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Revisão Direito Penal Resumo

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Revisão: Aula 01 a aula 08 
 
Anotações 
Punibilidade no Concurso de Pessoas. 
► Participação de menor importância.art.29,§1º, CP - §1º. - Se a participação for de menor 
importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. 
 
►Cooperação dolosamente distinta . art.29,§2º, CP. = §2º. Se algum dos concorrentes quis participar 
de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na 
hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave 
 
► Participação impunível . art.31, CP. - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo 
disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado. 
 
Só existe participação dolosa. 
Incitação ao crime – 286 CP – Autor e não partícipe 
 
- O adolescente não pratica crime, pratica ato infracional. 
 
Elementos do Crime: Fato típico, ilícito e culpável. 
 
O acessório segue o principal – Partícipe. 
 
Teorias para que o partícipe seja responsabilizado. 
PARTICIPAÇÃO. Teorias. 
o Acessoriedade mínima. 
o Acessoriedade limitada. 
o Acessoriedade extrema. 
o Hiperacessoriedade. 
 
Crime omissivo próprio – Omissão de socorro, a tipificação se dá com a própria omissão. 
E aquele no qual o agente não tem o dever de emitir o resultado. Quem tem que impedir o resultado é 
o agente garantidor. 
 
● Participação em crimes omissivos próprios. → Exemplo. Omissão de socorro, art.135, do CP. 
1ª Corrente: não há que se falar em concurso de pessoas pela ausência do dever de enfrentar o 
perigo. (TAVARES, Juarez. As controvérsias em torno dos crimes omissivos. pp, 86). 
2ª Corrente: (...) “a participação em crime omissivo consiste em uma atitude ativa do agente, que 
auxilia, induz ou instiga outrem a omitir a conduta devida”. CAPEZ, Fernando, op.cit.). No mesmo 
sentido Cezar Roberto Bitencourt. 
 
È possível a incriminação em um crime omissivo próprio – Resposta : é 
 
Continuidade delitiva = crime continuado. 
 
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O CP adora a teoria da ficção jurídica. 
 
Quem é imprudente viola o dever de cuidar. 
Diferença entre concurso de crime e conflito aparente de normas 
No concurso de crimes (pluralidade de resultados) eu tenho uma unidade ou pluralidade de condutas, 
mas eu terei sempre uma pluralidade de resultados. 
No concurso de normas eu tenho uma pluralidade aparente de normas e unidade de resultados. 
(Ver- art.69, CP; art.70, CP; art.71, CP) 
 
No concurso formal temos a unidade de conduta: Matar duas pessoas com o mesmo tiro) 
 
CONCURSO FORMAL OU IDEAL. ART.70, do Código Penal. 
2.1. Conceito. “Quando dois ou mais delitos são praticados mediante uma só conduta”. (PRADO Luiz 
Regis. Op. Cit. pp.481). 
2.2.Requisitos. - Unidade de conduta; 
 - Pluralidade de resultados; 
 
► Quanto aos Resultados, o concurso pode ser Homogêneo (dois resultados idênticos) e Heterogêneo 
(crimes diferentes). Exemplo um furto e um estupro. 
 
► Quanto à vontade, o concurso pode ser Próprio ou perfeito ou Impróprio ou Imperfeito. 
 
Diante de unidade de desígnios, o concurso formal será perfeito e heterogênio. Aplicação de penas – 
exasperação. (Culpa e culpa, dolo e culpa) 
 
Diante de desígnio autônomo, o concurso formal será imperfeito ou impróprio. Aplicação de penas – 
o cumulo material - Desígnios autônomos – Só ocorrem em delitos dolosos. 
Quando da aplicação da pena pelo sistema de exasperação der maior que se aplicado pelo sistema de 
cúmulo das penas, o juiz utiliza o sistema de cúmulo. 
 
Roubo praticado com arma 
O fato e o ladrão estar portanto a arma, já está cometendo um crime, o crime de perigo. _ O emprego 
da arma está no contexto do crime. (Aplica-se nesse caso o íbis in niden). 
 
Roubo de um carro praticado com arma e o ladrão é pego um momento depois. 
Nesse caso, a arma já não está no contexto do roubo. 
 
CONTINUIDADE DELITIVA = crime continuado. Art. 71, do Código Penal. 
Requisitos para a continuidade delitiva, 
 Pluralidade de condutas 
 Pluralidade de crimes da mesma espécie 
 Nexo de continuidade. 
 
Não se confunde continuidade delitiva com reiteração criminosa 
 
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Comentário: Quais são os critérios para a aplicação de pena no concurso de crime (as espécies de 
concurso de crime)? – Cumulo material que é a soma e a exasperação, que é o aumento da pena. 
O cúmulo vai ser usado no concurso material e no concurso formal imperfeito em que há designíos 
autônomos. 
O sistema da exasperação vai ser aplicado (art. 70) concurso formal perfeito ou próprio e o (art. 71) 
no caso de continuidade delitiva. 
Concurso material de crime (art. 69) – duas condutas ou mais com dois ou mais resultado. Portanto 
temos pluralidade de conduta e resultados. O concurso material pode ser homogêneo e heterogêneo, 
dependendo se os crimes são idênticos ou não. Homogêneo se os crimes forem idênticos e 
heterogêneos se os crimes forem distintos. 
 
Para o concurso material não vai fazer diferença porque as penas são somadas. Para crimes 
homogêneos ou heterogêneo só vai haver relevância nos casos em que serão aplicados a exasperação, 
que sempre será aplicada a pena do crime mais grave, ou seja, exasperado em relação aos demais. 
 
Concurso formal (art. 70). Temos uma conduta. – unidade de condutas para uma pluralidade de 
resultados. Também pode ser homogêneo ou heterogêneo. Qual o sistema de aplicação de pena a ser 
utilizado? Depende. Se ele for próprio ou perfeito, então estamos falando de Unidade de desígnios, 
(ex. crimes culposos – um acidente automobilístico no qual mediante uma conduta imprudente advém 
um acidente e dele resulta um homicídio e uma lesão corporal culposos. Qual dos crimes vai ser 
aplicado a pena? Do homicídio ou da lesão? Do homicídio e a pena será aumentada em decorrência 
da lesão corporal. 
Então se o crime for próprio o sistema é o de exasperação – Unidade de desígnios. 
Se ele for impróprio ou imperfeito qual os sistema de aplicação de pena? – Cúmulo material. Estamos 
falando de desígnios autônomos, ou seja, no mínimo um dolo eventual. 
 
Terceira forma que na verdade não é uma forma, mas sim uma ficção jurídica. Porque na verdade nós 
temos no crime continuado concurso material, só que para beneficiar o condenado, por questões de 
política criminal o legislador criou uma ficção jurídica. Ele considera como se todos os crimes fossem 
considerados como continuidade de um único crime. Requisitos para configurar continuidade delitiva: 
- Pluralidade de condutas e resultados. – Crimes da mesma espécie, praticados de nexos de 
continuidade. (nexo de continuidade diz respeito a tempo, lugar, maneira de execução ou qualquer 
outra forma semelhante para a respectiva execução). Ele pode ser simples, genérico ou específico. 
Em crimes praticados com violência ou grave ameaça a pessoa contra vitimas diferentes – 
Homicídios, estrupos etc. 
 
Comentários diversos: 
Concurso material benéfico de crimes, art 70 CP no qual em algumas situações fáticas se o sistema da 
exasperação transformar a pena em uma pena mais gravosa do que a pena que por ventura teria sido 
resultante do cúmulo, aplicar-se o sistema do cúmulo do concurso material. Isso acontece por 
exemplo nas situações de erro, em que o agente atinge que queria e se for somado o crime de 
homicídio ao tipo penal da lesão corporal culposa a pena resultante seja menor do que se por ventura 
for exasperado o homicídio em 1/6 em decorrência da lesão corporal. Concurso material benéfico de 
crimes nos casos em que o sistema do concurso formal (exasperação) torna-se mais gravosodo que o 
cúmulo. Então o magistrado ao aplicar a pena deve optar pelo cúmulo ao invés da exaperação. 
 
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Sistema trifásico de aplicação da pena. Quando falamos do sistema trifásico estamos falando do 
sistema utilizado para aplicação de uma pena privativa de liberdade e possível substituição por pena 
restritiva de direito. As três espécies de pena do art 32 são privativa de liberdade, restritiva de 
direitos e multa. Então o sistema trifásico é para pena privativa de liberdade que pode vir a ser 
substituída por restritiva de direitos. 
A pena de multa não atende ao sistema trifásico. 
Para o cálculo da pena de multa o sistema é bifásico. 1ª fase – O juiz fixa a quantidade de dias multa. 
Na 2ª fase ele atribui um valor para cada dia multa (cálculo do valor de cada dia multa a ser fixado 
de acordo com a condição econômica do réu, nos critérios estabelecidos pela lei. 
 Art 32 em relação a privativa de liberdade e possível substituição por restritivas de direitos. Ver art 
44 CP. 
No sistema trifásico de aplicação da pena. 1ª fase – pena base. O juiz analisa as circunstâncias 
judiciais (art 59). 2ª fase (para alguns autores pena intermediária) – circunstâncias legais – Que 
circunstâncias são estas? As agravantes e as atenuantes genéricas (art. 61 e 62 – agravantes) e (65 e 
66 – atenuantes). 
 
Nas duas primeiras fases o juiz pode fixar esta penas fora dos limites previstos para a pena abstrata? 
Resposta é não, o juiz está limitado – ele não pode fixar nem aquém do mínimo e nem além do máximo 
– Ver súmula 231-STJ. 
 
O que pode ser considerado para fins de antecedentes - primeira fase? Pode falar de inquéritos 
policiais e ações penais em curso como geradora de antecedente? A resposta é não. Só pode falar em 
antecedentes quando houver o transito em julgado de uma sentença condenatória. 
 
Quando é que acontece a reincidência? Quando após uma condenação transitado em julgado 
termina-se o cumprimento de pena ou há qualquer outra causa extintiva de punibilidade. Fim da 
extinção da punibilidade será usado como termo a partir do qual eu vou visualizar os próximos 5 
anos. Se nos 5 anos o agente praticar novo crime, ele será reincidente. Se ele não praticar crime no 
lapso de 5 anos ele volta a ser tecnicamente primário, mas ele terá antecedentes (art 63 e 64). 
 
O fato por se só ele ser reincidente, o juiz pode na aplicação da pena – concomitantemente 
reincidência e antecedentes só pelo fato dele ser reincidente? A resposta é não. Súmula 444 STJ. 
 
3ª fase. É quando se chega a pena definitiva (Art. 68) 
Primeiro se aumenta para depois diminuir. Aqui o juiz pode extrapolar os limites. Aqui temos causas 
de diminuição e causas de aumento previstas na parte geral e na parte especial do CP. Quando 
falamos em causas de diminuição e causas de aumento previstas na parte geral e na parte especial do 
CP, nós estamos falando que elas estão previstas no próprio tipo penal. O próprio tipo penal traz em 
seus parágrafos e incisos as causas de aumento ou as causas de diminuição da pena. 
 
Circunstâncias judicias, a lei traz parâmetros para agravar ou atenuar? A resposta é não. 
 
Circunstâncias legais agravantes e atenuantes são circunstâncias que sempre agravam ou sempre 
atenuam – a lei traz parametros? A resposta é não. 
 
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Aonde a lei traz parâmetros, que são as frações? Nas causas de aumento e nas causas de diminuição. 
Por exemplo no concurso de crime – ele apresenta frações para a exasperação da pena. 
 
Qual a diferença entre qualificadora e causa de aumento? A qualificadora traz um pena abstrata 
nova, ou seja, uma nova pena prevista em lei – exemplo: furto simples tem pena de reclusão de 1 a 4 
anos e multa. O furto qualificado tem pena de reclusão de 2 a anos e multa. 
Então a qualificadora é identificada como? Se a lei trouxer nova pena abstrata. 
Atenção: há situações que o CP se refere a uma situação qualificada quando ela não é. Ex: Nos casos 
do crime de aborto (art 127) traz causas de aumento se do aborto advier morte ou lesão corporal 
culposas da gestante. Entretanto no ar 127 ele tem o nome iuris. O legislador colocou lá: formas 
qualificadas – elas não são qualificadas, vez que elas trazem causa de aumento. 
- A qualificadora deve trazer uma nova pena abstrata. Ela não entra nos sistema trifásico, porque na 
verdade ela é a pena abstrata. A qualificadora não está em nenhuma fase do sistema trifásico, porque 
a qualificadora é prévia. 
A causa de aumento traz frações em que fases? Na 3ª fase. 
Vamos supor que uma infração seja praticada com pluralidade de qualificadoras. O agente mata 
mediante pagamento e também por meio cruel. Homicídio duplamente qualificado (art 121 $2º CP) – 
Motivo torpe: pagamento e meio cruel. Neste caso pode ser usado as duas qualificadoras? O que 
prepondera? O motivo do crime ou o modo de execução. O CP diz que entre a s circunstâncias 
preponderante (art 67) está o motivo determinante do crime. Então no caso utiliza o motivo torpe 
para qualificar. 
 
No entanto não se ignora a segunda qualificadora – usa-se então o princípio da migração: ela terá 
que migrar para uma das fases de determinação da pena. No caso, ela não é causa de aumento, pois 
se está como qualificadora não vai existir uma causa de aumento. Então verifica-se entre as 
circunstâncias agravantes algo que seja um meio cruel. Então meio cruel vai ser utilizado como 
agravante. Agora se não for possível definir como agravante (art. 61), poderia ainda migrar para uma 
circunstância judicial. 
Resumo: como vou fazer para utilizar todas: vou escolher uma, a circunstância preponderante, o 
motivo determinante. O que se faz com as qualificadoras que sobraram? Princípio da migração, ou 
elas vão entrar na 2ª fase ou elas vão entrar na 1ª. Para entrar na 2ª fase – legalidade: tem que achar 
exatamente no 61 ou 62 a situação. Não achando, ela vai migrar para a pena base.

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