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alegações finais

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CÍVEL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE LONDRINA – FORO CENTRAL DE LONDRINA – ESTADO DO PARANÁ
Autos nº 1001/10.2017.8.16.0014
ANA MARIA DO PRADO, devidamente qualificada nos autos em epígrafe, referente a ação indenização por danos materiais, proposta em face de PEDRO BÓ DA SILVA, também já qualificado nos autos em epígrafe, por meio de seu advogado infra-assinado, vem respeitosamente perante Vossa Excelência apresentar ALEGAÇÕES FINAIS, nos termos a seguir expostos:
I - SÍNTESE DOS AUTOS
 A autora propôs ação de indenização por danos morais em face de Pedro Bó da Silva, em decorrência de acidente de trânsito ocorrido no dia 10/01/2017, por volta das 16h15min, ocasião em que a autora conduzia o veículo VW/Saveiro 2009/2009, placas BAT4321, de sua propriedade, pela Avenida João Wiclyf, quando ao cruzar a Rua Caracas foi atingida pelo veículo GM/Cruze LTZ ano/modelo 2016, placas ABC1234 de propriedade e conduzido pelo réu, que agiu com imprudência e negligência, pois ao ingressar a via citada não observou a preferencial de passagem do veículo que por ela transitava, desta forma, desrespeitou as normas de trânsito. A colisão causou diversas avarias ao veículo da autora, ficando o conserto no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), conforme orçamento realizado no dia 25/01/2017.
No prazo legal, a ação foi contestada por Pedro Bó da Silva que alegou preliminarmente nulidade de citação, defeito de representação, além de indevida concessão do benefício da assistência judiciária gratuita. Quanto ao mérito, o réu alegou que não ingressou a via preferencial, mas somente ingressou com seu veículo em um pequeno pedaço da avenida João Wicliff, por onde trafegava a autora, visto que os carros que se encontravam parados no acostamento estavam impedindo a visualização, para que fosse possível avaliar a possibilidade de ingressar na via preferencial. Desta forma, afirmou que a culpa foi exclusiva da autora, pois a mesma trafegava em alta velocidade.
As preliminares arguidas foram acolhidas pelo juízo e a audiência de instrução e julgamento foi realizada no dia 02 de agosto de 2017, em que foram ouvidas 3 testemunhas pela acusação e 3 testemunhas pela defesa, bem como o depoimento pessoal das partes. Ao final, foi concedido o prazo por memoriais para apresentação das alegações finais, nos termos do art.364, § 2º do Código de Processo Civil.
Em síntese, são estes os fatos.
II – DA COMPROVAÇÃO DOS FATOS CONSTITUTIVOS DO DIREITO DA AUTORA
CONDUTA – VOLUNTÁRIA-ILICITA
Conforme evidenciam os autos, o réu voluntariamente ultrapassou a via, sem observar a preferência de passagem da autora, assim, agiu ilicitamente ao não cumprir as normas estabelecidas no Código de Transito Brasileiro, causando danos ao veículo. 
 Assim, sendo o réu não conduziu seu veículo com o zelo necessário, visto que não observou o direito de preferência da autora, bem como não observou o sinal de parada obrigatória, conforme dispõe os artigos 208 e 215 do CTB.
 Desta forma, diante do que foi exposto na petição inicial, bem como por meio do depoimento das testemunhas de acusação, restou evidente que o réu não observou as normas de transito, sendo sua conduta ilícita.
 
1.2. DO DANO
Conforme orçamento apresentado nos autos, em decorrência do acidente, a autora sofreu um prejuízo no valor de 10.000,00 (dez mil reais).
Diante do ato ilícito praticado cabe a indenização dos prejuízos sofridos, sendo a indenização medida pela extensão do dano, conforme estabelece o art. 944, do CC.
1.3. NEXO DE CAUSALIDADE
Segundo dispõe o art. 403, do CC, nossa legislação acolheu quanto ao nexo de causalidade a Teoria dos Danos Diretos e Imediatos, dispondo: 
Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual.
Assim, réu deve indenizar a autora a respeito dos prejuízos causados pelo acidente de transito, que ocorreu como consequência da conduta imprudente por ele realizada.
Ressalta-se que não existe nenhuma circunstância que rompa o nexo causal isentando o dever de reparação do dano, como por exemplo, caso fortuito, força maior, culpa exclusiva da vítima ou fato de terceiro.
1.4. DA CULPA (RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA)
No caso em questão, há ainda de salientar a aplicação da responsabilidade civil subjetiva, porquanto necessária a comprovação do elemento culpa do agente ofensor (réu) no evento.
Pois bem, a culpa pode ser dar mediante imprudência, negligencia ou imperícia.
A culpa por imprudência se caracteriza por uma conduta positiva, ou seja, uma ação do agente, que descumpre um dever de cuidado, ocasionando um dano. A negligência caracteriza-se por uma omissão, ou seja, o agente deixa de realizar uma conduta que deveria, ocasionando dano. Por sua vez, a culpa por imperícia é constituída pela não observância de um dever de cuidado, de caráter técnico ou científico, que deveria ter sido observada pelo profissional.
No caso epígrafe, o réu agiu com imprudência ao ultrapassar o cruzamento, desrespeitando a preferencial, e com negligencia, pois deixou de observar as normas de transito.
III - DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer-se a procedência da ação, com a condenação do réu ao pagamento de indenização por danos materiais em decorrência do acidente de transito, bem como que sejam julgados improcedentes os pedidos formulados pelo réu em sede de reconvenção.
N. T. Pede Deferimento.
Londrina, 29 de setembro de 2017.
ADVOGADO
 OAB/UF n. xxx

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