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Noções de Geografia do Estado do Maranhão Central de Atendimento: (91) 983186353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 1 1.1 Características geográficas do Maranhão, área, relevo, clima, recursos naturais, problemas ambientais Chapada das Mangabeiras: ponto mais algo do Maranhão Informações sobre a Geografia do Maranhão Localização Geográfica: região Nordeste do Brasil Limites geográficos: Oceano Atlântico (norte); Piauí (leste); Tocantins (sul e sudoeste); Pará (oeste). Área: 331.983,3 km² Fronteiras com os seguintes estados: Piauí, Tocantins e Pará. Clima: tropical Relevo: costa recortada (norte); planície litorânea com presença de dunas e planalto na região interior do estado. Vegetação: Mata dos Cocais (leste); mangues na região litorânea, Floresta Amazônica (oeste) e Cerrado no sul. Ponto mais alto: Chapada das Mangabeiras (804 metros) Cidades mais populosas: São Luís (capital), Imperatriz, São José de Ribamar e Timon. Principais recursos naturais (minérios): calcário, ouro, cobre, gipsita, diamante e argila. Principais rios: das Balsas, Itapecuru, Gurupi e Mearim. Principais problemas ambientais: poluição do ar na capital (São Luís), desmatamento, erosão do solo e poluição de rios. O Maranhão é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Localiza-se no extremo oeste da Região Nordeste. Limita-se com três estados brasileiros: Piauí (leste), Tocantins (sul e sudoeste) e Pará (oeste), além do Oceano Atlântico (norte). Sua área é de 331 937,450 km², sendo o segundo maior estado da Região Nordeste do Brasil e o oitavo maior estado do Brasil. Tem uma população de 6 794 298 habitantes. Em termos de produto interno bruto, é o quarto estado mais rico da Região Nordeste do Brasil e o 16º estado mais rico do Brasil. A capital e cidade mais populosa do Maranhão é São Luís. Outros municípios com população superior a cem mil habitantes são Imperatriz, São José de Ribamar, Timon, Caxias, Codó, Paço do Lumiar, Açailândia e Bacabal. Com redução de altitudes e regularidade da topografia, é apresentado um relevo modesto, superior a 90% da superfície inferior a 300 metros. Tocantins, Gurupi, Pindaré, Mearim, Parnaíba, Turiaçu e Itapecuru são os rios mais importantes e pertencem às bacias hidrográficas do Parnaíba, do Atlântico Nordeste Ocidental e do Tocantins- Araguaia. As principais atividades econômicas são a indústria (o trabalho de transformar alumínio e alumina, alimentícia, madeireira), os serviços, o extrativismo vegetal (babaçu), a agricultura (mandioca, arroz, milho) e a pecuária. Geomorfologia e hidrografia Como a topografia do relevo do Maranhão é plana, são pertencentes ao estado 75% do território inferiores a 200m de altura e somente dez por cento superiores a 300m. As duas unidades geomorfológicas são: a baixada litorânea e o planalto. A baixada litorânea é dominada por um relevo cujos acidentes geográficos são colinas e tabuleiros, que se dividem em arenitos que pertencem à série Barreiras. Em algumas partes que ficam no litoral, incluindo a ilha de Upaon-Açu, que se situa no coração do que os geógrafos chamam de Golfão Maranhense, o alcance desse relevo vai em direção à linha da costa. Nas demais, o mar separa o golfão maranhense através de uma faixa de terrenos que são planícies, tendo sujeição à ocorrência de inundações no período chuvoso. É a planície litorânea propriamente dita, que no fundo do golfão passa a se denominar Perises. Na parte oriental do golfão maranhense, são assumidos por esses Noções de Geografia do Estado do Maranhão Central de Atendimento: (91) 983186353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 2 terrenos o caráter da amplitude dos areais com formações dunares, que por elas é integrada a região litorânea entre a costa dos Lençóis e a baía de Tutóia. É ocupado pelo planalto a totalidade do interior do estado cujo relevo é de um tabuleiro. É apresentado pelo planalto um conjunto feito de chapadões que se dividem em terrenos de sedimentação (arenitos xistosos e folhelhos). Perto do golfão maranhense são alcançadas pelas elevações somente as altitudes entre 150 e 200m; na extremidade sul, entre 300 e 400m; e perto do divisor de águas, entre as bacias hidrográficas do Parnaíba e do Tocantins, são atingidas as cotas altimétricas de 600m. São delimitados pelos talvegues do planalto os chapadões uns dos outros através da profundidade de entalhes, e por isso são apresentados pelos chapadões as escarpas de difícil subida que contrastam com a regularidade do topo. A quase totalidade das bacias hidrográficas do estado é feita da parte meridional para a parte setentrional por meio da quantidade de rios independentes que deságuam no oceano Atlântico: Gurupi, Turiaçu, Pindaré, Mearim, Itapecuru e Parnaíba. Na parte sul-ocidental do estado uma pequena parte das águas escoadas dirige-se para a parte ocidental. São integrados no sudoeste pequenos afluentes que deságuam na margem oriental do rio Tocantins. Veja a lista de rios do Maranhão. Os rios que banham o Estado do Maranhão pertencem, em sua maioria, à bacia do Norte e Nordeste, que ocupa área de 981.661,6 km2. Dela faz parte o rio Parnaíba, o maior entre os que banham o Estado do Maranhão, localizado na fronteira com o Estado do Piauí, e os rios Gurupi e Grajaú. O rio Tocantins corre ao sul, delimitando grande parte da fronteira do Maranhão com o Estado do Tocantins. Destacam-se ainda os rios Mearim, Itapecuru, Pindaré e Turiaçu, como os mais importantes do Estado. Lista de Rios do Maranhão Rio Gurupi Rio Itapecuru Rio Mearim Rio Munim Rio Parnaíba Rio Pindaré Rio Tocantins Rio Turiaçu O regime de chuvas é essencialmente tropical, do tipo equatorial, com dois períodos bem nítidos – um chuvoso (verão e outono) e outro seco (inverno e primavera) . Deficiências hídricas (necessidade potencial de água) anuais entre 500 mm a 800 mm , com duração de secas de até nove meses, embora a duração média do déficit hídrico tenha características de 6 a 9 meses, prolongando-se em anos de seca severas. Valores de excedente hídrico de 600 a 0 mm, decrescendo respectivamente, de norte para sul, dessa área. Um dos parâmetros mais importantes para manutenção do equilíbrio biológico ambiental é a evapotranspiração potencial anual. Na área da ASD no território maranhense, apresenta valores médios superiores a 1550 mm . As temperaturas são elevadas e uniformes ao longo do ano, como em todo o Estado. Mas na região do Panorama, sobre interferências de fatores como, a variação latitudinal e características de cobertura das associações vegetais. Favorecendo a ocorrência de temperaturas das mais elevadas no Maranhão, com médias em torno ou superiores a 35, 6º C, no trimestre out-nov., época de seca . Dentro dessas condições a classificação climática nas ASD e NSD no Maranhão correspondem a: Clima úmido, na variação Subúmido úmido (C2) de moderada a grande deficiência de água (parte N). Climas secos, na variação Subúmido seco (C1) com pouco a moderado excesso de água predominantemente, e área restrita, com grande excesso de água(maior parte da área). E na variação Semi-árida (D) com pouco ou nenhum excesso de água (em faixa do extremo SE) . Na região leste do Estado do Maranhão o índice pluviométrico, atrelado à classificação e à disposição estrutural regional das rochas, somado ao arranjo textural e a composição mineralógicadas rochas, constituem-se nos fatores condicionantes no comportamento e na distribuição das águas, da vegetação e do clima. A princípio é possível associar que a presença dominante de rochas sedimentares areníticas-sílticas, porosas e permeáveis, constituindo relevos tabular ou pouco dissecado, formando tabuleiros, platôs, chapadas e serras, estabelece condições naturais que propícia excelentes taxas de infiltrações, possibilitando a formação de boas áreas de recargas e a conseqüente presença de rios perenes e o favorecimento de produção de condições naturais sub-úmidas, sub-úmidas secas e a instalação da vegetação de savana (cerrado). Estas condições geológicas-geomorfológicas presentes no “Leste Maranhense” associam-se aquelas relacionadas aos processos tectônicos e morfogenéticos de evolução da bacia sedimentar do Parnaíba , e as influências paleoclimáticas de períodos geológicos mais recentes . Tais condições levaram a formação de morfoestruturas em superfície dominada por trelevo Noções de Geografia do Estado do Maranhão Central de Atendimento: (91) 983186353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 3 tabulares , com altitude variada, chegando a 300m no alto curso de alguns rios, descendo, progressivamente, a algumas dezenas de metros para o norte e leste, quando frequentemente são recobertos por depósitos da Formação Barreiras. Nesse contexto, é possível identificar na região da ASD e NSD maranhense, dois cenários pouco distintos. O primeiro associado à presença dominante de rochas sedimentares areníticas- sílticas, porosas e permeáveis, a relevos tabular e sub-tabular pouco dissecado, formando tabuleiros, platôs, chapadas e serras e, estabelecendo condições propícias a excelentes taxas de infiltrações, com formação de boas áreas de recargas e conseqüentemente, presença de rios perenes.O que propiciou a constituição de ambiente relativamente úmido, com presença da vegetação de savana ou cerrado. O segundo caracterizado pela presença dominante de rochas sedimentares argilosas- químicas, impermeáveis, em relevo fragmentado, ondulado e ou plano. Oferecendo baixa ou nenhuma condição de infiltração da água, impossibilitando a formação de áreas de recarga, e impondo condições restritivas ao ambiente, como o cenário de rios intermitentes a efêmeros. Permitindo o estabelecimento de condições naturais de seca, com vegetação savana-estépica ou caatinga. Os dois cenários acima retratados para a região “Leste Maranhense” podem ser visto em áreas similares ao polígono formado pelos municípios de Chapadinha-Mata Roma-Anapurus- Buriti e os municípios de Barão de Grajaú-São João dos Patos-Pastos Bons- Nova Iorque, respectivamente. O primeiro cenário apresenta-se em ambiente geológico arenítico das Formações Itapecuru e Barreiras, com transição para pequenos espaços ondulados e ou dissecados, ricos em argilas das Formações acima citadas, ou em especial quando da Formação Codó. Que por sua natureza essencialmente argilosa, produz sempre faixas de tensão ecológica, com “clímax edáfico” de vegetação savana estépica ou caatinga . No segundo polígono, o substrato é constituído essencialmente por rochas argilosas, químicas, impermeáveis a pouco permeáveis das Formações Poti-Piauí, Pedra de Fogo, Motuca e Pastos Bons. A cobertura vegetal é uma mistura muito complexa exclusiva dos climas, quentes, semi-áridos se destacando na paisagem, áreas da caatinga , que por vezes apresentam aspecto lenhoso decidual, espinhoso e por formas biológicas com adaptações xeromórficas. Trata-se de um cenário onde características de clímax climática seco, estão presente, e a ele encontram- se associadas ações perturbadoras antropogênicas, combinando fatores e condições de mal gerenciamento para produzir desertificação . Os rios e riachos na região “Leste Maranhense” estão inseridos nas bacias hidrográficas dos rios Preguiças, Munim, Itapecuru e Parnaíba. Clima e vegetação No Maranhão, existem três tipos distintos de clima: o tropical superúmido de monção, o tropical com chuvas de outono e o tropical com chuvas de verão. São apresentados pelos três as semelhanças que existem entre os três regimes térmicos, com elevação das temperaturas médias anuais, que oscilam perto de 26 °C, mas são diferentes quanto ao comportamento das chuvas. Pelo primeiro tipo, que domina no oeste do estado, são apresentados a maior elevação dos totais (mais de 2 000 mm ao ano); é apresentado pelos outros dois pouca chuva (entre 1 250 e 1 500 mm ao ano) e estação seca com boa marcação, e são diferentes entre si, como é indicado pelo seu próprio nome, pela época em que caem as chuvas. Os verões são quentes, com máximas ultrapassando os 40 °C com frequência, e no inverno, que coincide com a estação seca, as temperaturas podem chegar próximo dos 10 °C em cidades do sul maranhense, configurando assim, uma grande amplitude térmica. A cobertura vegetal do Maranhão é composta basicamente de floresta, campos e cerrados. São ocupadas pelas florestas a totalidade da porção norte-ocidental do estado, isto é, muitas partes estão situadas na parte ocidental do rio Itapecuru. Nessas matas é muito abundante a palmeira do babaçu, produto básico do extrativismo vegetal da região. Os campos são dominantes ao redor do golfão maranhense e no litoral ocidental. São revestidas pelos cerrados as regiões leste e sul. No litoral, são assumidas pela vegetação feições variadas: campos de inundação, mangues e arbustos. Relevo O relevo maranhense é basicamente dividido em duas grandes áreas: a região de planície no litoral e a região de planalto nas demais áreas do Estado. A planície caracteriza-se pela presença de tabuleiros (pequenos platôs) e baixadas alagadiças. Esta região de planície chega a avançar, a partir de sua região central, em direção ao interior do território. Quanto ao planalto, com forma tabular e de formação basáltica a partir do mesozóico, há a presença de áreas de chapadas, com escarpas que constituem, por exemplo,as serras da Desordem, da Canela e das Alpercatas. A população indígena do Maranhão está entre as mais significativas do país do ponto de vista numérico, sendo estimada em pouco mais de 12,2 mil habitantes. Está dividida em dezesseis grupos, sendo que quatorze destes já vivem em áreas demarcadas para si pela FUNAI (Fundação Nacional do Índio). Como nos demais Estados nordestinos, a população maranhense também enfrenta problemas Noções de Geografia do Estado do Maranhão Central de Atendimento: (91) 983186353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 4 infra-estruturais, como a rede hospitalar insatisfatória, em que grande parte dos estabelecimentos são mantidos por entidades privadas. Outro grave problema social trata-se dos conflitos rurais resultados da baixa condição econômica dos trabalhadores rurais, destituídos de terras próprias para o cultivo e a subsistência. extrativismo, agropecuária, indústria e comércio. Transportes As atividades econômicas predominantes no Estado do Maranhão são a agropecuária e o extrativismo vegetal: o arroz é o principal produto agrícola, em conjunto com o milho, a mandioca, o feijão e a cana-de-açúcar; o babaçu é o produto de extração de extrema importância para a economia do Estado, seguido da carnaúba. A pecuária regional tem os bovinos, caprinos, asininos e suínos entre seus principais rebanhos. O cultivo agrícola é desenvolvido sobretudo nas regiões dos vales do Pindaré e do Mearim. Noperíodo entre os anos de 1949 e 1953, a pesca maranhense esteve no primeiro lugar em termos de produção nacional. Já as atividades industriais são restritas; há no Estado a participação dos setores industriais alimentícios, madeireiros e de processamento de alumínio. A economia maranhense foi uma das mais prósperas do país até a metade do século XIX. Mas após o fim da Guerra Civil Americana, quando perdeu espaço na exportação de algodão, o estado entrou em colapso, agravado pelo abandono gerado pelos governos imperial e republicano; somente após o final da década de 1960 no século XX o estado passou a receber incentivos e saiu do isolamento, com ligações férreas e rodoviárias com outras regiões. A inauguração do Porto do Itaqui, em São Luís, um dos mais profundos e movimentados do país, serviu para escoar a produção industrial e de minério de ferro vinda de trem da Serra dos Carajás, atividade explorada pela Vale. A estratégica proximidade com os mercados europeus e norte-americanos fez do Porto uma atraente opção de exportação, mas padece de maior navegação de cabotagem. A economia estadual atualmente se baseia na indústria de transformação de alumínio, alimentícia, madeireira, extrativismo (babaçu), agricultura (soja, mandioca, arroz, milho), na pecuária e nos serviços. São Luís concentra grande parte do produto interno bruto do estado; a capital passa por um processo marcante de crescimento econômico, sediando mais de três universidades (duas públicas e uma privada), além de uma dezena de centros de ensino e faculdades particulares. A expansão imobiliária é visível, mas o custo de vida ainda é bastante elevado e a exclusão social acentuada. Há grande dependência de empregos públicos. Sua pauta de exportação, em 2012, se baseou principalmente em Soja (25,93%), Oxido de Alumínio (23,99%), Minério de Ferro (17,54%), Ferro Fundido 16,47%) e Alumínio Bruto (5,35%)8 . Setor primário A agricultura e a pecuária são atividades importantes na economia do Maranhão, além da pesca, que lhe dá a liderança na produção de pescado artesanal do país. Afinal, o estado possui 640 km de litoral, o segundo maior do Brasil, que fornece produtos bastante utilizados na culinária regional, como o camarão, caranguejo e sururu. O Maranhão aumentou a produção de grãos, em 2000, e teve significativo crescimento industrial, de acordo com a Sudene. Apesar disso, o estado está entre os mais pobres do país. O extrativismo constitui-se uma das atividades econômicas mais importantes, também conhecido como "terra das palmeiras". Entre as espécies de palmeiras nativas existentes no Estado, as mais significativas do ponto de vista econômico, são o babaçu e a carnaúba. Mas também são importantes localmente o buriti, a juçara e a bacaba. Na composição da economia do Estado também se destacam as atividades agropecuárias e as indústrias de transformação de alumínio e alumina, alimentícia e madeireira. Entre os principais produtos agrícolas cultivados encontram-se a mandioca, o arroz, o milho, a soja e o feijão. A pecuária desenvolvida no Estado do Maranhão incluí, cabeças de gado bovino; suínos; caprinos; eqüinos e aves. Existem ainda reservas de calcário, que corresponderam a uma produção de 330,7 mil toneladas no Estado. Babaçu - Palmeira oleaginosa (Orbignya martiana) de grande valor industrial e comercial, o babaçu é encontrado em extensas formações naturais nos Estados do Maranhão e Piauí, responsáveis por mais de 90% da produção do País. Uma das mais valiosas palmeiras do Brasil, o babaçu chega a alcançar 20 metros de altura e possui um conjunto de folhas longas, com mais de seis metros de comprimento. Os frutos têm a forma de amêndoas e podem chegar a 15 cm de diâmetro em sua parte mais larga. Do babaçu se extrai a matéria-prima utilizada na fabricação de margarinas, banha de coco, sabões e cosméticos. O resíduo da extração, chamado "torta de babaçu", é útil como forragem para o gado. O broto fornece palmito de boa qualidade e o fruto, enquanto verde, serve aos seringueiros para defumar a borracha. Ao amadurecerem, suas partes externas são utilizadas Noções de Geografia do Estado do Maranhão Central de Atendimento: (91) 983186353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 5 como alimentos. O caule se emprega em construções rurais e das folhas se fazem coberturas para casas ou cestos fabricados no âmbito da indústria doméstica. Podem também ser utilizadas na fabricação de celulose e papel. Como acontece com outros tipos de palmeiras, do pedúnculo cortado pode ser extraído um líquido que, fermentado, produz bebida alcoólica muito apreciada por indígenas da região. Setor terciário O Maranhão, por ser localizado em um bioma de transição entre o sertão nordestino e a Amazônia, apresenta ao visitante uma mescla de ecossistemas somente comparada, no Brasil, com a do Pantanal Mato-Grossense. Possui mais de 640 km de litoral, sendo, portanto, o estado com o segundo maior litoral brasileiro, superado apenas pela Bahia. O turismo praticado nele pode ser classificado em dois tipos: turismo ecológico e turismo cultural/religioso. O Maranhão tem o privilégio de possuir, devido a exuberante mistura de aspectos da geografia, a maior diversidade de ecossistemas de todo o País. São 640 quilômetros de extensão de praias tropicais, floresta amazônica, cerrados, mangues, delta em mar aberto e o único deserto do mundo com milhares de lagoas de águas cristalinas. Essa diversidade está organizada em cinco polos turísticos, cada um com seus atrativos naturais, culturais e arquitetônicos. São eles: o polo turístico de São Luís, o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, o Parque Nacional da Chapada das Mesas, o Delta do Parnaíba e o polo da Floresta dos Guarás. O Polo turistico de São Luís, localizado na ilha Upaon-Açu, que abrange os municípios que compõem a Ilha, a capital São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa, e a cidade Monumento de Alcântara. O Parque dos Lençóis, situado no litoral oriental do Maranhão, envolve os municípios de Humberto de Campos, Primeira Cruz, Santo Amaro e Barreirinhas. Seu maior atrativo é o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, belo e intrigante fenômeno da natureza, um paraíso ecológico com 155 mil hectares de dunas, rios, lagoas e manguezais. O Parque Nacional da Chapada das Mesas é uma área de 160 046 hectares de cerrado localizado no Sudoeste Maranhense. Possui cachoeiras, trilhas ecológicas em cavernas e desfiladeiros, rappel, sítios arqueológicos com inscrições rupestres e rios de águas cristalinas. As principais cidades do polo são Imperatriz, Carolina e Riachão. O Delta do Parnaíba é o terceiro maior delta oceânico do mundo. Raro fenômeno da natureza que ocorre também no rio Nilo, na África, e Mekong, no Vietnã. Sua configuração se assemelha a uma mão aberta, onde os dedos representariam os principais afluentes do Parnaíba, que se ramificam formando um grandioso santuário ecológico. Rios, flora, fauna, dunas de areias alvas, banhos em lagoas e de mar são alguns atrativos que o lugar oferece. Localizado a nordeste do estado, na divisa com o Piauí. Envolve a região sob influência do Delta do Rio Parnaíba, que tem setenta por cento da sua área no Maranhão. Tutoia, Paulino Neves e Araioses são os principais municípios. Deste último, partem excursões turísticas para o delta. O polo da Floresta dos Guarás fica na parte amazônica do Maranhão, no litoral ocidental do estado. Incluído como Pólo ecoturístico por excelência, envolve os municípios de Cedral, Mirinzal, Cururupu, Guimarães e Porto Rico do Maranhão, entre outros.Seu nome deve-se à bela ave de plumagem vermelha, comum na região. O lugar, que conta com incríveis atrativos naturais e culturais, destaca-se como um santuário ecológico, formado por baías e estuários onde os rios deságuam em meio a manguezais. Entre os maiores atrativos turísticos deste polo, está a Ilha dos Lençóis, em Cururupu. Outros atrativos: praias de Caçacueira, São Lucas e Mangunça; Parcel de Manuel Luís, um banco de corais ao alcance apenas de mergulhadores profissionais; estaleiros, onde os mestres constroem embarcações típicas do Maranhão, inteiramente artesanais; pássaros como guarás, garças, colhereiros e marrecos. O Estado vem apresentando ótimo crescimento econômico, por possuir grandes recursos que favorecem o crescimento economico , A agricultura maranhense é a principal atividade econômica do Estado, considerando o seu nível de desenvolvimento que ainda é bastante reduzido, podemos caracterizar a agricultura maranhense como: Arcaica: A maioria dos agricultores maranhenses, ainda utilizam sistema de roça de herança indígena, utilizando técnicas, recursos e instrumentos rudimentares tais como: rotação de terra, energia humana e animal, enxada, foice, facão, machado, sacho, etc. Policultura de subsistência: Os produtos na roça são cultivados sob a forma de consórcios e destinados principalmente a manutenção da família. Baixa produtividade O modo de uso do solo e as técnicas utilizadas proporcionam baixo rendimento dos produtos por áreas cultivadas. Dependência da natureza: A atividade agrícola do maranhão está condicionada aos elementos naturais, como o clima e o solo, assim as áreas do solo naturalmente férteis como os vales fluviais são mais explorados. Produtos tropicais: Considerando a dependência natural do agricultor maranhense aliada Noções de Geografia do Estado do Maranhão Central de Atendimento: (91) 983186353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 6 a técnicas primitivas, os produtos maranhenses são tipicamente tropicais. Atividades A Roça Prática agrícola de origem indígena praticada em todo espaço maranhense que consiste nas seguintes etapas: 1. Demarcação da área a ser utilizada 2. Brocagem devastação das árvores de pequeno e médio porte com ao utilização da foice ou do facão; 3. Derruba – consiste no corte das árvores maiores com a utilização do machado geralmente 10 a 15 dias após a brocagem. 4. Aceiramento – limpeza do espaço contornando o perímetro da área devastada (em média 3m) para evitar a propagação do fogo em áreas não desejadas: 5. Queima – realizada em torno de 15 dias após a derruba, dependendo da situação das árvores cortadas (devem estar bem secas), da umidade e do vento. 6. Envaramento ( Coivara ou Encoivaramento) – após o esfriamento da área queimada, começa a limpeza com a retirada dos gravetos não transformadas em cinzas e as estacas que serão utilizadas na construção da cerca; 7. Cercagem – como o pequeno agricultor cria animais soltos, a área destinada a agricultura é cercada para evitar uma possível invasão dos animais; 8. Plantio – numa roça planta-se sob forma de consórcio, vários produtos como milho, feijão, mandioca, etc. 9. Colheita – realizada inicialmente com leguminosas (feijão, maxixe, quiabo, etc.) depois o arroz e por último a mandioca; 10. Capoeira – após a colheita do último produto a roça é abandona, a porteira é aberta e passa a ser alvo de engorda do rebanho; O processo de cultivo na roça tem início no mês de julho e agosto e encerra após a última colheita em maio ou junho. A Pecuária A pecuária maranhense se caracteriza por ser o tipo extensiva, onde os rebanhos são criados soltos, pastando naturalmente sem cuidados técnicos, apresentando baixa produtividade. Os principais rebanhos Bovinos: Criado em todo espaço maranhense, este rebanho desempenhou importante papel no povoamento do interior do Estado. Hoje é o rebanho mais importante economicamente, sendo criado por toda a população rural, desde o pequeno produtor, onde o gado é criado solto, ocupando principalmente as capoeiras o centro-leste do Estado, até as grandes fazendas do centro-oeste, onde há maiores cuidados e o gado é destinado a produção de carne e leite. Suíno: Também criado pelo pequeno e grande pecuarista, sendo o segundo principal rebanho do Estado, onde nos arredores das maiores cidades vem passando por um aprimoramento, aumentando a produtividade, no entanto a maior criação é do pequeno pecuarista, sendo a mesma criada solta, condicionada as pastagens naturais. Caprino e Ovino: Rebanhos sem grande expressão na pecuária maranhense, sendo voltado mais para o consumo familiar, pois os seus produtos são mais raros para o consumidor maranhense. A principal área de criação é o centro- leste do Estado. Bubalino: Rebanho criado nos campos alagados da baixada maranhense, fazendo do Maranhão o segundo criador nacional. Embora não seja explorado comercialmente, o búfalo vem assumindo importante papel na produção alimentar, apesar do rebanho apresentar ritmo de crescimento bastante lento em relação aos demais. Aves Liderado pela galinha este é um rebanho que assume um importante papel na alimentação do trabalhador urbano de baixa renda, pois os baixos custos tem proporcionado a redução dos preços em relação às outras fontes. Eqüinos, Muares e Asininos: São rebanhos de grande importância no transporte para o pequeno trabalhador urbano rural, auxilia a criação dos outros rebanhos. Localização Bovinos: Mirador,Açailândia, Santa Luzia, Imperatriz e Riachão. Suíno: Caxias, Pinheiro, Codó e Santa Luzia. Bubalino: Pinheiro, Viana e Cajari. Caprino: Caxias, Chapadinha, Buriti e Codó, São Francisco do Ma, Barão de Grajaú. Eqüino: Codó, Caxias e Lago da Pedra. Asinino: Caxias, Barra do Corda, Bacabal e Lago da Pedra. Muares: Lago da Pedra, Bacabal, Barra do Corda e Santa Luzia. Aves: São José de Ribamar, Paço do Lumiar, Santa Luzia, Imperatriz e São Luis. Noções de Geografia do Estado do Maranhão Central de Atendimento: (91) 983186353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 7 Atividades Extrativistas Extrativismo Animal Os diferentes Biomas, formações litorâneas, estuários, cerrados, campos inundáveis, lagos, formações florestais e cocais refletem na grande diversidade de espécies na fauna maranhense, que retribui na contribuição para sobrevivência de muitas espécies vegetais, pois têm papel fundamental na origem e recuperação pedóloga, assim como são indicadores vivos das condições ambientais e produtividade dos ecossistemas. Pesca O Maranhão encontra-se entre os grandes pescadores nacionais, embora a atividades pesqueira no Maranhão ainda seja praticada de forma bastante primitiva com o uso de instrumentos artesanais. O litoral maranhense é bastante favorável à pesca devido os seguintes fatores: a extensão, a grande plataforma continental, estuários fluviais, marés e correntes marinhas. Todos os municípios costeiros praticam a pesca seja junto a costa com as geleiras o barco a remo com destaque para a pescada, bagre, serra, corvina e tainha, ou em alto mar com pargueiros destacando-se cavala, pargo, garaupa, cioba, carachimbola capturados principalmente nas proximidades bancos de recifes. Municípios cuja atividade pesqueira é significante: Carutapera, Luis Domingues, Godofredo Viana, Cândido Mendes, Turiaçu, Bacuri, Cururupu, Cedral, Guimarães,Alcântara, São Luis, Paço do Lumiar, São José de Ribamar, Axixá, Morros, Icatu, Primeira Cruz, Humberto de Campos, Barreirinhas e Tutóia. Além da pesca marinha, o Maranhão aproveita também a piscosidade dos rios, igarapés e lagos para a atividade pesqueira. A pesca fluvial assume o papel de uma atividade a mais para a complementação alimentar e aumentar a renda familiar da população ribeirinha. Com o uso de malhadeira, Zangaria, Tapagem, Curral, rede de arrasto, espinhal, tarrafos, puçás, etc. A população ribeirinha captura várias espécies para fins alimentares ou para venda sob forma cambo como: branquinha, curimatá, piau, surubim, pescada, mandi, cascudo, traira, mandubi, etc. Entre as grandes fontes destacam-se os rios Pindaré, Mearim, Itapecuru, Grajaú, Munin, etc. A pesca nos lagos é de grande importância para a economia da população local, sendo a região banhada por Lago-Açú, nos municípios de Vitória do Mearim e Pio XII o grande produtor estadual, hoje Conceição de Lago-Açú. Molusco Representados por Sururu, Ostras, Sarnambi dentre outros que habitam faixas litorâneas e estuários. São muito apreciados e de alto valor nutritivo representando uma fonte alternativa de subsistência às populações carentes, quer seja pelo consumo ou comercialização. Áreas de ocorrências: Baías de Sarnambi, Tubarão, Caçambeira, Lençóis, São José, Tutóia e estuários dos rios Cururuca, Mosquitos e Coqueiros. A produção de moluscos no Estado do Maranhão apresenta uma posição de ponta diante dos demais estados nordestinos. Camarão: De ocorrências significativa no Estado, em área de reentrâncias, baías, golfos e igarapés, tem nos municípios de Guimarães, Cururupu, Bacuri, Tutóia, Paço do Lumiar e São José de Ribamar seus principais produtores. Caranguejo: Largamente consumido em áreas de lazer, o caranguejo é um dos principais componentes da fauna dos manguezais, tendo os municípios da ilha e Araioses os grande produtores. Siri Lagosta Guarás Caça Embora cada vez mais rara, a caça ainda é praticada no Maranhão para o complemento alimentar do trabalhador rural, principalmente em áreas onde não há grandes concentrações populacionais. São alvos para fins espécies de mamíferos como tatu, paca, cutia, capivara, porco- do-mato e veados do tipo catingueiro e mateiro, assim como aves para o consumo como nambu, siricora e outras, no entanto, as grandes capturas são nas jaçanãs e nos guarás ambos para fins comerciais. Extrativismo Mineral no Maranhão A formação geológica confere ao Estado o seu potencial mineral, cuja atividade é de pequena expressão na economia, seja pela concentração de minerais, ou seja pela forma de extração. Entre os principais produtos, pode-se destacar: Calcário: Bastante difundido pelo sudoeste, avançando de oeste para leste até Presidente Dutra, partindo para o nordeste, destacando-se Codó, Caxias e Coroatá. É matéria- prima para a fabricação de cimento, fertilizantes e utilizados na correção de solos. Gipsita: Sua distribuição é semelhante ao calcário. Ouro: Turiaçu, Maracaçumé, Cândido Mendes, etc. Cobre: Pingado no Vale do Parnaíba. Diamante: Balsas e Carolina Noções de Geografia do Estado do Maranhão Central de Atendimento: (91) 983186353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 8 Opala: Porto Franco Urânio: Imperatriz Água Mineral: São José de Ribamar, São Luis, Caxias e Imperatriz Granito: No afloramento Pré- Cambriano nos municípios de Rosário, Morros e Axixá. Mármore: Fortaleza dos Nogueiras e Caxias Argila: São Luis, Paço do Lumiar, Rosário, Guimarães e Mirinzal. Petróleo: Ocorrências em Barreirinhas. Enxofre: Tutóia e Barreirinhas Sal Marinho: É o principal produto do extrativismo mineral, onde o Maranhão possui a quarta produção nacional, sendo superado pelo Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, e Ceará. A extração ocorrer principalmente em Tutóia, Humberto de Campos, Araioses e Primeira Cruz. Manganês e Ferro No município de Pirapemas há ocorrências de gás de potássio.e ja esta resumido Extrativismo Vegetal no maranhão Beneficiado pela situação geográfica as condições naturais e a grande variedades de paisagens, principalmente a mata característica. O extrativismo maranhense se destaca no cenário nacional pela quantidade e variedades de produtos, sendo uma das principais atividades econômicas do Estado. Entre os produtos podemos destacar: Babaçu: (Obygnya martiana) É a maior riqueza do extrativismo maranhense, pois trata-se do produto de exportação mais importante do Estado. O Maranhão apresenta a maior produção nacional. O babaçu é extraído pelo pequeno agricultor de forma bastante rudimentar, principalmente pela população feminina, onde a renda é obtida e trocada por gêneros de consumo nas quitandas. Os maiores focos dos babaçuais encontram-se nos vales dos principais rios maranhenses, na mata de transição. Jaborandi ou arruda: (Pilocarpus jaborandi) É um arbusto da família das rutáceas que, no Brasil ocorre na Amazônia Oriental, sendo o Maranhão o grande produtor nacional. Desta planta extrai-se uma substância denominada policarpina, longamente utilizada na indústria farmacêutica. A maior extração desse produto ocorre nos meses secos no município de Arame, Morros, Barra do Corda, Santa Luzia e São Benedito do Rio Preto. Madeira em tora: A Amazônia Oriental penetra no oeste maranhense, apresentado-se menos densa, associada ao processo de ocupação da porção ocidental do Estado e a implantação de siderúrgicas na região, tem acelerado o processo de extração de madeira em tora no Brasil. Entre as espécies destacam-se o pau-d’arco ou Ipê, Jatobá, Maçaranduba, Mogno, Angelim e outros. No cerradão o potencial madeireiro é pouco, salva-se quando há ocorrências de espécies como Sucupira, Maçaranduba e Jatobá, por outro lado o cerrado volta-se a produção de lenha e construção de cercas através dos mourões. Outros produtos de extração vegetal Produto Extração no Maranhão Prod. Nacionais Carvão Vegetal Em todo MA, principalmente Açailândia, Sta. Quitéria do MA MG, GO, MS e MA Lenha Extraído do Leste e Oeste MA, destacando-se Caxias BA, CE, MG e MA Cera de Carnaúba Baixo Parnaíba e Pinheiro PI, CE, RN e MA Fibra de Carnaúba Município de Pinheiro CE, MA e PI Fibra de Buriti Lençóis Maranhenses em Tutóia PA, MA e BA Tucum Santa Rita, Anajatuba e Magalhães de Almeida PI, MA e BA Açai Município de Cururupu PA, AM e AP Castanha de Caju Município de Zé Doca BA, PE, CE e RN Pequi Município de Timon GO, MG, BA e PI Energia A energia elétrica no Maranhão é distribuída pela Companhia Energética do Maranhão, e é oriunda de dois sistemas operacionais. Companhia Hidrelétrica de São Francisco: Através da Hidrelétrica Presidente Castelo Branco ou Boa Esperança no Rio Parnaíba, responsável pelo Noções de Geografia do Estado do Maranhão Central de Atendimento: (91) 983186353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 9 abastecimento hidrelétrico do Nordeste Ocidental (MA e PI). Centrais Elétricas do Norte do Brasil S/A: Através da Hidrelétrica de Tucuruí no Rio Tocantins, fornecedora da energia para os Projetos Econômicos, inclusive a cidade de São Luis e mais recentemente um grande número de municípios de Baixada. Industrialização A estrutura econômicado Maranhão até ao século XIX esteve sob forte influência da Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão calcado no modelo pombalino, onde o espaço maranhense deveria voltar-se para a monocultura algodoeira ou canavieira, ambas voltadas para a exportação. A primeira foi superada pela produção e qualidade Norte Americana, no entanto, foi matéria prima de ponta na indústria maranhense do século XIX, a Segunda, que ocupou o lugar do algodão, também sofreu concorrência, desta vez, das antilhas, particularmente a Cubana que superou os arcaicos e despreparadas engenhos do vale do Itapecuru e Pindaré. A produção agro-industrial maranhense do século XIX alternava-se em concorrências, sendo superada pelo mercado internacional que era um grande entrave para os focos do progresso de pouca durabilidade, articulado pela transição do escravismo para o assalarialismo, onde o Maranhão gradativamente perdia posições no contexto brasileiro. O declínio da economia maranhense no final do século XIX acarretará em último momento a formação do parque industrial, visto que a aristocracia rural necessita urgentemente de uma nova atividade que se somasse a ela,pois,a crise ocasionada pela falência em massa dos engenhos e fazendas algodoeiras fez com que isso acontecesse. O investimento na transferência de atividade impulsionou um crescimento periódico baseado nas indústrias de pequeno e médio porte voltados para a produção de bens de consumo: calçados, produtos têxteis, fósforo, pregos, etc. A inexistência do setor agrícola forte, principalmente algodoeiro, assim como a falta de industria de base, o freqüente êxodo rural e a venda de grandes propriedades rurais a preços baixos, parque fabril entra em crise, pois a euforia da indústria, além de passageira, impulsionou o aumento da dependência econômica do Estado, assim como, sua decadência frente ao restante do pais, pois muitas fábricas, não saíram da planificação deixando assim uma parcela da indústria têxtil como responsável pela manutenção da economia local, ainda que de forma frágil e debilitada, dependendo exclusivamente das flutuações do mercado internacional e das pequenas quedas dos seus concorrentes, acarretando a falência gradativa do setor que sobrevive até a metade do século XX. Principais Industrias do Setor Algodoeiro e de Fibras Animais e Vegetais Companhia de Fiação e Tecidos Maranhense: Criada em 1888/1890, localizada no bairro da Camboa (atualmente prédio da AUVEPAR/Difusora). Faliu em 1970. Era a mais antiga fábrica do Maranhão; 300 teares, produção 1.800.000 metros de riscados anual. Companhia de Fiação e Tecelagem de São Luis: Criada em 1894. Localizada a Rua São Panteleão junto a CÂNHAMO. Faliu em 1960. Empregava 55 operários; 55 teares para uma produção anual de 350.000 metros de tecidos. Companhia Lanifícios Maranhenses: Era localizada na atual Rua Cândido Ribeiro (mais tarde passou a denominar-se Fábrica Santa Amélia), integrando o grupo cotonifício Candido Ribeiro. Faliu em 1969, produzia 440.000 metros/ano empregando 50 operários. Companhia Progresso Maranhense: Criada em 1892, era localizada no atual prédio do SIOGE Rua Antonio Royal (antiga Rua São Jorge). Vide efêmera 150 teares para uma produção anual de 70.000 metros/ano, 160 operários. Companhia Manufatureira e Agrícola do Maranhão: Fábrica de tecido de Codó, criação em 1893. Produzia 750.000 metros/ano, 250 operários na fiação e tecelagem. Companhia Fabril Maranhense: Criada em 1893, era localizada na Rua Senador João Pedro, Apicum (atualmente depósito central do Grupo Lusitana), produção anual 3 milhões de metros, 600 operários, faliu em 1971. Companhia de Fiação e Tecido do Rio Anil: Criada em 1893, localizada no Bairro do Anil (atualmente Centro Integrado do Rio Anil (CINTRA), escola pertencente a Fundação Nice Lobão). Faliu em 1966 pertenceu ao grupo Jorge & Santos, produção 1 milhão metros/ano, 100 operários. Companhia de Fiação e Tecido do Cânhamo: Criada em 1891, atualmente transformada no Centro de Produção Artesanal do Maranhão (CEPRAMA); na Rua Senador Costa Rodrigues. Pertenceu ao Grupo Neves Sousa. Faliu em 1969, produção anual 1.500.000 metros/ano, 250 operários. Companhia Industrial Caxiense (Caxias Industrial): Criada em 1880, 130 teares para 250 operários. Companhia de Fiação e Tecidos: Fábrica manufatora criada em 1889, era localizada na Praça Pedro II, atualmente transformada em Noções de Geografia do Estado do Maranhão Central de Atendimento: (91) 983186353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 10 Centro de Produção Cultural de Caxias. Faliu em 1950, 220 teares para 350 operários. Companhia Industrial Maranhense: Criada em 1894, localizada a Rua dos Prazeres em São Luis, 22 teares para 50 operários, 120 t/ano. Fábrica de Tecidos e Malhas Ewerton: Criada em 1892, localizada a Rua de Santana; 500 metros de tecidos e 400 dúzias de meias/mês. Fábrica Sanharô: Edificada em Trizidela município de Caxias; 300 mil metros de tecidos/ano. Fábrica São Tiago (de Martins Irmão & Cia): Localizada no antigo prédio da CINORTE e Depósito Martins. Cotoniere Brasil Ltda.: Criada na década de trinta, empresa de origem francesa subsidiária da LILI, tinha por objetivo abastecer aquela indústria de algodão de alta qualidade, desativada após 1945. Presente “O Maranhão está passando por uma profunda transformação da era da agricultura tradicional de subsistência para a era da industrialização da enxada a indústria pesada. O Projeto Ferro Carajás, o arcabouço de um processo industrial único no mundo, é sem dúvida alguma, uma marca histórica, que de maneira rápida e irreversível, vem mudando o Maranhão da década de 1970, o Maranhão do lavrador e da grilagem, do salário baixo e do biscaite, do cabresto político e da corrupção”. (Frans Gistelinck) Passado o período em que se deu o auge da indústria têxtil no Maranhão, que foi superada pela precariedade de tecnologia, o extrativismo vegetal e a agricultura de subsistência ocupam a ponta da economia maranhense, no entanto, nos últimos anos vem ocorrendo transformações na agricultura e na indústria, a partir do momento em que o Estado vem se posicionando como corredor de minérios, produtos, agrícolas e indústriais. Com a decadência têxtil nos meados do século, a industrialização maranhense passa para a de gêneros alimentícios, utilizando como matéria- prima os produtos de extração vegetal e principalmente os produtos oriundos da agropecuária. Iniciando um processo de infra-estrutura na década de 1960 com construção de portos do Itaqui e a Hidrelétrica de Boa Esperança, o Maranhão não espera sua vocação industrial, despontando como um dos mais importantes pólo industrial do futuro do Brasil. Tal vocação foi alimentada na década de 1980 com a construção da Estrada de Ferro Carajás, do terminal da Companhia Vale do Rio Doce e do complexo de produção de Alumina e Alumínio do Consórcio ALUMAR. O Maranhão aguarda a implantação da ZPE- MA (Zona de Processamento de Exportação), ou espécie de zona de livre comércio, que oferece a melhor infra-estrutura portuária e de transporte rodo- ferroviário do pais além de incentivos fiscais, beneficiando empresas nacionais e estrangeiras que se habilitem a produzir bens destinados ao mercado externo. Enquanto a espera pela ZPE-MA, os incentivos momentâneos são oriundos do Governo Estadual através do PRODEIN Programa de Desenvolvimento Industrial e do FDIT Fundo Estadual de Desenvolvimento Industrial e Turístico e de âmbito federal através doBNDES, BB, CEF, SUDENE e SUDAM com recurso do FINOR e FINAM respectivamente. Distritos Indústriais O Maranhão conta 7 distritos industriais, das quais 3 (São Luis, Imperatriz e Balsas), e estão implantados e os restantes (Rosário, Santa Inês, Bacabal e Açailândia), em fase de implantação, todos localizados às margens ou em áreas que sofrem influência da Estrada de Ferro Carajás. O Distrito Industrial mais importante do Estado é o de São Luis, situado a sudoeste da Ilha, onde estão instaladas as fábricas de Aluminia e Alumínio da ALUMAR (considerado uma das maiores do mundo), duas cervejarias (BRAHMA e ANTARCTICA) e aproximadamente 40 outras empresas que atuam nos setores Químicos, Têxtil, Gráfico, Imobiliário, Metalúrgicos, Metal Mecânico, Alimentos, Aliagenosas, Fertilizantes, Cerâmicos e Artefatos de Borracha e Cimento entro outros. Tipos de Indústrias 1. Indústrias de Produtos Alimentícios: Destacam-se beneficiamento de arroz, panificação, oleaginosas e beneficiamento de produtos da agropecuária em geral. Principais Centros São Luis, Imperatriz, Caxias, Barra do Corda, Codó, Santa Inês, Santa Luzia, Açailândia, Pedreiras, Presidente Dutra, Bacabal e Zé Doca. 2. Indústria Madeireira: Açailândia, São Luis, Imperatriz, Amarante do Maranhão, Grajaú, Barra do Corda, Santa Luzia do Paruá e Cândido Mendes. 3. Construção Civil: São Luis, Caxias, Bacabal, Timon, Açailândia e Imperatriz. 4. Indústria de Minerais não Metálicos: São Luis, Rosário, Imperatriz, Grajaú, Timon e Caxias. 5. Indústria Mecânica: São Luis, Imperatriz, Açailândia, Santa Inês e Balsas. 6. Indústria Metalúrgica: São Luis, Imperatriz, Pedreiras e Açailândia. Noções de Geografia do Estado do Maranhão Central de Atendimento: (91) 983186353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 11 7. Indústria do Mobiliário: São Luis, Imperatriz e Açailândia. 8. Indústria de Serviço de Reparação e Conservação: São Luis, Bacabal, Imperatriz e Santa Inês. 9. Indústria de Vestuário e Calçados: São Luis, Imperatriz, Bacabal e Caxias. 10. Indústria Gráfica: São Luis e Imperatriz 11. Indústria Diversas: São Luis, Imperatriz, Açailândia, Bacabal, Santa Inês e Barra do Corda. 12. Outros ramos industriais: o Extração Mineral: São Luis e Imperatriz o Material de Transporte: São Luis o Papel, Papelão e Borracha: São Luis o Química: São Luis, Imperatriz e Bacabal o Perfumaria, Sabão e Vela: Caxias, São Luis e Bacabal o Têxtil: São Luis o Utilidade Pública: São Luis o Álcool Etílico: São Luis Estabelecimento e Pessoal Ocupado De acordo com a distribuição das atividades do setor secundário maranhense, quando estudada isoladamente, pode-se imaginar um Estado bastante industrializada, no entanto, a posição maranhense em relação as demais unidades da Federação ainda bastante insignificante, pois a indústria no geral apresenta-se ainda sob a forma artesanal inclusive com o pessoa bastante reduzido. Indústria Estabelecimento Pessoal Ocupado(%) Extração Mineral 6,5 5,0 Prod. Min. Não Metálicos 7,0 7,0 Mecânica 18,0 3,5 Madeira 18,0 18,5 Mobiliária 5,5 2,5 Vestiário/Calçados 5,5 2,0 Alimentícia 27,5 2,0 Construção Civil 9,0 17 Metalúrgica 6,0 11,5 Gráfica 3,0 3,0 Outros 4,5 5,5 Serviço Representação 5,0 Incluídos em Outros Diversos 3,0 Incluídos em Outros Mat. Elétrico/Comunicação Incluídos em Outros 2,0 Bebidas e Álcool Incluídos em Outros 2,5 Total 100 100 Principais Indústrias Algumas indústrias destacam-se pela produção e grande números de funcionários empregados como: ALUMAR: Indústria de base que resultou do consórcio das multinacionais ALCOA que possui a maior parte das ações e BILLITON. Localizada no Sudoeste da Ilha, na localidade denominada Coqueiro, esta empresa opera do beneficiamento da bauxita, oriunda do Vale do Rio Trombetas(PA), produzindo aluminia e alumínio. PROJETO GRANDE CARAJÁS: esse projeto envolve os Estado do Pará, Maranhão e Tocantins e consiste na extração de minérios, principalmente de ferro, da Serra dos Carajás, sendo transportado pelo trem da Vale ( antiga CVRD ), Companhia responsável pela exploração mineral na região, através da Estrada de Ferro Carajás até o Porto da Ponta da Madeira, em São Luis, localizado na Bahia de São Marcos, onde é exportado para os países desenvolvidos. TELECOMUNICAÇÕES DO MARANHÃO CIA DE ÁGUA E ESGOTOS DO MARANHÃO OLEAGINOSAS MARANHENSES S.A. CERVEJARIA EQUATORIAL CIA MARANHENSE DE REFRIGERANTES Noções de Geografia do Estado do Maranhão Central de Atendimento: (91) 983186353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 12 INDÚSTRIA DE BEBIDA ANTARCTICA DO NORDESTE S.A. CONSTRUTORA PARENTE DUCOL ENGENHARIA LTDA. EIT EMPRESA DE INDÚSTRIA TÉCNICA ESTRAL ESCAVAÇÕES E TRANSPORTE CERVENG E COMP. ASSESSORIA DE ENGENHARIA CIA SIDERÚRGICA VALE DO PINDARÉ VIENA SIDERÚRGICA DO MARANHÃO S.A. AGRINCO INDÚSTRIA MADEIREIRA LTDA. CIKEL COMPANHIA E INDÚSTRIA KEILA S.A. GRAMACOSA S.A. FIBRAL COMPENORTE LTDA. MADEIREIRA PINTO LTDA LOWEN IND. LAMINADOS DO MARANHÃO CASEMA IND. E COMPANHIA LTDA. CONSTRUTORA SULTEPA S.A. DESTILARIA CAIMAN S.A. ESTACON ENGENHARIA S.A. FONTE: FIEMA Comércio O intercambio comercial do Maranhão, assim como qualquer outro espaço subdesenvolvido, é realizado com áreas do país de maior potencial econômico, onde fornece produtos primários e importa produtos manufaturados. Com a implantação dos grandes projetos, o comércio maranhense vem se expandido alcançando uma escala internacional, porém no fornecimento de matéria-prima. Os produtos industrializados importados pelo Maranhão, alcançaram preços elevados devido os custos de transportes e impostos, pois o Maranhão está distante dos centros industriais do Brasil e o meio de transporte mais utilizados é o rodoviário, de grandes custos. Noções de Geografia do Estado do Maranhão Central de Atendimento: (91) 983186353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 13 (art. 5°. Da Constituição Federal). TÍTULO II Dos Direitos e Garantias Fundamentais CAPÍTULO I DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado olivre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva; VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer; XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional; XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar; XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento; XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; XX - ninguém poderá ser compelido a associar- se ou a permanecer associado; XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; XXII - é garantido o direito de propriedade; XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição; Noções de Geografia do Estado do Maranhão Central de Atendimento: (91) 983186353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 14 XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento; XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas; b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas; XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País; XXX - é garantido o direito de herança; XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus"; XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal; XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: a) a plenitude de defesa; b) o sigilo das votações; c) a soberania dos veredictos; d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais; XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; (Regulamento) XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido; XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos; Noções de Geografia do Estado do Maranhão Central de Atendimento: (91) 983186353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 15 XLVII - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo;c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis; XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação; LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião; LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória; LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; (Regulamento). LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal; LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado; LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial; LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança; LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel; LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: a) partido político com representação no Congresso Nacional; b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania; LXXII - conceder-se-á habeas data: a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; Noções de Geografia do Estado do Maranhão Central de Atendimento: (91) 983186353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 16 b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo; LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença; LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: (Vide Lei nº 7.844, de 1989) a) o registro civil de nascimento; b) a certidão de óbito; LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania. LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata. § 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Atos aprovados na forma deste parágrafo) § 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) CAPÍTULO II DOS DIREITOS SOCIAIS Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 90, de 2015) Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; III - fundo de garantia do tempo de serviço; IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável; VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei; XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; (vide Decreto-Lei nº 5.452, de 1943) Noções de Geografia do Estado do Maranhão Central de Atendimento: (91) 983186353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 17 XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; (Vide Del 5.452, art. 59 § 1º) XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias; XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; XXIV - aposentadoria; XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei; XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000) a) (Revogada). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000) b) (Revogada). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000) XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência; XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos; XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 72, de 2013) Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical; II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município; III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas; IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei; Noções de Geografia do Estado do Maranhão Central de Atendimento: (91) 983186353 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 18 V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato; VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho; VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais; VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei. Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer. Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. § 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. § 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei. Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação. Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores. CAPÍTULO III DA NACIONALIDADE Art. 12. São brasileiros: I - natos: a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país; b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007) II - naturalizados: a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
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