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gabarito Língua Portuguesa Instrumental 2016.2

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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES 
FACULDADE DE EDUCAÇÃO 
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB 
Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD 
 
AVALIAÇÃO PRESENCIAL 1 – 2016.2 - GABARITO 
 
 
Disciplina: Língua Portuguesa Instrumental 
 
Coordenadora: Profa. Helena Feres Hawad 
 
 
 
INSTRUÇÕES 
 
 
 Esta prova é composta por um caderno de questões e por uma folha de 
respostas. Antes de iniciar, confira o material que você recebeu. 
 
 O caderno de questões contém um texto e nove questões, no total de quatro 
páginas (incluindo esta página com cabeçalho e instruções). Verifique se o seu 
está completo. 
 
 A prova deve ser feita com caneta azul ou preta. 
 
 Todas as respostas devem ser apresentadas na folha de respostas. 
 
 Não serão aceitas respostas escritas no caderno de questões, nem em folhas 
adicionais, fora do especificado no item anterior. 
 
 Ao término do trabalho, entregue ao fiscal apenas a folha de respostas, após 
certificar-se de ter preenchido corretamente o cabeçalho. Leve com você o 
caderno de questões. 
 
 Rasuras, com ou sem corretor do tipo liquid paper, poderão ser toleradas, 
desde que não prejudiquem a legibilidade. 
 
 A prova é individual, e não é permitido qualquer tipo de consulta, a pessoas ou 
a materiais de estudo. 
 
 Releia toda a prova antes de entregar. 
 
 
 
BOM TRABALHO! 
 
 
 O texto a seguir serve de base para as questões da 1 à 6. 
 
 
‘Terror-cultura’ 
Adriana Carranca 
 
A prisão dos dez brasileiros por suspeita de planejar atentado, duas semanas antes das 
Olimpíadas, só foi possível pela aprovação da lei antiterror, em março, que passou a considerar 
como crime “realizar atos preparatórios de terrorismo”. Pelo que se sabe, a “ação” dos acusados, 
como o próprio nome da operação “hashtag” indica, não deixou o campo virtual. Um deles, 
segundo a polícia, tentou encomendar um fuzil AK47 em um site clandestino, o que não se 
realizou. É o que se tem de mais concreto, além do discurso radical, de convocações para a 
jihad e da apologia a grupos terroristas em redes sociais, e do suposto “batismo” on-line pelo 
Estado Islâmico. 
Não parece razoável que alguém com intenções de fazer um atentado terrorista fique se 
exibindo na internet. Retórica ou não, a pergunta é por que a propaganda do EI exerce fascínio 
sobre alguns. E por que eles não têm pudor em demonstrar isso publicamente, como estes e 
tantos jovens que vimos exibindo-se para as câmeras em selfies nas linhas de combate do EI na 
Síria e Iraque? 
Oliver Roy, especialista em Islã político, sugere: “Não é uma questão de radicalização 
do Islã, mas de islamização do radicalismo. Eles são atraídos para o Islã radical porque é radical. 
Pessoas jovens sentem atração por narrativas heroicas”, escreveu. “O EI tem dominado o código 
cultural da juventude. Se você gosta de jogos de videogame, é o seu mundo. Eles são atraídos 
pela estética da violência, semelhante a Scarface ou aos narcotraficantes mexicanos.” 
Roy não é o único a fazer tal comparação. “Tanto os cartéis como o EI têm tido grande 
sucesso em recrutar jovens em busca de aventura e uma comunidade”, escreveu Don Winslow, 
autor de “The Cartel”, no Daily Beast. Ele diz que a “terror-comunication” (comunicação do 
terror), usada hoje pelos extremistas, foi criada pelos donos do tráfico de drogas há quase duas 
décadas. Eles enviavam “narcomensagens”, vídeos e fotos de suas atrocidades a grupos rivais, 
familiares das vítimas e imprensa. Agora são postadas on-line e tornam-se virais. São uma 
“sensação” entre jovens. 
Esse espaço inesgotável de propaganda permitiu a estes grupos criminosos catapultar 
sua notoriedade instantaneamente e conferiu aos chefões, retratados como heróis, mais status, 
poder e popularidade. 
A “narcocultura” se tornou tão popular entre jovens no México que o governo investiu 
em propaganda própria on-line para tentar desmitificar a imagem dos traficantes, e músicas para 
competir com os hits dos “narcorridos” – músicas glorificando o estilo de vida dos integrantes 
dos cartéis. “Como os nasheeds (canções islâmicas) pró-jihad usados pelo EI em sua 
propaganda de vídeo”, compara Don Winslow. 
Segundo Winslow, o EI aprendeu com os cartéis que não bastava ganhar a guerra 
territorial, era preciso vencer no campo da mídia. “Eles se tornaram suficientemente 
sofisticados para saber que precisavam controlar a narrativa.” A internet é a ferramenta perfeita 
para isso. 
A máquina de propaganda do EI serviu inicialmente para aterrorizar os oponentes e 
ganhar território. A expansão do grupo, no entanto, se limitou ao Iraque e Síria. Nenhum dos 
vizinhos – Líbano, Jordânia, Turquia – mostrou-se aberto ao califado, que não tem aliados nem 
mesmo entre sunitas. Após atentados em seu território, a Arábia Saudita também passou a 
combater o grupo, além da coalizão internacional, do regime sírio e seus aliados. Quando 
começou a sofrer derrotas e se viu encurralado, o grupo passou a buscar apoio no ambiente da 
internet para ações globais. 
O EI criou uma cultura do terror atraente aos jovens. Nós passamos a ver centenas deles 
posarem com a bandeira negra que se tornou símbolo dos grupos extremistas, jurarem lealdade 
via redes sociais e se alistarem ao grupo nas linhas de combate – da mesma forma como vimos 
jovens serem atraídos por cartéis mexicanos, os grupos armados no Brasil e as gangues 
americanas. 
“O cruzamento da cultura do terror com a cultura das gangues é claro”, me disse Ismael 
Lea Sul, um rapper jamaicano convertido ao Islã, que trabalha com jovens muçulmanos 
radicalizados nas periferias e prisões da Inglaterra. “Esses grupos oferecem poder, armas e a 
associação com algo maior. Você passa a fazer parte de uma irmandade contra a sociedade 
percebida como opressora.” Por isso as periferias das grandes cidades e as prisões se tornaram 
alvo de recrutamento do EI, além de algumas almas perdidas on-line. “O terrorismo é a nova 
contracultura.” 
 
 
O Globo. 23/7/16. p.29. Disponível em 
http://oglobo.globo.com/mundo/terror-cultura-19771908#ixzz4G0EO3ZDO 
Acesso em 31/7/16. Adaptado para esta prova. 
 
 
 
 
1. (1,0) Conforme ocorre com frequência em artigos jornalísticos, esse texto contém uma 
referência explícita a um acontecimento recente na época de sua publicação. Identifique o 
acontecimento que motivou a publicação do texto. 
 
 
A PRISÃO DE JOVENS BRASILEIROS SUSPEITOS DE PLANEJAR ATOS 
TERROSISTAS. 
 
 
 
2. (1,0) Apresente resumidamente uma semelhança que, segundo o texto, existe entre o 
grupo terrorista EI e as organizações criminosas de tráfico de drogas. 
 
 
ALGUMAS POSSIBILIDADES DE FORMULAÇAO DA RESPOSTA: 
 
AMBOS APRENDERAM A PRODUZIR E A DIFUNDIR NARRATIVAS HEROICAS QUE 
SEDUZEM OS JOVENS. 
AMBOS FAZEM USO DA MÍDIA, PRICIPALMENTE DA INTERNET, PARA DIFUNDIR 
NARRATIVAS HEROICAS. 
AMBOS OFERECEM AOS JOVENS A SENSAÇÃO DE PODER E O SENTIMENTO DE 
FAZER PARTE DE ALGO MAIOR. 
AMBOS OFERECEM AOS JOVENS AVENTURA E PERTENCIMENTO A UMA 
COMUNIDADE. 
 
 
 
 
3. (1,0) Explique, com suas palavras, as motivações que, segundo o texto, levam jovens 
a aderir a grupos como o EI. 
 
OS JOVENS SE SENTEM ATRAÍDOS PELA SENSAÇÃO DE PODER E PELO 
SENTIMENTO DE PERTENCER A UMA IRMANDADE QUE LUTA CONTRA A 
SOCIEDADE OPRESSORA. 
 
 
 
4. (1,0) Explique, com suas palavras, o sentido da seguinte afirmação, extraída do 3º 
parágrafo: “Não é uma questão de radicalização do Islã, mas de islamização do radicalismo”. 
 
 
OS JOVENS QUE ADEREM AO GRUPO TERRORISTA ESTADO ISLÂMICO NÃO O 
FAZEM POR SE SENTIR ATRAÍDOS PELA DOUTRINA RELIGIOSAISLÂMICA, E SIM 
PELO RADICALISMO. (O ISLÃ RADICAL OS ATRAI PORQUE É RADICAL.) 
 
 
 
 5. (1,0) Reescreva a frase abaixo, extraída do 2º parágrafo, de modo a aumentar o grau 
de certeza expresso pela autora. Faça apenas a alteração necessária para obter esse efeito. 
 
Não parece razoável que alguém com intenções de fazer um atentado terrorista fique 
se exibindo na internet. 
 
 
NÃO É RAZOÁVEL QUE ALGUÉM COM INTENÇÕES DE FAZER UM 
ATENTADO TERRORISTA FIQUE SE EXIBINDO NA INTERNET. 
 
OU: 
 
É INACEITÁVEL / INCOMPREENSÍVEL / INADMISSÍVEL QUE ALGUÉM COM 
INTENÇÕES DE FAZER UM ATENTADO TERRORISTA FIQUE SE EXIBINDO NA 
INTERNET. 
 
 
 
6. (1,0) Na frase abaixo, extraída do 8º parágrafo, foi empregado um conectivo com ideia 
de tempo. Reescreva a frase, substituindo o conectivo por outro que exprima causa. 
 
Quando começou a sofrer derrotas e se viu encurralado, o grupo passou a buscar 
apoio no ambiente da internet para ações globais. 
 
 
COMO COMEÇOU A SOFRER DERROTAS E SE VIU ENCURRALADO, O 
GRUPO PASSOU A BUSCAR APOIO NO AMBIENTE DA INTERNET PARA AÇÕES 
GLOBAIS. 
 
OU: 
 
UMA VEZ QUE / VISTO QUE / JÁ QUE / PORQUE COMEÇOU A SOFRER 
DERROTAS E SE VIU ENCURRALADO, O GRUPO PASSOU A BUSCAR APOIO NO 
AMBIENTE DA INTERNET PARA AÇÕES GLOBAIS. 
 
OU: 
 
O GRUPO PASSOU A BUSCAR APOIO NO AMBIENTE DA INTERNET PARA 
AÇÕES GLOBAIS UMA VEZ QUE / VISTO QUE / JÁ QUE / PORQUE / POIS COMEÇOU 
A SOFRER DERROTAS E SE VIU ENCURRALADO. 
 
 
 
7. (1,0) Explique o efeito de humor existente na tira abaixo, mostrando o papel da 
inferência feita pelo leitor no processo de leitura. 
 
 
 
 
Bruno Drummond. Gente fina. 
Revista O Globo. 31/7/16. p.16. 
 
 
NO SEGUNDO QUADRINHO DESSA TIRA, O LEITOR FAZ UMA INFERÊNCIA SOBRE 
QUAL SERIA O SENTIDO DA FALA DO PAI. OU SEJA, O LEITOR FAZ UMA 
SUPOSIÇÃO PARA PREENCHER UMA LACUNA DE INFORMAÇÃO EXISTENTE NO 
TEXTO, E IMAGINA QUE O PAI QUEIRA DIZER ALGO COMO “VOCÊ VAI 
DESCOBRIR O QUE FAZER”. NO ÚLTIMO QUADRINHO, PORÉM, QUANDO O PAI 
CONTINUA E COMPLETA A FALA, O LEITOR SE DÁ CONTA DE QUE SUA 
INFERÊNCIA ESTAVA ERRADA. ESSA SENSAÇÃO DE “SURPRESA” CRIA O EFEITO 
DE HUMOR DO TEXTO. 
 
 
 
 
 
 8. (1,5) O fragmento de texto abaixo, adaptado do trabalho de um estudante, contém 
expressões que o tornam muito informal. Reescreva o fragmento, de modo a tornar o texto mais 
formal. Conserve ao máximo o sentido original. 
 
 O uso de linguagem neutra quanto ao gênero tem causado um verdadeiro racha nos 
meios acadêmicos. Não darei as costas para essa polêmica. Defendo o respeito à 
diversidade, desde que cada um no seu quadrado, de acordo com regras e limites impostos 
pelo bom senso. 
 
O USO DE LINGUAGEM NEUTRA QUANTO AO GÊNERO TEM CAUSADO 
POLÊMICA NOS MEIOS ACADÊMICOS. NÃO FICAREI INDIFERENTE A ESSA 
DISCUSSÃO. DEFENDO O RESPEITO À DIVERSIDADE, DESDE QUE CADA UM 
PERMANEÇA EM SEU ESPAÇO, DE ACORDO COM REGRAS E LIMITES IMPOSTOS 
PELO BOM SENSO. 
 
HÁ OUTRAS POSSIBILIDADES. É NECESSÁRIO RESPEITAR AO MÁXIMO O 
SENTIDO ORIGINAL. 
 
9. (1,5) Reescreva o fragmento de texto abaixo, de modo a eliminar as repetições das 
iniciais “C.T.” (do nome da menina objeto da notícia). Mantenha as iniciais C.T. apenas em sua 
primeira ocorrência, logo no início do texto, e não repita uma palavra já usada, isto é, empregue, 
em cada substituição, uma palavra diferente. 
 
C.T., aluna do 6º ano do Ensino Fundamental, acusou uma professora de 
constrangimento e de ter proibido C.T. de assistir à aula com um adereço feito de palha e 
amarrado aos antebraços, conhecido no candomblé como contraegum. A mãe de C.T. contou 
que se assustou ao ir buscar C.T. na escola, na quinta-feira passada. Disse que C.T. estava 
acanhada e, ao ver a mãe, começou a chorar sem saber o que fazer. C.T. foi iniciada no 
candomblé, religião dos pais e das irmãs mais novas de C.T., no fim do ano passado. 
 
Fragmento adaptado de notícia disponível em 
http://odia.ig.com.br/noticia/rio-de-janeiro/2015-02-11/intolerancia-religiosa-afasta-professora-de-escola-na-
praca-seca-na-zona-oeste.html 
Acesso em 16/4/15. 
UMA POSSIBILIDADE: 
 
C.T., ALUNA DO 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL, ACUSOU UMA 
PROFESSORA DE CONSTRANGIMENTO E DE A TER PROIBIDO / DE TÊ-LA 
PROIBIDO DE ASSISTIR À AULA COM UM ADEREÇO FEITO DE PALHA E 
AMARRADO AOS ANTEBRAÇOS, CONHECIDO NO CANDOMBLÉ COMO 
CONTRAEGUM. A MÃE DA ESTUDANTE CONTOU QUE SE ASSUSTOU AO IR 
BUSCAR A FILHA NA ESCOLA, NA QUINTA-FEIRA PASSADA. DISSE QUE ELA 
ESTAVA ACANHADA E, AO VER A MÃE, COMEÇOU A CHORAR SEM SABER O QUE 
FAZER. A JOVEM FOI INICIADA NO CANDOMBLÉ, RELIGIÃO DE SEUS PAIS E SUAS 
IRMÃS MAIS NOVAS, NO FIM DO ANO PASSADO.

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