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Saúde Coletiva Erika Albuquerque CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1ª Unidade Apresentação da disciplina e Introdução da história da Saúde Pública no mundo; Retrospectiva histórica da Saúde Pública global (cont.) e Introdução à História da Saúde Pública Brasileira; História da Saúde Pública Brasileira: conceitos em saúde pública e saúde coletiva; reforma sanitária e criação do SUS; Legislação do SUS e suas Principais diretrizes; Legislação do SUS e suas Principais diretrizes. 2ª Unidade Trabalhos Interdisciplinares 3ª Unidade Sistema Único de Saúde no Brasil, suas principais conquistas e desafios: uma análise crítica; Noções básicas de administração da Saúde Pública: organização, gestão e operacionalização do Sistema Único de Saúde. Educação para a Saúde e conceitos de Promoção à Saúde O papel da Fisioterapia na Saúde Coletiva Histórico da Saúde Pública Prof. Leandro Wanderley leandrowanderley@gmail.com Histórico Antiguidade higiene pessoal/limpeza por razões religiosas puros aos olhos dos deuses. Epidemias eram encaradas como sentenças divinas Grécia nos séculos V e IV a.C. Primeiro esboço de uma teoria racional e científica sobre a causa das doenças (Hipócrates) . A pestilância possui causas naturais, como o clima e o meio ambiente A higiene pessoal e os serviços públicos de saneamento tiveram grande desenvolvimento nas cidades gregas, e posteriormente entre os romanos. Histórico Idade Média Começou com a peste de 542 d.C. e terminou com a peste negra (bubônica) de 1348d.C. Entre as doenças epidêmicas desse período destacam-se a hanseníase, a peste bubônica, a varíola, a tuberculose, a escabiose, a erisipela, o antraz, o tracoma. O isolamento de pessoas em resposta a doenças transmissíveis surgiu em resposta à hanseníase. Renascimento Séculos de avanços tecnológicos culminaram em diversas conquistas científicas com o estudo da anatomia e fisiologia. Organismos microscópicos podem causar doenças transmissíveis. Descoberta do aparecimento do escoburto ligado à ausência de frutas cítricas na alimentação dos tripulantes durante as viagens. Histórico John Graunt (século XVII) Primeiro a quantificar os padrões da natalidade, mortalidade e ocorrência de doenças; Primeiras estimativas de população e a elaboração de uma tábua de mortalidade. Fundador da bioestatística e um dos precursores da epidemiologia Histórico Revolução Industrial (séc. XVIII) Crescimento populacional acelerado (grandes cidades), motivado pela rápida industrialização. Aumento de mortalidade geral, promiscuidade, redes de esgoto e de abastecimento de água mal projetadas, deficiência quantitativa e qualitativa da assistência médica, principalmente hospitalar, além da carência e da insalubridade das moradias. Séc XIX: início de movimentos por melhoria das condições sanitárias. Rápido crescimento dos hospitais Educação em saúde Histórico Revolução Industrial (séc. XVIII) Porém a saúde e o bem-estar dos trabalhadores se deteriorou 1ª metade do século XIX: John Snow descreveu a epidemia de cólera de Broad Street em Londres Sistematização da metodologia epidemiológica John Snow Estudou a freqüência e distribuição dos óbitos segundo: a cronologia dos fatos (aspectos relativos ao tempo) locais de ocorrência (aspectos relativos ao espaço) Efetuou um levantamento de outros fatores relacionados aos casos (aspectos relativos às pessoas), com o objetivo de elaborar hipóteses causais. Teoria do contágio X Teoria dos miasmas "... doenças transmitidas de pessoa a pessoa são causadas por alguma coisa que passa dos enfermos para os sãos e que possui a propriedade de aumentar e se multiplicar nos organismos dos que por ela são atacados..." John Snow Transmissão pessoa a pessoa: "... Os casos subseqüentes ocorreram sobretudo entre parentes daquelas (pessoas) que haviam sido inicialmente atacadas, e a sua ordem de propagação é a seguinte: ... o primeiro caso foi o de um pai de família; o segundo, sua esposa; o terceiro, uma filha que morava com os pais; o quarto, uma filha que era casada e morava em outra casa; o quinto, o marido da anterior, e o sexto, a mãe dele..." Transmissão por veículo comum: "... Estar presente no mesmo quarto com o paciente e dele cuidando não faz com que a pessoa seja exposta obrigatoriamente ao veneno mórbido... Ora, em Surrey Buildings a cólera causou terrível devastação, ao passo que no beco vizinho só se verificou um caso fatal... No primeiro beco a água suja despejada... ganhava acesso ao poço do qual obtinham água. Essa foi de fato a única diferença...“ "... Todavia, tudo o que eu aprendi a respeito da cólera ... leva-me a concluir que a cólera invariavelmente começa com a afecção do canal alimentar". John Snow Introdução do conceito de risco. Fator de risco para a transmissão direta a falta de higiene pessoal, seja por hábito ou por escassez de água. Fator de risco para a transmissão indireta a contaminação, por esgotos, dos rios e dos poços de água usada para beber ou no preparo de alimentos. Controle da epidemia direcionado para a mudança do local de captação da água de abastecimento. Histórico Histórico Revolução Industrial (séc. XVIII) Peter Ludvig Panum estudou a epidemiologia do sarampo durante um surto ocorrido em 1846 na Dinamarca e mostrou que as pessoas mais velhas não manifestavam a doença porque haviam adquirido resistência durante uma epidemia que tivera na ilha sessenta anos antes. Histórico Século XX 1876: Controle de doenças endoepidêmicas, quando Robert Koch demonstrou a origem microbiana de uma doença humana. Destacam-se no mundo, nesta fase, Louis Pasteur, Ferdinand Julius Cohn e Robert Koch, entre outros. A prevenção de doença e a promoção da saúde eram alcançadas por meio de exames médicos periódicos, educação sanitária, melhoria de o padrão alimentar, entre outras medidas. Receberam especial atenção as gestantes, os bebês e as crianças em idade escolar. Os resultado do combate a inúmeras doenças transmissíveis obtiveram êxitos espetaculares. Tendência atual Hoje em dia, prioriza-se o atendimento pré-natal como forma de medicina preventiva, na esperança de controlar, por intermédio da educação das mães, a saúde física e mental da família e das futuras gerações. Alguns aspectos sociais marcaram certos aspectos da saúde pública nos dias atuais: tendência à urbanização em todo o mundo; aumento da vida média da população e seu conseqüente envelhecimento; problemas médicos e socioeconômicos motivados pelo envelhecimento da população; elevação sensível, em todos os países, da parcela de população que vive de salários; aumento acelerado de indivíduos que, embora não sejam indigentes, são incapazes de financiar o tratamento médico-cirúrgico de urgência ou clínico-hospitalar de doenças crônicas.
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