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JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL AV1 E AV2

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O movimento do constitucionalismo surgiu
R: no final do século XVIII, com a elaboração das primeiras constituições escritas, com o objetivo de assegurar direitos e coibir o arbítrio
No que concerne ao controle de constitucionalidade, assinale a opção correta: 
R1: Consiste na verificação de compatibilidade de qualquer norma infraconstitucional.
Este controle acontece a partir da verificação dessa adequação através de seus requisitos formais e materiais. No plano dos requisitos formais, verifica-se se a norma foi produzida conforme o processo legislativo disposto na Constituição. No plano dos requisitos materiais, verifica-se a compatibilidade do objeto da lei ou ato normativo com a matéria constitucional.
A Constituição Federal de 1988 estabeleceu no Brasil um sistema de controle jurisdicional que contempla o controle preventivo através da atuação do Chefe do Poder Executivo (poder de veto) e através da atuação do Poder Legislativo (comissões de constituição e justiça), bem como o controle repressivo, principalmente sob a forma jurisdicional, a qual contempla os métodos difuso e concentrado, onde no Difuso, qualquer juiz, em qualquer instância pode apreciar a constitucionalidade de uma norma ou ato normativo, enquanto no Concentrado, esta atribuição só é conferida a uma determinada corte ou órgão administrativo. Outra característica peculiar do sistema brasileiro é que há duas exceções ao controle jurisdicional repressivo: a primeira hipótese refere-se ao art. 49, V, CF 88 que prevê competir ao Congresso Nacional sustar os atos normativos do Poder Executivo que ultrapassem do poder regulamentar ou dos limites da delegação legislativa, onde os atos atingidos por esse controle são o Decreto Presidencial e a Lei Delegada; e a segunda hipótese é o art. 62, CF 88 estatui que o Poder Legislativo pode rejeitar uma Medida Provisória por considerá-la inconstitucional, e dessa forma o Legislativo passa a exercer o controle repressivo
A democratização do controle de constitucionalidade no sistema brasileiro em vigor NÃO se revela pela
a) propositura da ação direta de inconstitucionalidade por qualquer do povo.
O sistema de fiscalização da constitucionalidade adotado pela CF 88 não compreende a possibilidade de
R: controle político-preventivo e jurisdicional, exercido pelo presidente da República, que submete os projetos de lei suspeitos de inconstitucionalidade ao STF 
Os Juízes de Direito gozam da seguinte garantia constitucionais: 
R: inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público; 
No intuito de garantir o regular exercício da prestação jurisdicional, a Constituição da República conferiu aos magistrados algumas prerrogativas. A respeito dessas prerrogativas, assinale a afirmativa correta. 
R: A irredutibilidade de subsídios consiste na impossibilidadede redução do poder aquisitivo do subsídio do magistrado e não somente do seu valor nominal. 
RESPOSTA. ALTERNATIVA CORRETA “A”.  A resposta encontra-se no texto constitucional, mais especificamente no artigo 93, VIII, que assim dispõe: “o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa”.
Com relação à alternativa “B”, entende o STF que a irredutibilidade de subsídios de que gozam os magistrados é meramente nominal, não assegurando direito à reparação automática das perdas inflacionárias. A alternativa “C” está errada, pois a vitaliciedade não permite que o magistrado perca o cargo por decisão administrativa, como os demais servidores públicos (art. 41, §1º, da CF/88), mas apenas por decisão judicial transitada em julgado (art. 95, I, da CF/88). Por fim, a alternativa “D” está errada, por força do disposto no art. 93, VI, da CF/88, que assevera que a aposentadoria dos magistrados seguirá a regra geral dos servidores públicos (art. 40 da CF/88).
Aponte, acerca do Poder Judiciário, a alternativa verdadeira 
R: a vitaliciedade, com o garantia da magistratura, só será adquirida, no primeiro grau, após dois anos de exercício , dependendo a perda do cargo , nesse período , de deliberção do Tribunal a que estiver vinculado , e , nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado 
CNJ
Assinale a opção correta: 
R: O Conselho Nacional de Justiça compõem-se de 15 membros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e seis anos de idade, com mandato de dois anos, admitida uma recondução 
Leia com atenção a afirmação a seguir, que apresenta uma INCORREÇÃO. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) tem competência, entre outras, para rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e membros de tribunais (se tiverem sido julgados há menos de um ano), zelar pela observância dos princípios que regem a administração pública e julgar os magistrados em caso de crime de abuso de autoridade. 
R: O CNJ não pode julgar magistrados por crime de abuso de autoridade 
A respeito do CNJ é correto afirmar que: 
R: pode rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e membros de Tribunais julgados há menos de um ano.
STJ
Os cargos de Ministro do S.T.J. devem ser providos por: 
R: Brasileiros 
Compete ao Superior Tribunal de Justiça julgar: 
R: as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados; 
A competência para processar e julgar originariamente Governador de Estado por crime comum é do
A) STF.
B) Superior Tribunal de Justiça.
C) Órgão Especial do Tribunal de Justiça.
D) Juízo Criminal da capital onde se situa o Tribunal de Justiça do Estado respectivo.
artigo 105, I, “a”, da CF, que atribui ao Superior Tribunal de Justiça a competência originária para processar e julgar, nos crimes comuns, dentre outros, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal.
Segundo o Art. 125, inciso I, alínea h, da CRFB/88, compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar o Mandado de Injunção quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão federal, da administração direta ou indireta.
STF
Compete ao STF julgar: 
R: nas infrações penais comuns, o Procurador-Geral da República; 
Dentre as atribuições constitucionalmente previstas para o STF destaca-se: 
R: processar e julgar, originariamente, ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal
Assinale a afirmação correta em relação o poder judiciário, segundo o capitulo III do título IV da constituição da republica federativa do Brasil.
R:O STF é competente para processar e julgar originariamente ações em que todos os membros da magistratura sejam diretamente interessados. 
um juiz federal proferiu uma sentença em processo relativo a crime politico e outra sentença em processo movido por estado estrangeiro contra pessoa residente no brasil. Os recursos interpostos contra essas duas sentenças serão julgados pelo
R: STF, no primeiro caso, e pelo STJ, no segundo caso. 
01. Assinale a opção correta:
a) Segundo entendimento dominante no STF, não cabe liminar em ação declaratória de constitucionalidade.
b) A Constituição autoriza expressamente a instituição de ação declaratória de constitucionalidade no âmbito do Estado-membro.
c) A representação interventiva com objetivo de assegurar a execução de leis federais há de ser proposta perante o STF.
d) Não é cabível a propositura de recurso extraordinário contra decisão de Tribunal de Justiça estadual proferida em ação direta de inconstitucionalidade, desde que a norma estadual eleita como parâmetro de controle seja de reprodução obrigatória por parte do constituinte estadual.
e) Não cabe ação direta de inconstitucionalidade contra emenda constitucional.
A obrigatoriedade ou necessidade de deliberação plenária dos tribunais, no sistema de controle de constitucionalidade brasileiro, significa que: 
R: somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais
declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.
João ingressa com ação individual buscando a repetição de indébito tributário, tendo como causa de pedir a inconstitucionalidade da Lei Federal "X", que criou o tributo. Sobre a demanda, assinale a afirmativa correta
R: O órgão colegiado, em sede de apelação, não pode declarar a inconstitucionalidade da norma, devendo submeter a questão ao Pleno do Tribunal ou ao órgão especial (quando houver), salvo se já houver prévio pronunciamento deste ou do plenário do STF sobre a sua inconstitucionalidade. 
Acerca dos princípios que regem o controle de constitucionalidade no Estado brasileiro, assinale a única opção correta
R: Somente após o surgimento das ações declaratórias de inconstitucionalidade surgiu a possibilidade de concessão de medida cautelar em sede de controle abstrato de constitucionalidade 
A medida cautelar concedida pelo STF em ADIN
R: produz efeitos ex nunc, salvo se o Tribunal entender que deva conceder lhe efeito ex tunc 
(ex tunc), invalidando a norma desde a sua promulgação,  ex nunc (desde então) ou pro futuro à decisão
O Ministério Público moveu ação civil pública em face do estado A1 e do município A2, e em favor dos interesses da criança B, que precisava realizar um procedimento cirúrgico indispensável à manutenção de sua saúde, ao custo de R$ 8.000,00 (oito mil reais), o qual a família não tinha como custear. Os réus aduziram em contestação que os recursos públicos não poderiam ser destinados individualmente, mas, sim, em caráter igualitário e geral a todos os que deles necessitassem. Considere a narrativa e assinale a única opção correta a seguir
R: A ação civil pública é perfeitamente cabível no caso e, no mérito, a prioridade legal assiste a criança B no atendimento a necessidades como vida e saúde, nisso justificando-se a absoluta prioridade na efetivação dos seus direitos, conferindo-lhe primazia de receber socorro e proteção, e a precedência no atendimento em serviço público.
Quanto aos processos coletivos, assinale a alternativa correta :
R: a arguição incidental de constitucionalidade só pode ser admitida com fundamento do pedido, nunca como objeto da ação principal
Sabe-se que a partir dos conceitos de supremacia e rigidez constitucionais são formadas as bases para os mecanismos de controle de constitucionalidade que, no Brasil, sob o aspecto repressivo (quando a norma inconstitucional já está dentro do sistema normativo), desenvolvem-se de modo difuso (feito por qualquer órgão do Poder Judiciário, quando da análise incidental da inconstitucionalidade no bojo de um caso concreto) ou concentrado (feito pelo STF ou pelos tribunais de justiça, a partir de ações judiciais especificamente voltadas para isso, quais sejam: ação direta de inconstitucionalidade – ADIn; ação declaratória de constitucionalidade – ADCon; e arguição de descumprimento de preceito fundamental – ADPF – v. CF, arts. 102, I, a e §1º e 125, §2º).
Em quaisquer das hipóteses, deve-se observar a conhecida “cláusula de reserva de plenário”, regra insculpida no art. 97 do Texto Constitucional Brasileiro (“Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.”).
Ao lado das conhecidas regras infraconstitucionais que norteiam o controle repressivo concentrado de constitucionalidade (cf. Leis Federais nº 9.868/99 e 9.882/99), coube ao Novo Código de Processo Civil revisitar a matéria no tocante à regulamentação do controle repressivo difuso de constitucionalidade (v. CPC/73, arts. 480 a 482), bem como da estrita obediência à regra da reserva de plenário quando se tratar do pronunciamento de um órgão judicial colegiado (v. STF, Súmula Vinculante nº 10).
Dessa forma, aparece nos arts. 948 a 950 do Novo Código a sistemática procedimental necessária à declaração incidental (incidenter tantum) da inconstitucionalidade via controle difuso, por meio da instauração de um incidente próprio e voltado a essa finalidade.
Em resumo: quando um órgão judicial colegiado se depara com a necessidade de enfrentar uma arguição de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público no âmbito de uma demanda qualquer, ocorrerá uma cisão no julgamento, isto é, a questão da inconstitucionalidade será levada para análise do plenário do tribunal ou de seu respectivo órgão especial, enquanto o mérito da demanda será posteriormente decidido pelo competente órgão fracionário, a partir da obrigatória observância daquilo que ficou assentado pelo plenário ou órgão especial em relação à prejudicial de inconstitucionalidade.
Daí porque aponta a doutrina, nesse caso, para um julgamento subjetiva e objetivamente complexo, dado que a decisão final (e, portanto, o acórdão recorrível – v. STF, Súmula nº 513), será necessariamente formada pela composição de duas decisões judiciais proferidas por órgãos jurisdicionais distintos (plenário ou órgão especial e órgão fracionário – complexidade subjetiva) sobre questões igualmente distintas (constitucionalidade e mérito – complexidade objetiva).
As hipóteses de dispensa da instauração do incidente de arguição de inconstitucionalidade estão descritas no art. 949, parágrafo único: 
i) quando já houver pronunciamento do plenário do tribunal ou do respectivo órgão especial sobre a questão; e 
ii) quando já houver pronunciamento do plenário do STF sobre a questão.
Discute-se, quanto a essa última hipótese de dispensa, se a decisão do STF deveria ser fruto de decisão proferida no âmbito do controle concentrado de constitucionalidade ou manifestada por meio de súmula vinculante (pois somente nesses dois casos haveria vinculação prevista pela norma constitucional), ou se bastaria a manifestação do plenário do STF, ainda que em controle incidental, dentro de sua competência recursal comum.
Apesar de forte corrente doutrinária defendendo a vinculação somente diante de decisões em ADIns, ADCons, ADPFs e súmulas vinculantes, o próprio STF tem entendimento contrário, ampliando os efeitos de decisões tomadas no âmbito do controle difuso de constitucionalidade (cf. STF, ARE 736.946-ED e RE 370.765-AgR/RS).
Por fim, cabe destacar a possibilidade de intervenção de amici curiae (art. 138) no incidente de arguição de inconstitucionalidade quando da sessão de julgamento do plenário ou do órgão especial (art. 950, §3º), prestigiando essa necessária ampliação do debate a fim de legitimar uma decisão judicial que servirá como parâmetro para futuras demandas que tratem incidentalmente da mesma questão de constitucionalidade (efeito prospectivo – art. 949, parágrafo único).
A Assembleia Legislativa do Estado “M”, verificando que o Estado jamais regulamentou a aposentadoria especial dos servidores públicos cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física (art. 40, § 4º, III da CF), edita lei complementar, de iniciativa do deputado “X”, que determina a aplicação dos mesmos critérios aplicados aos trabalhadores da iniciativa privada (previstos na Lei n. 8.213/91). O Governador do Estado sanciona a lei, que é publicada dias depois.
Sobre o caso concreto apresentado, assinale a afirmativa correta.
A) Há vício de iniciativa, devendo a regulamentação do regime dos servidores públicos ser estabelecida em lei de iniciativa do Chefe do Poder Executivo – no caso, o Governador do Estado.
R: A”. No caso narrado, há claro vício de iniciativa, pois viola o artigo 61, §1º, II, “c”, da CF, que, por respeito ao princípio da simetria, deve ser observado pelos Estados-membros. A iniciativa legislativa para regulamentar a aposentadoria de servidor público é reservada (exclusiva ou privativa) ao Chefe do Poder Executivo.
Conforme já mencionado, a sanção do Chefe do Executivo a projeto de lei não tem o condão de convalidar o vício de iniciativa, que é insanável. 
Dentre os órgãos do poder judiciário não se incluem: 
R: b) os tribunais
de contas e os tribunais arbitrais. 
A edição de medida provisória sem os requisitos da relevância e urgência nos termos do art. 62 da CF configura:
R: inconstitucionalidade formal por violação a pressupostos objetivos do ato normativo 
De acordo com a Constituição da República de 1988 são necessários dois requisitos para editar medida provisória: relevância e urgência.
Artigo 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.  (g.n)
Diferentemente do que asseverava a Constituição brasileira de 1969, esses requisitos não são alternativos. No artigo 62 da Constituição vigente, há a conjunção aditiva “e” entre os dois pressupostos, fazendo com que a presença de ambos, simultaneamente, seja condição sine qua non para que o Presidente possa editar uma medida provisória.  
A edição de medida provisória se enquadra em um contexto de exceção do processo legislativo, em que ela surge para evitar uma situação caótica. Portanto, para editá-la, é essencial que sua formulação seja relevante, e que a falta desta acarrete uma situação de desordem, uma iminência de desgoverno ou dano social ou econômico.  
Além da relevância, é necessário o requisito da urgência. Urgente é aquilo em que a abstenção levará a um dano irreparável ou de difícil reparação, não podendo ser adiada.
Nesse diapasão, a carência de um dos requisitos elencados no artigo 62 supracitado torna a medida provisória inconstitucional e um instrumento de poder que visa a satisfação os anseios do Executivo, ferindo, dessa forma, o Estado Democrático de Direito.
Dessa forma, se faz necessário o controle desses atos normativos a fim de coibir qualquer abuso de poder. O Judiciário, com fundamento no sistema de freio e contrapesos e com base no artigo 102, I, “a”, da Constituição de 1988, exerce sobre esses atos controle de constitucionalidade. 
São exemplos de modalidades de controle político e preventivo de constitucionalidade:
I - O exame pelas Comissões de Constituição e Justiça das casas parlamentares.
II - O veto presidencial.
De acordo com entendimento jurisprudencial e doutrinário do controle de constitucionalidade, assinale aquele que não realiza o controle preventivo:
R: Tribunal de Contas 
O controle de constitucionalidade preventivo ocorre antes da promulgação de uma lei ou emenda. Pode ser exercido pelo Poder Legislativo, por meio das Comissões de Constituição e Justiça, pelo Poder Executivo, através do veto jurídico, e excepcionalmente pelo Poder Judiciário. 
De acordo com entendimento do STF, o controle jurisdicional prévio ou preventivo de constitucionalidade sobre projeto de lei ainda em trâmite somente pode ocorrer de modo incidental, na via de exceção ou defesa. 
07. (FCC/AUDITOR/TCE/MG/2005) Considera-se mecanismo de controle repressivo de constitucionalidade atribuído pela Constituição ao Poder Legislativo 
a) a resolução do Congresso Nacional que suspende, com eficácia retroativa, os efeitos de norma declarada inconstitucional pelo STF.
b) o parecer elaborado pelas Comissões de Constituição e Justiça das Casas legislativas no curso do processo legislativo.c) a competência para eleger os membros do Conselho de Defesa Nacional indicados pelo Presidente da República.
d) a sustação de atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites da delegação legislativa.
e) a possibilidade de rejeição do veto do Presidente da República a projetos de lei e pro postas de Emenda à Constituição.
É função institucional do Ministério Público 
R: Requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais
Compete ao Senado atuar discricionariamente na suspensão da execução de lei declarada inconstitucional pelo STF no controle difuso
Declarando o Supremo Tribunal Federal, incidentalmente, a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal em face da Constituição do Brasil, caberá 
R: ao Senado Federal suspender a execução da lei, total ou parcialmente, conforme o caso, desde que a decisão do Supremo Tribunal Federal seja definitiva 
Analise o art. 52, X da CRFB sob os seguintes aspectos: 
a) Qual é a posição atual do STF 
O posicionamento que tem prevalecido é no sentido de reconhecer ao Senado a discricionariedade para suspender ou não a execução de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do STF. No entanto o STF entende que tal artigo dispõe que compete privativamente ao Senado Federal dar publicidade a suspensão da execução, operada pelo STF, de lei declarada inconstitucional de todo ou em parte, por decisão definitiva do STF. 
Quando se tem uma norma ao mesmo tempo material e formalmente inconstitucional
R: Quando o conteúdo da norma infraconstitucional conflita com o texto da Constituição da República e também contém vício com relação a sua formação
O Estado do Rio de Janeiro, diante das crescentes taxas de violência, decide elaborar uma lei ordinária estadual que prevê a majoração das penas de diversos crimes e a redução da maioridade penal para 16 anos. Robson Braga, deputado estadual de oposição, decide consultá-lo(a), na qualidade de advogado(a), acerca da constitucionalidade da referida lei. Formule a resposta a ser dada a Robson, destacando se há vício de inconstitucionalidade e, em caso afirmativo, como ele pode ser classificado. 
Resp. Diante o caso concreto, é claro existência de um vicio de const itucionalidade formal e material, pois vejamos, segundo o artigo 22,I da constituição federal é competência privativa da união legislar sobre matéria penal, logo jamais uma lei estadual poderá regular esse tipo de assunto. 
Em segundo lugar a menoridade penal pode-se ser considerada cláusula pétrea, pois segundo o artigo 60, p arágrafo 4º,inciso IV os direitos e garantias individuais não poderão ser projetos de proposta legislativas que diminuam ou possam abolir. Contudo, a seguinte lei estadual possui flagrantemente vícios de inconstitucionalidade de cunho material e formal. Sendo assim, ressalta-se q ue por sua vez, surge quando os procedimentos adotados na elaboração de um ato se chocam com a Constituição, ainda que seu conteúdo final possa ser compatível. O nível formal inclui não apenas vícios no procedimento em si mas tamb ém vícios de competência: se uma norma for criada por alguém que a Lei Maior não disse ser competente para tanto, temos aí também uma inconstitucionalidade formal
A inconstitucionalidade material é verificada quando, o conteúdo de uma espécie normativa, afronta totalmente ou parcialmente, outro dispositivo constitucional, com mesmo tema.
Este tipo de vício é insanável, por ser impossível de convalescimento da espécie normativa.
Por seu turno, a inconstitucionalidade formal ocorre quando a forma não é observada.
Quando a inconstitucionalidade é afeta ao trâmite esta é denominada inconstitucionalidade formal objetiva, quando, por sua vez repousa sobre a competência para a iniciativa do processo legislativo, denomina-se de inconstitucionalidade formal subjetiva.
As inconstitucionalidades formais, diferente das materiais, são sanáveis.
Assim, a diferença é acerca da possibilidade de retificação do ato, sendo possível nas inconstitucionalidades formais e impossíveis nas inconstitucionalidades materiais.
O deputado federal Alfredo Rodrigues apresentou projeto de lei prevendo o estabelecimento de penas de prisão perpétua e de trabalhos forçados para os condenados pela prática de crimes considerados hediondos pela legislação brasileira. 
Outro deputado, Silmar Correa, decide consultá-lo(a) acerca da possibilidade de questionar perante o Poder Judiciário uma suposta inconstitucionalidade do referido 
projeto de lei antes mesmo que ele venha a ser submetido a votação pelo Congresso 
Nacional. Como deverá ser respondida a consulta? 
Resp. Neste caso devera ser ajuizado em mandado de segurança para trancamento
da pauta, conforme art. 30 §4, da CF exercendo, assim o controle preventivo. E apesar de o controle jurisdicional de constitucionalidade realizar -se, via de regra, em caráter repressivo, ou seja, após a entrada em vigor da norma impugnada, a jurisprudência do STF reconhece uma possibilidade de questionamento preventivo, neste caso tratando se do MS, sendo assim, só poderá ser impetrado por outro membro do Congresso Nacional e, necessariamente, deverá ser julgado antes de o referido projeto ser convertido em lei (sob pena de tornar o MS um substitutivo da ADI). 
Ronald Andrade ingressou no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro mediante concurso público para exercer o cargo de técnico judiciário em 1999, logo após ter concluído o segundo grau. Em 2006, Ronald concluiu o curso superior em Direito e continuou exercendo sua função no TJ/RJ. Em 2010, ele teve sua inscrição no concurso para a magistratura estadual indeferida, sob a alegação de que não teria comprovado os “três anos de atividade jurídica” exigidos pelo art. 93, I, CF/88. Na qualidade de advogado(a), você é procurado(a) por Ronald, que pretende saber quais suas chances de obter um provimento jurisdicional favorável à sua inscrição em sede de mandado de segurança. Qual resposta você daria a Ronald?
R: Na dicção da jurisprudência do STF, deve ser computado como tempo de atividade jurídica apenas o exercício de funções para quais seja exigido o diploma de bacharel de direito. Neste caso, como Ronaldo exercia função cujo grau de exigência é de nível médio ( independentemente do trabalho exercido no TJ/RJ ), não haveria como comprovar o atendimento à exigência constitucionalmente estabelecida, sendo remotas as suas chances com a ação pretendida
ADIN
A ação direta de inconstitucionalidade – ADIN surgiu na CF de 1946 (EC n. 16/65) e tem por objeto declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo. Quando tiver por parâmetro a CF de 1988, o objeto será a declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual. 
Já quando o parâmetro for uma constituição estadual, o objeto será lei ou ato normativo estadual ou municipal. 
Mas que tipo de lei ou ato normativo pode, por exemplo, ser objeto de ADIN?
 As espécies normativas do artigo 59, CF (normas primárias)
	Tratados internacionais (porque se equivalem às emendas constitucionais)
	Regulamentos autônomos (decretos autônomos - atos normativos do Poder executivos)
Para que uma norma possa ser objeto de ADIN, deverá necessariamente tratar-se de uma norma primária que desrespeita diretamente a constituição e que tenha sido editada na sua vigência.
Veja, assim, exemplos de casos em que não cabe ADIN:
	Súmulas vinculantes - não tem conteúdo normativo
	Regulamentos executivos - são atos normativos secundários
	Leis ou atos normativos anteriores à CF - cabe ADPF, na verdade
	Normas constitucionais originárias - por óbvio, se a constituição (federal ou estadual) é o parâmetro, não pode ela mesma sofrer controle de constitucionalidade, não acham?!
	
A legitimidade ativa está disposta no artigo 103, da CF/88 e podemos dividi-la em dois grupos: legitimados universais e especiais. Legitimados universais são os que não precisam demonstrar um interesse específico, enquanto que os legitimados especiais necessitam comprovar o seu interesse de agir (pertinência temática). 
Art. 103.
Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
V o Governador de Estado ou do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
§ 1º - O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do STF.
§ 2º - Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias.
§ 3º - Quando o STF apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado.
De acordo com entendimento consolidado do STF e da doutrina, qual, dentre os órgãos e entidades listados abaixo, NÃO precisa demonstrar pertinência temática como condição para ajuizar Ação Direta de Inconstitucionalidade?
R: Conselho Federal da OAB 
No processo de ação direta de incostitucionalidade perante o STF não se admite
R: Desistencia
No processo da ação direta de inconstitucionalidade perante o STF NÃO se admite a
a) desistência da ação.
b) interposição de embargos de declaração.
c) designação de peritos para emitir parecer sobre a questão discutida.
d) oitiva de depoimentos de pessoas com experiência e autoridade na matéria discutida.
e) manifestação de outros órgãos ou entidades interessados no processo.
R: Não é viável que o Supremo Tribunal acolha ação direta de inconstitucionalidade tanto de lei quanto de ato normativo municipal em face da CF, mas nada obsta, presentes os pressupostos, o exame do tema em Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental. 
Podem propor a Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão os mesmos legitimados para propositura da Ação Direta de Inconstitucionalidade e da Ação Declaratória de Constitucionalidade. 
Assinale a opção correta no que diz respeito ao controle das omissões inconstitucionais 
R: A ação direta de inconstitucionalidade por omissão que objetive a regulamentação de norma da CF somente pode ser ajuizada pelos sujeitos enumerados no artigo 103 da CF, sendo a competência para o seu julgamento privativa do STF 
As decisões proferidas em Ação Direta de Inconstitucionalidade e em Ação Declaratória de Constitucionalidade possuem o chamado efeito dúplice 
Suponha que certa câmara legislativa municipal edite uma lei – flagrantemente inconstitucional – que restringe a atividade de fiscalização dos Auditores Fiscais da Receita Federal com relação aos habitantes do mesmo município. À vista disso, assinale a opção correta 
R: O Supremo Tribunal Federal poderá proclamar a inconstitucionalidade da lei num caso concreto (controle incidental), mas não o poderá fazer em sede de ação direta de inconstitucionalidade.
Lei estadual de iniciativa do Deputado “X” previu a criação de 300 cargos de fiscal de rendas e determinou o seu preenchimento no mesmo ano, sem indicar a previsão da receita necessária para fazer frente a tal despesa. Realizado o concurso público e depois da posse e exercício dos 100 primeiros aprovados, o Governador ajuíza ação direta de inconstitucionalidade perante o STF, arguindo a invalidade do diploma legal, por vício de iniciativa e por não indicar a fonte de receita necessária.
Considerando as normas existentes a respeito do controle de constitucionalidade, assinale a alternativa que indica o correto posicionamento do STF.
D) Poderá, ao declarar a inconstitucionalidade, e pelo voto de dois terços dos ministros, restringir os efeitos da decisão ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado, preservando os atos já praticados pelos fiscais.
RESPOSTA: ALTERNATIVA CORRETA “D”. Em primeiro lugar, importante esclarecer que a sanção do Chefe do Executivo estadual ao projeto de lei não o impede, em momento posterior, de ingressar com ADI contra a lei; do mesmo modo, desde a revogação da Súmula
nº 5, no início dos anos de 1970, o STF entende que a sanção não convalida vício de iniciativa, que, portanto, é insanável. Em suma, não há dúvida em relação à inconstitucionalidade da lei, que padeceu de vício de iniciativa, insanável, como se viu, pela sanção do Chefe do Executivo (deliberação executiva).
Contudo, não se pode desconsiderar no julgamento da ação direta de inconstitucionalidade proposta pelo Governador, o direito adquirido pelos cem aprovados no certame, que, de boa-fé, se submeteram a concurso público, foram aprovados, empossados e já estão em pleno exercício de suas funções. Em casos como esse, a radicalidade dos efeitos retroativos (“ex tunc”) típicos da ADI causaria sérios prejuízos não só aos aprovados, mas à própria segurança jurídica.
Em situações como essa, como está presente razão de segurança jurídica, o STF poderá modular temporalmente os efeitos de sua decisão, de maneira a resguardar os direitos daqueles que já tomaram posse; a decisão retroagirá, no entanto, para invalidar os outros duzentos cargos de fiscal de rendas criados, mas ainda não providos.
A modulação temporal está prevista na legislação ordinária, mais precisamente no artigo 27 da Lei 9.868/1999 (Lei da ADI, ADC e ADO), abaixo transcrito:
Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o STF, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.
Sustentando que os Estados do Sul e do Sudeste têm 57,7% da população do País, mas somente 45% de representantes no Poder Legislativo federal, circunstância que fere o princípio da isonomia e a cláusula "voto com valor igual para todos", partidos políticos do bloco de oposição, todos com representação no CN ajuizaram, perante o STF, ação direta de inconstitucionalidade a fim de obter provimento judicial declaratório da inconstitucionalidade da expressão "para que nenhuma daquelas unidades da Federaçã o tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados" e da palavra "quatro", constantes dos §§ 1o e 2º do art. 45 da CF Referida ação
R: não pode ser admitida ,pois a rigidez constitucional não se coaduna com o estabelecimento de hierarquia entre normas postas pelo Poder Constituinte originário 
Importante lembrar: no sistema de controle de constitucionalidade brasileiro, como regra geral, a declaração de inconstitucionalidade, tanto na via difusa/incidental quanto na concentrada/abstrata, é retroativa (“ex tunc”), pois o Brasil filia-se à teoria da nulidade, segundo a qual norma declarada inconstitucional é nula, írrita, não sendo apta à produção de efeitos jurídicos válidos. A modulação é medida extraordinária, que deverá observar os seguintes requisitos: 
(1) razões de segurança jurídica ou
(2) excepcional interesse social; 
o quórum será ultraqualificado, exigindo-se a concordância de 2/3 dos membros do STF (8 ministros). Lembra-se que a declaração de inconstitucionalidade exige maioria absoluta (6 ministros).
Em decorrência de aparente inconstitucionalidade encontrada em norma legal integrante do ordenamento jurídico do Distrito Federal, decidiu o Governador do Estado de Tocantins pela propositura de ação direta de inconstitucionalidade ao STF. Tendo em consideração o balizamento do instituto à luz da dogmática constitucional bem como da jurisprudência da Corte Suprema, discorra acerca dos limites e das possibilidades concernentes ao objeto da ação e à legitimação para a sua propositura. A resposta deverá ser integralmente fundamentada.
R: Os legitimados para a propositura da ADI estão estabelecidos no art. 103 da CF. Dentre eles, existe a previsão do Governador de Estado poder propor ao STF uma ADIN acerca de algum ato ou lei. 
Trata se de lei distrita, ente hibrido, tanto de competência de município quanto de estado art 32 §1º CF. pode o governador do estado de Tocantins propor ADIN contra uma lei distrital feita Pelo distrito federal desde que prove a pertinência temática, se aquela lei distrital de alguma forma influenciar o estado dele ele poderá propor ADIN, mas ele terá que provar a pertinência temática, pois governador é legitimado especial. 
Com relação ao objeto da ação cabe ADIN de lei distrital uma vez que essa lei distrital regular assunto cuja a competência é do estado, logo o ministro relator recebera a ADIN, pois a lei foi feita na competência ESTADUAL. Se fosse municipal não poderia.
Na ação direta de inconstitucionalidade, ante a legislação ordinária que regulamenta o respectivo processo, é possível afirmar que a decisão proferida pelo STF, pelo voto da maioria:
a) de dois terços de seus membros, pode ou não, atribuir à decisão efeitos ex nunc, ex tunc, erga omnes e vinculantes em relação ao Poder Legislativo, ao Poder Executivo e aos demais árgãos do Poder Judiciário.
b) absoluta dos seus membros, sempre produz efeitos ex tunc, erga omnes e vinculantes em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e ao Poder Executivo, de tal sorte que os atos praticados com base no ato declarado inconstitucional são
indiscutivelmente nulos ab initio.
c) absoluta de seus membros, pode produzir efeitos ex nunc ou ex tunc, e erga omnes, mas vinculantes em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e do Poder Legislativo, de tal sorte que ao ato inconstitucional se atribuem os efeitos previstos pelas doutrinas clássica ou kelseniana, conforme o caso.
d) de dois terços de seus membros, pode restringir os efeitos da declaração de inconstitucionalidade, com efeitos vinculantes em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública Federal, Estadual e Municipal a partir do momento que venha por ela a ser fixado, pelo que se pode admitir nesse caso, que o ato inconstitucional produz, ainda que temporariamente, efeitosválidos.
e) absoluta de seus membros, e presentes 8 ministros, pode atribuir, somente à decisão que declare a constitucionalidade, efeitos
ex tunc, erga omnes, e vinculantes em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública Federal, Estadual e Municipal.
As decisões do STF que pronunciam a inconstitucionalidade de leis 
R: produzem efeitos ex tunc quando proferidas em sede de recurso extraordinário, sujeitando-se apenas excepcionalmente à modulação temporal. 
A respeito do controle de constitucionalidade considere as seguintes afirmações: 
I. O STF já decidiu após a edição da CF 88 ser possível a declaração de inconstitucionalidade de norma constitucional.
	Através do controle concentrado/ abstrato, afirmou o STF haver direitos protegidos pelo inciso IV do parágrafo 4º do artigo 60 fora do rol de direitos individuais do artigo 5º.
III. A inconstitucionalidade por omissão foi introduzida no sistema de controle de constitucionalidade brasileiro pela CF/88 a fim de possibilitar a efetividade das normas constitucionais de eficácia limitada o que permitiu ao STF reconhecer na ADI 1.458-7 a inconstitucionalidade por omissão parcial na fixação do salário mínimo por não permitir condições básicas de existência. 
V. Ao se regulamentar o processo de julgamento da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade houve relativização expressa do dogma da retroatividade das decisões em sede de controle de constitucionalidade.
Está correto o que se afirma em 
R: I, II, III, IV
Considere as seguintes afirmações sobre controle de constitucionalidade:
I. O sistema jurídico brasileiro não admite o controle político de constitucionalidade.
II. Lei municipal pode ser objeto de controle concentrado/ abstrato de constitucionalidade em face da CF, exercido pelo STF.
III. A perda superveniente de representação parlamentar não impede o partido político de continuar no pólo ativo da ação direta de inconstitucionalidade por ele antes ajuizada.
IV. As federações sindicais e os sindicatos nacionais têm legitimidade
para propor ação direta de inconstitucionalidade.
V. As decisões proferidas pelo STF no controle abstrato de constitucionalidade produzem apenas efeitos ex tunc.
SOMENTE é correto o que se afirma em
a) 1 e IV.
b) II e IV.
c) II e III.
d) 11eV.
e) III e IV.
O prefeito do Município Sigma envia projeto de lei ao Poder Legislativo munic ipal, que fixa o valor do subsídio do chefe do Poder Ex ecutivo em idêntico valor ao subsídio mensal dos ministros do STF. Tal projeto é aprovado pela Câmara d e Vereadores e sancionado pelo Chefe do Poder Executivo. No dia seguinte ao da publicaçã o da r eferida norma mun icipal, o vereador José, do município Sigma, ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade, perante o Supremo Tribunal Federal, a f im de que fosse tal lei declarada inconstitucional. Diante do exposto, responda aos itens a seguir. 
a) Há vício de inconstitucionalidade na norma municipal? Justifique. 
R: Sim, vício formal e material, formal em relação ao procedimento de criação da norma, deveria ter sido criada pelo legislativo municipal, e material em relação ao conteúdo. 
b) A medida judicial adotada pelo Vereador está correta? Justifique. 
R: Não, a Ação correta é a Representação ao Ministério Público Federal ou ação ordinária em primeira instância por ocupar o cargo de vereador.
CONTROLE DIFUSO
O controle difuso/ incidental ou incidental teve origem no direito estadunidense, no célebre Caso Marbury x Madison, julgado pela Suprema Corte em 1803, sob a presidência do Juiz John Marshall.
2. CONCEITO: o controle de constitucionalidade em apreço é chamado de difuso em razão de o poder de realizá-lo estar espalhado, esparramado, difundido por todo o Poder Judiciário. Qualquer juiz, em qualquer grau de jurisdição, tem competência para realizar controle de constitucionalidade, desde que o faça no julgamento de um caso concreto.
É também chamado de controle incidental, pois o pedido posto à apreciação do Judiciário não é a declaração de inconstitucionalidade, que figura como causa de pedir ou fundamento do pedido. O que se pede é a tutela de um bem da vida, por exemplo, a liberdade, o patrimônio etc.; a causa de pedir, o fundamento do pedido, é a inconstitucionalidade da lei ou ato normativo.
Qualquer juiz, em primeira instância, acolhe argüição incidental de inconstitucional idade 
EXEMPLO: o Sr. José se insurgiu contra uma lei municipal que instituiu um tributo que ele considera inconstitucional. O que ele pedirá na ação ajuizada para discutir esta questão é que cesse a cobrança do tributo inconstitucional e que os valores que ele já pagou lhes sejam devolvidos; porém, o fundamento do seu pedido, a causa de pedir é a inconstitucionalidade da lei que instituiu o tributo. Assim, antes de o juiz dizer se o pedido do Sr. José é ou não procedente, terá de enfrentar a questão incidentalmente posta: a lei é ou não inconstitucional? Por isto a nomenclatura controle incidental.
3. controle difuso/ incidental NO BRASIL: desde que passou a adotar um mecanismo de controle de constitucionalidade, em 1890/1891, o Brasil aderiu ao controle difuso/ incidental. Ele foi o único mecanismo de controle de constitucionalidade das leis presente no direito brasileiro até o advento da Emenda Constitucional nº 16/1965, que introduziu entre nós a representação de inconstitucionalidade e consequentemente o controle concentrado/ abstrato, que somente pode ser feito por um ou por poucos tribunais. 
No Brasil, por exemplo, quando se alega ofensa à CF, somente o STF realiza controle concentrado/ abstrato. Ressalva-se, porém, que os tribunais de justiça também poderão realizar controle concentrado/ abstrato, na hipótese de violação à Constituição estadual.
Atualmente o Brasil adota um controle misto ou combinado de constitucionalidade das leis ou atos normativos, que contempla tanto o controle difuso/ incidental quanto o concentrado.
Vale ressaltar que o STF também faz controle difuso/ incidental, principalmente quando julga recursos extraordinários, mandados de segurança, habeas corpus, mandado de injunção etc.
 4. AÇÕES DO controle difuso/ incidental: no controle difuso/ incidental não há ações específicas, como há no concentrado (ADI, ADC, ADO, ADPF)[2]: qualquer ação cabível no caso concreto pode ser utilizada para a realização do controle difuso/ incidental. Por exemplo: caso uma lei inconstitucional esteja cerceando a liberdade de locomoção, será utilizado o habeas corpus; caso seja outra forma de ilegalidade, que não viole a liberdade de locomoção, pode ser utilizado mandado de segurança etc.
5. DEMAIS DENOMINAÇÕES: o controle difuso/ incidental também é conhecido como:
(i) controle concreto: pois é realizado durante o julgamento de um caso concreto.
(ii) por via de exceção: a declaração de inconstitucionalidade é uma exceção processual que deve ser enfrentada pelo juiz antes do julgamento de mérito.
(iii) por via de defesa: era assim chamado em razão de ser comumente usado como matéria de defesa; atualmente, porém, é utilizado tanto pela defesa quanto pela acusação, indistintamente.
(iv) subjetivo: pois há partes em litígio; diferentemente do concentrado, que é objetivo, não havendo partes.
 6. EFEITOS DAS DECISÕES NO controle difuso/ incidental: 
No controle difuso/ incidental as decisões são inter partes, isto é, vinculam apenas as partes que litigaram em juízo. Vale salientar que com a repercussão geral, súmulas vinculantes e outras mudanças recentes cada vez mais as decisões no controle difuso/ incidental têm se aproximado das do controle concentrado/ abstrato (erga omnes). Este fenômeno vem sendo chamado pela doutrina de abstrativização do controle difuso/ incidental. Ressalta-se que como a lei declarada inconstitucional é nula, em regra, as decisões serão retroativas (ex tunc), invalidando a norma desde a sua promulgação.
7. MODULAÇÃO DOS EFEITOS DA DECISÃO NO controle difuso/ incidental: 
Embora, em regra, as decisões no controle difuso/ incidental sejam retroativas (ex tunc), invalidando a norma desde a sua promulgação, a jurisprudência do STF admite a modulação temporal dos efeitos da decisão, ou seja, que a norma seja declarada inconstitucional sem a atribuição de efeitos retroativos. Estando presentes no caso concreto 
(i) razões de segurança jurídica ou 
(ii) excepcional interesse social 
o STF, pelo voto de oito dos seus onze ministros (2/3), poderá atribuir efeitos ex nunc (desde então) ou pro futuro à decisão. Para isto, por analogia, aplica-se o artigo 27 da Lei 9.868/1999, que disciplina a modulação dos efeitos na ADI. Exemplos: Recurso Extraordinário 197.917/SP (Casa Mira Estrela); HC 82.959-7/SP (Lei de Crimes Hediondos).
[1] O STF reconhece também a possibilidade de controle de constitucionalidade feito pelo Tribunal de Contas a União, TCU. Eis o teor da Súmula 347 do STF: “O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do poder público.”.
O controle difuso é exercido no âmbito de casos concretos tendo, portanto, natureza subjetiva, por envolver interesses de autor e réu. Assim, permite a todos os órgãos do Poder Judiciário, desde o juiz singular de primeira instância, até o Tribunal de superior instância que é o Superior Tribunal Federal, guardião da Constituição, apenas apreciar matéria constitucional em situações de violação concreta de direitos constitucionais.Estes não julgam a inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo, apenas apreciam a questão e deixam de aplicá-la por achar inconstitucional àquele caso específico que está julgando.
O artigo 97 da CF consagra uma cláusula chamada de reserva de plenário, onde nela especifica que ao ser declarada a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, esta deve ser feita através da maioria absoluta da totalidade dos membros do tribunal, sob pena de nulidade da decisão.
Tanto autor quanto réu pode propor uma ação de inconstitucionalidade, pois o caso concreto é inter partes, como já fora mencionado. Assim, a abrangência da decisão que será sentenciada
pelo juiz, é apenas entre as partes envolvidas no processo.Conseqüentemente terá efeito retroativo, pois foi aplicado o dogma da nulidade.
Há a possibilidade de que a decisão proferida em um caso concreto tenha a sua abrangência ampliada, passando a ser oponível contra todos, ou seja erga omnes. A constituição prevê que poderá o Senado Federal suspender a execução de lei (municipal, estadual ou federal), declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal. Tal atribuição prevista no artigo 52, X, CF, permitirá, portanto, a ampliação dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade originária de casos concretos (via difusa). A suspensão da execução será procedida por meio de resolução do Senado federal, que é provocado pelo STF, cujos efeitos vincularão a todos apenas após a publicação da resolução, é o efeito ex nunc, ou seja, irretroativo, pois será terceiros.
R2: O controle incidental de constitucionalidade origina-se do direito norte-americano, tendo sido empregado pela primeira vez no famoso caso Marbury versus Madison, em 1803
Qual é a correlação com a abstrativização do controle difuso/ incidental de constitucionalidade? 
A relação seria de que se estaria aplicando efeitos de controle concentrado/ abstrato de constitucionalidade ao controle difuso/ incidental. Conferindo assim eficácia erga omnes e efeito ex nunc ao controle difuso/ incidental, enquanto originalmente ele possui eficácia inter partes e efeito extunc. Dessa forma o poder judiciário estaria legislando de forma ativa. 
Como sabemos, o sistema de controle de constitucionalidade no Brasil é jurisdicional misto, tanto difuso como concentrado. 
No controle difuso/ incidental, a argüição de inconstitucionalidade se dá de modo incidental, constituindo questão prejudicial. 
No controle concentrado/ abstrato, por outro lado, a declaração se implementa de modo principal, constituindo o objeto do julgamento. 
O efeito erga omnes da decisão foi previsto somente para o controle concentrado/ abstrato e na hipótese de edição de súmula vinculante e, em se tratando de controle difuso/ incidental, nos termos da regra do art. 52, X, da CF/88, somente após atuação discricionária e política do Senado Federal, mediante a aprovação de projeto de resolução. 
No controle difuso/ incidental, portanto, não havendo suspensão da lei pelo Senado Federal, a lei continua válida e eficaz, só se tornando nula no caso concreto, em razão de sua não aplicação. Os juízes e tribunais do Brasil poderão continuar aplicando a lei, sem estarem vinculados à decisão do caso concreto.
Quando se diz caber a todos os componentes do Poder Judiciário o exercício do controle da compatibilidade vertical das normas da ordenação jurídica de um país, está se falando em
R: Jurisdição constitucional difusa, por via de exceção.
Marque V para verdadeira e F para falsa: 
V- a) O controle difuso e controle incidental configuram o mesmo instituto 
V-b) No controle difuso/ incidental de constitucionalidade o juiz está autorizado a declarar a norma inconstitucional. 
F-c) As sumulas persuasivas são de comprimento obrigatórios. 
F-d) controle preventivo de constitucionalidade é um controle feito pelo judiciário. 
F-e) o controle repressivo de constitucionalidade e um controle que pode ser feito 
pelo legislativo. 
V-f) Todo controle difuso é incidental. 
F-g) o controle concentrado/ abstrato de constitucionalidade surgiu nos EUA 
V-h) A sumula vinculante possui caráter normativo . 
F-i) a sumula persuasiva possui caráter obrigatorio. 
V- j) No controle difuso/ incidental de constitucionalidade não se aplica a clausula de reserva de plenário.
O Ministério Público Federal ajuizou Ação Civil Pública em face do INSS, visando obrigar a autarquia a emitir aos segurados certidão parcial de tempo de serviço, com base nos direitos constitucionalmente assegurados de petição e de obtenção de certidão em repartições públicas (CF, art. 5º, XXXIV, b). O INSS alega, por sua vez, que o Decreto 3048/99, em seu art. 130, justifica a recusa. Sustenta, ainda, que a Ação Civil Pública não seria a via adequada para a defesa de um direito individual homogêneo, além de sua utilização consubstanciar usurpação da competência do STF 
para conhecer, em abstrato, da constitucionalidade dos atos normativos brasileiros. 
Como deverá ser decidida a ação? 
Resp. Segundo o entendimento do STF, os direitos coletivos são gêneros que tem como subespécies os direitos coletivos em sentido estrito e direitos individuas homogêneos portanto, os direitos homogêneos são constitucionais, assim como o art. 129, III, da CF, abrange tal subespécies, por fim, entende-se, desde que a Ação Civil Pública seja proposta atendendo aos seus fins, e não como uma manobra para substituir o controle direto de constitucionalidade, no seu manejo é possível, sim, a discussão incidental de inconstitucionalidade, pela via do controle difuso/ incidental. 
Sebastião contratou um plano de minutos com a OPERADORA DE TELEFONIA fixa da região em que mora, no Distrito Federal. Ocorre que ao pedir o detalhamento das contas, ficou surpreso com o valor, já que a empresa alegava o consumo de pulsos além da franquia contratada, sem esclarecer o tempo gasto nas ligações excedentes. 
Sentindo-se lesado, procurou seu advogado para propor uma ação visando anular aquela cobrança, além de exigir o detalhamento do consumo, sob pena de multa. 
Fundamentou seu pedido na lei distrital 3426/2004, que obriga as concessionárias prestadoras de telefonia o detalhamento sob pena de multa. 
a) Poderia a empresa ré argüir na contestação, a inconstitucionalidade do referido diploma? 
Resp. Sim, Na forma incidental. Lembrando-se que no controle difuso/ incidental todos os órgãos com competência jurisdicional podem fazê-lo. 
b) Qual a espécie de controle referido no caso? 
Resp. Difuso na forma incidental. 
c) Poderá o juiz decidir acerca da inconstitucionalidade da lei? 
Resp. sim, desde a 1º instância judicial o juiz possuirá competência para declararar a inconstitucionalidade ao caso concreto, que fará efeito extunc e com eficácia entre as partes. 
d) Suponha que o juiz entenda que a lei é constitucional, poderá então obrigar a empresa a detalhar todas as contas que emitir aos consumidores? A resposta seria diferente caso o caso de Sebastião chegasse ao STF através de um eventual recurso extraordinário? Justifique. 
Resp.Como resposta a primeira pergunta é não, pois como dito anteriormente o controle de constitucionalidade difuso/incidental só faz coisa julgada entre as partes; porém já adentrando a segunda pergunta, segundo o artigo 52, inciso X da CF, cabe ao STF, após decidir a matéria em sede de RE, aguardar que o senado federal após a comunicação devida suspenda determinada lei. Porém, segundo ao artigo 103-A da CF, após reiteradas decisões o próprio poder judiciário poderá elaborar sumulas vinculantes que regularão situações que outrora eram controvérsias . 
Resp. Sim, por tratar-se de controle incidental (ou por via de exceção), que pode ser suscitado por qualquer das partes. 
O servidor público aposentado “A” ingressou com uma ação requerendo a extensão de um benefício sob a alegação que o seu preterimento (a não extensão) implica em inconstitucionalidade. O juízo julgou procedente o pedido de “A”. O servidor “B” ingressa com a mesma ação se utilizando dos mesmos fundamentos da ação de “A”, no entanto o juízo competente julgou o seu pedido improcedente. Insatisfeito, “B” apela da decisão requerendo que a sentença de “A” seja utilizada de forma vinculante para ele. Poderia o tribunal competente acolher o pedido de “B”? 
R: Não, pois este c aso se refere ao controle de constitucionalidade incidental e, portanto os efeitos subjetivos acerca do conteúdo de decisão são interpartes.
CONTROLE CONCENTRADO/ Abstrato
O controle concentrado surgiu no Brasil através da Emenda Constitucional n°16, que atribuiu ao STF competência para processar e julgar originariamente a representação
de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual, apresentada pelo procurador-geral da República. Através desse modelo de controle, é feita a declaração de inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo objetivando alcançar a invalidação da lei para firmar a segurança das relações jurídicas.
Não se discute nenhum interesse subjetivo, por não haver partes (autor e réu) envolvidas no processo. Logo, ao contrário do sistema difuso, o sistema concentrado possui natureza objetiva, com interesse maior de propor alguma espécie de controle para discutir se uma lei é ou não inconstitucional e na manutenção da supremacia constitucional.
Sistemas concentrados, cuja gênese é a Áustria e Alemanha, com Corte ou Tribunal Constitucional especial. 
Uma segunda diferença diz respeito ao modo como a maneira é apresentada nos tribunais. Nos sistemas concentrados, as matérias constitucionais podem ser apresentadas diretamente ao Tribunal Constitucional em abstrato e ad hoc, com procedimentos específicos que não têm relação direta com as lides ordinárias. São legitimados a provocar o Tribunal por intermédio de uma ação direta de inconstitucionalidade um grupo selecionado de pessoas, agentes governamentais ou entidades da sociedade civil. 
Nos sistemas concentrados, uma decisão declaratória de inconstitucionalidade de lei geralmente tem efeitos erga omnes, invalidando a lei para todos, tal como se tivesse sido ab-rogada pelo Legislativo 
Nos sistemas desconcentrados, fiéis a tradição do common law, entretanto, a doutrina do stare decisis dá a decisão judicial o efeito de um precedente vinculante. Isto significa que em futuras lides, o próprio tribunal, e todos os outros subjacentes na hierarquia judiciária, devem decidir casos semelhantes da mesma maneira. 
Esse controle abarca as seguintes ações: ação declaratória de inconstitucionalidade (ADIN), ação declaratória de constitucionalidade (ADC), ação declaratória por omissão (ADO) e ação de descumprimento preceito fundamental (ADPF).
O controle concentrado/ abstrato de constitucionalidade no Brasil:
a) é o sistema predominante desde o período do Império, já que parte da premissa de que o ato inconstitucional é írrito e nulo.
b) requer a participação do Senado Federal, a fim de suspender a execução da lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do STF.
c) permite o controle em abstrato de atos normativos federais, estaduais, municipais, bem como de atos judiciais de cunho normativo, como as súmulas.
d) é levado a cabo mediante ações específicas, de rito ordinário e com instrução contraditória, que podem ser propostas a qualquer tempo e em qualquer grau de jurisdição.
e) contempla a ação direta genérica, interventiva e por omissão, além da ação declaratória de constitucionalidade e da argüição de descumprimento de preceito fundamental.
No sistema de controle concentrado de constitucionalidade adotado pela Constituição
brasileira,
a) a ação direta de inconstitucionalidade não se sujeita a prazo prescricional ou decadencial.
b) o Procurador-Geral da República atua como curador especial do principio da presunção de constitucionalidade das leis.
c) as convenções coletivas de trabalho, dado o seu caráter normativo, são passíveis de impugnação em sede de ação direta deinconstitucionalidade.
d) é possível a concessão de liminar na ação de inconstitucionalidade por omissão.
e) é inaplicável a cláusula da reserva de plenário na declaração de inconstitucionalidade.
Com respeito ao modelo constitucional brasileiro, é correto afirmar 
R: A declaração de inconstitucionalidade in abstracto de lei, no modelo brasileiro, possui caráter retroativo, ex tunc.
No sistema de controle concentrado/ abstrato de constitucionalidade adotado pela Constituição brasileira,
a) a ação direta de inconstitucionalidade não se sujeita a prazo prescricional ou decadencial.
b) o Procurador-Geral da República atua como curador especial do principio da presunção de constitucionalidade das leis.
c) as convenções coletivas de trabalho, dado o seu caráter normativo, são passíveis de impugnação em sede de ação direta de
inconstitucionalidade.
d) é possível a concessão de liminar na ação de inconstitucionalidade por omissão.
e) é inaplicável a cláusula da reserva de plenário na declaração de inconstitucionalidade.
Assinale a opção correta com relação ao controle de constitucionalidade em âmbito estadual e municipal. 
R: Segundo jurisprudência majoritária do STF, a decisão proferida em sede de recurso extraordinário interposto contra decisão de mérito proferida em controle abstrato de norma estadual de reprodução obrigatória da CF possui eficácia erga omnes. 
No que tange ao controle abstrato de constitucionalidade ,assinale a única CORRET A 
R: No sistema brasileiro existem várias modalidades e controle abstrato de constitucionalidade, dentre as quais podemos destacar a ação declaratória de inconstitucionalidade, a ação declaratória de constitucionalidade e a ação direta de inconstitucionalidade por omissão, entre outras 
ADPF
A argüição de descumprimento de preceito fundamental decorrente da CF 
a) será processada e julgada originariamente pelo Superior Tribunal de Justiça, sendo legitimados apenas os Chefes dos Poderes Executivos das respectivas esferas governamentais.
b) é sempre cabível, mesmo que existam outras medidas constitucionais, a exemplo do mandado de segurança, das ações diretas de inconstitucionalidades e do mandado de injunção.
c) será apreciada pelo STF, sendo legitimados ativos os co-legitimados para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade.
d) não poderá ser formulada pelo Ministério Público, salvo para reparar lesão de preceito fundamental resultante de ato do Poder Público.
e) tem cabimento apenas preventivamente, perante os Tribunais Superiores, com o objetivo de evitar lesões a princípios, direitos e garantias constitucionais.
MANDADO DE INJUNÇÃO
O mandado de injunção será concedido sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais, em uma espécie de preenchimento de lacuna.
Emenda à Constituição insere novo direito na Constituição da República. Trata-se de uma norma de eficácia limitada, que necessita da devida integração por via de lei. Produzido o diploma legal regulador (Lei Y), ainda assim, alguns dos destinatários não se encontram em condições de usufruir do direito a que fazem jus, por ausência de regulamentação da norma legal pelo órgão competente (o Ministério da Previdência Social), conforme exigido pela citada Lei Y. 
Passados dois anos após a edição da Lei Y, Mário, indignado com a demora e impossibilitado de usufruir  do direito constitucionalmente garantido, é aconselhado a impetrar um Mandado de Injunção. Não sabendo exatamente  os efeitos que tal medida poderia acarretar, Mário consulta um(a) advogado(a). A orientação recebida foi a de que, no seu caso específico, a adoção, pelo órgão judicante, de uma solução concretista individual iria satisfazer plenamente suas necessidades.
 
Diante dessa situação, responda fundamentadamente aos itens a seguir.
A)  Assiste razão ao(à) advogado(a) de Mário quanto à utilidade do acolhimento do Mandado de Injunção c om fundamento na posição concretista individual?
R: A teoria concretista individual é uma das posições reconhecidas pelo STF como passível de ser adotada nas situações em que é dado provimento ao Mandado de Injunção. Segundo esse entendimento, diante da lacuna, o Poder Judiciário deve criar a regulamentação para o caso específico, ou seja, a decisão viabiliza o exercício do direito, ainda não regulamentado pelo órgão competente, somente pelo impetrado, vez que a decisão teria efeitos inter partes. Como se vê, o órgão judicante, ao dar provimento ao Mandado de Injunção, estabeleceria a regulamentação da lei para que Mário (e somente ele) pudesse usufruir do direito constitucional garantido 
B)   A que órgão do Poder Judiciário competiria decidir a matéria?
Segundo o Art. 125, inciso I, alínea h, da CRFB/88, compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar o Mandado de Injunção quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão federal, da administração direta ou indireta. No caso, o Ministério da Previdência é um órgão da administração pública federal, sendo, portanto, o Superior Tribunal de Justiça o órgão judicial competente para processar e julgar a ação de Mário. 
SÚMULA
Quanto ao instituto da súmula vinculante, é correto afirmar que: 
R: constitui requisito para a aprovação de súmulas vinculantes a existência de controvérsia atual sobre a matéria em questão entre órgãos judiciários ou entre estes e a Administração Pública, que esteja a suscitar grave insegurança jurídica
A súmula do STF com efeito vinculante
a) pode ser aprovada mediante decisão da maioria absoluta dos seus membros.
b) não pode ser revista ou cancelada de ofício pelo próprio STF.
c) não é de observância obrigatória para a administração pública estadual e municipal.
d) pode ter seu cancelamento provocado por aqueles legitimados à propositura da ação direta de inconstitucionalidade.
Vejamos o que a CF dispõe sobre o tema súmula vinculante.
Art. 103 - A: "o Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação , mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei" .
O regramento do instituto na esfera infraconstitucional se deu pela Lei 11.417/06. Da leitura da norma constitucional, em conjunto com os dispositivos da legislação citada, é possível extrair os requisitos e as características da súmula vinculante.
A assertiva A está incorreta em razão do quorum apresentado como necessário para a edição e aprovação da súmula vinculante. O dispositivo constitucional é claro, ao exigir que a decisão se dê pelo voto de dois terços = 8 dos Ministros do STF, não aceitando, assim, apenas maioria absoluta = 6.
Na seqüência, na assertiva seguinte (b) afirma-se a impossibilidade de o STF revisar ou cancelar de ofício o enunciado de súmula vinculante. O equívoco está exatamente nesse ponto, haja vista que a norma autoriza expressamente que a nossa Suprema Corte aja de ofício tanto na elaboração e edição da súmula, como em sua revisão ou cancelamento.
No que se refere ao alcance do efeito vinculante da súmula, não há como afastar a incorreção da letra c. O texto de lei determina a vinculação de toda Administração Pública, seja ela federal, estadual ou municipal.
O artigo 103- A da CF , ao tratar do assunto, impõe a vinculação da Administração Pública, e, dos demais órgãos do Poder Judiciário. Por exclusão, há de se compreender que o Poder Legislativo e o STF não devem subordinação aos enunciados de eficácia vinculante.
Trata-se de interpretação unânime da doutrina. A sujeição ao enunciado não alcança a atividade legiferante do Poder Legislativo. Logo, lhe é permitido a edição de normas com teor distinto daquele consagrado na súmula de efeito vinculante, sem que isso importe na ofensa à decisão da Corte.
Nessa mesma linha, entende-se que, ao falar em demais órgãos do Poder Judiciário, o constituinte reformador entendeu por bem excluir o STF.
Diante do exposto, não há dúvida que a assertiva correta é a d. É o que dispõe o artigo 3º da Lei 11.417 /06, in verbis:
Art. 3o São legitimados a propor a edição, a revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula vinculante:
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV - o Procurador-Geral da República;
V - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VI - o Defensor Público-Geral da União;
VII - partido político com representação no Congresso Nacional;
VIII - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional;
IX - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do DF
X - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
XI - os Tribunais Superiores, os Tribunais de Justiça de Estados ou do Distrito Federal e Territórios, os Tribunais Regionais Federais, os Tribunais Regionais do Trabalho, os Tribunais Regionais Eleitorais e os Tribunais Militares.
Pode o Presidente da República editar medida provisória contrária à súmula vinculante editada pelo STF?
R1 Sim, pois o Presidente da República estaria, nesse caso, exercendo função legislativa.
R2 “D”.As súmulas vinculantes vinculam aos demais órgãos do Poder Judiciário (não vincula o próprio STF, que poderá, de ofício, alterá-la) e à administração direta e indireta, federal, estadual e municipal. Não vincula, no entanto, o Poder Legislativo, no exercício de sua atividade típica de legislar. O Legislativo está adstrito às súmulas vinculantes nas suas funções atípicas, mas não no que tange às suas funções típicas, como a de legislar.
No caso apresentado na questão, ao editar medida provisória, o Presidente da República está no exercício de função legislativa, não ficando, desse modo, adstrito à súmula vinculante. Nada impede, posteriormente, que o próprio Congresso Nacional rejeite a medida provisória (controle repressivo realizado pelo Parlamento), sob o argumento de que contraria a súmula vinculante, ou, até mesmo, que seja declarada inconstitucional pelo STF. Mas ele não está impedido de editá-la.
Ressalta-se, por último, que em virtude de não existir impedimento à edição da medida provisória, não caberá, contra ela, Reclamação ao STF (art. 102, I, “l”, da CF/88); caso se queira impugná-la, isto deverá ser feito pela via ordinária do controle de constitucionalidade.
Correlacione o verbete da sumula numero 10 do STF, o art. 481, § único e o art. 97 da 
CRFB 
A cláusula de reserva de plenário estabelecida no art 97 da CF/88, onde dispõe que somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder erial. 
A Súmula Vinculante nº 10 d STF não somente veda a declaração de inconstitucionalidade como amplia os efeitos da vedação ao afirmar que ao afastar a incidência da lei ou ato normativo do Poder Público sem que haja maioria absoluta o órgão fracionário viola a cláusula de reserva de plenário. 
No entanto, o art. 481, parágrafo único, deixa aberta a possibilidade do órgão fracionário (sem maioria absoluta) não submeterem ao plenário, ou ao órgão especial, a arguição de inconstitucionalidade, quando já houver pronunciamento destes ou do plenário do STF sobre a questão. 
Dito isto, podemos considerar que a Súmula vinculante nº 10 do STF afeta a constitucionalidade do parágrafo único do art. 481 do CPC, haja vista que a súmula vinculante obriga a todos. 
ADC
Cabe no âmbito da Ação Declaratória de Constitucionalidade a concessão de medida cautelar 
Em tema de ação declaratória de constitucionalidade, considere asassertivas:
I. A sua finalidade precípua é transformar a presunção absoluta de constitucionalidade em presunção relativa, em virtude de seusefeitos vinculantes.
II. Tem legitimidade para a sua propositura, dentre outros, o Governador do Distrito Federal; partido político com representaçãono Congresso Nacional e a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal.
III. Compete ao STF processar e julgar, originariamente, a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal.
IV. O procedimento da ação prevê a possibilidade de sua desistência; de admissão de terceiros na relação processual; anecessidade da oitiva do Advogado-Geral da União e a vedação do exercício do poder geral de cautela por parte do STF.
V. Declarada a constitucionalidade de lei ou ato normativo federal, não há a possibilidade de nova
análise contestatória da matéria, sob a alegação da existência de novos argumentos que ensejariam uma nova interpretação no sentido de sua inconstitucionalidade.
Estão corretas APENAS
a) I e III.
b) I, II e IV.
c) II, III e V.
d) III, IV e V.
e) IV e V.

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