Buscar

Princípios e Poderes da Administração

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

AULA 2:
PARTE 1
Princípios da Administração Pública:
Princípio da Presunção de Legitimidade ou Presunção de Veracidade: os atos e as decisões da Administração Pública são verdadeiros e legítimos, dado que sua atuação se pauta no princípio da legalidade. Corroborando no entendimento de que os atos da administração são regidos por lei, portanto devem segui-las para serem realizados, desta forma, entende-se que serão legítimos, mas isso gera uma PRESUNÇÃO RELATIVA.
Princípio da Especialidade: tendo ligação com o primeiro aspecto do princípio da eficiência, o qual diz que a organização administração pública deve ser apropriada para atender as finalidades de forma mais rápida. Portanto, há a divisão racional da administração em órgãos e entidades, cada qual com sua competência. 
Princípio da Tutela: tal princípio visa garantir que a entidade ou o órgão, esteja seguindo as finalidades para que fora criado. Irá criar um órgão fiscalizador que garanta o desempenho da função de determinado órgão da administração.
Princípio da Autotutela: garante que a Administração Pública poderá rever os seus próprios atos, sendo possível anulá-los ou revoga-los. Tal princípio fora embasado na Súmula 473 do STF.
Anulação: quando o ato administrativo for ilegal, criando efeitos ex tunc (efeito retroativo), portanto desde a data de sua criação.
Revogação: quando os atos não forem mais convenientes e oportunos, criando efeitos ex nunc, portanto só irá parar de produzir efeitos na data de sua revogação não invalidando os efeitos criado.
Princípio da Motivação: Os atos administrativos precisam ser motivados. Devem ser mencionadas para a prática de qualquer ato administrativo as razões do fato e de direito que levaram a Administração a proceder daquele modo. A Administração deve indicar sempre o que a levou a praticar tal ato, de fato e de direito, pois se trata de base para garantir a legalidade dos atos administrativos.
Princípio da Razoabilidade ou Proporcionalidade: é o princípio que impõe a coerência a qualquer lei, ato administrativo ou decisão jurisdicional. Por este princípio se verifica se os princípios e normas do sistema jurídico foram ou não observados.
Princípio da Continuidade do Serviço Público: Por esse princípio entende-se que o serviço público, sendo de forma pela qual o Estado desempenha funções essenciais ou necessárias à coletividade, não pode parar. Desta forma, a proibição de greve nos serviços públicos; a necessidade de suplência para preencher temporariamente vagas.
Princípio da Precaução: é aplicado com base no pressuposto de que as condutas humanas podem causar danos coletivos vinculados a situações catastróficas que podem afetar o conjunto de seres vivos e da incerteza a respeito da existência do dano temido. Este princípio não exonera responsabilidade, ao contrário, reforça a necessidade de prudência dos atos.
PARTE 2
Poderes da Administração Pública:
Poder Discricionário: é a liberdade que a Administração possui para agir, mas deverá seguir os ditames da lei, fazendo o juízo de conveniência e oportunidade.
Ex.: Porte de Arma (será avaliado pela Administração quem poderá adquirir esta autorização, mesmo que a pessoa cumpra todos os requisitos).
Poder Vinculado: a Administração não possui liberdade para atuar, a lei não irá permitir que ela exerça a função que pretende. Será regido pela lei e não irá possuir em nenhum caso a liberdade de escolha.
Ex.: Aposentadoria (caso sejam cumpridos todos os requisitos, deverá ser concedida, a administração não poderá analisar a conveniência da concessão).
Poder Hierárquico: rege a relação de coordenação e subordinação entre agentes públicos, relacionado com a estrutura e organização da Administração Pública. Tendo também a possibilidade de delegação dos atos. Este princípio trata da divisão estrutural da administração pública.
Ex.: Art. 13, da Lei 9.784/99 (rege atos que são indelegáveis, sendo ações privativas do superior hierárquico).
Poder Regulamentar ou Normativo: é a competência da administração para criar atos normativos, sem inovar na ordem jurídica (função atípica). Também tratado nos artigos 49 e 84 da Constituição Federal.
Ex.: Portarias, instruções normativas e portarias.
Poder Disciplinar: é a competência da Administração para punir agentes públicos (processo disciplinar), e pessoas que tenham vínculo jurídico com ela. Tendo previsão legal o artigo 130 da Lei 8.112/90. Tal princípio dispõe sobre a possibilidade de punição do agente a ato contrário a administração pública.
Ex.: suspenção de servidor público, multa devido a atraso na devolução de livro a biblioteca pública.
Poder de Polícia: tendo como embasamento o princípio da supremacia do interesse público, portanto este princípio destina-se assegurar o bem-estar geral, impedindo, através de ordens, proibições e apreensões, o exercício antissocial dos direitos individuais, o uso abusivo da propriedade, ou a prática de atividades prejudiciais à coletividade. Sendo dividido em duas espécies o repressivo e preventivo, este poder poderá ser delegado as: entidades de administração indireta que tenham personalidade de direito público (ex.: autarquias).
Poder de Polícia Preventivo: evita futuros danos que poderiam ser causados pela persistência de um comportamento irregular do indivíduo. 
Poder de Polícia Repressivo: visa punir o agente de tal ação, para que este evite a reiteração do ato.
Atributos do Poder de Polícia:
Discricionariedade, nada mais é do que a análise e oportunidade do que fiscalizar, quais as sanções aplicáveis e qual a gravidade da sanção.
Autoexecutoriedade, as sanções que advém do poder de polícia podem ser aplicadas de imediato, sem necessidade de autorização judicial.
Coercibilidade, poderá usar da força para que consiga efetivar a sanção imposta.

Outros materiais