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Teorias da administração

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Aula 01 – Introdução à Administração 
 
___________________________________________________________________________________________________ 
Administração I Profª. Isabel Ayres 1 
1. INTRODUÇÃO 
1.1. Administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar os recursos disponíveis a 
fim de alcançar os objetivos organizacionais. 
1.2. Na verdade, administrar não significa executar tarefas, mas sim fazer com que elas sejam 
executadas. 
1.3. Podemos dizer que a administração não é uma ciência exata e sim social, pois ela acontece 
basicamente por meio das pessoas. 
1.4. Cabe à administração alcançar os objetivos organizacionais de maneira eficiente e eficaz, gerando 
satisfação aos trabalhadores e também aos clientes. 
1.4.1. Eficiência: é fazer corretamente as coisas, preocupando-se com os meios, ou seja, 
procedimentos e métodos. É o jogar um bom futebol. 
1.4.2. Eficácia: é fazer as coisas certas, preocupando-se com os fins, ou seja, os objetivos e 
resultados. É o ganhar a partida de futebol. 
1.5. Logo, Administrador é o responsável pelo desempenho de um grupo de pessoas em determinada 
organização. É o indivíduo que planeja, organiza, dirige e controla as atividades das pessoas 
dentro da organização, decidindo seus caminhos e atividades a serem executadas. 
1.6. O Administrador não é aquele que faz, mas sim o que faz fazer. 
1.7. O administrador encontra-se em qualquer nível da organização, da alta gerência aos níveis 
operacionais. 
 
2. HABILIDADES DO ADMINISTRADOR 
2.1. O administrador precisa ter três tipos de habilidades para obter o sucesso: 
2.1.1. Habilidade Técnica: consiste em utilizar conhecimentos, métodos, técnicas e 
equipamentos necessários para realizar as tarefas. Está ligado com o “fazer” na prática. 
2.1.2. Habilidade Humana: consiste na capacidade para trabalhar com pessoas, compreendê-las 
e motivá-las. Está envolvido com o poder de comunicação e o relacionamento interpessoal. 
2.1.3. Habilidade Conceitual: consiste na capacidade para lidar com idéias e conceitos 
abstratos. Proporciona idéias globais, conceitos, valores e princípios. É o uso da visão 
futura. 
Níveis Administrativos Habilidades Necessárias 
 
 
Institucional 
 Alta Direção 
 
 Intermediário 
 Gerência 
 
 
 Operacional 
 Supervisão 
 
 
3. PAPÉIS DO ADMINISTRADOR 
3.1. Um papel é um conjunto de expectativas da organização a respeito do comportamento de uma 
determinada pessoa. 
3.2. Cada papel representa as atividades que o administrador terá que executar para cumprir suas 
funções de planejar, organizar, dirigir e controlar dentro das organizações. 
3.3. O administrador possui dez papéis que são divididos em três categorias: 
3.3.1. Papéis Interpessoais: como o administrador interage com as outras pessoas. 
3.3.2. Papéis Informacionais: como o administrador troca as informações com as outras pessoas. 
Técnicas 
Humanas 
Conceituais 
Aula 01 – Introdução à Administração 
 
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Administração I Profª. Isabel Ayres 2 
3.3.3. Papéis Decisórios: como o administrador utiliza as informações nas suas decisões. 
CATEGORIA PAPEL ATIVIDADE
Representação
Representa a organização, assina documentos legais, participa 
de cerimônias e eventos, recebe visitantes
Liderança
Dirige e motiva as pessoas, treina, orienta e se comunica com 
seus subordinados
Ligação
Mantém redes de comunicação dentro e fora da organização, usa 
malotes, telefonemas, e-mails e reuniões
Monitoração
Manda e recebe informações, lê revistas técnicas e relatórios, 
mantém contatos pessoais
Disseminação
Envia informação do ambiente para as pessoas de dentro da 
organização, produz memorandos e relatórios
Porta-voz
Envia informação da empresa para o ambiente, fala oficialmente 
em nome da organização, produz notas e divulgações
Empreende
Inicia projetos, identifica novas idéias, descobre e aproveita 
oportunidades, gera mudanças
Resolve conflitos
Toma ação corretiva em disputas e crises, ameniza e resolve 
conflitos entre subordinados, prepara o grupo para as mudanças
Alocação de recursos
Planeja, orça e estabelece prioridades, decide para quem e onde 
serão alocados os recursos
Negociação
Representa a organização em grandes negociações, acordos 
com sindicatos e orgão públicos, grandes compras e vendas
Interpessoal
Informacional
Decisória
 
 
 
4. AS ORGANIZAÇÕES 
4.1. Organização é uma entidade social composta de pessoas e deliberadamente estruturada e 
orientada para um objetivo comum. 
4.2. Todo organização visa a produção de um produto ou serviço afim de satisfazer as necessidades 
dos clientes. 
4.3. São nas organizações que podemos observar diretamente o papel do administrador, independente 
do nível organizacional em que se encontra. 
4.4. Nível Institucional 
4.4.1. É o nível mais elevado da organização, composto pelos presidentes e diretores, também 
chamado de alta gerência. É o nível com mais contato direto com o ambiente externo. Nesse 
nível o administrador deve possuir visão estratégica, para definir a missão e os objetivos 
fundamentais da organização. 
4.5. Nível Intermediário 
4.5.1. É o nível que articula internamente o nível institucional com o nível operacional, composto 
pelos gerentes. Recebe as decisões e transforma e programas de ação. Nesse nível,o 
administrador deve possuir visão tática, para planejar as ações de execução. 
4.6. Nível Operacional 
4.6.1. é o nível mais baixo da administração e está diretamente ligado a execução das atividades e 
tarefas, composto por supervisores e encarregados. Nesse nível o administrador deve possuir 
poder de comando e controle para garantir a realização das tarefas rotineiras. 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
ADMINISTRAÇÃO NOS NOVOS TEMPOS (Cap. 01) – Idalberto Chiavenato – Editora Campus 
INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO (Cap. 01) – Antonio César Amaru Maximiano – Editora Atlas 
 
 
Aula 01 – Introdução à Administração 
 
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Administração I Profª. Isabel Ayres 3 
5. INTRODUÇÃO 
5.1. Para que possamos compreender a administração hoje, precisamos do conhecimento dos 
caminhos pelos quais passou a teoria administrativa ao longo do tempo. 
5.2. Desde antes de Cristo já existem registros de procedimentos administrativos e gerenciais, porém 
sem muito estudo ou organização. 
5.3. A grande virada no estudo da administração ocorreu a partir do século XVIII com a Revolução 
Industrial, transformando as oficinas em indústrias e os artesãos em operários, além de transferir 
o centro de negócios da agricultura para os centros urbanos. 
5.4. O aparecimento de novas tecnologias, principalmente na área de comunicação e transporte 
também impulsionaram a transformação do pensamento da época, tendo em vista as novas 
exigências e oportunidades de mercado. 
5.5. Em 1903 Taylor escreveu o primeiro livro sobre administração, inaugurando a teoria 
administrativa. 
5.6. Teoria é um conjunto coerente de idéias capazes de explicar as relações entre determinados fatos 
observáveis. 
5.7. Cada teoria administrativa aborda com muita ênfase alguns aspectos da administração, deixando 
de lado outros. 
 
6. ERA INDUSTRIAL CLÁSSICA 
6.1. O período da Era Industrial Clássica vai de 1900 até 1950, tendo como impulsionador a 
Revolução Industrial. 
6.2. Nessa época, o capital financeiro passou a constituir a principal fonte de riqueza. 
6.3. As primeiras teorias administrativas nasceram na era industrial clássica. 
6.4. Temos três tipos de abordagem nessa era,sendo: nas Tarefas, na Estrutura e nas Pessoas. 
6.5. Dentro dessas abordagens temos quatro teorias: Administração Científica, Teoria Clássica, Teoria 
Burocrática e Teoria das Relações Humanas. 
 
7. ERA INDUSTRIAL NEOCLÁSSICA 
7.1. O período da Era Industrial Neoclássica vai de 1950 até 1990, tendo como impulsionador o final 
da Segunda Guerra Mundial. 
7.2. Invenções como o avião a jato, a televisão, a telefonia digital e os computadores também 
contribuíram para o seu desenvolvimento. 
7.3. Nessa época, houve uma grande ampliação das regiões de atuação das organizações e o ambiente 
de negócios torna-se mutável e instável. 
7.4. Temos quatro tipos de abordagem nessa era: na Estrutura, nas Pessoas, no Ambiente e na 
Tecnologia. 
7.5. Dentro dessas abordagens temos cinco teorias: Teoria Neoclássica, Teoria Estruturalista e Teoria 
Comportamental, Teoria dos Sistemas e Teoria da Contingência. 
 
8. ERA DA INFORMAÇÃO 
8.1. O período da Era da Informação é de 1990 até os dias de hoje, tendo como impulsionador o 
grande desenvolvimento tecnológico e com a chamada tecnologia da informação. 
8.2. O recurso mais valioso e importante para as organizações passa a ser o conhecimento. 
8.3. Nesse momento perdem-se as fronteiras e características como menor espaço, menor tempo e 
maior contato tornam-se evidentes. 
8.4. Temos cinco tipos de abordagens nessa era: Produtividade, Qualidade, Competitividade, Cliente 
e Globalização. 
8.5. Não temos ainda nenhum tipo de teoria administrativa estruturada para representar essa época. 
 
 
 
Aula 01 – Introdução à Administração 
 
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Administração I Profª. Isabel Ayres 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
9. ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA 
9.1. Tem como seu precursor Frederick Winslow Taylor (1856 – 1915), engenheiro americano, que 
visava acabar com o desperdício e a improvisação nas indústrias no início do séc. XX. 
9.2. Sua ênfase á nas tarefas, visando aumentar a eficiência no nível operacional, focalizando o 
método, tempos e movimentos da cada atividade. 
9.3. Buscava-se determinar o método de trabalho ideal de executar qualquer atividade, ou única 
maneira certa de fazer algo (the best way). 
9.4. Em 1903 Taylor publica a obra Administração de Oficinas, sobre técnicas de racionalização do 
trabalho operário, por meio do Estudo de Tempos e Movimentos. 
9.5. Em 1911 publica Princípios de Administração Científica, concluindo que a racionalização do 
trabalho deve ser acompanhada de uma estruturação geral da empresa. 
9.6. Tem uma visão negativa do homem, onde todo operário é irresponsável, vadio e negligente. 
9.7. Ele acreditava na maximização da eficiência industrial, onde a melhoria da eficiência de cada 
operário pode provocar a melhoria em toda a empresa. 
9.8. Taylor acreditava em quatro princípios primários, sendo: 
9.8.1. Princípio do Planejamento: substituir a improvisação pela ciência, por meio do 
planejamento. O Planejamento é responsabilidade da gerencia e aos operários cabe a 
execução do planejado. 
9.8.2. Princípio do Preparo: selecionar cientificamente os trabalhadores conforme suas aptidões 
e treiná-los para produzirem mais e melhor. 
9.8.3. Princípio do Controle: controle rigoroso do trabalho. Ver se o executado está conforme 
previsto. O controle deve focalizar as exceções e não com as situações normais de trabalho. 
9.8.4. Princípio da Execução: distribuir distintamente as atribuições e as responsabilidades, 
mantendo a disciplina dentro da organização. 
9.9. Para aumentar a eficiência Taylor ainda enfatizou outros princípios, sendo: 
9.9.1. Estudo de tempos e movimentos: para eliminar movimentos inúteis e racionalizar o 
trabalho do operário, estabelecendo o método ideal de trabalho. 
9.9.2. Seleção científica do trabalhador: processo seletivo para adequar as pessoas às tarefas 
especializadas a serem executadas. 
9.9.3. Preocupação com a fadiga: movimentos mal planejados proporcionam maior cansaço e 
mais doenças, afetando a eficiência da empresa. Deve-se tentar eliminar os focos de fadiga. 
9.9.4. Padrão de produção: é o normal e indicado de produção a cada operário. Eficiência 100%. 
9.9.5. Plano de incentivo salarial: quando o operário produz acima do padrão ele deve receber 
prêmios adicionais, visando uma maior colaboração. Era o conceito de homo economicus, 
ou seja, as pessoas são motivadas exclusivamente pelo dinheiro. 
9.9.6. Supervisão funcional: os operários eram subordinados a vários supervisores, de acordo 
com cada especialidade. 
9.9.7. Condições ambientais de trabalho: visando reduzir a fadiga, os engenheiros tinham a 
preocupação com os aspectos físicos tais como iluminação, ruídos, temperaturas, etc. 
9.10. As idéias de Taylor e seus sucessores (Gilbreth, Gantt, Emerson e Bates) representaram uma 
verdadeira revolução para a época, iniciando um movimento de organização nas indústrias. 
 
10. TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO 
Ênfase nas 
Tarefas 
Ênfase na 
Estrutura 
Ênfase nas 
Pessoas 
Administração 
Científica 
(1903) 
Frederick Taylor 
Teoria Clássica da 
Administração 
(1916) 
Henri Fayol 
Teoria da 
Burocracia 
(1947) 
Max Weber 
Teoria das 
Relações Humanas 
(1932) 
Elton Mayo 
Aula 01 – Introdução à Administração 
 
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Administração I Profª. Isabel Ayres 5 
10.1. Tem como precursor o engenheiro francês Henri Fayol (1841 – 1925) por volta de 1916, tendo 
enorme impacto e repercussão durante as cinco primeiras décadas do séc. XX. 
10.2. Sua ênfase é na estrutura organizacional, visando padronizar e proporcionar regras genéricas de 
administração, ou seja, um modelo de atuação que servisse a todas organizações. 
10.3. Para Fayol, toda empresa é composta de seis funções básicas, sendo: finanças, comercial, técnica, 
contábil, de segurança e administrativa. 
10.4. A função administrativa é a que coordena e integra as demais, tendo como atividades a previsão, 
a organização, o comando, a coordenação e o controle da empresa. 
10.5. Em 1916 Fayol publica Administração Industrial e Geral propondo o ensino dos princípios 
administrativos, sendo eles: 
1) Divisão do trabalho: especialização aumenta os resultados, tendo empregados mais eficientes. 
2) Autoridade: a autoridade deve ser acompanhada de responsabilidade correspondente. 
3) Disciplina: deve haver obediência e respeito às regras da empresa. 
4) Unidade de comando: cada empregado deve se subordinar a apenas um superior. 
5) Unidade de direção: todas as atividades direcionadas a um único objetivo devem ser 
coordenadas por um único plano e sob um único responsável. 
6) Subordinação dos interesses individuais aos gerais: os interesses gerais da empresa se 
sobrepõem aos interesses particulares. 
7) Remuneração do pessoal: os trabalhadores devem receber remuneração adequada. 
8) Centralização: A tomada de decisão é centraliza na administração. 
9) Cadeia escalar: linha de autoridade e comunicação que vai do topo a base hierárquica. 
10) Ordem: pessoas e materiais devem estar no lugar certo e no tempo certo. 
11) Eqüidade: o gerente deve ser atencioso e justo com seus subordinados. 
12) Estabilidade do pessoal: deve-se evitar ou amenizar a rotatividade de funcionários na empresa. 
13) Iniciativa: deve haver esforços pessoais na execução das atividades e planos. 
14) Espírito de equipe: promover espírito de equipe cria harmonia e unidade na organização. 
 
11. TEORIA DA BUROCRACIA 
11.1. Seu precursor foi Max Weber (1864-1920), economista e sociólogo alemão, que considerava o 
século XX como a era das burocracias,devido ao perfil das organizações desse período. 
11.2. A ênfase também é na estrutura da organização, visando a racionalidade dos procedimentos. 
11.3. Sua obra serviria para que outros estudiosos elaborassem uma nova teoria, a Teoria Burocrática. 
11.4. Burocracia é uma forma de organização humana que se baseia na racionalidade, ou seja, na 
adequação dos meios para atingir os objetivos, a fim de garantir a máxima eficiência. 
11.5. Para Weber, as organizações devem se fundamentar em seis dimensões que garantam a ordem, a 
disciplina e a previsibilidade, buscando sempre a eficiência. São eles: 
11.5.1. Divisão do trabalho: cargos divididos em tarefas simples, rotineiras e bem 
definidas. 
11.5.2. Hierarquia de autoridade: a autoridade é bem definida e estruturada de forma 
piramidal. 
11.5.3. Regulamentação: Normas, regras e procedimentos formais e escritos. 
Uniformidade. 
11.5.4. Comunicações formalizadas: são feitas através de meios escritos e documentados. 
11.5.5. Impessoalidade: a ênfase é colocada nos cargos e não nos funcionários. 
11.5.6. Competência profissional: a admissão e o encarreiramento são baseados na 
competência técnica e profissional, mediante concursos ou provas. É a Meritocracia. 
11.6. Com a burocracia ocorre a separação entre propriedade e a administração. Os donos cedem 
espaço aos administradores remunerados, que podiam ser demitidos ou exonerados. 
11.7. Podemos dizer que foi o modelo administrativo ideal durante a era industrial clássica, pois as 
organizações funcionavam em um ambiente estável e de poucas mudanças. 
Aula 01 – Introdução à Administração 
 
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11.8. Na verdade, burocracia não é algo ruim. O grande problema está no excesso de burocracia, 
papeladas desnecessárias e a falta de flexibilidade e inovação. 
12. TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS 
12.1. Não tivemos apenas um, mas vários colaboradores para o desenvolvimento da Teoria das 
Relações Humanas, e dentre eles os mais importantes foram: 
12.1.1. Ordway Tead (1860 – 1933), que popularizou na década de 1920 nos EUA, a 
administração sem preocupação estritamente científica. Suas idéias giravam dentro da 
administração como arte, a liderança dentro das organizações e os objetivos 
organizacionais. 
12.1.2. Mary Parker Follett, (1868 – 1933), americana, formada em Filosofia, História e 
Ciências Política, defendia que a principal tarefa da gerência era fazer com que as pessoas 
contribuíssem espontaneamente. Foi pioneira na abordagem da motivação humana. 
12.1.3. Chester Barnard (1886 – 1961), executivo americano, graduado em Harvard, 
desenvolveu em 1938 a teoria da cooperação na organização formal. Suas principais idéias 
são a da Participação e Cooperação e a Teoria da Aceitação da Autoridade. 
12.1.4. George Elton Mayo (1880 – 1949) e Kurt Lewin (1890 – 1947), cientistas sociais 
americanos, contribuíram com a coordenação da experiência de Hawthorne na década de 
30, para pesquisar o efeito das condições ambientais sobre a produtividade dos operários. 
12.2. Sua ênfase é nas pessoas, visando aspectos como organização informal, liderança, comunicação, 
motivação, grupos sociais, recompensas simbólicas e sociais, etc. 
12.3. O conceito de homo economicus sede espaço ao homo social, ou seja, o homem voltado para a 
vida em sociedade e em grupos sociais. 
12.4. Essa teoria iniciava um movimento humanista com forte impacto nos países democráticos, 
contrariando severamente as idéias da Teoria Clássica e da Administração Científica. 
12.5. Sua maior contribuição foi ressaltar a necessidade de boas relações humanas no trabalho. 
12.6. Abordagens como psicologia e sociologia começam a ganhar espaço nas organizações. 
12.7. A Experiência de Hawthorne, conduzida por Mayo, teve vital importância para o 
desenvolvimento dessa teoria, onde chegaram a seguintes conclusões básicas: 
12.7.1. Além da organização formal existe uma informal constituída pelos grupos sociais. 
12.7.2. A produção é influenciada pelas normas informais e não apenas por incentivos 
formais. 
12.7.3. O operário age como grupo, favorecendo a camaradagem e a integração. 
12.7.4. A tarefa da administração é formar chefes capazes de compreender e comunicar. 
12.7.5. Os indivíduos são motivados pela necessidade de estar junto e de serem 
reconhecidos. 
 
 
ASPECTOS TEORIA CLÁSSICA TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS 
Organização Como máquina Como grupo de pessoas 
Ênfase Nas tarefas ou na estrutura Nas pessoas e grupos sociais 
Inspiração Em sistemas de engenharia Em sistemas de psicologia e sociologia 
Autoridade Centralizada e dura Descentralizada e amigável 
Hierarquia Linhas claras de autoridade Equalização do poder 
Método Divisão do trabalho e especialização Relações humanas entre as pessoas 
Confiança Nas regras e nos regulamentos Nas pessoas e em seus talentos 
Supervisão Clara separação entre linha e staff Dinâmica grupal e interpessoal 
 
 
 
 
 
Ênfase na Estrutura Ênfase nas Pessoas 
Ênfase no Ambiente 
e na tecnologia 
Aula 01 – Introdução à Administração 
 
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13. TEORIA ESTRUTURALISTA 
13.1. Tivemos vários colaboradores no desenvolvimento da Teoria Estruturalista, sendo os principais: 
13.1.1. Amitai Etzione, afirma que as organizações podem ser Coercitivas, Utilitárias e 
Normativas, dando grande ênfase nos sistemas psicossociais das empresas. 
13.1.2. Peter Blau e Richard Scott, dizem que as empresas são divididas de acordo com o 
tipo de beneficiário principal, dando ênfase a questões como poder e interesses. 
13.1.3. Stanley Udy Jr, afirma que as organizações são classificadas de acordo com a sua 
orientação, dando ênfase a questões sociotécnicas. 
13.1.4. Richard Hall propõe um aperfeiçoamento do modelo burocrático, questionando o 
excesso ou a falta de burocracia nas organizações. 
13.1.5. Podemos dizer também que é inspirada na abordagem de Max Weber (burocracia) 
e até certo ponto em Karl Marx (socialismo). 
13.2. Sua ênfase é na estrutura, preocupando-se também com as interações pessoais e organizacionais. 
13.3. Surge nos idos de 1950, mesclando idéias da Teoria Clássica e da Teoria das Relações Humanas. 
13.4. Teve grande influência da sociologia, abrangendo a organização formal e informal. 
13.5. Focaliza o homem organizacional, que desempenha diferentes papéis em diferentes organizações, 
tendo um caráter cooperativo e competitivo. 
 
14. TEORIA NEOCLÁSSICA 
14.1. O maior expoente neoclássico foi Peter Drucker, tendo como principais divulgadores Harold 
Koontz e Cyril O’Donnell, por volta de 1957. 
14.2. Sua ênfase também é na estrutura, focalizando as funções administrativas. 
14.3. É uma evolução da Teoria Clássica, aproveitando as contribuições das demais teorias. 
14.4. Sua base é o Processo Administrativo: Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar. 
14.5. Preocupa-se também com assuntos tais como: o dilema centralização/descentralização, o tamanho 
organizacional, os tipos de organização e a departamentalização. 
14.6. A principal novidade apresentada é a preocupação com resultados, chamada de Administração 
por Objetivos (APO), onde o enfoque deixa de ser os meios e passa a ser os fins. 
 
15. TEORIA COMPORTAMENTAL 
15.1. Comportamento: maneira como um indivíduo ou grupo age ou reage em suas interatividades 
ambientais. 
15.2. Seu principal precursor foi Herbert Alexander Simon, com a publicação da obra Comportamento 
Administrativo, em 1947 no EUA. 
15.3. A ênfase é nas pessoas, num contexto organizacional,com grande influência da psicologia. 
15.4. É uma oposição a Teoria Clássica, aproveitando a idéia básica da Teoria das Relações Humanas, 
porém foge das concepções ingênuas e extremamente positivistas. 
15.5. Trabalho com princípios básicos como: Democracia, Motivação, Necessidades, Comportamento 
Individual e Organizacional, Liderança, Comunicação e Estilos Administrativos. 
15.6. Serviu de base para a Teoria do Desenvolvimento Organizacional (DO), que com uma 
abordagem mais sistêmica, aprimorou conceitos de cultura, clima e mudança nas organizações. 
 
16. TEORIA DOS SISTEMAS 
Teoria 
Estruturalista 
(1950) 
Etzione, Hall, Blau, 
Scott, Udy, etc... 
Teoria Neoclássica 
 
(1957) 
 
Peter Drucker 
Teoria 
Comportamental 
(1950) 
 
Herbert Simon 
Teoria de Sistemas 
(1960) 
Ludwig von 
Bertalanffy 
Teoria da 
Contingência 
(1970) 
Paul Lawrence 
Jay Lorsch 
Aula 01 – Introdução à Administração 
 
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16.1. Sistemas: conjunto de elementos relacionados com um objetivo comum, tendo entradas e saídas. 
16.2. Surge no final da década de 50, quando Ludwig von Bertalanffy, biólogo alemão, elaborou a 
Teoria Geral dos Sistemas (TGS), propondo a interdisciplinaridade, englobando os sistemas. 
16.3. Sua ênfase é no ambiente, visando a integração da organização com os demais fatores. 
16.4. Tem uma visão totalizante, onde os sistemas não podem ser compreendidos com uma análise 
separada e especialista. 
16.5. São propostos alguns princípios intelectuais, sendo: 
16.5.1. Expansionismo: todo sistema faz parte de um sistema maior e é constituído de 
sistemas menores. Essa visão é externa e interna na organização. 
16.5.2. Pensamento Sintético: a visão do conjunto deve prevalecer sobre a visão analítica. 
O objetivo é juntar as coisas e não separá-las. 
16.5.3. Propósito: toda organização tem um objetivo a alcançar. Sendo assim, o que 
importa é a função e não estrutura. 
 
17. TEORIA DA CONTINGÊNCIA 
17.1. Contingência: algo incerto ou eventual, que pode acontecer ou não, dependendo das 
circunstâncias. 
17.2. Vários estudiosos contribuíram para o desenvolvimento dessa teoria, sendo os mais importantes: 
17.2.1. Alfred Chandler Jr., estuda e pesquisa a correlação direta entre a estratégia 
mercadológica da organização e a sua estrutura organizacional. 
17.2.2. F.E. Emery e E.L. Trist propõem que cada contexto ambiental de concorrência 
reflete um tipo de administração adequada. 
17.2.3. Tom Burns e G.M. Stalker separam as organizações em dois grupos: as 
mecanísticas e as orgânicas. 
17.2.4. Paul Lawrence e Jay Lorsch concluíram que não existe nada absoluto nas teorias 
administrativas, mas tudo vai depender do ambiente em que a organização estiver inserida e 
do seu grau de desenvolvimento tecnológico. 
17.2.5. Joan Woodward, afirma que as empresas devem ser classificadas de acordo com a 
sua tecnologia de produção. 
17.3. Surgiu no final da década de 60, na Inglaterra, tendo como seu marco a pesquisa de Lawrence e 
Lorsch em três meios industriais distintos. 
17.4. Sua ênfase é no ambiente e na tecnologia, visando uma integração entre esses aspectos, mas tem 
como fator determinante o ambiente. 
17.5. Para cada tipo de ambiente e tecnologia, teremos uma estrutura específica e mais indicada. 
17.6. Não há nada de absoluto nas organizações, pois tudo é relativo e depende das circunstâncias. 
Trabalha com a relação do tipo “se-então”, substituindo o ‘the best way’ pelo ‘it depends’. 
17.7. A flexibilidade e a adaptabilidade são características importantes dessa teoria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 01 – Introdução à Administração 
 
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Administração I Profª. Isabel Ayres 9 
18. INTRODUÇÃO – ERA DA INFORMAÇÃO 
18.1. A Era da Informação é a etapa que atravessamos, caracterizada por forte mudanças e inovações 
em função do desenvolvimento tecnológico, principalmente nos transporte e nas comunicações. 
18.2. Não temos nenhuma teoria estruturada para representar essa era, mas podemos citar alguns dos 
principais aspectos focalizados: 
Aspectos Organizacionais Aspectos Culturais
Redes internas de equipes e grupos Participação e envolvimento
Células de produção Comprometimento pessoal
Unidades estratégicas de negócio Orientação para o cliente
Simplicidade e agilidade Focalização em metas e resultados
Organicidade e flexibilidade Melhoria contínua
Competitividade Comportamento ágil e proativo
Excelência Visão global e ação local
Adequação ao negócio e a missão Proximidade/intimidade com o cliente
Aprendizagem organizacional Mudança cultural e comportamental
 
18.3. Suas ênfases são na qualidade e competitividade, pois são aspectos vitais para as organizações 
em um mundo de transações rápidas e globais. 
18.4. O aparecimento e aperfeiçoamento de técnicas de enxugamento e redução de custos e tempos 
(reengenharia, just-in-time, etc.) provocaram a necessidade de mudanças nas formas de gestão. 
18.5. Thomas J. Peters e Robert H. Waterman Jr. estudaram e analisaram as organizações com 
elevado desempenho, e encontraram oito características comuns nas empresas bem sucedidas: 
18.5.1. Propensão à ação: há a necessidade de valorizar a ação, o fazer e o acontecer. Para 
isso, pessoas com iniciativa e ousadas são as mais indicadas. 
18.5.2. Proximidade do cliente: as empresas bem sucedidas são orientadas para o cliente. 
Deve-se buscar obrigatoriamente a satisfação da necessidade dos clientes, através da 
qualidade, excelente serviço, confiabilidade, inovação do produto e serviços pós-venda. 
18.5.3. Autonomia operacional e espírito empreendedor: encorajamento a mudança e a 
inovação. Produção e marketing atuam em conjunto. Unidades operacionais pequenas. 
18.5.4. Produtividade através das pessoas: as pessoas são as raízes da qualidade e 
produtividade. Participam das decisões produção, marketing, etc. Existe o respeito pelo 
indivíduo. 
18.5.5. Orientação para valores: os líderes proporcionam uma visão do que deve ser feito 
e dão aos colaboradores senso de propósito e significado. Todos sabem as pretensões da 
empresa. 
18.5.6. Focalização no negócio: as empresas são extremamente focalizadas no seu 
negócio. São dedicadas àquilo que elas sabem fazer melhor. 
18.5.7. Formato simples e staff enxuto: estrutura simples e com pouco pessoal nas 
posições de assessoria. A hierarquia vertical é extremamente compacta. 
18.5.8. Controles simultaneamente soltos e apertados: para os valores básicos da 
organização não existem exceções, mas para as demais situações os colaboradores são 
estimulados a tentar, ousar e sempre buscar melhorar. 
18.6. Nenhuma dessas empresas atingiu valores máximos nas oito variáveis apresentadas, mas as 
possuía de alguma forma. 
Aula 01 – Introdução à Administração 
 
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Administração I Profª. Isabel Ayres 10 
Eras Era Industrial Clássica Era Industrial Neoclássica Era da Informação
Características
Início da industrialização; 
pouca mudança; certeza; 
estabilidade; previsibilidade.
Desenvolvimento industrial; 
aumento da mudança; fim da 
previsibilidade; inovação
Tecnologia da informação; 
serviços; aceleração da mudança.
Ênfases
Tarefas, Estruturas e Pessoas Estrutura, Pessoas, Ambiente 
e Tecnologia
Produtividade, Qualidade, Cliente, 
Competitividade e Globalização
Teoria
Administração Científica;Clássica; Relações Humanas 
e Burocrática
Neoclássica, Estruturalista, 
Comportamental, Sistemas e 
Contingência

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