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Resumo Amebíase

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Amebíase
Todas as espécies do gênero Entamoeba vivem no intestino grosso de humanos e animais, à excessão da Entamoeba moshkoviskii, que é uma ameba de vida livre. A E. histolytica é o agente causador da amebíase (sintomática) e a E. díspar (assintomática). 
Morfologia: 
As amebas se diferenciam umas das outras pelo tamanho do trofozoíto e do cisto, pela estrutura e pelo número de núcleos nos cistos, pelo número e formas das inclusões citoplasmáticas (vacúolos nos trofozoítos e corpos cromatóides nos cistos). Usualmente encontra-se trofozoítos no intestino, fezes diarreicas; cistos imaturos ou maduros (bi ou trinucleados) estão presentes nas fezes normais. Entre as principais Entamoebas presentes no homem, destacam-se:
E. coli- o citoplasma não é diferenciado em endo e ectoplasma; o núcleo apresenta a cromatina grosseira e irregular e o cariossoma grande e excêntrico. Contém até oito núcleos, com corpos cromatóides finos.
E. gingivalis- é comum no tártaro dentário, e em processos inflamatórios da gengiva. Não é patogênica. Não possui cistos. 
E. histolytica- patogênica. O trofozoíto: geralmente tem um só núcleo, apresenta-se pleomórfico, ativo, alongado e com emissão continua e rápida de pseudópodes. O trofozoíto não invasivo ou virulento apresenta bactérias, grãos de amido ou outros detritos em seu citoplasma, mas nunca eritrócitos. O citoplasma apresenta-se em ectoplasma e endoplasma. Na parte central do núcleo encontra-se o cariossoma (endossoma). Na ME se caracterizam pela ausência de organelas. Pré-cisto: é uma fase intermediária entre o trofozoíto e o cisto. É oval ou ligeiramente arredondado, menos que o trofozoíto. No citoplasma podem ser vistos corpos cromatóides, em forma de bastonetes, com pontas arredondadas. Metacisto: é uma forma multinucleada que emerge do cisto no intestino delgado, onde sofre sucessivas divisões, dando origem aos trofozoítos. Cistos: são esféricos ou ovais, com um ou quarto núcleos, no qual o cariossoma é pequeno e fica localizado no seu centro. Os corpos cromatóides, quando presentes nos cistos, têm a forma de bastonetes com pontas arredondadas. 
Biologia:
Os trofozoítos da E. histolytica tem como ambiente normal o intestino grosso, são essencialmente anaeróbios. Contudo, amebas são hábeis para consumir oxigênio, podendo crescer em atmosferas contendo até 5% de oxigênio. A locomoção se dá através de pseudópodes, e a ingestão de alimentos através de fagocitose e pinocitose. A multiplicação se dá através de divisão binária dos trofozoítos. 
Ciclo biológico: 
É monoxênico, iniciando-se com a ingestão dos cistos maduros, junto de alimentos e água contaminada. Passam pelo estômago, resistindo à ação do suco gástrico, chegam ao final do intestino delgado ou inicio do grosso onde ocorre o desencistamento, com a saída do metacisto, através de uma pequena fenda na parede cística. Em seguida, o metacisto sofre sucessivas divisões nucleares e citoplasmáticas, dando origem a quatro e depois a oito trofozoítos, chamados de trofozoítos metacisticos. Estes migram para o intestino grosso onde se colonizam. Em geral, ficam aderidos à mucosa do intestino onde vivem de comensal, alimentando-se de detritos e bactérias.
Ciclo patogênico:
O equilíbrio parasito-hospedeiro pode ser rompido e os trofozoítos invadem a submucosa intestinal, multiplicando-se ativamente no interior das úlceras e podem através da circulação porta, atingir outros órgãos, como o fígado e posteriormente, pulmões, rins, cérebro e pele, causando embíase extra-intestinal. O trofozoíto presente nestas úlceras é denominado forma invasiva ou virulenta. Na intimidade tissular, não formam cistos, são hematófagos e muito ativos. 
Manifestações clínicas:
Forma assintomática- E. díspar; colite não diarreica, duas ou quatro evacuações/dia.
Forma sintomática- E. histolytica; disenteria (forma aguda); evacuações mucossanguinolentas.
Amebíase extra-intestinal etc.
Diferença entre E. histolytica e E. díspar pode ser feita pelo perfil eletroforético de enzimas da via glicolitica. Além disso, entre elas há diferenças enzimáticas, imunológicas e genéticas. 
Epidemiologia: 
Prevalência maior nas regiões tropicais e subtropicais, mas também é presente em países com clima frio, embora saiba que esse problema ocorra mais por falta de higiene do que pelo clima. 
Profilaxia:
Intimamente ligada à engenharia e à educação sanitária.
Tratamento: 
Os medicamentos utilizados para tratamento são divididos em três grupos:
Amebicidas que atuam diretamente na luz intestinal,
Amebicidas tissulares;
Amebicidas que atuam tanto na luz do trato intestinal como nos tecidos.

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