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nestes últimos séculos. 4 OS BRICS EM NÚMEROS. Disponível em: http://oglobo.globo.com/infograficos/brics/. Acesso em: 11 set. 2013. 5 DÉCADA DE 2020 DEVE CONSOLIDAR PODER DOS BRICS. Disponível em: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/03/090330_bricsabertura_ss.shtml. Acesso em: 11 set. 2013. 6 A proliferação e o aprofundamento dos processos de integração regional6, iniciados no século passado, têm como o modelo mais importante e aprimorado a União Europeia7. Além desse, podemos citar: Mercosul; Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA)8; Pacto Andino9; Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN); Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (APEC)10; Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC)11; Mercado Comum Centro-Americano (MCCA)12; Aliança do Pacífico; BENELUX etc. Isso não escapa à realidade brasileira, tendo em vista o papel ampliado que nosso país exerce no âmbito deste mundo globalizado. Assim, o nosso país é membro efetivo do Mercosul, exercendo um papel de natural liderança no bloco, em razão da maior força de sua economia. É importante entender o fenômeno da integração regional já que ela não apenas se relaciona a questões econômicas. No futuro, independentemente dos laços políticos mais estreitos que, certamente, tendem a ocorrer, haverá também repercussões no que se refere a questões humanas, sociais e culturais, como, por exemplo, a livre circulação de pessoas e trabalhadores pelos países membros . ATENÇÃO! Embora hoje tenhamos, no Brasil, algumas dificuldades em discutir temas relacionados à vinda de trabalhadores de outros países para exercerem atividades laborativas aqui, esse tema, tabu em quase todos os blocos (com exceção da União Europeia), tende a ser uma decorrência natural do desenvolvimento dos diversos blocos econômico espalhados pelo mundo. 6 Para saber mais, leia o texto Blocos econômicos. 7 Para saber mais, leia o texto Informações de base sobre a União Europeia. 8 Para saber mais, leia o texto O Nafta. 9 Para saber mais, leia o texto Pacto Andino (Comunidade Andina de Nações). 10 Para saber mais, leia o texto APEC. 11 Para saber mais, leia o texto SADC. 12 Para saber mais, leia o texto MCCA – Mercado Comum Centro Americano. 7 Primeiro, circulam livremente as mercadorias e, em um segundo momento, começam a circular livremente pessoas e trabalhadores. Hoje, só a Europa tem esse modelo mais desenvolvido. No caso da União Europeia, cujo grau de integração é bastante elevado, há quem entenda que ali alguns novos fenômenos da ciência política começam a ocorrer, colocando em discussão questões importantes como: O papel de protagonismo dos Estados Nacionais na condução da política internacional devido à perda de soberania em relação ao “governo do bloco”; CURIOSIDADE 1 Você se lembra de suas aulas de história, em que aprendeu que até a Segunda Guerra Mundial a Europa era um barril de pólvora com os Estados Nacionais em constantes guerras uns com os outros? Pois, é. Hoje as coisas mudaram. Reina ali uma paz sem precedentes. As divergências são tratadas sempre no Parlamento Europeu com a intervenção de todos os participantes do bloco. Esse é um ponto positivo deste tipo de integração. Aliás, aqui na América do Sul, muito se falava das relações nada amistosas entre Brasil e Argentina. Hoje, pensar em um conflito bélico com nossos vizinhos, parceiro no Mercosul, é impensável. O conceito de cidadania. CURIOSIDADE 2 Os indivíduos nacionais dos 28 Estados que compõem a União Europeia são chamados de “cidadãos europeus”, ou seja, além do vínculo de cidadania decorrente da nacionalidade (por exemplo, português, italiano, francês, espanhol etc.), eles possuem um vínculo de cidadania com a Europa. De qualquer forma, mesmo que a maior parte dos blocos ainda não possua alguns das vantagens já presentes na União Europeia, podemos localizar alguns benefícios advindos da integração econômica. Porém, os estudiosos listam também alguns prejuízos que a própria prática vem deixando claros. 8 Vamos conhecer as vantagens e desvantagens ora mencionadas: VANTAGENS DESVANTAGENS Criação ou desenvolvimento de atividades dificilmente compatíveis com a dimensão nacional As disparidades do desenvolvimento econômico e social entre os particulares no processo de integração. Formulação mais coerente e rigorosa das políticas econômicas Busca por transformação das estruturas econômicas e sociais (há a necessidade de certo equilíbrio socioeconômico entre os países- membros, sob pena de que os países com menor estrutura levem desvantagens). A resistência dos aparelhos nacionais às regras de disciplina coletiva (o problema de quem possui a soberania). Reforço da capacidade de negociação (a negociação liderada pelo bloco tem mais força do que a liderada por um país-membro). Vantagens para os consumidores em face ao acesso a melhores produtos e melhores preços. A resistência psicológica das populações que ainda se reconhecem no quadro cultural nacional. A Guerra pelo mundo e o Terrorismo Na última década, as guerras se concentram na Ásia e na África. Embora ocorram no interior dos países, elas também podem ser consideradas internacionais, pois grupos rebeldes possuem conexões globais para a manutenção do financiamento da luta armada. Além disso, em diversas zonas de guerra, estão presentes tropas de paz da ONU, bem como ONGs internacionais. As guerras têm motivações várias, como conflitos em razão de disputas, étnicas, territoriais, religiosas13. Porém, não se pode deixar de ressaltar as disputas que se dão por razões econômicas, em torno da riqueza desses países. Nessa linha, a desigualdade causada pela globalização vem sendo apontada como um forte fator, acirrando as tensões sociais e políticas. 13 7 CONFLITOS ATUAIS CAUSADOS POR DIFERENÇAS RELIGIOSAS. Disponível em: http://super.abril.com.br/blogs/superlistas/7-conflitos-atuais-causados-por-diferencas-religiosas/. Acesso em: 11 set. 2013. 9 Infelizmente, a população civil é a maior vítima das guerras atuais. Alvo frequente de matanças deliberadas promovidas por forças em guerra, segundo organismos internacionais, os civis perfazem 90% das mortes em áreas de conflito. Todavia, há outras consequências a lamentar: a cada ano, milhões de civis abandonam as zonas de guerra e buscam refúgio em nações vizinhas (são os chamados “refugiados”) ou em abrigos provisórios dentro do próprio país. O Terrorismo Uma definição do que venha a ser “terrorismo” não é consensual entre os estudiosos. Costuma-se dizer que se trata do uso sistemático da violência contra certa população a fim de criar um ambiente de medo e alcançar um objetivo político. De toda forma, o uso do terrorismo é um fenômeno marcante da política contemporânea, e, em geral, está associado a lutas promovidas por grupos nacionalistas. Embora haja quem relacione o ato de terrorismo com ações contra grupos civis, há outros que afirmam que é possível que ações tidas como terroristas sejam consideradas legítimas por enfrentarem o domínio colonial, a repressão ou mesmo a ocupação ilegítima de território. Um exemplo disso é a Resistência francesa, momento em que se lutou contra a ocupação nazista na II Guerra Mundial, utilizando métodos terroristas em oposição à ocupação nazista.