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RESPOSTAS DAS QUESTÕES DE FAMÍLIA 1. Falecido João, deixou uma casa comprada após a morte da mulher. Deixou vivos os pais, quatro filhos e dois netos, que são filhos de um pré-morto do extinto. Os netos têm, cada qual, direito a qual quinhão sobre o imóvel? Haverá cinco quinhões, sendo quatro irmãos e um pré-morto, que deixou dois filhos. Esses representam o quinhão (1/5) do pai falecido, e, assim, recebem 1/10 da herança (art. 1.835 c.c. arts. 1.854 e 1.855). 2, Lucas e Tereza casaram-se em regime de comunhão parcial de bens. Contudo, Tereza conheceu Ricardo e eles passaram a ter um relacionamento amoroso. Separando-se de fato de Lucas, Tereza saiu da casa em que morava e foi viver com Ricardo, apesar de continuar casada com Lucas. Ricardo falece alguns anos depois deixando uma grande fortuna sem herdeiros próximos. É possível o reconhecimento da união estável entre Tereza e Ricardo? Tereza terá direito à herança? Havendo separação de fato e os requisitos da união estável (convivência pública, contínua, duradoura e com intuito de constituir família), é possível seu reconhecimento. Nessas condições, não havendo notícia de pacto de convivência entre Tereza e Ricardo, o regime será o da comunhão parcial, e, assim, Tereza terá direito à herança. 3. Comente a tirinha acima à luz do exercício do poder familiar. No caso citado, a mãe pede à filha que vá comprar alimento, a qual pode ser tarefa atribuída dentro dos limites do poder familiar, não havendo, assim, abuso desse pela genitora (art. 1.634, IX, do Código Civil). 4. Pedro e Júlia participaram da festa junina da empresa em que trabalham, na qual fizeram o papel de noivo e noiva, respectivamente. Marcos, gerente de vendas, atuou como padre naquela oportunidade. Pedro e Júlia já tinham um relacionamento amoroso e, então, eles decidem buscar os efeitos civis da cerimônia realizada naquele momento festivo. A demanda do casal é possível? Por quê? Não é, porque o padre em questão não é ministro de confissão religiosa constituído. Tratou-se apenas de uma brincadeira, que é incapaz de ser reconhecida como casamento civil. _____________________________________________________________________________________ 1.BEBEL GILBERTO CONSEGUE NA JUSTIÇA A INTERDIÇÃO DE JOÃO GILBERTO Ícone da bossa nova, João Gilberto, 86, está desde outubro sob os cuidados da filha, Bebel Gilberto. A cantora que mora em Nova York conseguiu na Justiça a interdição do pai para a gestão pessoal, patrimonial e financeira do artista. A decisão foi publicada no Diário de Justiça do Rio de Janeiro e dá a Bebel atuação provisória de 120 dias. (...) O processo corre em segredo de Justiça, mas, segundo o colunista Anselmo Góes, do jornal ‘O Globo’, a ação de Bebel visa ‘pôr fim aos negócios temerários que João vinha sendo orientado a firmar, que resultaram na atual condição de quase miserabilidade do artista’. DISPUTA FAMILIAR Mesmo com a decisão, uma perícia foi solicitada pelo juiz para comprovar o estado de saúde do cantor, que tem enfrentado dificuldades financeiras desde o cancelamento de sua turnê de 2011, quando completou 80 anos. Ele chegou a receber os adiantamentos, mas não devolveu o dinheiro quando não realizou os shows. Para tentar amenizar a dívida, o músico teria assinado empréstimo de R$ 10 milhões com o banco Opportunity, em abril de 2013. Como garantia, o banco ficou com 60% dos direitos autorais dos quatro primeiros discos de João. O estado de saúde e financeiro do artista preocupa seus filhos mais velhos há um bom tempo. O primogênito do músico, João Marcelo Gilberto, e Bebel sempre foram contra o acordo. Cláudia Faissol, mãe de sua filha caçula, era a favor da negociação. Em reportagem publicada no UOL em julho deste ano, João Marcelo responsabiliza Faissol pelas finanças debilitadas do pai. ‘Ela [Cláudia] manda a filha para uma escola de R$ 11 mil por mês e acredito que ela não trabalha. Meu pai está perdendo sua casa, mas sua filha está bem. Ele está quebrado. Ela o sangrou até secar.’ E acrescentou: ‘Ele está com 86 anos. Ainda tem períodos de lucidez, mas fica facilmente confuso, especialmente se fica estressado.’ (...) ‘Ele não tinha empresário, ninguém registrou suas interpretações. Estou tentando organizar. Fui a estatais e ministérios no governo passado e não consegui ajuda. Ele não queria lei de incentivos para tirar impostos do povo. Houve falta de vontade política’, disse Cláudia sobre as tentativas de buscar patrocínio para o músico. (Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2017/11/1935736-bebel-gilberto-consegue-na-justica-a- interdicao-de-joao-gilberto.shtml?loggedpaywall. Acesso em: 16 nov.2017). Dado o caso constante da notícia, pode-se afirmar que a interdição foi concedida conforme as determinações atuais para a espécie? Teria o cantor e compositor interdito possibilidade de exercer outros atos da vida civil sem depender da filha? Justifique de forma fundamentada. R.Sim, porque foi por período limitado (120 dias) e restrito à parte negocial de João Gilberto (arts. 6º, 84 e 85 da Lei nº 13.146/2015 - Estatuto da Pessoa com Deficiência). O cantor, contudo, poderá exercer livremente seus direitos “ao próprio corpo, à sexualidade, ao matrimônio, à privacidade, à educação, à saúde, ao trabalho e ao voto” (art. 85, § 1º, do supracitado Estatuto). 2. O regime de comunhão parcial de bens tornou-se automático no ordenamento jurídico de bens desde 1977. Por ele, há patrimônio comum dos cônjuges, só podendo haver bens próprios se adquiridos ou recebidos antes do casamento. Caso o cônjuge tenha bens próprios, seus frutos também são exclusivamente seus. A administração dos bens comuns compete aos dois cônjuges, e, em caso de malversação, a autoridade judiciária poderá conceder a administração a apenas um deles. Cada qual administrará seus bens particulares, e a alienação, assim, não dependerá de qualquer manifestação de vontade do outro, porque haveria inadmissível intromissão. Dado o texto acima, aponte, de modo fundamentado, ao menos TRÊS imperfeições. Na constância do casamento é possível haver bens particulares, como no caso da sub-rogação de bens havidos antes do casamento ou da doação feita apenas a um dos cônjuges. Os frutos, nos bens exclusivos, são partilháveis. A alienação de bens particulares reclama outorga conjugal (marital ou uxória) 3. Lisbela possui um irmão chamado Gregório que é casado com Silmara. Lisbela, em razão de desavenças com Silmara, insiste em afirmar que não possui grau de parentesco com ela, mas resolveu estudar o assunto com você. O que você responderia? Que há grau de parentesco (afinidade, colateral, segundo grau) 4. Marcos, Alberto, Carla, José e Paulo são irmãos. Quando José morreu e deixou quatrocentos mil reais de herança, os três primeiros já eram falecidos. Marcos deixou dois netos: Kátia e Manoel. Alberto, dois filhos: Mauro e João, e Carla não deixou descendentes. Aberta a sucessão, como será deferida a herança? Sendo apenas irmãos, que são colaterais de segundo grau, o direito de representação restringe-se aos seus filhos e não aos netos (art. 1.853). Marcos (premoriente) – só tinha netos, que nada recolherão Alberto (premoriente) – tinha dois filhos, que receberão por representação Carla (premoriente) – sem descendentes Paulo – ainda vivo Logo, os R$400.000,00 serão divididos entre os filhos de Marcos (R$100.000,00 para cada) e R$200.000,00 para Paulo . 1. Diva viveu maritalmente com Roberto entre agosto de 1991 e março de 1993, ocasião em que compraram juntos imóvel situado na rua do Logradouro. Após período de separação, houve reconciliação, e, objetivando formalizar a reunião, os dois contraíram matrimônio em 17 de janeiro de 1995, firmando pacto antenupcial para aadoção do regime de separação de bens. Durante o casamento, venderam o imóvel e, com o dinheiro, Roberto adquiriu em seu nome a propriedade de uma casa situada na rua do Engodo, 171. Ocorre que Roberto hipotecou esse imóvel, sem outorga de Diva, em razão de seu regime de bens. Quais direitos Diva terá sobre o imóvel? À Diva pertence a metade ideal do imóvel hipotecado, uma vez que foi adquirido por fruto da constância da união estável, o que deverá ser declarado judicialmente (art. 1.725 do Código Civil). 2. Em 10 de novembro último, o Superior Tribunal de Justiça expediu o enunciado da Súmula 596, que diz: “A obrigação alimentar dos avós tem natureza complementar e subsidiária, somente se configurando no caso de impossibilidade total ou parcial de seu cumprimento pelos pais”. Comente tal entendimento jurisprudencial à luz do princípio constitucional da paternidade responsável. Um dos princípios do direito de família, como se sabe, é o da paternidade responsável, isto é, a possibilidade de gerar filhos desde que sejam criados responsavelmente. Logo, se uma das obrigações inerentes à paternidade é a de fornecer alimentos, o próprio genitor deve, em primeiro lugar, responsabilizar-se por ela, só cabendo alcançar os progenitores em situação subsidiária, quando o alimentante não mais tem condições de o fazer, ainda que parcialmente. 3 - Carlos faleceu casado no regime de comunhão universal de bens com Fernanda. Tinha um patrimônio de R$ 625.000,00 e dívidas de R$ 125.000,00. Não deixou filhos. Deixou um testamento no qual destina R$ 100.000,00 para a APAE. Deixou seu pai João e os avós maternos Pafúncio e Adalgisa. Como se dará a partilha? meação de Fernanda- R$ 250.000,00 Herdeiros- Fernanda- R$ 75.000,00 João- R$ 75.000,00 APAE- R$ 100.000,00 4. Falecido João, deixou uma casa comprada após a morte da mulher. Morreu deixando vivos os pais, quatro filhos e dois netos, que são filhos de um pré-morto do extinto. Os netos têm, cada qual, direito a qual quinhão sobre o imóvel? Haverá cinco quinhões, sendo quatro irmãos e um pré-morto, que deixou dois filhos. Esses representam o quinhão (1/5) do pai falecido, e, assim, recebem 1/10 da herança (art. 1.835 c.c. arts. 1.854 e 1.855) . 1. Comente o quadrinho acima, à luz das alterações constitucionais do direito de família advindas pela Constituição de 1988. A família, ao contrário do que diz, ironicamente, a personagem Mafalda, não é uma cooperativa, mas união de pessoas pelos vínculos de sangue ou civis para o atendimento de objetivos comuns, pautados pelo afeto. A referência a chefe de família é equivocada, uma vez que a gestão da entidade se dá, quando for o caso de existirem cônjuges, igualmente por esses dois. 2. O bem de família figura exclusivamente em nosso ordenamento jurídico na Lei nº 8.009/1990. O imóvel, no caso, goza de proteção por força dessa lei, aplicando-se de imediato, pelo simples fato de servir de residência para a família. Essa proteção, contudo, não se estende a pessoas solteiras e viúvas. Já as vagas de garagem que têm matrícula própria não são bens de família, podendo, assim, sofrer os efeitos da penhora (bloqueio judicial do bem). O imóvel protegido pode ser de qualquer valor, exceto quando há multiplicidade de bens daquela natureza, quando então somente o de maior valor estará sob o amparo legal. Finalmente, fiadores de contratos de locação podem ter seus imóveis perdidos na hipótese de inadimplemento do afiançado, não podendo reclamar a condição de bem de família para esses. Dado o texto acima, aponte, de modo fundamentado, ao menos TRÊS imperfeições. Não, há previsão do bem de família também no Código Civil, embora muito pouco usado. A proteção, por força da Súmula 364 do STJ, estende-se a pessoas solteiras, separadas e viúvas. Se houver vários imóveis, o que será protegido será o de menor valor. 3. Marlene casou-se com João pelo regime da comunhão parcial de bens. João já tinha dois imóveis próprios antes do casamento. Cerca de três meses depois do casamento, João alugou seus dois imóveis e passou a depositar os valores auferidos com os aluguéis em uma conta poupança apenas em seu nome. Depois de cinco anos de casada, Marlene decide separar-se de João. Marlene terá direito aos dois imóveis mencionados? E aos valores depositados na conta de João? Justifique. Marlene não terá direito aos imóveis que eram anteriores ao casamento, mas faz jus à meação dos frutos, consistentes nos aluguéis auferidos. 4. João teve quatro filhos: Augusto, José, Marcos e Afonso. Augusto teve duas filhas, Ana e Clara, e Afonso também teve duas filhas, Joana e Maria. Ana teve uma filha, Sônia. Se Marcos falece ab intestato, sem ainda ter cônjuge ou companheiro, e sendo João, Augusto e Ana já falecidos, como será a herança dividida? 1/3 para José, 1/3 para Afonso e 1/3 para Clara, que representa Augusto. ______________________________________________________________________________________ 1. Arlindo casa-se com Joana pelo regime da comunhão universal de bens e com ela tem dois filhos, Bruno e Lucas, ambos solteiros e sem conviventes em união estável. Arlindo e Lucas morrem em um mesmo acidente de trânsito, tendo Lucas deixado um filho menor. Dos atestados de óbito, consta que o falecimento de Arlindo ocorreu cinco minutos antes do de Lucas. Como se dará a transmissão dos bens de Arlindo? Serão transmitidos a Bruno e a Lucas, observada a meação de Joana. 2. Paulo e Ana moram juntos há 10 anos, em convivência estável e como se fossem casados. Ademais, Paulo é separado de fato de Camila, tendo nascido desta união Mauro. Paulo e Ana, durante a profícua união, de comum adquiriram um apartamento no valor de R$ 500.000,00 e uma moto no valor de R$ 100.000,00. Destaque-se que ambos contribuíram financeiramente para a aquisição dos bens, unidos seus esforços e patrimônio para tanto, todavia decidiram romper o convívio afetivo por incompatibilidades. Como se dará a partilha dos bens? Vivendo o casal em união estável, e não havendo notícia de pacto de convivência, o regime de comunhão parcial, com a metade dos bens para cada um (R$300.000,00). Em que medida o modelo de família acima não é mais exclusivo entre nós? Justifique, expondo algumas formas diferentes e a questão da laicidade estatal para fins familiares. A figura indica a família matrimonializada, sendo os cônjuges de sexos diferentes, modelo que não é mais o único reconhecido pela CF, que abona outras formas, tais como informal (decorrente da união estável), monoparental (um dos genitores com os filhos), anaparental (só os filhos), homoafetiva (pessoas do mesmo sexo), eudemonista (baseadas no vínculo afetivo), entre outras. De se ressaltar, também, que embora o estado seja laico, a CF admite os efeitos civis do casamento religioso. 4. Cláudio Vicentino morreu em 16 de novembro de 2017, ab intestato. Acerca de seu patrimônio, só se tinha notícia da existência de saldos em conta bancária e na do FGTS. Sua viúva, Serafina Vicentino, questiona se é imprescindível, para fazer uso das importâncias mencionadas, o ajuizamento do inventário. O que você responderia? À luz da Lei nº 6.858/1980, não é necessário, bastando o ajuizamento do pedido de alvará judicial, desde que comprovado o vínculo sucessório na forma do art. 1.829 do Código Civil. 1 - . Falece Andréa, solteira, sem deixar herdeiros necessários. Deixa como patrimônio bens no valor de R$ 910.000,00. Foram gastos R$ 10.000,00 no seu funeral. Tinha duas irmãs bilaterais, Ana e Francisca; um irmão unilateral, André. Considere que André é premoriente e possui três filhos Lia, Cleusa e Lívia e Ana renunciou à herança. A sucessão é só entre irmãos, regendo-se, no caso daquestão, pelo art. 1841. Nessas condições, a herança líquida é de R$900.000,00. Ana – (bilateral) 2x – RENUNCIOU Francisca – (bilateral) 2 x André – (unilateral) x – Premoriente, deixou as filhas Lia, Cleusa e Lívia. 3x = 900.000,00 x = 300.000,00 Logo, Francisca herdará R$600.000,00 e as filhas de André receberão R$100.000,00 cada. 2 - Em 10 de novembro último, o Superior Tribunal de Justiça expediu o enunciado da Súmula 596, que diz: “A obrigação alimentar dos avós tem natureza complementar e subsidiária, somente se configurando no caso de impossibilidade total ou parcial de seu cumprimento pelos pais”. Comente tal entendimento jurisprudencial à luz do princípio constitucional da paternidade responsável. Um dos princípios do direito de família, como se sabe, é o da paternidade responsável, isto é, a possibilidade de gerar filhos desde que sejam criados responsavelmente. Logo, se uma das obrigações inerentes à paternidade é a de fornecer alimentos, o próprio genitor deve, em primeiro lugar, responsabilizar-se por ela, só cabendo alcançar os progenitores em situação subsidiária, quando o alimentante não mais tem condições de o fazer, ainda que parcialmente. Comente a tirinha acima à luz do exercício do poder familiar. No caso citado, a mãe pede à filha que vá comprar alimento, a qual pode ser tarefa atribuída dentro dos limites do poder familiar, não havendo, assim, abuso desse pela genitora (art. 1.634, IX, do Código Civil). 4 - A união estável foi reconhecida constitucionalmente no Brasil em 1988. É ela a convivência pública, contínua e duradoura entre homem e mulher, podendo ocorrer entre solteiros, separados de fato, juridicamente separados e divorciados. Os impedimentos, no caso, são os mesmos do casamento, e o regime de bens, caso não haja contrato de convivência lavrado em cartório, será também o da comunhão parcial. Findo o convívio, a ação cabível será a de divórcio ou de separação e os direitos sucessórios, no caso de morte, por recente decisão do Supremo Tribunal Federal, serão regidos apenas pelo art. 1.829 do Código Civil. Há situações paralelas à união estável, como é o caso do namoro qualificado, em que o intento é o de futuramente constituir família, e, nisso, difere daquela, em que a família já está constituída. Já o concubinato impuro poderá, em princípio, ser convertido em união estável, visto que não há impedimento para casamento. Dado o texto acima, aponte, de modo fundamentado, ao menos TRÊS imperfeições. A união estável constitui convivência pública, continua, duradoura e com objetivo de constituir família entre duas pessoas, qualquer que seja o sexo. Finda a convivência, a ação cabível será a de reconhecimento e dissolução de união estável, já que o divórcio e a separação só próprios do casamento. O concubinato impuro, por ora, não poderá ser convertido em casamento, uma vez que ao menos um dos integrantes apresenta impedimento para casar. 1 – Agiu corretamente, pois a função do sacerdote era a comunicação do registro civil. O prazo de 90 dias é decadencial, ou seja, passando este prazo, requerer-se-á um novo prazo de habilitação. E no caso em tela eles estão vivendo em uma União Estável, perante a lei. 2 – O Casamento putativo deve haver boa-fé de uma das partes. Ambos souberam que eram irmãos antes de se casarem, ou seja, caso continuasse e se casassem, não haveria casamento putativo. 3 – Tal casamento é valido, tendo em vista que houve a autorização do genitor e o grau de parentesco não impede, eis que no artigo 1521, inciso IV, do Código Civil, estabelece que não podem se casar até os colaterais de 3º grau, não incluindo os primos, que são colaterais de 4º grau. Portanto, este casamento é válido. 1 - A) apartamento será para ambos (1660, I); casa de Ilhabela só de Tobias (1651); veículo pertencente a ambos (1660, V); Casa em Mairiporã em cotia, só de Roberta (1659, II); mega-sena pertence a ambos (1660, II) b) deverá aquiescer (ter autorização de outro cônjuge) – artigo 1647, inciso I, do Código Civil. 2) cabem embargos de terceiros no imóvel rural e ação no prédio comercial, e fica excluído a casa de veraneio. 1) Não agiu corretamente, pois não há responsabilidade civil de Carla perante a Severino, já que ela não tinha menor obrigação de fidelidade para com o autor da demanda. 2) Dado que, presente os requisitos da União Estável, e considerando que essa pela ADPF 132, foram reconhecidas para pessoas do mesmo sexo, Paula terá direito a bolsa. 3) Tanto o bem imóvel quanto o prêmio da loteria, serão partilhados a metade e, consoante ao artigo 1581, é possível que a partilha seja feita posteriormente. 4) Desde 2010, com o advento da emenda 66, não há mais necessidade de implementação do requisito temporal. 1 – Sobre os 900 mil reais a Patrícia (cônjuge) receberá meação de 450 mil reais e na parte da herança de 300 mil reais, ela herdará ¼ do patrimônio, ou seja, 75 mil reais. Os filhos de Bernardo receberão os 450 mil restantes dos 900 mil da seguinte forma: a) Cada filho de Dalva receberá 60 mil reais; b) Laerte e Bernardo receberão 90 mil reais cada um; c) Roberto renunciou sua parte aos filhos de Dalva; d) Paulo foi declarado indigno – cada filho seu receberá 18 mil reais. Sobre a questão da herança de 300 mil reais, sobrou 225 mil reais, e serão distribuídos da seguinte forma: a) Cada filho de Dalva receberá 30 mil reais; b) Laerte e Bernardo receberão 45 mil reais; c) Roberto renunciou sua parte aos filhos de Dalva; d) Paulo foi declarado indigno – cada filho seu receberá 9 mil reais. Partilha total: a) Patrícia receberá 525 mil reais; b) Cada filho de Dalva receberá 90 mil reais; c) Laerte e Bernardo receberão 135 mil reais cada um; d) Roberto renunciou sua parte aos filhos de Dalva; e) Paulo foi declarado indigno – cada filho seu receberá 27 mil reais 2 – Neste caso, Rosalva ficará com 50% dos bens particulares e dos bens em comum de Genésio, e os outros 50% dos bens particulares e dos bens em comum de Genésio ficará com os pais, ou seja: a) 100 mil de Genésio dos bens comuns – 50 mil para Rosalva e 50 mil para o Pai de Genésio; b) 110 mil dos bens particulares – 55 mil para Rosalva e 55 mil para Pai de Genésio: Partilha final: a) Rosalva: 100 mil da parte do casamento de Rosalva + 50 mil da parte do casamento de Genésio + 55 mil dos bens particulares de Genésio – 205 mil; b) Pai de Genésio: 50 mil da parte do casamento de Genésio + 55 mil dos bens particulares de Genésio – 105 mil 3 – A partilha será somente aos irmãos bilaterais, tendo em vista que, os irmãos unilaterais estão mortos, e os destes (unilaterais) não podem receber, tendo em vista que o direito de representação só vai até sobrinhos dos irmãos do de cujus (tio). 4 – Mãe de Alberto já é excluída pois os mais próximos excluem os mais remotos. Alberto tem oito netos decorrentes de Paulo e Oscar (seus filhos que já morreram). Portanto, os seus netos recebem a herança por cabeça (direito de representação) eis que todos são do mesmo grau. – Artigos 1835 e 1853 do Código Civil. 5 – Se não realizar o testamento, Mário receberá toda herança de João, mesmo Roberto (morto) tendo um filho, tendo em vista que Mário é colateral de 4º grau e o filho de roberto é colateral de 5º Grau, ou seja, o mais próximo as excluem os mais remotos. Caso queira que filho de Roberto (morto) receba a herança, pode fazer por meio de testamento, podendo até passar 100% do patrimônio a ele. 6 – Patrimônio de Tomás: 900 mil reais Otacílio recebeu em vida de Tomás – 110 mil Reinaldo recebeu em vida de Tomás – 36 mil Francisco não recebeu nada em vida de Tomás. Com a morte de Tomás, a herança se dividirá igualitariamente daseguinte maneira: a) Octacílio – 110 mil + 240 mil = 350 mil; b) Reinaldo – 36 ml + 314 mil = 350 mil; c) Francisco – 350 mil Ao todo: 900 mil reais. 7 – Os mais próximos excluem os mais remotos – desta maneira, o sobrinho de lúcia (colateral de 3º grau – mediante a direito de representação) recebe a herança em sua totalidade e os primos de lúcia (colateral de 4º grau) não recebem a herança.