundo tipo de erro, denominado 
de erro sistemático (ou determinado), faz que a 
média de um conjunto de dados seja diferente do 
valor aceito. Geralmente, os erros sistemáticos 
presente em uma série de réplicas de medidas 
fazem com que os resultados sejam muito baixos 
ou muito altos. 
 
 
6. TRABALHANDO COM UM EDITOR 
GRÁFICO 
 
 A construção de gráficos e os cálculos de 
precisão e de exatidão serão realizados noprograma Excel. 
 
 
7. MEDIDAS DE VOLUMES 
 
 As medidas de volume aproximadas são 
efetuadas geralmente com provetas graduadas, 
béqueres com escala, enquanto que as medidas 
volumétricas exatas, com aparelhos volumétricos 
(pipetas, balões volumétricos e buretas). 
 A prática de análise volumétrica requer a 
medida de volumes líquidos com elevada 
precisão. Para efetuar tais medidas são 
empregados vários tipos de aparelhos, que podem 
ser classificados em duas categorias: 
a) Aparelhos calibrados para dar escoamento 
a determinados volumes (pipetas e 
buretas); 
b) Aparelhos calibrados para conter um 
volume líquido (balões volumétricos). 
OBS: a leitura de volumes de líquidos claros deve 
ser feita pela parte inferior e a de líquidos escuros 
pela parte superior. 
 
a) Balões volumétricos: 
 
Os balões volumétricos são balões de 
fundo chato e gargalo comprido calibrados para 
conter determinados volumes líquidos. O traço de 
referência marcando o volume pelo qual o balão 
volumétrico foi calibrado é gravado sobre a meia-
altura do gargalo. A distância entre o traço de 
referência e a boca do gargalo deve ser 
relativamente grande para permitir a fácil agitação 
do líquido, quando, depois de completado o 
volume até a marca, se tem de homogeneizar uma 
solução. Assim, o ajustamento do menisco ao 
traço de referência poderá ser feito com maior 
exatidão. 
O traço de referência é gravado sob a 
forma de uma linha circular, de sorte que, por 
ocasião da observação, o plano tangente à 
superfície inferior do menisco tem que coincidir 
com o plano do círculo de referência. Os balões 
volumétricos são construídos para conter volumes 
diversos, os quais são os de 5, 10, 25, 50, 100, 
250, 500, 1000 e 2000 mL. Estes materiais são 
usados na preparação de solução de concentração 
conhecida. 
 
b) Pipetas 
 
 Existem duas espécies de pipetas, 
volumétricas ou de transferência (para dar 
escoamento a um determinado volume líquido) e 
graduadas ou cilíndricas (para livrar volumes 
variáveis de líquidos). 
 As pipetas volumétricas são construídas 
por um tubo de vidro com um bulbo na parte 
central. O traço de referência é gravado na parte 
do tubo acima do bulbo. A extremidade inferior é 
afilada e o orifício deve ser ajustado de modo que 
o escoamento não se processe rápido demais. As 
pipetas volumétricas são construídas com as 
capacidades de 1, 2, 5, 10, 15, 20, 50, 100 e 200 
mL. 
 As pipetas graduadas consistem de um 
tubo de vidro estreito e, geralmente graduadas em 
0,1 mL. São usadas para medir pequenos volumes 
líquidos com elevada exatidão. 
 Para se encher uma pipeta, coloca-se a 
ponta no líquido e faz-se sucção com um 
instrumento apropriado. Deve-se ter o cuidado de 
manter a ponta da pipeta sempre abaixo do nível 
do líquido. Para se escoar os líquidos, deve-se 
colocar a pipeta na posição vertical, com a ponta 
encostada na parede do recipiente que vai receber 
o líquido e aperta-se na indicação da pêra até que 
o líquido escoe totalmente. Não se deve soprar 
 
 
 
11 
 
 
uma pipeta. 
 
c) Buretas 
 
As buretas servem para dar escoamento a 
volumes variáveis de líquidos. São construídas de 
tubo de vidro uniformemente calibrados, 
graduados em 0,1 mL. São providas de 
dispositivos permitindo o fácil controle de 
escoamento. O dispositivo consiste de uma 
torneira de vidro entre o tubo graduado e a ponta 
afilada da bureta ou de uma pinça apertando o 
tubo de borracha ligado, de um lado, ao tubo 
graduado e, de outro, a um tubo de vidro afilado 
que funciona como ponta de bureta. As buretas 
podem ser dispostas em suportes universais 
contendo mufas. 
As buretas de uso mais constante são as de 
50 mL. As que têm torneira de vidro são 
preferidas às de pinça. Estas últimas não podem 
ser usadas no caso de soluções capazes de atacar a 
borracha, como as soluções de permanganato de 
potássio e iodo. Para o uso com soluções que 
possam sofrer o efeito da luz, são recomendadas 
buretas de vidro castanho. 
A ponta da bureta deve ser estreita, para 
que possa sair somente aproximadamente 50 mL 
por minuto, estando a torneira totalmente aberta. 
As buretas são usadas na análise volumétrica, de 
acordo com as seguintes recomendações: 
 
1.A bureta limpa e vazia é fixada a um suporte na 
posição vertical; 
 
2.Antes de usar o reagente, deve-se agitar o frasco 
que o contém, pois não é raro haver na parte 
superior do mesmo, gotas de água condensada; 
 
3.A bureta é lavada duas vezes com porções de 5 
mL do reagente em questão, que são adicionados 
por meio de um funil; cada porção é deixada 
escoar completamente antes da adição da 
seguinte; 
 
4.Enche-se então, a bureta até um pouco acima do 
zero da escala e remove-se o funil; 
 
5.Abre-se a torneira ou afrouxa-se a pinça para 
encher a ponta e expulsar todo o ar e, deixa-se 
escoar o líquido, até que a parte inferior do 
menisco coincida exatamente com a divisão zero. 
 
Material 
 
Béquer de 250 mL 
Erlenmeyer de 250 mL com escala 
Proveta de 100 mL 
Tubos de ensaio 
Estante para tubos de ensaio 
Pipeta volumétrica de 10 mL 
Pipetas graduadas de 10 mL 
Balão volumétrico de 100 mL 
 
Procedimento Experimental - individual 
 
1. Pipetar diferentes volumes (1; 2; 2,5; 3,2 e 
10,0 mL) de água com uma pipeta graduada 
de 10 mL e transferir para diferentes tubos 
de ensaio; 
2. Comparar 10 mL pipetados com a pipeta 
graduada e com a pipeta volumétrica; 
 
3. Medir 100 mL de água numa proveta de 
100 mL e transferir para um balão 
volumétrico de 100 mL. Calcule o erro 
relativo da proveta, considerando o valor 
real volume do balão volumétrico; 
 
4. Repetir o procedimento 3, medindo 100 
mL num béquer de 250 mL e depois num 
frasco de Erlenmeyer de 250 mL; 
 
5. Calcule o erro relativo da proveta, do 
béquer e do Erlenmeyer. 
 
 
8. MEDIDAS DE MASSAS 
 
 As balanças são instrumentos adequados 
para medir massas. O manuseio de uma balança 
requer muito cuidado, pois são instrumentos 
delicados e caros. Quando de sua utilização, 
devem ser observados os seguintes cuidados 
gerais: 
* manter a balança limpa; 
* não colocar os reagentes diretamente 
sobre o prato da balança; 
* os objetos a serem pesados devem estar 
limpos, secos e à temperatura ambiente; 
* a balança deve ser mantida travada 
caso não estiver sendo utilizada; 
 
 
 
12 
 
 
* as balanças analíticas devem estar 
travadas quando da retirada e colocação 
dos objetos a serem pesados; 
* nas balanças analíticas, os objetos 
devem ser colocados e retirados com a 
pinça e não com as mãos; 
* o operador não deve se apoiar na mesa 
em que a balança está colocada. 
 Para o uso da balança, deve-se observar a 
seguinte sequencia: 
*Verifique a capacidade e a precisão da balança; 
*Verifique se o prato está limpo; 
*Destrave a balança; 
*Zere a balança. 
 
Material 
 
5 rolhas de borracha 
Balança analítica 
Balança semi-analítica de 2 casas decimais 
Balança semi-analítica de 3 casas decimais 
Pinça 
 
Procedimento Experimental- individual 
 
1. Escolher qualquer uma das rolhas e pesá-la 
5 vezes em cada uma das três balanças; 
 
2. Determinar a precisão de cada balança a 
partir do cálculo do desvio padrão; 
 
3. Determinar o desvio padrão relativo em 
termos percentuais (ou coeficiente de 
variação) dos dados obtidos em cada 
balança; 
 
4. Calcular os erros absolutos e relativos de 
cada medida obtida nas balanças semi-
analíticas de 2 e de 3 casas decimais,considerando o valor real o obtido na 
balança analítica. 
 
 
9. TÉCNICAS DE FILTRAÇÃO 
 
 Filtração é a operação de separação de um 
sólido, de um fluido no qual está suspenso, pela 
passagem do líquido ou fluido através de um meio 
poroso capaz de reter as partículas sólidas. 
 Numa filtração qualitativa e dependendo 
do caso, o meio poroso poderá ser uma camada de 
algodão, tecido, polpa de fibras quaisquer, que 
não contaminem os materiais, mas o caso mais 
frequente é papel de filtro qualitativo. Para as 
filtrações quantitativas, usa-se geralmente papel 
de filtro quantitativo, ou placas de vidro 
sinterizado. Em qualquer um dos casos há uma 
grande quantidade de porosidade a ser 
selecionada, dependendo da aplicação. 
 Os papéis de filtro para fins quantitativos 
deferem dos qualitativos, principalmente por 
serem quase livres de cinzas (na calcinação). Estes 
papéis existem na forma de discos e apresentam 
várias porosidades: 
1. Faixa preta – textura aberta e mole que 
filtra rapidamente. Usos: precipitados 
grossos e soluções gelatinosas; 
2. Faixa branca – precipitados médios tipo 
sulfato de bário; 
3. Faixa azul – precipitados finos como o 
sulfato de bário formado à frio; 
4. Faixa vermelha – para materiais que 
tendem a passar para a solução ou 
suspensões coloidais; 
5. Faixa verde – no caso anterior quando se 
exige dupla folha da faixa vermelha; 
6. Fino – filtração de hidróxidos do tipo de 
alumínio e ferro. 
 
A filtração e a transferência do material retido 
no béquer devem ser feitas conforme as figuras 26 
e 27, respectivamente. 
 
Figura 28. Filtração comum. 
 
 
Figura 29. Transferência do precipitado com o 
auxílio de uma pisseta. 
 
 
 
13 
 
 
 
A filtração com funil de Buchner deve ser 
efetuada com sucção com o auxílio de uma bomba 
de vácuo e kitassato. No fundo do funil, sobre a 
placa plana perfurada é adaptado o disco de papel 
de filtro molhado, aderido devido à sucção. A 
sucção acelera a filtração, especialmente para 
precipitados gelatinosos. Um esquema de uma 
filtração com funil de Buchner é apresentada na 
figura 28. 
 
 
Figura 30. Esquema de uma filtração com funil 
de Buchner. 
 
 A filtração de suspensões microbianas é 
feita em membrana com 0,2 (Bacillus) ou 0,45 
mm de diâmetro de poro também se utilizando 
uma bomba de vácuo. A figura 29 apresenta um 
esquema de uma filtração com membrana. 
 
 
Figura 31. Esquema de uma filtração com 
membrana. 
 
 A equação a seguir é utilizada para 
a determinação da concentração (em g/L), após 
filtração de uma suspensão. 
 
 
 
Onde: 
m2 – massa de sólidos (em grama) 
m1 – massa da membrana ou papel de filtro 
quantitativo (em grama) 
V – volume filtrado (em litro) 
 
Material 
 
Funil comum 
Papel de filtro quantitativo 
Balão volumétrico de 100 mL 
Suporte universal 
Anel para funil 
Erlenmeyer de 250 mL 
Pisseta com água destilada 
Placa de Petril 
Papel de alumínio 
Dessecador 
Estufa de secagem 
Balança analítica 
 
Procedimento Experimental 
 
1. Transferir o bagaço de cana-de-açúcar para 
um balão de 100 mL; 
2. Adicionar água destilada e aferir o balão; 
3. Filtrar em papel de filtro quantitativo 
(faixa preta); 
4. Colocar o papel numa estufa de secagem a 
105ºC até massa constante; 
5. Pesar o papel, após esfriar em dessecador 
por 30 minutos; 
6. Expressar o resultado de concentração em 
g/L; 
7. Calcular o erro relativo do resultado, 
considerando o valor real sendo a 
concentração de bagaço na suspensão. 
8. Qual o erro relativo de um procedimento 
de filtração, sabendo-se que foram 
filtrados 100 mL? 
Dados: 
massa úmida do bg = 1,74 g; 
umidade do bg = 6,95 %; 
volume da suspensão = 100 mL; 
massa do papel + recipiente = 65,12 g; 
massa do papel + recipiente + bg após 
secagem = 64,74 g 
 
 
10. PREPARAÇÃO DE SOLUÇÕES E 
DILUIÇÕES 
 
 Uma solução é qualquer sistema 
monofásico constituído por soluto e solvente. 
Soluto (dissolvido) é a fase dispersa, é aquele que 
está em menor quantidade. Solvente (dissolvente) 
é o dispersante, é aquele que está em maior 
)(
))(( 12
LV
gmm
ãoConcentraç


 
 
 
14 
 
 
quantidade. A concentração ou título de uma 
solução expressa a relação entre a quantidade de 
soluto e a quantidade de solvente (ou da solução). 
 
Tipos de concentração 
 
 Concentração comum (C) – é a relação 
entre a massa do soluto (grama - g) e o volume da 
solução (litros - L). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Densidade (d) – é a relação entre a massa 
(g) da solução e o volume da solução, geralmente 
em mL ou cm
3
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Concentração molar ou molaridade (m) – é 
a relação entre o número de moles do soluto (n1) e 
o volume da solução (litros). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Como o número de moles é a relação entre 
a massa e o mol de um composto, temos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Uma solução 1 molar é aquela que 
apresenta 1 mol de soluto em 1 litro de solução. 
 
Concentração normal ou normalidade (N) 
– é a relação entre o número de equivalentes-
grama (nº eq) do soluto e o volume da solução em 
litros. 
 
 
 
 
 
 
 
 Como o número de equivalentes-grama é a 
relação entre a massa e o equivalente-grama (E) 
de um composto, temos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Relação entre normalidade e molaridade 
 
 
 
Obs.: O uso do número de equivalentes-grama 
torna os cálculos estequiométricos muito mais 
rápidos, uma vez que os equivalentes-grama 
sempre reagem ou se substituem na proporção de 
um para um; por exemplo, 0,01 equivalente-grama 
de um ácido neutraliza 0,01 equivalente-grama de 
uma base ou 0,01 equivalente-grama de um 
oxidante oxida 0,01 equivalente-grama de um 
redutor, e assim por diante. Esse fato é muito 
importante e é conhecido como PRINCÍPIO DA 
EQUIVALÊNCIA. 
 
Equivalente-grama dos elementos químicos 
 
Equivalente-grama (E) de um elemento 
químico é o quociente do átomo-grama (A) pela 
valência (v) do elemento. 
 
 
 
 
 
 
Obs.: Grande parte dos elementos químicos 
apresentam mais de uma valência; 
consequentemente, possuirão equivalentes-gramas 
diferentes. 
 
 Ferroso → E = 56 = 28 g 
Ferro 2 
 Férrico → E = 56 = 18,6 g 
 3 
 
Duas propriedades muito importantes dos 
equivalentes-grama são: 
a) os equivalentes-grama reagem entre si na 
proporção de 1 : 1 
b) os equivalentes-grama se substituem (ou se 
deslocam) mutuamente nas reações químicas 
 
Equivalente-grama dos ácidos 
 
Equivalente-grama (E) de um ácido é o 
quociente do mol (M) do ácido pela valência total 
dos hidrogênios ionizáveis (v). 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
Considerando que o hidrogênio é 
monovalente, concluímos que para se ter a 
valência total dos hidrogênios ionizáveis basta 
contar o número de hidrogênios ionizáveis. 
 
Ex.: H2SO4 → E = 98 = 49 g 
 2 
 
Equivalente-grama das bases 
 
Equivalente-grama (E) de uma base é o 
quociente do mol (M) da base pela valência total 
das oxidrilas (v). 
 
 
 
 
 
Considerando que a oxidrila é 
monovalente, concluímos que para se ter a 
valência total das oxidrilas, basta contar o número 
de oxidrilas.Ex.: Ca(OH)2 → E = 74 = 37 g 
 2 
 
Equivalente-grama dos sais 
 
Equivalente-grama (E) de um sal é o 
quociente do mol (M) do sal pala valência total do 
cátion ou do ânion (v). 
 
 
 
 
 
 
Nessa definição, entende-se por valência 
total do cátion o produto da valência do cátion 
pelo número de cátions presentes na fórmula do 
sal; e o mesmo para a valência total do ânion, que 
será sempre igual, em valor absoluto. 
 
 
Ex.: Al2(SO4)3 → E = 342 = 57 g 
 6 
 
Valência do cátion = +3 
Nº de cátions = 2 
Valência total = (+3) . 2 = 6 
 
Ou 
 
Valência do ânion = - 2 
Nº de ânion = 3 
Valência total = (-2) . 3 = 6 
 
 Diluição das soluções – diluir uma solução 
é diminuir a quantidade relativa do soluto através 
do acréscimo de certa quantidade de solvente 
puro. 
 
Solução 1: 
 
m1 – massa do soluto 
E = equivalente-grama do soluto 
N1 – normalidade da solução 
V1 – volume da solução 
 
 Adicionando-se certo volume de solvente 
puro à solução 1, origina-se a solução 2. 
 
Solução 2: 
 
m1 – massa do soluto 
E = equivalente-grama do soluto 
N2 – normalidade da solução 
V2 – volume da solução 
 
 Como o soluto é o mesmo e sua massa não 
varia com a adição do solvente, pode-se afirmar 
que o número de equivalentes-grama da solução 1 
é igual ao número de equivalentes-grama da 
solução 2, 
 
 Equação fundamental usada para 
diluições. Também pode ser usada com 
concentração comum (C) e com molaridade (m). 
 
Material 
 
Pipetas graduadas 
Balões volumétricos 
Pisseta com água destilada 
Pêra de borracha 
Ácido clorídrico – HCl 
 
Procedimento Experimental 
 
1. Preparação de uma solução de HCl 0,5 M 
a partir do HCl concentrado. Considere 
que a concentração de HCL é 37% e sua 
densidade 1,18 g/mL: 
a) Pipetar v mL de HCl concentrado, 
utilizando uma pipeta graduada, 
munida de pêra de borracha 
 
 
 
16 
 
 
transferindo-o para um balão 
volumétrico de 100 mL, contendo 
pequeno volume de água destilada; 
b) Completar o volume com água 
destilada até a marca de aferição; 
c) Inverter o balão, segurando a tampa, 
várias vezes a fim de homogeneizar a 
solução; 
d) Reservar a solução. 
Apresente os cálculos para a obtenção 
do volume de HCl concentrado que foi 
utilizado. 
2. Preparar três soluções de HCl, de 
concentrações 0,25; 0,1 e 0,05 M, a partir 
da solução a 0,5 M; 
3. Quais os volumes de HCl, a 0,5 M, 
necessários para se preparar as soluções 
com as concentrações do item 2? 
4. Qual a massa de NaOH pesada na 
preparação de uma solução (50 mL) a 1 
M? 
 
 
11. TAMPÕES 
 
 Qualquer solução que contenha um ácido 
fraco e uma base fraca tem a capacidade de 
absorver pequenas quantidades de um ácido forte 
ou de uma base forte com uma variação muito 
pequena no pH. Quando pequenas quantidades de 
um ácido forte são adicionadas, estas são 
neutralizadas pela base fraca, enquanto que 
pequenas quantidades de uma base forte são 
neutralizadas pelo ácido fraco. Tais soluções são 
chamadas de tampões, pois resistem a variações 
significativas no pH. 
 Um tampão cujo pH seja menor que 7, 
geralmente, pode ser preparado misturando-se um 
ácido fraco com um sal derivado do ácido fraco, 
como, por exemplo, ácido acético e acetato de 
sódio. O mesmo raciocínio pode ser utilizado para 
um tampão com pH maior que 7. 
 Em um tampão ácido, a concentração de 
H
+
 (e o pH) são determinados pelas concentrações 
relativas do ácido fraco e sua base conjugada (que 
é o ânion). Por exemplo, para o ácido acético, 
temos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Resolvendo para o , temos 
 
 
 
 
 
 
 
Onde Ka é a constante de dissociação do ácido. Os 
ácidos mais fortes têm constantes de dissociação 
maiores. 
 
 Os valores de pKa são análogos ao de pH e 
são definidos pela equação: 
 
 
 
 
 
 
 Quanto mais fortemente um ácido se 
dissocia, menor é o seu pKa. 
 
 A relação quantitativa entre o valor de pH, 
a ação tamponante da mistura do ácido fraco com 
sua base conjugada e o pKa do ácido fraco é dada 
pela equação de Henderson-Hasselbalch. Esta 
equação é simplesmente uma forma útil de 
redefinir a expressão para a constante de 
dissociação de um ácido. Para a dissociação de um 
ácido fraco HÁ em H
+
 e A
-
, a equação de 
Henderson-Hasselbalch pode ser derivada como 
segue: 
 
 
 
 
 
Resolvendo-se para : 
 
 
 
 
 
 
Calculando-se o logaritmo negativo dos dois 
lados: 
 
 
 
 
 
 
Substituindo-se por pH e por 
pKa: 
 
 
 
 
17 
 
 
 
 
 
 
 
Invertendo-se a fração 
 
 
, inverte-se o 
sinal, e obtém-se a equação de Henderson-
Hasselbalch: 
 
 
 
 
 
 
que pode ser escrita em sua forma genérica, como 
 
 
 
 
 
 
 A equação de Henderson-Hasselbalch 
possibilita calcular o pKa de qualquer ácido fraco 
a partir da razão molar entre as espécies doadora 
de prótons e receptora de prótons em qualquer pH 
dado. Também é possível calcular o pH de um par 
ácido-base conjugado com um dado pKa e em uma 
dada relação molar, e, ainda, calcular a razão 
molar entre o doador e o receptor de prótons em 
qualquer pH dado, conhecendo-se o pKa do ácido 
fraco. 
 Para o tampão de ácido acético-acetato de 
sódio, temos a equação de Henderson-
Hasselbalch, reescrita como: 
 
 
 
 
 
 
 Numa solução tampão de ácido acético-
acetato de sódio, existem moléculas inteiras de 
 : 
 
 
 
 
 
Por outro lado, o sal está totalmente 
dissociado: 
 
 
 
 
 
Adicionando um ácido qualquer a esta 
solução, seus H
+
 serão imediatamente consumidos 
pelo primeiro equilíbrio, deslocando a reação para 
a esquerda. Assim, a acidez não aumenta e o pH 
não varia. Não faltará o íon comum ( 
 ), 
pois também virá da dissociação do sal do tampão. 
Da mesma forma, adicionando-se uma 
base qualquer à solução tampão, seus OH
-
 serão 
imediatamente consumidos pelos H
+
 da reação, 
formando água. Assim, a basicidade também não 
aumenta e o pH não varia. Não faltarão H
+
 para 
reagir com os OH
-
 da base adicionada, uma vez 
que o ácido acético é um ácido fraco e ainda terão 
moléculas inteiras deste ácido que continuarão se 
ionizando e fornecendo H
+
. 
 
Material 
 
Balões volumétricos de 100 mL 
Provetas de 25 e de 50 mL 
Espátula 
Béquer de 250 mL 
Bastão de vidro 
Balões de 10 mL 
 
Procedimento Experimental 
 
1. Preparar uma solução de acetato de sódio 
0,2 M (solução B) em balão de 100 mL. 
Qual a massa de sal necessária para esta 
solução? 
2. Misturar 14,8 mL da solução A (ácido 
acético 0,2 M em balão de 500 mL. Qual o 
volume de ácido concentrado utilizado? O 
aluno encontrará esta solução já preparada) 
com 35,2 mL da solução B; 
3. Completar o volume para 100 mL; 
4. Calcular as novas concentrações do ácido 
e do sal; 
5. Utilizando a equação de Henderson-
Hasselbalch, calcular o pH desta solução. 
Considere que o pKa do ácido acético é 
4,76; 
6. Fazer uma escala de pH a partir da mistura 
de diferentes volumes de ácido acéticoe 
de acetato de sódio. 
 
 
12. VOLUMETRIA 
 
Para determinar a concentração de um 
ácido ou de uma base, um método chamado 
titulação é utilizado. Quando se adicionam 
números iguais de equivalentes-grama de base e 
de ácido, a solução mudará de cor em função da 
presença de um indicador ácido-base. Esta 
mudança de cor indica o ponto final da titulação e 
 
 
 
18 
 
 
é chamado de ponto de viragem ou ponto de 
equivalência e o número de íons H
+
 é igual ao nº 
de íons OH
-
. 
O ponto quando a base neutraliza 
completamente um ácido (ou vice versa) pode ser 
detectado com um indicador, que muda de cor 
com um excesso de íons H
+
 ou OH
-
. 
 
Material 
 
Suporte universal 
Garra metálica com mufa para bureta 
Funil comum 
Pipeta graduada de 10 mL 
Espátula 
Bureta de 50 mL 
Erlenmeyer de 250 mL 
Biftalato de potássio 
Solução de NaOH 1 N 
Fenolftaleína 
 
Padronização da solução de ácido sulfúrico 
 
A solução de ácido sulfúrico é padronizada 
utilizando uma solução de NaOH 1N padronizada. 
1. Lavar a bureta duas vezes com 5 mL de 
NaOH 1 N que é adicionado por meio de 
um funil. Deixar escoar livremente cada 
porção antes da adição da seguinte; 
2. Colocar o NaOH na bureta até um pouco 
acima do zero da escala; 
3. Abrir e fechar a torneira rapidamente para 
evitar a formação de bolhas de ar e para 
encher a ponta da bureta; 
4. Pesam-se 0,2 g de biftalato de potássio em 
erlenmayer de 250 mL, colocam-se 10 mL 
de água destilada e três gotas de 
fenoftaleína; 
5. Colocar o erlenmeyer sob a bureta e um 
papel de filtro sob o erlenmeyer para 
verificar o ponto de viragem com mais 
facilidade; 
6. Segurar a torneira da bureta com a mão 
esquerda e o gargalo do erlenmeyer com a 
mão direita; 
7. Usando a mão esquerda, abrir 
cuidadosamente a torneira da bureta e 
gotejar a solução de NaOH na solução de 
biftalato de potássio, com agitação branda; 
8. Após a viragem do indicador de incolor 
para coloração rósea anota-se o volume de 
NaOH gasto. 
9. Calcule o fator de correção conforme a 
equação: 
 LV*N*E
m
F
NaOHtBIF
BIF
NaOH 
 
Onde: 
FNaOH – fator de correção da solução de NaOH = 
Nr/Nt (Nr – normalidade real; Nt – normalidade 
teórica = 0,1M), sendo 
 
 
 . Quanto 
mais próximo da unidade, melhor será o fator de 
correção; 
mBIF – massa de biftalato de potássio; 
EBIF- Equivalente grama de biftalato de potássio; 
Nt – normalidade da solução de NaOH a ser 
padronizada; 
VNaOH – volume da solução de NaOH gasto na 
titulação. 
 
Para padronização da solução de ácido 
sulfúrico 72%, são colocados em erlenmayer de 
250 mL, 25 mL de água destilada. Tara-se o 
Erlenmayer juntamente com a água e, então são 
adicionadas quatro gotas do ácido a ser 
padronizado e pesa-se. Em seguida, são 
acrescentadas três gotas de fenoftaleína. Enche-se 
a bureta com a solução de NaOH 1N padronizada 
e procede-se com a titulação. Após a viragem do 
indicador de incolor para coloração rósea anota-se 
o volume de NaOH gasto. A partir da equação 
abaixo, calcule a concentração de ácido sulfúrico 
em normalidade. Se caso a solução estiver acima 
ou abaixo de 72% faz-se a correção e titula-se 
novamente. 
 
 
100*
49***
% 42 






amostra
NaOHNaOHNaOH
P
NFLV
SOH
 (4) 
 
 
 
19 
 
 
 
Onde: 
%H2SO4 – percentagem da solução de H2SO4; 
VNaOH - volume da solução de NaOH gasto na 
titulação; 
FNaOH – Fator de correção do NaOH 1N; 
NNaOH - normalidade da solução de NaOH; 
Pamostra - peso das quatro gotas do ácido. 
 
 
13. ESPECTROFOTOMETRIA 
 
Detecção UV / VIS 
 
Conceitos fundamentais 
 
A luz, em todas as suas formas (raios X, luz visível, 
radiação UV ou infravermelha e ondas de rádio e 
televisão), é chamada de radiação eletromagnética. Ela 
viaja através do espaço a uma velocidade constante c, 
chamada de velocidade da luz igual a 3x108 m/s. A 
forma como a luz caminha é a de onda. 
 As ondas são caracterizadas pela intensidade ou 
amplitude, pelo comprimento, que é a distância entre 
dois picos ou dois vales consecutivos, e, pela 
frequência, que é o número de picos que passam por um 
dado ponto por segundo. 
 A radiação eletromagnética (luz) na parte visível do 
espectro (porção do espectro eletromagnético, cuja 
radiação pode ser captada pelo olho humano), possui 
comprimento de onda dado em nm, que se estende de 
400 até cerca de 700 nm. O espectro visível pode ser 
subdividido de acordo com a cor, com vermelho nos 
comprimentos de onda maiores e violeta nos 
comprimento de onda menores. 
 
 
Figura 32. Espectro visível. 
 
A radiação ultravioleta é a radiação 
eletromagnética com comprimento de onda 
menor que o da luz visível. O nome significa 
“além do violeta”, pelo fato que a cor violeta é 
a cor visível com menor comprimento de 
onda. 
 
 
Figura 33. Espectro espectrofotômetro. 
 
 
Princípio 
 
A luz da lâmpada passa através de uma 
célula de fluxo e bate num diodo (componente 
eletrônico formado por supercondutores, que 
possibilitam a circulação de corrente), que 
mede a intensidade da luz, I. 
Geralmente, a luz da lâmpada é também 
direcionada para um diodo de referência para a 
medida da intensidade original da luz, I0. O 
detector eletrônico então converte o sinal dos 
dois diodos em absorbância A, que é 
transmitida ao sistema de dados. 
 
 
 
A - absorbância 
I - Intensidade da luz 
I0 - Intensidade original da luz 
C - concentração do analito na célula de fluxo 
 – absortividade molar (coeficiente de 
extinção molar) – mede a intensidade de 
absorção. 
Lcf - comprimento da célula de fluxo 
 
Detector UV/Vis fixo e variável 
 
Variável - lâmpada de deutério e/ou tungstênio 
como a fonte de radiação. Comprimento de 
onda - 190 - 700 nm. 
 
Fixo - normalmente trabalha a 254 nm ou 280 
nm, mas outros comprimentos são possíveis. 
 
Grupos cromóforos – grupo insaturado 
covalente que apresenta absorção 
I
I
A 0log
cfLCA 
 
 
 
20 
 
 
característica na região do ultravioleta (ou do 
visível). 
 
Ex: Alquenos, alquinos, anéis aromáticos; 
ligações duplas C e O, N, S; ligações duplas N 
e N, O; ligações duplas S e O. 
 
Absorção de luz – resultado de uma transição 
eletrônica. 
 
Ligações sigma – muito fortes; em 
conseqüência, a energia necessária para uma 
transição é muito grande. 
 
A quantidade de energia necessária à transição 
eletrônica é inversamente proporcional ao 
comprimento de onda, daí, grupos saturados 
(que têm apenas ligações sigma), absorvem 
em comprimentos de onda muito baixo 
(menores que 140 nm). 
 
UV (50 – 190 nm) – no vácuo 
 
Grupos cromóforos – grupo insaturado 
covalente que apresenta absorção 
característica na região do ultravioleta (ou do 
visível). 
 
Ex: Alquenos, alquinos, anéis aromáticos; 
ligações duplas C e O, N, S; ligações duplas N 
e N, O; ligações duplas S e O. 
Absorção de luz – resultado de uma transição 
eletrônica. 
 
Ligações sigma – muito fortes; em 
consequência, a energia necessária para uma 
transição é muito grande. 
 
A quantidade de energia necessária à transição 
eletrônica é inversamente proporcional ao 
comprimento de onda, daí, grupos saturados 
(que têm apenas ligações sigma), absorvem 
em comprimentos de onda muito baixos 
(menores que 140 nm). 
 
 
Exemplos de espectrofotômetros 
 
Figura 34. Detector com comprimento de 
onda fixo. 
 
 
Figura 36. Detectorcom comprimento de 
onda variável. 
 
Figura 35. Detector com arranjo de diodos. 
 
- Duas fontes de radiação sobre a amostra. 
 
Esta radiação que atravessou a amostra irá 
incidir sobre uma lente que focaliza o feixe 
sobre uma fenda, e desta sobre uma grade de 
difração. 
 Esta grade irá separar a radiação (luz) em seus 
diferentes comprimentos de onda, sendo que 
cada um deles irá incidir sobre um diodo. 
 
 
 
21 
 
 
 Os diodos ao serem irradiados, produzem 
uma corrente elétrica cuja magnitude depende 
da intensidade da emissão. 
 Através de um circuito de calibração 
adequado, esta corrente será transformada em 
absorbância nos diferentes comprimentos de 
onda, resultando no que se convenciona 
chamar de espectro de absorção. 
 
 
 
Construindo uma curva de calibração 
 
A calibração é realizada obtendo-se o sinal de resposta (absorbância, altura do pico, área 
do pico) como uma função da concentração conhecida do analito. Uma curva de calibração é 
preparada colocando-se os dados em forma de gráfico ou ajustando-se por meio de uma 
equação matemática adequada. A próxima etapa é a da previsão, na qual o sinal de resposta 
obtido para a amostra é usado para prever a concentração desconhecida do analito, a partir da 
curva de calibração ou pela equação de melhor ajuste. Então a concentração do analito na 
amostra original é calculada a partir, pela aplicação dos fatores da diluição apropriados 
decorrentes das etapas de preparação da amostra. 
 A ordenada é o eixo da variável dependente, enquanto que a abscissa é a variável 
independente. Como é típico e normalmente desejado, o gráfico se aproxima de uma linha 
reta (Figura 37). 
 
 
Figura 37. Gráfico de uma curva de calibração. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
1. Brady, J. E.; Humiston, G. E. “Química Geral”, vol. 2, cap. 14 e 15, Livros 
Técnicos e Científicos Editora, 2ª edição, 1986. 
2. Skoog, D. A.; West, D. M.; Holler, F. J.; Crouch, S. R. “Fundamentos de Química 
Analítica”, 8ª Edição, 2010. 
3. Trindade, D. F.; Oliveira, F. P.; Banuth, G. S.; Bispo, J. G. “Química Básica 
Experimental”, Cone, Sâo Paulo, 2010. 
 
y = 46780x 
R² = 0,9981 
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