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UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Docência Nos Anos Iniciais e Ensino Fundamental CARLA LINO DO NASCIMENTO FORTALEZA 2014 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Docência Nos Anos Iniciais e Ensino Fundamental Relatório exigido como parte dos requisitos para conclusão da disciplina de Prática de Estágio Supervisionado em Docência de Anos Iniciais e Ensino Fundamental sob a orientação da professora Ângela Maria Paiva Gama. Curso: Pedagogia FORTALEZA 2014 SUMÁRIO 1 - INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 4 2 - CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA E DA TURMA OBSERVADA ............................... 5 2.1 – Características da Escola ......................................................................................... 5 2.2 – Características da Turma Observada ..................................................................... 7 3 – DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES OBERVADAS E REALIZADAS ........................................................................................................................... 8 3.1- Desenvolvimento e Análise Das Atividades Observadas E Realizadas ............. 8 3.2- Desenvolvimento e Análise Das Atividades Realizadas ...................................... 12 4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 17 REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 18 ANEXOS ................................................................................................................................. 19 Anexo 1 – Ficha de Avaliação.......................................................................................... 20 Anexo 2 – Ficha de Frequência ....................................................................................... 22 Anexo 3 – Declaração de Estágio ................................................................................... 24 Página | 4 1 - INTRODUÇÃO Relatório referente ao Estágio Supervisionado em Docência nos Anos Iniciais e Ensino Fundamental, realizado na Escola Municipal Infantil José Sobreira de Amorim, em Fortaleza- CE, entre os dias 10/04 e 05/06 de 2014 cumprindo um total de 66 horas. Tem objetivo de relatar experiência pessoal, estando nesta escola como acadêmica de Pedagogia – Estagiária. Os assuntos aqui abordados relacionam-se ao reconhecimento da estrutura e funcionamento de uma escola de Ensino Fundamental, observando e analisando aspectos no que se refere às práticas docentes, como Plano de Aula, Metodologia, Avaliação e etc. Tendo como tarefa também, analisar a existência e implementação do Plano Político Pedagógico (PPP) na rotina da escola confrontando teoria e prática, auxiliar nas atividades propostas em sala de aula e buscar a oportunidade de planejar e oferecer uma atividade específica para a turma (Plano de Atividade). Este relatório está dividido da seguinte forma: Características da Escola; Características da Turma; Desenvolvimento e Análise das Atividades Observadas e Realizadas – Com citação de autores, tópicos distribuídos em 04 Capítulos. Concluindo com as Considerações Finais; Referências e Anexos. Desenvolvido conforme modelo da Universidade Estácio de Sá, enviado pela professora-tutora através de correio eletrônico no inicio do semestre, para cada aluno matriculado na disciplina, metodologia utilizada na realização deste relatório: Registro das falas e ações dos alunos, professora e funcionários, percepção pessoal prevalecendo o lado estudante, análise da documentação administrativa da escola, autores da área de educação, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), aulas tele transmitidas e conteúdo online, essas duas últimas ferramentas fazem parte do conteúdo da modalidade de Educação á Distância (EaD) da UNESA. Página | 5 2 - CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA E DA TURMA OBSERVADA A Escola Municipal Infantil José Sobreira de Amorim comporta 19 turmas do ensino regular, sendo 15 do Ensino Fundamental e 04 da Educação Infantil. Na unidade funciona o projeto do Ministério da Educação “Mais Educação” formando assim mais 08 turmas onde tem aulas de Dança, Judô e Letramento. A turma observada foi a do 3º ano do Ensino Fundamental, composta por 02 professores regentes e 24 alunos com idades entre 08 e 10 anos. As salas de aula com decoração padrão específica possuem materiais didáticos e mobiliários para todos, são suficientes, adequados e de qualidade. 2.1 – Características da Escola Fundada em Maio de 2003, denominada Escola Municipal Professor José Sobreira de Amorim, teve seu nome oficial alterado pela primeira vez para E.I.M.E.F. José Sobreira de Amorim em 31 de Maio de 2005, e desde 27 de Maio de 2013 denomina-se Escola Municipal Infantil José Sobreira de Amorim. Formada em Pedagogia com especialização em Psicopedagogia e Administração Escolar, Vilma Elânia Teles do Amaral é Diretora da instituição desde Janeiro deste ano, mas atua na área da educação em rede pública á 23 anos, 13 desses como professora. Localizada na Rua - Tenente Tito Barros, nº 330, Bairro Cajazeiras, Fortaleza – CE, Brasil, estão atualmente matriculadas na escola 372 crianças incluindo as de necessidades especiais, esta dispõe de Educação Infantil, Ensino Fundamental do 1º ao 5º ano e mais 08 turmas e atividades – Dança, Judô e Letramento - formadas pelo Projeto ‘Mais Educação’, sendo 10 turmas no turno matutino e 09 no vespertino ambas do Ensino Fundamental. O prédio é constituído por 12 salas de aula, Biblioteca, Laboratório de Informática, 02 pátios, Sala de Professores, Secretaria, Cozinha, Parquinho, Almoxarifado, Quadra e 03 Banheiros: 01 para funcionários e 02 para os alunos. Os aspectos físicos da maioria das salas de aula são bem conservados e estão em boas condições de funcionamento, mesmo algumas sendo pequenas para a quantidade de alunos. Em todas há um mural com livros paradidáticos, um armário, estante com livros didáticos usados no dia-a-dia, mobiliário em ótimo estado de uso e adaptado de acordo Página | 6 com as idades e necessidade das crianças. Nas paredes quadros com material de e.v.a. exibindo os códigos numéricos e letras do alfabeto, além de lousa e calendário. Nem a biblioteca nem o laboratório de informática estão em uso regular. Um pátio é de médio e outro é de pequeno porte. É climatizada a Sala de Professores e Secretaria, a estrutura da quadra é improvisada num espaço ao ar livre funcionando como um grande pátio, e este apresenta características de uma área que precisa ser reformada. No período da tarde, tempo em que o estágio foi realizado, as aulas começam ás 13h, o recreio ás 15h durando 30 min e ás 17h encerra-se as atividades estudantis. A organização administrativa pedagógica é composta das equipes de: Direção/núcleo escolar; Corpo Docente; Concelho Escolar; Coordenação Pedagógica; Assessória Pedagógica; Agente Administrativo Secretaria Escolar; Atendimento Educacional Especializado; Vigilância; Portaria; Serviços Gerais; Cozinha/alimentação escolar e Organismos Colegiados. As turmas e atividades do Projeto Mais educação funcionam em contraturno. O contexto socioeconômicodo bairro onde se localiza a escola é de classe média. Rodeada de comércio, postos de gasolina, escolas públicas e particulares, academias, condomínios residências tanto de casas como apartamentos, oficinas mecânicas, quadras de esportes e o estádio de futebol Arena Castelão, porém, a escola fica no lado pobre do bairro, próximo a uma favela e a BR 116 km 05. O abastecimento de água, energia, tratamento de esgoto e coleta de lixo são de responsabilidade da prefeitura do Estado. Alguns itens do Plano Político Pedagógico que está sendo atualizado: As turmas do Ensino Fundamental são formadas com base no critério idade, por acrescentar-se que este processo é relevante para a aprendizagem, mas havendo necessidade serão formadas turmas com alunos fora de faixa, por entender-se que esses alunos têm direito de estar na escola fazendo parte do processo educativo; O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos domínio da leitura, da escrita e interpretação; A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores que se fundamenta a sociedade; O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades, e a formação de atitudes de valores; O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de respeito recíproco em que se assenta a Página | 7 vida social, entre outros, baseados na LDB 93-94/96. A avaliação se dá através da responsabilidade no manejo, transporte e conservação do material escolar, interesse nas atividades propostas em sala de aula, participação e provas bimestrais. 2.2 – Características da Turma Observada A turma observada no cumprimento do estágio em docência é uma turma do 3º ano Ensino Fundamental, formada por 24 alunos as crianças tem entre 08 e 10 anos. São bem carinhosas com a professora e encrenqueiras entre si, e não importa o motivo - resolvendo exercícios por contra própria ou encontrando dificuldades, acontecendo algum problema com o colega ou material escolar, qualquer acontecimento banal é motivo para solicitarem a professora e o fazem bastante. O desenvolvimento intelectual da turma é bem variado, enquanto um lê e resolve problemas de matemática sem maiores problemas, o outro ainda está soletrando, e um terceiro não lê tão bem, porém tira as tarefas da lousa para o caderno com habilidade, se não considerarmos os problemas de concentração destes. São bastante educados e usam com frequência as expressões ‘por favor’, ‘com licença’ e ‘obrigada (o)’, o que ouvem bastante da professora regente A com quem realizei o estágio. A professora Regente B está em sala dando aula de História e Geografia, mas trabalha em conjunto com a professora regente A que ensina Português e Matemática, e a propósito, é a preferida das crianças. É uma profissional bastante dedicada, educada, tranquila e calma, sendo que seu temperamento em sala oscila constantemente, ora elogia e se mostra contente com os avanços dos alunos, ora reclama e faz alarde por fatos irrelevantes. Vez por outra aproveita as qualidades das crianças para ensinar e incentivar, mas na maior parte do tempo usa termos como “se não parar de conversa vou mandar recado pros pais na agenda”, sendo que na maioria das vezes, essa conversa em sala só existe pelo fato de os mais avançados já terem terminado um exercício e não tem outra coisa pra fazer, causando ansiedade naqueles que ainda estão fazendo, a própria define sua metodologia como tradicional, para ela, o construtivismo deixa as crianças livres demais e estas precisam ser cobradas, só age segundo essa metodologia quando pretende que as crianças Página | 8 reflitam sobre algum fato ou aprendizado, consegue que a maioria lhe escute quando está dando uma explicação, mas não usa outros termos pra reexplicar para aqueles que não entenderam. Antes de começar a aula eles descem de dois em dois para beber água e/ou usar o banheiro, para evitar transito de alunos em sala de aula durante as atividades, esse momento deve levar mais ou menos entre 18 a 23 minutos do primeiro tempo. 3 – DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES OBERVADAS E REALIZADAS Esse capítulo apresenta algumas atividades e acontecimentos que ocorreram em sala de aula, contendo a Descrição de atividades específicas, Análise Crítica e Fundamentação Teórica das mesmas. Serão citados autores. 3.1- Desenvolvimento e Análise Das Atividades Observadas E Realizadas Situação 01 - Descrição: Aula de Português, Artes e Formação Humana, vinte e um alunos presentes, colamos o texto “O Coelho de Orelhas Verdes” no caderno de cada um deles, que foram orientados a fazerem a leitura desse texto de três formas: Leitura Silenciosa, Leitura Oral em voz baixa e Leitura em voz alta (a turma toda junta) - sendo que eles não foram informados quanto a isso em nenhum momento durante a aula, conforme iam realizando uma ação eram orientados a realizar outra). No momento da leitura silenciosa poucos o fizeram, a maioria fingiu ler ou ficou quieta em seus lugares, quando os que leram e repetiram por algumas vezes que já tinham feito o que foi pedido, a professora os convidou para a Leitura Oral em voz baixa, essa etapa já contou com a participação de membros a mais além daqueles que já tinham lido silenciosamente, começou bem, mas logo uma movimentação fora do contexto da atividade tomou conta da sala, então, a professora anuncia “Leremos agora todos juntos”, mas a leitura com a turma toda contou apenas com a participação da professora e mais cinco ou seis alunos, os outros, ou liam baixo, acompanhavam a leitura apenas com os Página | 9 olhos, não participaram da atividade, mexiam apenas os lábios, ou fingiam ler. A professora fazia a leitura sem acompanhar a turma, ficando sempre duas a três palavras a frente dela. Para trabalhar o conteúdo do eixo Formação Humana, eles responderam oral e livremente as seguintes perguntas: “Você sabe quais são os hábitos de uma boa educação?”, “Você costuma agradecer as pessoas quando elas lhe fazem algum favor”, “Você sabe pedir desculpas quando comete algum erro?”, a partir das respostas a professora promoveu uma pequena discussão entre os alunos sobre bons hábitos de educação, e para finalizar veio a aula de Artes: Fazer em seus cadernos uma ilustração da história. Análise Crítica: A atividade foi relativamente adequada para o grupo, visto que, conhecendo a individualidade de cada aluno como a professora conhece, e sabendo que a nível geral o rendimento da turma em relação a leitura é baixo, ela deveria ter feito um melhor planejamento dessa atividade, pensando numa forma mais significativa de introduzir, incentivar e provar para seus alunos, que a prática da leitura é também uma questão de hábito, até porque ela não pode deixar de incluir a leitura na rotina da turma por conta do baixo nível de desenvolvimento dessa pratica. Fundamentação Teórica: “Ler em voz alta, ler em silêncio, ser capaz de carregar na mente bibliotecas íntimas de palavras lembradas são aptidões espantosas que adquirimos por meios incertos. Todavia, antes que essas aptidões possam ser adquiridas, o leitor precisa aprender a capacidade básica de reconhecer os signos comuns pelos quais uma sociedade escolheu comunicar-se: em outras palavras, o leitor precisa aprender a ler.” (MANGUEL, 1997, p.85). Página | 10 Situação 2 – Descrição: No Plano de Aula da professora: “O professor ao planejar o ensino antecipa, de forma organizada, todas as etapas do trabalho escolar. Cuidadosamente, identifica os objetivos que pretende atingir, indica os conteúdos que serão desenvolvidos, seleciona os procedimentos que utilizará como estratégia de ação e prevê quaisos instrumentos que empregará para avaliar o progresso dos alunos” (HAYDT, 2000, p. 98). O planejamento da aula de português não foi cumprido, ao invés da leitura e compressão escrita de texto, eles passaram a aula toda confeccionando cartões e pinturas para o dia das mães. Na volta do recreio seria a aula de matemática, mas continuaram com as artes. Quarenta minutos depois de só estarem pintando via-se mais bagunça do que criação e desenvolvimento artístico, visto que eles já tinham pintado o que tinham pra pintar durante a aula de português, “Eles estão muito agitados, vou passar tarefa”, disse a professora, e passou ‘continhas de mais e de menos’ pra eles que copiaram da lousa sem muita pretensão e com bastante falta de atenção, mas acabaram respondendo relativamente bem todas as opções. Análise Crítica: Mesmo sabendo que “Planejar, portanto, é refletir, é prever, é criar, é agir”. (HAYDT, 2000, p. 105), entendemos que o plano de aula não é religiosamente cumprido todos os dias durante todo o ano letivo, porém, tendo em vista essa possibilidade, é importante temos algumas ideias e PO R TU G U ÊS Conteúdo: Leitura. Objetivos: Estabelecer conexões entre o texto e a vivência Recursos Pedagógicos: Livro de Português, texto da pág. 120: Autor, Elizabeth Gaviole de Oliveira Silva e Cícero de Oliveira Silva, 2º edição, São Paulo S.P. 2011, editora IBEP Atividade em Sala: Compreensão escrita do texto pág., 121. M AT EM ÁT IC A Conteúdo: Gráficos Objetivos: Utilizar Gráficos na Resolução de Cálculos Recursos Pedagógicos: Livro – A Conquista da Matemática; Autor, José Ruy Giovanni jr., 1º edição – São Paulo S.P. pág. 211. Atividade em Sala: Reproduzir Gráficos, atividades orais e escritas. Página | 11 estratégias em mente para as possíveis mudanças em vários aspectos, pois, deixar os alunos assim tão a vontade por longos minutos demonstra certo descompromisso por parte da professora. Esse tempo na escola é um período preciso que deve ser aproveitado para a aprendizagem, desenvolvimento, brincadeiras e etc., e o professor deve saber que dentro desse ambiente a organização desse tempo é primordial. Fundamentação Teórica: “A criança marginalizada, entregue a si mesma, numa sala de aula, não diretiva, produzirá, com alta probabilidade, menos, em termos de conhecimento, que uma criança de classe média alta”. (BECKER, 1992, pág. 387). Situação 03 - Descrição: Mais uma aula de Matemática, conteúdo: Subtração e adição. A professora sempre passa operações/logaritmos/continhas para a turma, e logo vem a pergunta que se predomina durante boa parte da aula: “ - Essa conta é de mais ou é de menos?”, “Quando a criança faz essa pergunta tem algo muito mais profundo por trás dela, significa que ela não reconhece nem associa, a situação que ela está vivenciando naquele problema, a conta que ela necessita fazer” – “É de menos, eu já falei que esse sinal aqui ‘-‘ (escrevendo na lousa) é de tirar”. E assim os alunos iam respondendo como sabiam ou deixavam pra copiar as repostas certas que a professora colocaria na lousa no momento da correção. Análise Crítica: É basicamente dessa forma que acontece a aula de matemática quando o conteúdo é adição/subtração: A professora passa as operações/logaritmos/continhas na lousa, eles copiam já reclamando e perguntando com que conta se resolve os problemas, e a professora respondendo com rispidez ou falando que eles já sabem fazer sozinhos, sem respeitar o tempo e forma de olhar dos alunos. Fundamentação Teórica: “Desde bem pequenas, as crianças são levadas à escola para fazer os algoritmos das operações. No entanto, para ensinar um algoritmo à criança ele necessita entender o conceito da operação, os fatos básicos (tabuada) e o sistema de numeração. Essa é a condição básica para que a criança não reduza a ação de “fazer a conta” a um processo mecânico, desprovido totalmente de compreensão e significado um algoritmo é um dispositivo prático, cujo objetivo é facilitar a execução de uma certa tarefa . Página | 12 Entre as estratégias de cálculo, os algoritmos das quatro operações ocupam lugar de destaque. Assim, utilizar o algoritmo para realizar adições que envolvem apenas fatos básicos, não tem sentido! É importante que a criança reconheça a necessidade da utilização do algoritmo como uma estratégia para facilitar o cálculo e não apenas utilizar o algoritmo pelo algoritmo simplesmente” Disciplina: Conteúdo, Metodologia e Pratica do Ensino da Matemática, UNESA. A relação da escola com família é muito valorizada pela coordenação pedagógica dessa instituição, que está sempre pensando em maneiras diferentes e tangíveis de aproximar os pais da vida acadêmica de seus filhos, planejando e executando quantas reuniões julgarem necessárias para essa que aproximação aconteça de forma efetiva. Por turma, por comportamento do aluno, para documentação pendente, para avisos, comunicados e informações mais abrangentes, reúnem-se pais ou responsáveis com coordenação/direção para tratar desses assuntos de forma que venha garantir o cumprimento dos direitos deveres de todos dentro de suas responsabilidades, visto que nesta escola, ainda são muitos os pais que se interessam verdadeiramente pela educação de seus filhos, fazendo com que venha a contribuir de forma positiva para o trabalho do professor, nesses momentos os espaços físicos e mobiliários da escola favorecem o desenvolvimento de reuniões descontraídas onde são oferecidos lanches e conversas livres ao final de cada ponto abordado naquela reunião. 3.2- Desenvolvimento e Análise Das Atividades Realizadas Cumprindo o que diz o plano de atividades de estágio: - Planejar e oferecer atividades para uma turma de Ensino Fundamental. – Auxiliar nas atividades propostas em sala de aula, oferecendo suportes nas atividades individuais e grupais. – Analisar o Projeto Pedagógico, verificando sua implementação no cotidiano escolar, entre outros itens, foram várias as atividades realizadas dentro e fora de sala de aula: Observação do comportamento dos alunos, professores, funcionários e dos setores agregados a escola, adaptação as Página | 13 particularidades da sala de aula, incentivo a leitura, escrita, compreensão dos conceitos matemáticos e artes, brincar, conversas de cunho pessoal e escolar principalmente com os alunos, escrever na lousa, planejamento e execução de um Plano Pedagógico para a turma, organização e limpeza do ambiente, distribuição de material, facilitação e cooperação para que a professora conduzisse a aula de forma satisfatória para todos, manuseio de documentos administrativos, confecção de cartazes e objetos decorativos para datas comemorativas, ensaios para tais eventos e etc. Tudo o que fiz, vi, aprendi, auxiliei, ensinei, aprendi, planejei, executei, vivi, foram atividades e práticas de importância sem igual. Cada regra, cada mudança, cada ideia, cada brincadeira, cada tarefa, ação por ação, me fizeram enxergar profundamente a rotina diária e real de uma escola, experiência esta que reviveria outras vezes infinitas caso necessário fosse. Abaixo o plano de atividade que desenvolvi, confeccionei material necessário e executei junto a professora. Plano de Atividade Assunto e Componente Curricular: • Matemática - Fatos básicos: Adição e subtração. Objetivos: • Levar a criança a entender a ideia de quantidade através do raciocínio com Material Dourado. • Incentivar o entendimento da junção dos elementos quantidade e algoritmo. • Incentivar ao cálculo mental fazendo com que entendam que dessa forma, podem criar suas próprias estratégias na busca dos resultados. • Tornar o aprendizado da matemática mais dinâmico, divertido e significativo.• Ampliar e enriquecer saberes já adquirido pelos alunos. Página | 14 Estratégicas Didáticas: • Distribuição de uma cartela para cada aluno, confeccionadas com papel oficio e coladas em papel 40 kl, previamente preenchidas com números aleatórios de 1 á 100. • Marcação das cartelas com tampas de garrafas pet, sementes ou objetos semelhantes a vontade de cada aluno. • Determinação coletiva das regras da atividade. • Explicação oral e escrita da atividade. • Atividade Individual. • Quatro alternativas diferentes para a conclusão da atividade, podendo assim traçar caminhos variados para ganhar o Bingo. Metodologia: • Organização do mobiliário de modo que os alunos se acomodem individualmente. • Distribuição aleatória das cartelas do Bingo. • Explicação oral e escrita no decorrer da atividade. • Observação quanto a participação ativa e concreta, incentivando e interagindo para que todos sigam brincando de forma satisfatória até conclusão da atividade. • A estagiária colará na lousa uma combinação numérica usando o Material Dourado variando as peças e operações. Os alunos deverão marcar nas cartelas o resultado dessa combinação. • A atividade termina quando o primeiro aluno anunciar o preenchimento de uma coluna da cartela na vertical ou na horizontal. Ou ainda preencher todos os números pares ou ímpares de sua cartela. A cartela do aluno será conferida junto à turma. Avaliação: • Participação e interesse do aluno. • Reconhecimento das peças do Material Dourado. • Reconhecimento das combinações feitas com o Material Dourado. Página | 15 • Verificar sobre a identificação e utilização correta dos sinais convencionais (+ e -). • Eficiência do Material Dourado. • Investigação quanto a alternativas e estratégias necessárias, para possíveis intervenções em prol do crescimento adequado do nível cognitivo da turma em relação aos fatos básicos, adição, subtração, atenção, envolvimento na atividade, interesse e participação. Relato do resultado: • Para realização concreta dessa atividade, confeccionei 27 cartelas de Bingo com papel ofício, cola, tesoura e papel 40 kl, preenchidas com números aleatórios de 1 á 100, são vinte e quatro alunos, as três cartelas confeccionadas a mais foram para no caso de alguma alteração/emergência necessária na hora da atividade. Para iniciar preparei 10 continhas com o Material Dourado, cinco de adição e cinco de subtração, colando as peças em um papel ofício e escrevendo os sinais +/- com pincel piloto, expliquei a atividade citando exemplos depois de perguntar a eles o que sabiam sobre jogo de Bingo, antes disso a professora revisou com os 15 alunos presentes o reconhecimento dos números pares e ímpares. Os que não se sentiram seguros quanto a utilização dos sinais convencionais e reconhecimento do Material Dourado sugeriram que a atividade ocorresse em dupla, teve livre acesso a esse aluno, quem quis formar dupla com ele, os que não quiseram ajudaram esses colegas na hora de fazer o cálculo por livre e espontânea vontade. Exibi a primeira “pedra do bingo”: 30 + 15, combinação representada pelo Material Dourado com 3 barras no lado direito da folha + 1 barra e 5 cubinhos no lado esquerdo que é igual a 45 (peças), atentos e silenciosamente eles calcularam e procuraram em suas cartelas o número 45. Continuaram assim até a terceira ou quarta pedra, como poucos ou nenhum marcavam eles logo começaram a achar que não estavam sabendo calcular corretamente. Na quinta ou sexta pedra mostrada, resolvi escrever na lousa as contas de forma convencionais e seus resultados, aproveitamos para conferir a veracidade dos números daqueles que tinham marcado em suas Página | 16 cartelas, assim foi possível que eles percebessem o que eu já tinha confirmado a eles, sim, eles estavam calculando corretamente, comprovando a eficácia do Material Dourado e o conhecimento e usabilidade dos alunos quanto aos sinais convencionais, eles não marcavam porque simplesmente os resultados daquelas combinações não estavam presentes em suas cartelas, causando agitação e falta de paciência na turma. Seguimos com o Bingo e de quatro em quatro pedras mostradas, eu escrevia as contas na lousa, estávamos na décima nona ou vigésima primeira pedra mostrada, quando a impaciência deles já era típica de Bingo onde os participantes começam a pedir pra chamar a pedra que falta pra eles baterem, e faziam dentro do contexto característico desse Bingo, dizendo coisas do tipo: Mostra 12 – 4! Quando faltava o número 8 pra alguém bater... Na trigésima ou trigésima segunda combinação mostrada, bateu uma aluna com o resultado 51, completando uma fileira na vertical de sua cartela, a atividade foi um tanto enfadonha, visto que alguns se perdiam e/ou demoravam pra calcular, outros calculavam corretamente, os resultados estavam em suas cartelas, mas eles não percebiam fazendo com que passassem batido. Para que isso não tivesse acontecido as combinações que criei precisariam ter mais resultados com números baixos, menos de vinte, por exemplo, pois a cartela da maioria ficou com as duas primeiras colunas verticais, onde geralmente ficam os números de um a vinte e cinco, quase sem preencherem, outra coisa que ajudaria era o fato de terem mais alunos presentes, tendo assim mais cartelas, portanto mais chances de pedras marcadas, sem falar no lado intelectual da turma, que com dificuldades de concentrar, calcular, procurar o resultado na cartela, marcar, e prestar atenção na próxima pedra, ficavam ansiosos pra bater e acabavam se perdendo no caminho rumo essa conquista... Apesar disso, todos os objetivos foram cumpridos com sucesso. Página | 17 4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente Relatório foi realizado com o objetivo de registrar o tempo, pratica e vivencias do aluno do curso de Pedagogia da Universidade Estácio de Sá, inserido em um ambiente escolar, mais especificamente em uma sala de aula de Ensino Fundamental. Sendo importante sua análise, observação, vivencias e participação das atividades evolvidas na escola e turma escolhida. Com a obrigatoriedade de estar nesse ambiente por sessenta e seis horas durante o primeiro semestre de dois mil catorze, eu tive uma experiência incrível! Foram dias de muito esforço, aprendizado, tomada de decisão, escolhas e atitudes que me fizeram não só uma estudante, mas uma pessoa mais realista, decidida, compreensiva e tolerante. Com essa turma aprendi também a lançar um olhar mais humano para o professor, e reconhecer que suas ações são certamente cheias de boas intenções e cuidado. É com absoluta certeza que afirmo o quanto este estágio contribuiu de forma positiva para minha vida pessoal, formação acadêmica e principalmente para minha vida profissional que de uma forma ou de outra está iniciando. Esse contato direto com uma escola e tudo o que envolve suas características superou bastante minha expectativas iniciais, meu último dia foi repleto de muito carinho, beijos, abraços, cartinhas, desenhos e até lágrimas! Deixaram muitas saudades... Percebi que o grupo de professoras necessita passar por uma espécie de reciclagem, palestras motivacionais, momentos de lazer entre elas e eventos similares, de certo esses eventos refletiriam em sala de aula, melhorando assim a relação professor X aluno, deixando suas rotinas mais leves, alegres e satisfatórias para todos dentro da escola. Página | 18 REFERÊNCIAS BECKER, Fernando. Epistemologia subjacente ao trabalho docente. Porto Alegre, 1992 pág. 387. DISCIPLINA. Conteúdo, Metodologia e Pratica do Ensino da Matemática, Professora Inmaculada Cabanas – Graduada, Especialista em Matemática e Mestre em Educação. UNESA, Que Conta euFaço é Mais ou é de Menos? Aula 02 Tele transmitida, acessado no decorrer de todo o primeiro semestre de 2014 HAYDT, Regina Célia Cazaux. Curso de Didática Geral. São Paulo, Ática. 2000, p. 98. HAYDT, Regina Célia Cazaux. Curso de Didática Geral. São Paulo, Ática. 2000, p. 105. MANGUEL, Alberto Uma história da leitura. 1. reimp. São Paulo: Companhia das Letras, 1997, pag. 85. RODRIGUES, P. Lima Gerusa, VILLAÇA, L. Regina Célia. O dia-a-dia do Professor, volume 7. Minas Gerais: Fabi LTDA, pág. 54. ANEXOS
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