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* * * Genética Mendeliana Professora Vanessa S. Retuci * * * Genética: ciência que estuda a herança das características de um indivíduo, ou uma população de indivíduos. Mendel (1822 – 1884) nasceu na região da Moravia, na época parte do império austro-húngaro. Após o colegial entrou no mosteiro Agostiniano de St. Thomas na cidade de Brünn, Aústria. * * * No mosteiro trabalhou com hibridação de plantas, rendendo-lhe o título de pai da genética. O trabalho de Mendel foi realizado com ervilhas de jardim (Pisum sativum), e sua primeira monografia foi publicada em 1866. Entretanto, suas idéias só foram reconhecidas, por volta de 1900 por outros pesquisadores, os quais independentemente obtiveram os mesmos resultados de Mendel. * * * O TRABALHO DE MENDEL Mendel em seus estudos utilizou-se de metodologia científica fantástica; Escolha do material – ervilhas; Metodologia – trabalhou com linhagens, analisando, individualmente, 7 característica, os resultados foram por ele quantificados. * * * * * * A análise de Mendel Cada característica foi avaliada individualmente; Utilizou plantas da linhagem pura na geração parental (P); Polinizou uma planta com o pólen da outra contrastante (cruzamento dirigido); Observou que na primeira geração filial (F1) somente um fenótipo aparecia; As demais gerações foram obtidas por autofecundação; * * * Na geração filial (F2), ¼ da expressão fenotípica da característica ausente na F1 reaparece; Na contagem das plantas obteve uma proporção de 3:1 na geração filial F2; Nos resultados não observou nuances de cores nem formas, ou era ou não era, não haviam intermediários, concluindo então, que não era real a teoria de herança por mistura. * * * Dedução de Mendel As plantas de F1 recebem de seus genitores habilidades de produzir tanto o fenótipo dominante quanto o recessivo, e estas habilidades são mantidas e passadas adiante para as futuras gerações em vez de se misturarem. * * * Quando autofecundou, cada uma das plantas da geração F2, observou na geração filial seguinte uma proporção de 1:2:1, sendo assim observada nas gerações posteriores; CONCLUSÕES DE MENDEL 1- O agente da herança é particulado - fator – hoje conhecido como gene; 2- Existem dois tipos de fatores opostos para cada característica, e esses ocorrem aos pares, genes alelos; 3- Na formação dos gametas o nº de fatores eram reduzidos à metade (passo decisivo para a descoberta da haploidia e diploidia). * * * Diante de suas conclusões, Mendel, propôs sua primeira teoria, hoje conhecida como a 1ª Lei de Mendel. A 1ª Lei de Mendel é também conhecida como Lei da Pureza dos Gametas, Lei da Disjunção ou Lei da Segregação dos Caracteres. * * * 1ª Lei de Mendel: Segregação dos Caracteres * * * MEIOSE * * * Eletromicrografia do processo da Meiose * * * Distribuição independente Ex. Caráter cor dos cotilédones: padrão amarelo (V_) apresentava dominância sobre o padrão verde (vv) Caráter aspecto da casca da semente: padrão de casca lisa (R_) era dominante sobre o tipo casca rugosa ( rr) 2ª Lei de Mendel * * * Mendel realizou experimentos envolvendo genitores puros (homozigotos), os quais foram cruzados e, posteriormente, obtida a descendência F2. * * * RESULTADOS Por meio dos dados obtidos pode-se fazer a análise individual de cada caráter, e, posteriormente, a análise conjunta. Assim, observa-se: * * * Para o caráter cor dos cotilédones Foram observadas as relações: P (amarelo) = (315 + 101)/556 =3/4 P (verde) = (108+32)/556 = 1/4 Para o caráter aspecto da casca da semente Foram observadas as relações: P (lisa) = (315 + 108)/556 = 3/4 P (rugosa) = (101+32)/556 = 1/4 * * * Para a análise conjunta, verifica-se que: P (amarelo, lisa) = 315/556 = 9/16 P (amarelo, rugosa) = 101/556 = 3/16 P (verde, lisa) = 108/556 =3/16 P (verde, rugosa) = 32/556= 1/16 Esse resultado também é obtido utilizando-se a lei probabilística aplicada para eventos independentes. P (A e B) = P(A) P(B) * * * Assim, verifica-se que: P (amarelo, lisa) = P(amarelo) P(lisa) = (3/4)(3/4) = 9/16 P (amarelo, rugosa) = P(amarelo) P(rugosa) = (3/4) (1/4) = 3/16 P (verde, lisa) = P(verde) P(lisa) = (1/4) (3/4) = 3/16 P (verde, rugosa) = P(verde) P(rugosa) = (1/4) (1/4) = 1/16 Com base nos resultados encontrados, Mendel postulou sua segunda lei: os genes localizados em cromossomos diferentes segregam independentemente. * * * Representação do experimento realizado por Mendel para estudar dois caracteres. * * * Quadro demonstrativo para a descendência da geração filial (F2) * * * RELAÇÃO GENOTÍPICA * * * RELAÇÃO FENOTÍPICA * * * História da Genética Humana Garrod – médico que em 1902 publicou: “The Incidence of Alkaptonuria: A Study in Chemical Individuality” Importância – primeira aplicação dos conceitos Mendelianos a uma característica humana. * * * O trabalho de Garrod: Isolou o ácido homogentísico da urina dos pacientes com alcaptonúria. (deficiência metabólica da tirosina com acúmulo de ácido homogentísico, devido a falta da enzima ácido homogentísico oxidase). (2) Peculiaridade é na maioria dos casos, congênita; * * * (3) Anomalia capaz de surgir em dois ou mais irmãos ou irmãs cujos genitores são normais. Garrod mencionou o princípio da hereditariedade descoberto por Mendel. Manifestações Clínicas da doença: Artropatia, pigmentação ocular e cutânea, urina escura e acometimento cardiovascular Frequência: 1:1.000.000 * * * A Citogenética Hertwig (1875) – observando fertilização animal – estaleceu a continuidade dos núcleos celulares; Flemming (1880-82) – descobriu a separação das cromátides irmãs na mitose; * * * van Beneden (1883) – estabeleceu a distribuição igual e regular de cromossomos para os núcleos filhos; Boveri (1888) – encontrou evidências da individualidade de cada par de cromossomos; Waldeyer (1888) – cunhou o termo ‘cromossomo’; * * * Boveri, Sutton, Correns (1902) e de Vries (1903) “os cromossomos como portadores da informação genética” O desenvolvimento da citogenética humana foi retardado até 1956, quando o número correto de cromossomos humano foi estabelecido como 46. * * * Avaliação Mendeliana - HUMANA Ocorre por meio de heredogramas ou árvores genealógicas; A construção da genealogia é impulsionada por um fenótipo de interesse: propósito * * * Simbologia utilizada nos heredogramas: homem mulher casamento Pais e filhos (em ordem de nascimento) Gêmeos não-idênticos DIZIGÓTICOS * * * Simbologia utilizada nos heredogramas: Gêmeos idênticos MONOZIGÓTICOS 2 3 Sexo não especificado Número de filhos e respectivo sexo Pessoa afetada Portador recessivo ligado ao X * * * Simbologia utilizada nos heredogramas: Morte Aborto ou natimorto (sexo não especificado) Propósito Casamento consanguíneo Heterozigoto para autossômicos recessivo * * * Genética Médica Os distúrbios nos seres humanos, são na maioria dos casos herdados como fenótipos dominantes ou recessivos de um modo mendeliano simples. * * * Herança de Recessivos (segundo o Mendelismo) PKU (fenilcetonúria) Fenótipo recessivo Portador não processa o aminoácido fenilalanina. Convertida no corpo em ác. fenilpirúvico, o qual atua no S. Nervoso levando à retardo mental. PKU - alelo p Condição normal – alelo P * * * PKU * * * A formação de indivíduos afetados geralmente depende da união ao acaso de heterozigotos não aparentados; Entretanto, existe alta probabilidade de ocorrência nos processos de endogamia (inbreeding). * * * Outros exemplos: FIBROSE CÍSTICA (Consiste num funcionamento anômalo das glândulas exócrinas, produtoras de muco, saliva, suor, suco gástrico, etc...) ALBINISMO POLIDACTILIA BRAQUIDACTILIA PIEBALDISMO * * * Herança de Dominantes (segundo o Mendelismo) Acondroplasia (nanismo) Fenótipo com alelo dominante Interferência - crescimento dos ossos. Indivíduo normal - dd Anão - Dd / DD Normalmente o homozigoto dominante é letal! * * * Variantes fenotípicas normais: Dividem-se em: contínuas e descontínuas. Contínuas – características mensuráveis. altura, peso… Descontínuas – características contrastantes. olhos cast. x olhos azuis cabelo esc. x cabelo louro lobo da orelha solto x preso * * * Entre os polimorfismos detectados, os mais freqüentes são os dimorfismos. Em humanos – dimorfismo para habilidade de sentir feniltiocarbamina (PTC) ou não sentir. Portadores de sensibilidade TT e Tt Portadores de insensibilidade tt
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