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Olá, aluno! 
 
Seja bem-vindo à universidade! 
 
Vamos começar o nosso curso de nivelamento de Língua Portuguesa lembrando a 
importância da comunicação para a nossa vida em sociedade. Sem a 
comunicação, a nossa convivência não seria possível, não é mesmo? 
 
Ao nos comunicarmos, estamos produzindo textos, sejam eles falados ou 
escritos. Agora, com o início da vida acadêmica, cada vez mais, você terá 
contato com diferentes textos escritos. Por isso, é preciso não só saber produzir 
textos como também compreendê-los. 
 
O objetivo do curso é oferecer a você a oportunidade de verificar sua habilidade 
de compreender textos e de rever alguns aspectos de natureza gramatical. 
Afinal, como universitário, você será muito cobrado em relação ao modo como 
usa a língua. Assim, não podemos perder o foco na norma-padrão, que terá 
grande importância na vida acadêmica e na vida profissional. 
 
Preparamos um teste inicial para que você possa avaliar, rapidamente, seu 
desempenho. Desse modo, você já terá uma ideia dos assuntos que mais 
merecem a sua atenção. Vamos começá-lo? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TESTE DE NIVELAMENTO 
 
Questão 1 
 
Atualmente, encontramos, na mídia televisiva, uma série de programas baseados 
na vida real, que agradam muito o gosto popular. São os chamados reality 
shows. A charge abaixo apresenta uma crítica a esse tipo de programa. 
 
 
Disponível em http://www.chargeonline.com.br/ 
 
Ao refletir sobre a mensagem que a charge transmite em relação ao papel dos 
reality shows na vida dos indivíduos, podemos dizer que eles: 
a) oferecem ótimos exemplos de uma vida tranquila na fazenda. 
b) promovem o ensino de hábitos de vida saudável aos indivíduos. 
c) contribuem para a alienação cultural de seus participantes. 
d) são muito informativos acerca de questões políticas e culturais. 
e) deixam a desejar no que se refere a conteúdo e informação aos 
espectadores. 
 
Gabarito comentado: A resposta do personagem (“Ignorância”) nos leva a 
pensar que esse tipo de programa não contribui para a formação cultural e 
social dos seus espectadores, considerando o nível de seus participantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Questão 2 
 
A propaganda abaixo é um exemplo de intertextualidade com o conhecido 
tema das campanhas de trânsito: “Se beber, não dirija.” 
 
Disponível em http://goo.gl/tFg24B 
 
Tendo em vista o produto oferecido pela SINAF SEGUROS e o uso da partícula 
“se” nas frases, pode-se dizer que esse elemento expressa: 
a) causa 
b) consequência 
c) condição 
d) explicação 
e) oposição 
Gabarito comentado: A partícula “se” é uma conjunção condicional. No anúncio 
apresentado, é possível perceber o valor de condição: “Caso você beba, não 
dirija. Caso dirija, SINAF.” 
 
Questão 3 
 
Leia o texto abaixo. 
 
Mapas mostram nível de racismo e de diversidade étnica em diferentes países 
Ana Carolina Prado - 17 de maio de 2013 
 
Quais os países mais preconceituosos do mundo? Será que a situação econômica de um 
país tem algo a ver com o nível de preconceito racial que seus habitantes apresentam? 
Isso foi parte do que um estudo de dois economistas suecos tentou descobrir. Para 
isso, eles usaram dados do World Values Survey, usado amplamente em estudos pelo 
mundo por medir atitudes e opiniões globais há décadas. 
 
Uma das perguntas dessa pesquisa, feita a habitantes de mais de 80 países, pedia para 
que eles identificassem em uma lista com vários itens os tipos de pessoas que não 
gostariam de ter como vizinhos. Um deles era “pessoas de uma raça diferente”, e ele 
foi usado para medir a tolerância racial de cada país. Quanto mais pessoas do mesmo 
país marcassem isso, mais preconceituoso o lugar foi considerado. 
 
 
 
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O Washington Post, então, foi atrás desses dados e fez o “mapa do racismo” que você 
pode ver aqui. 
 
Adaptado de http://goo.gl/BM54WQ 
 
 
 
 
 
 
O mapa acima apresenta o nível de racismo em diferentes países. A partir de sua 
observação é possível dizer que: 
 
a) os países em azul tiveram o menor número de pessoas que disseram não 
querer vizinhos de uma raça diferente. 
b) nos países em vermelho, as pessoas estão menos propensas ao preconceito. 
c) nos países em azul, há mais pessoas preconceituosas. 
d) as pessoas preferem indivíduos racistas como vizinhos. 
e) os indivíduos que habitam os países em azul são mais preconceituosos do que 
os que habitam os países em vermelho. 
 
Gabarito comentado: Segundo o mapa, nos países sinalizados em azul, houve o 
menor número de pessoas que marcaram a opção de que não gostariam de ter 
“pessoas de uma raça diferente” como vizinhos. Esse fato sinaliza que as pessoas 
desses países são menos preconceituosas. Por outro lado, nos países em 
vermelho, mais pessoas disseram se incomodar com vizinhos que sejam de uma 
raça diferente, o que demonstra, segundo a pesquisa, uma atitude 
preconceituosa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Questão 4 
 
Leia o texto a seguir. 
 
“A música popular brasileira atual tem sido marcada por um fenômeno incomum 
em outras épocas, bem como em outros países: a modificação dos sobrenomes 
dos artistas. Às vezes, o erro pode ser do próprio tabelião, e por isso um 
sobrenome italiano como Calcagnotto se torna Calcanhoto. Mas o mais frequente 
é que os próprios artistas simplifiquem seus nomes para facilitar a venda de 
discos, num claro reconhecimento de que o público tem dificuldade de soletrar 
nomes estrangeiros. Aí Vercillo vira Vercilo, Cañas vira Canhas, e assim por 
diante.” 
 
(Os estranhos nomes da MPB. Aldo Bizzocchi. Disponível em 
http://revistalingua.uol.com.br/textos/blog-abizzocchi/os-estranhos-nomes-da-
mpb-290745-1.asp) 
 
Em “A música popular brasileira atual tem sido marcada por um fenômeno 
incomum em outras épocas, bem como em outros países: a modificação dos 
sobrenomes dos artistas.” (linhas 1 e 2), o uso de dois-pontos (:) tem a função de 
 
a) introduzir uma citação. 
b) indicar uma exemplificação. 
c) esclarecer o que foi dito antes. 
d) isolar a fala da personagem. 
e) apresentar uma enumeração. 
 
Gabarito comentado: Os dois-pontos é um sinal de pontuação que pode ser 
utilizado para anunciar uma citação, uma enumeração, um esclarecimento ou 
uma síntese do que foi apresentado anteriormente. No contexto apresentado, 
percebe-se o uso desse sinal para esclarecer o que foi dito antes. 
 
Questão 5 
Um site de notícias publicou a seguinte manchete: “Consulta ao 4º lote do IR 
será liberado na quinta.” 
Tendo como base a norma-padrão, podemos dizer que, nela, há um problema na 
a) regência nominal, pois deveria ser “consulta no 4º lote...” 
b) concordância verbal, pois deveria ser “será liberada na quinta”. 
c) pontuação, pois faltou a vírgula após “IR”. 
d) ortografia, pois “quinta” não é a forma reduzida de “quinta-feira”. 
e) acentuação, pois faltou o acento agudo na vogal “o” do substantivo “lote”. 
 
Gabarito comentado: Como o sujeito “Consulta ao 4º lote do IR” possui como 
núcleo o substantivo feminino “consulta”, a concordância adequada com o verbo 
 
 
 
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no particípio seria “liberada”. Temos, na manchete, uma locução verbal (“será 
liberada”). Nela, o verbo no particípio deve concordar com o núcleo do sujeito 
em gênero e número, já o verbo auxiliar deve concordar com esse núcleo 
em número e pessoa. 
 
Questão 6 
 
Leia o poema a seguir. 
A Idéia (Augusto dos Anjos) 
 
De onde ela vem?! De que matéria bruta 
Vem essa luz que sobre as nebulosas 
Cai de incógnitas criptas misteriosas 
Como as estalactites duma gruta?! 
Vem da psicogenética e alta luta 
Do feixe de moléculas nervosas, 
Que, em desintegrações maravilhosas, 
Delibera, e depois, quer e executa! 
Vem do encéfalo absconsoque a constringe, 
Chega em seguida às cordas da laringe, 
Tísica, tênue, mínima, raquítica ... 
Quebra a força centrípeta que a amarra, 
Mas, de repente, e quase morta, esbarra 
No mulambo da língua paralítica. 
(Disponível em http://www.releituras.com/aanjos_ideia.asp) 
O poeta Augusto dos Anjos ficou conhecido pela atmosfera pessimista de sua 
obra. No poema apresentado, pode-se dizer que: 
 
I- segundo o novo acordo ortográfico, a palavra ideia, no título, não deveria ser 
mais acentuada por ser uma palavra paroxítona terminada com o ditongo aberto 
“ei”. 
II- o adjetivo “incógnitas”, no terceiro verso da primeira estrofe, significa 
“conhecido”. 
III- no terceiro verso da segunda estrofe, o poeta utiliza a sequência de elementos 
para caracterizar a ideia como algo frágil. 
 
Está(ão) correto(s) o(s) comentário(s): 
a) I e II. 
b) I, II e III. 
c) II e III. 
d) I e III. 
 
 
 
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e) III apenas. 
 
Gabarito comentado: A palavra ideia, com o novo acordo ortográfico, perdeu o acento 
por ser uma palavra paroxítona (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba) 
terminada em ditongo aberto (“ei”). 
 
Segundo o dicionário Aulete (disponível em http://goo.gl/3054cz), o adjetivo 
“incógnito” significa “que se desconhece; que não se sabe o que seja; que não foi 
descoberto ou explorado (DESCONHECIDO; IGNORADO; IGNOTO)”. Além disso, a 
análise do contexto possibilita pensar em algo desconhecido, inexplorado, tendo em 
vista o uso do adjetivo “misteriosas” também utilizado para qualificar as “criptas”. 
 
 
Questão 7 
 
Leia a tirinha abaixo: 
 
 
Disponível em http://goo.gl/HZa4XY 
 
Na tirinha do Menino Maluquinho, percebemos o uso das preposições “para” e 
“em”, que aparecem também em suas formas reduzidas e contraídas: “pro” (1º 
quadrinho), “pros” (2º quadrinho), “pra” (3º quadrinho), “no” (3º quadrinho). 
Assinale a alternativa que apresenta os valores que esses elementos, “para” e 
“em”, respectivamente, atribuem ao contexto da tirinha. 
 
a) finalidade e lugar. 
b) direção e lugar. 
c) origem e posse. 
d) destino e distância. 
e) assunto e tempo. 
 
Gabarito comentado: As preposições “para” e “em” atribuem ao contexto, 
respectivamente, os valores de direção (“pro campo”, “pros países árabes”, “pra 
roça”) e lugar (“no nosso escritório”, “em São Paulo”). 
 
 
 
 
 
 
 
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Questão 8 
 
Leia o texto a seguir. 
 
O protótipo criado pelas engenheiras mostra para o motorista, de forma escrita, 
o estado do semáforo. A criação funciona a partir de dois circuitos: o primeiro 
fica no próprio semáforo, de onde os estados são enviados via wireless para um 
segundo circuito, que é fixado no carro e serve para captar os sinais e 
decodificá-los. Para evitar transtornos em cruzamentos, o sensor do carro 
identifica a posição do veículo em relação ao norte magnético da Terra e, 
baseado nisso, decide de qual dos semáforos vai captar a informação. (...) 
As engenheiras pensam em melhorar o protótipo e colocá-lo no mercado, 
mas ainda faltam patrocinadores ou empresas que invistam na ideia. Elas 
pretendem, por exemplo, adaptar o equipamento para incluí-lo em sistemas GPS 
e incluir avisos sonoros, para que a pessoa escute o estado do semáforo ao invés 
de ler no equipamento. “Nosso projeto pode ficar bem barato e tem a vantagem 
de ajudar não só os daltônicos, mas também pessoas com visão normal. Existem 
várias situações em que o motorista não consegue identificar o estado do 
semáforo, como em casos de neblina ou quando incide muita luz sobre o 
semáforo”, explica Paloma. 
 
Analise o modo como o elemento textual a que se refere o termo sublinhado está 
identificado: 
I- “Para evitar transtornos em cruzamentos, o sensor do carro identifica a posição 
do veículo em relação ao norte magnético da Terra.” – o carro 
II- “As engenheiras pensam em melhorar o protótipo e colocá-lo no mercado.” 
– o protótipo 
III- “Elas pretendem, por exemplo, adaptar o equipamento...” – as engenheiras 
IV- “...para que a pessoa escute o estado do semáforo ao invés de ler no 
equipamento.” – o GPS 
 
Estão corretas as alternativas: 
 
a) I, II e IV 
b) II, III e IV 
c) I e IV 
d) I, II e III 
e) II e IV 
 
Gabarito comentado: Na alternativa IV, “o equipamento” retoma “o protótipo” 
já mencionado anteriormente. 
 
Questão 9 
 
Leia o texto abaixo. 
 
 
 
 
 9 
Mosquitos e baratas incomodam muita gente. Por isso, produtos “milagrosos” e 
potentes, que prometem acabar com os bichinhos em uma aplicação, são 
naturalmente relacionados à proteção. As propagandas ajudam: os insetos vão 
embora e a família fica bem protegida… O que a indústria não fala, no entanto, 
é que a exposição a componentes que fazem parte da fórmula destes venenos 
têm sido apontados por diversos estudos como a causa de problemas de saúde 
em crianças e adultos, dentre eles câncer. 
(“Entenda o perigo dos inseticidas para a saúde das crianças.” Lydia Cintra – 
21/05/13. Disponível em http://super.abril.com.br/blogs/ideias-verdes/qual-o-
perigo-dos-inseticidas-para-a-saude-das-criancas/) 
 
O uso das aspas em “milagrosos” (l. 1) tem como finalidade 
 
a) realçar, ironicamente, o significado da palavra. 
b) apresentar uma citação. 
c) destacar que o termo não é comum na língua. 
d) indicar que o termo pertence à linguagem informal. 
e) apresentar uma palavra de origem estrangeira. 
 
Gabarito comentado: O adjetivo “milagrosos” está entre aspas, pois o autor 
questiona o rótulo de “milagroso” atribuído a determinados produtos utilizados 
para exterminar baratas e mosquitos, uma vez que esses produtos fazem mal à 
saúde. 
 
Questão 10 
 
Analise o trecho da letra de música a seguir. 
 
Inútil (Ultraje a Rigor) 
A gente não sabemos 
Escolher presidente 
A gente não sabemos 
Tomar conta da gente 
A gente não sabemos 
Nem escovar os dente 
 
No trecho apresentado, é possível perceber algumas inadequações no que se refere à 
norma-padrão, dentre elas, destaca-se: 
I- o uso do verbo no infinitivo em “tomar conta da gente”. 
II- a utilização de “a gente” em lugar de “nós”. 
III- a concordância entre a expressão “a gente” e o verbo no plural (“não 
sabemos”). 
IV- a concordância entre o “os” e “dente”. 
 
Estão corretos os comentários 
 
 
 
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0 
a) I, II, III e IV 
b) II, III e IV 
c) I, II e III 
d) III e IV 
e) I e IV 
 
Gabarito comentado: Não há problemas no uso do verbo no infinitivo. No 
entanto, a norma-padrão condena o uso de “a gente” em lugar de “nós”, uso 
comum em contextos de fala informal. Destaca-se, no entanto, que a 
concordância deve ser feita com o verbo no singular, uma vez que o núcleo dessa 
expressão é a palavra “gente”, no singular. Em “os dente”, há problemas na 
concordância nominal, pois é preciso marcar o plural em todos os elementos do 
sintagma: “os dentes”.

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