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Prévia do material em texto

1 
 
Olá, aluno! 
 
Vamos começar o curso refletindo sobre o conceito de texto. Nós nos 
comunicamos sempre por meio de textos, mas, afinal, o que é um texto? 
 
O conceito de texto 
 
Será que uma única palavra pode ser um texto? Observe os exemplos abaixo: 
 
Exemplo (1) 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo (2) 
 
 
(Disponível em http://goo.gl/ZX8FDS) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO 
Atenção! 
 
 
 
 2 
Exemplo (3) 
 
(Disponível em http://goo.gl/FGEHck) 
 
Observe que, nos exemplos (2) e (3), temos um contexto comunicativo, em que a 
palavra “Atenção” está transmitindo uma ideia. Por isso, temos dois textos 
diferentes. No entanto, a palavra “Atenção”, apresentada isoladamente, como no 
exemplo (1), não caracteriza um texto. Podemos até dizer que se trata de uma 
palavra da Língua Portuguesa, o que ela significa, mas, nesse caso, não temos um 
contexto de produção. Portanto, não temos um texto. 
 
Será que não podemos ter um texto sem o uso de palavras? Podemos sim. A 
imagem a seguir ilustra bem a transmissão de uma mensagem sem o uso de palavras. 
Temos, portanto, um texto não verbal. 
 
 
(Disponível em http://goo.gl/CEQpCt) 
 
Desse modo, podemos nos comunicar por meio de textos verbais e também de 
textos não verbais. Sempre que fazemos uso de palavras, sejam elas faladas ou 
 
 
 
 3 
escritas, estamos produzindo um texto verbal. Por outro lado, quando comunicamos 
uma ideia sem o uso de palavras, teremos um texto não verbal. 
 
O texto escrito 
 
Em nosso curso, teremos como foco o texto verbal escrito. Vimos que um texto 
verbal faz uso de palavras como sinais de comunicação, mas será que apenas ao 
utilizá-las já teremos um texto? Veja o exemplo abaixo: 
 
“O assédio em si trás no meio um poder aquisitivo escondendo ao trabalho, assim 
podendo fazer e refazer, adicionando o sentido, junto a essa conduta de mulher ideal. 
Não querendo ser prejudicial ao método agressivo, mas ao jeito decisivo a maneira 
pela força que o traz da forma de agir. A teimosia circunstancial vem devido ao 
exotismo da participação com credibiloso contraste à elevacidade do adultério da 
simples cena de uma turbulência a um ser precioso”. 
(Trecho de dissertação de um aluno do ensino médio/MEC – Provão. Disponível 
em http://oblogderedacao.blogspot.com.br/2013/02/textos-incoerentes.html) 
 
O exemplo apresentado, embora pareça um texto, de fato, não o é. Apesar de 
fazer uso de palavras da nossa língua, combinadas segundo suas regras internas, ele 
não faz sentido. Observamos até mesmo a criação de algumas palavras que não 
existem na língua (“credibiloso”, “elevacidade”). No entanto, para que um texto seja 
um texto e não uma sequência de frases sem sentido, é preciso que ele tenha 
textualidade. Beaugrande e Dressler (1983), citados em Val (1999), apresentam sete 
fatores responsáveis pela textualidade: coerência, coesão, intencionalidade, 
aceitabilidade, situacionalidade, informatividade e intertextualidade. Em nossas 
aulas, vamos nos ater a apenas dois fatores* que estão, diretamente, relacionados aos 
elementos linguísticos do texto: a coesão e a coerência. 
 
*Os outros cinco fatores - intencionalidade, aceitabilidade, situacionalidade, 
informatividade e intertextualidade – estão relacionados a fatores pragmáticos que 
envolvem o processo de comunicação. Esses fatores estão, portanto, relacionados ao 
contexto de uso. 
 
Vamos entender a coesão textual? 
 
A coesão textual 
 
A coesão textual refere-se ao aspecto formal do texto. Ao produzir um texto, 
precisamos que as ideias que o compõem estejam bem articuladas, formando um todo 
coeso. Conseguimos estabelecer a coesão do texto ao escolher determinados 
elementos que promovem, nele, referências e relações, articulando entre si as várias 
partes do texto. Como conseguimos isso? 
 
Há alguns recursos que podem ser utilizados por nós para tornar o nosso texto 
coeso. Podemos usar determinados elementos para: 
 
 
 
 
 4 
1) retomar elementos já mencionados no texto ou que ainda serão 
mencionados. 
2) estabelecer relações de sentido entre as partes do texto, encadeando-as. 
 
Como retomar elementos já mencionados no texto ou que ainda serão 
mencionados? Vamos aos exemplos? 
 
A coesão referencial 
 
No texto a seguir, é possível perceber como a expressão “o psicólogo alemão 
John Drury” (l. 2) será retomada ao longo do parágrafo. 
 
“É, até a ciência entrou em cena e deixou um incentivo extra para você ir às 
ruas: participar de protestos faz bem à saúde (...). Sim, cientificamente comprovado 
pelo psicólogo John Drury, da Universidade de Sussex, no Reino Unido. Ele coletou 160 
histórias depois de fazer longas entrevistas com 40 ativistas. Todos relembravam os 
acontecimentos com felicidade e euforia. “Só de contar os eventos, eles já sorriam”, 
diz Drury. Além disso, segundo o psicólogo, a participação em protestos está associada 
com vários indicadores de bem-estar: fortalecimento do sistema imunológico, redução 
de dores, ansiedade e depressão.” (“Protestar faz bem à saúde” – Carol Castro, 
28/06/13. Disponível em http://super.abril.com.br/blogs/cienciamaluca/) 
 
No exemplo apresentado, podemos perceber a utilização de itens lexicais plenos 
(“Drury” e “o psicólogo” (l. 5)) e de itens gramaticais (o pronome “ele” (l. 3)) para 
retomar um referente já apresentado: “o psicólogo alemão John Drury”. 
 
Itens lexicais plenos: repetições, sinônimos, hiperônimos, hipônimos, nomes 
genéricos, expressões nominais definidas, nominalizações. 
 
Veja exemplos: 
I- Repetições: Comprou o carro, mas o carro estava com problemas. 
II- Sinônimos: A menina estava feliz. A garota amou a boneca. 
III- Hiperônimos: Comprei um cachorro. O animal alegrou a família. 
IV- Hipônimos: Paulo comprou flores e deu as rosas para a sua amada. 
V- Nomes genéricos: Comprei velas, caixas de fósforo e lanternas. Essas coisas 
são importantes. 
VI- Expressões nominais definidas: Pelé foi à Espanha, onde o Rei do Futebol foi 
recebido com muito carinho. 
VII- Nominalizações: Morrer faz parte da vida e a morte deve ser encarada com 
naturalidade. 
 
Itens gramaticais: pronomes, artigos, numerais, formas verbais e advérbios. 
 
Veja exemplos: 
I- Pronomes 
José e Paulo foram ao estádio, mas eles não conseguiram assistir ao jogo. 
Patrícia e Pietra são irmãs. Esta é calma. Aquela é agitada. 
 
 
 
 5 
 
 
Comprei um novo apartamento. Vou pagá-lo com o dinheiro da aposentadoria. 
 
II- Artigos 
Pedi uma pizza. A pizza estava uma delícia. 
 
III- Numerais 
Quando viajei, comprei um computador e um telefone. Os dois custaram caro. 
 
IV- Formas verbais 
O ator da peça pediu demissão, mas a atriz não fez o mesmo. 
 
V- Advérbios pronominais. 
A casa da minha tia é linda. Lá, há uma piscina enorme. 
 
Como estabelecer relações de sentido entre as partes do texto? 
 
A coesão sequencial 
 
Observe as duas sentenças abaixo: 
 
A- Fomos ao casamento. 
B- Não compramos um presente para os noivos. 
 
Nesse caso, temos duas sentenças que podem ser articuladas sintaticamente. Se 
quisermos atribuir um valor de oposição, precisamos de um elemento que promova 
esse tipo de articulação. Nesse caso, podemos usar os seguintes “articuladores”: mas, 
porém, contudo, entretanto, todavia, no entanto. 
 
Vamos observar, a seguir, a articulação das duas sentenças apresentadas: 
(1) Fomos ao casamento, mas não compramos um presente para os noivos. 
(2) Fomos ao casamento, não compramos, entretanto, um presente para os 
noivos. 
(3) Fomos ao casamento, não compramos, no entanto, um presente para os 
noivos. 
 
Vimos, nos exemplos (1), (2) e (3), a importância dos articuladores. Além de 
promoverem a integração das duas sentenças, atribuem o valor de oposição entre as 
ideiascontidas nessas estruturas. Além desse valor de oposição, podemos veicular 
outros sentidos por meio de diferentes articuladores. Listamos, a seguir, com base em 
Abreu (2001), outras funções semânticas de principais articuladores: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 6 
Causa: porque, pois, como, por isso que, já que, visto que, uma vez que, por, 
por causa de, em vista de, em virtude de, devido a, em consequência de, por motivo 
de, por razões de. 
Condição: se, caso, contanto que, desde que, a menos que, a não ser que. 
Fim: para, a fim de, com o propósito de, com a intenção de, com o fito de, com 
o intuito de, com o objetivo de. 
Conclusão: logo, portanto, então, assim, por isso, por conseguinte, pois 
(posposto ao verbo), de modo que, em vista disso. 
 
Vale lembrar que há ainda elementos que são utilizados para estabelecer 
conexões entre partes maiores do texto, como, por exemplo, parágrafos e capítulos. 
São eles: assim, a seguir, pelo contrário, antes, depois. 
 
Exemplo: Inicialmente, apresentarei os dados que reforçam o baixo número de 
vendas do setor. Em seguida, discutirei as razões pelas quais o setor precisa passar 
por reformulações e, mais adiante, abordarei as possíveis soluções para o problema. 
 
 
FOCO NA GRAMÁTICA: Ortografia 
 
Vamos rever algumas dúvidas ortográficas comuns? 
 
X ou ch? Ç ou ss? J ou g? 
Em palavras originárias de línguas ágrafas (línguas sem tradição escrita) e de 
línguas com alfabetos exóticos (todos os alfabetos que não forem o alfabeto latino). 
JAMAIS usaremos CH, SS ou G, mas sim o X, o Ç e o J. Exemplos: açaí, Iguaçu, 
Paraguaçu, miçanga; xaxim, Hiroxima, xale, paxá; acarajé, mujique, jiló etc. 
 
–SÃO, –ÇÃO OU –SSÃO? 
 
Se a terminação do verbo NÃO permanecer no substantivo derivado, usaremos o –
SÃO ou –SSÃO. 
 
Se a terminação do verbo permanecer no substantivo derivado, usaremos o –ÇÃO. 
 
TERMINAÇÃO VERBO SUBSTANTIVO 
-ter CONTER CONTENÇÃO 
-tir DEMITIR DEMISSÃO 
-der COMPREENDER COMPREENSÃO 
 
 
 
 7 
-dir ALUDIR ALUSÃO 
-mir REPRIMIR REPRESSÃO 
 
–ISAR ou –IZAR? 
Escrevem-se com “s” (= ISAR) os verbos derivados de palavras que já possuem o 
“s”: 
 análise > analisar 
 aviso > avisar 
 paralisia > paralisar 
 pesquisa > pesquisar 
 
Escrevem-se com “z” (= IZAR) os verbos derivados de palavras que não possuem 
a letra “s”: 
ameno > amenizar 
civil > civilizar 
fértil > fertilizar 
legal > legalizar 
normal > normalizar 
real > realizar 
 
 
Atenção ao uso do PORQUE! (cf. SILVA, Sérgio Nogueira Duarte da. O português 
do dia a dia: como falar e escrever melhor. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009.) 
 
 
PORQUE/PORQUÊ/POR QUÊ/POR QUE 
PORQUE é conjunção causal ou explicativa: 
“Ele viajou porque foi chamado para assinar contrato.” 
“Ele não foi porque estava doente.” 
 
PORQUÊ é a forma substantivada (= antecedida de artigo “o” ou “um”): 
“Quero saber o porquê da sua decisão.” 
“A professora quer um porquê para tudo isso.” 
 
POR QUÊ é utilizado apenas no fim de frase: 
“Parou por quê?” 
“Se ele mentiu, eu queria saber por quê.” 
 
POR QUE é usado 
(a) em frases interrogativas diretas ou indiretas: 
"Por que você não foi?" (= pergunta direta) 
"Gostaria de saber por que você não foi." (= pergunta direta) 
 
 
 
 
 8 
(b) quando for substituível por POR QUAL, PELO QUAL, PELA QUAL, PELOS QUAIS, 
PELAS QUAIS: 
 “Só eu sei as esquinas por que passei.” (= pelas quais) 
“Desconheço as razões por que ela não veio.” (= pelas quais) 
 
(c) quando houver a palavra MOTIVO antes, depois ou subentendida: 
“Desconheço os motivos por que a viagem foi adiada.” (= pelos quais) 
“Não sei por que motivo ele não veio.” (= por qual) 
“Não sei por que ele não veio.” (= por que motivo, por qual motivo). 
 
Conheça o Novo Acordo Ortográfico. 
- O motivo do Novo Acordo: unificação do Português nos diversos países que 
falam a língua. 
 
- Os países que assinaram o Acordo: Portugal, Brasil, Cabo Verde, São Tomé e 
Príncipe, Angola, Guiné-Bissau. 
 
- Aspectos de natureza gramatical não foram alterados com o Acordo. 
 
- As principais mudanças com o acordo afetam 0,5% das palavras. São elas: 
 
 
• Alfabeto: 26 letras (K, W e Y não eram consideradas letras do nosso alfabeto); 
• Acentuação de algumas palavras; 
• Uso do trema; 
• Uso do hífen. 
 
IMPORTANTE! O dicionário é uma fonte de consulta valiosa. Além de informar 
o(s) significado(s) da palavra, ele também é útil para conhecer o modo como ela deve 
ser escrita. Temos muitos dicionários on-line gratuitos. Além deles, uma obra de 
referência para sabermos mais sobre a grafia das palavras é o VOLP (Vocabulário 
Ortográfico da Língua Portuguesa), que está disponível em 
http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 9 
SAIBA MAIS (AULA 1) 
 
Leia mais sobre o conceito de texto e de textualidade em 
http://leandromarshall.files.wordpress.com/2012/02/texto-e-textualidade1.pdf e 
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/texto-voce-sabe-qual-o-
conceito.htm 
 
Assista a um vídeo sobre coesão textual no endereço: 
http://www.youtube.com/watch?v=dz6-QI5ActQ Tenha atenção a partir de 4 minutos 
e 48 segundos. 
 
Para ver mais exemplos de elementos de coesão em um texto, visite a página 
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/coesao-as-partes-de-sua-redacao-
formam-um-todo.htm 
 
Para conhecer o Novo Acordo Ortográfico, clique em 
http://michaelis.uol.com.br/novaortografia.php 
 
Para rever as regras de acentuação gráfica, clique em 
http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono9.php

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