Micoses Oportunistas 2019_ Parte..,2

Prévia do material em texto

FUNGOS CAUSADORES 
DE MICOSES 
OPORTUNISTAS 
 
 
 Criptococose 
 
 
 
 
 
 Espécies afetadas: homem, animais domésticos e 
silvestres 
Cryptococcus 
Enfermidade subaguda ou crônica; 
Cavidade nasal, tecidos paranasais e pulmão; 
Disseminação SNC, olhos, pele e outros órgãos. 
 
Cryptococcus sp. 
- Sapróbio na natureza; 
 - levedura capsulada; 
- isolado do solo (rico em fezes de pombos e outras aves). 
 
 
 
 
 
 Lesões cutâneas: em animais são observados nódulos 
pequenos e firmes, tendendo a ulcerar; gatos (lesões 
normalmente localizadas na cabeça, boca ou nariz) 
Fatores de virulência 
• capsula, enzima fenol oxidase, melanina (proteção 
do sistema oxidativo) 
CRIPTOCOCOSE 
DIAGNÓSTICO 
 Exame direto: tinta da china ou nankin, evidencia a 
espessa capsula; 
 Isolamento: colônias mucóides, úmidas, cuja cor varia 
do branco-creme ao amarelo-marrom (2-14 dias); 
 Microscopia: leveduras de forma esférica com 
brotamento unipolar; 
 Identificação 
 DIAGNÓSTICO 
Candida sp. 
 Candida spp.: fungo leveduriforme, membro da 
microbiota normal das mucosas: respiratórias, 
gastrointestinais e genitais; 
 Micoses oportunistas e cosmopolitas; 
 Podem se tornar patogênicas: 
Uso de antibióticos e corticóides; Estresse; Baixa 
imunidade; 
 Fatores de virulência: produção de enzimas (proteases, 
fosfolipases, lipases, etc), termotolerância, 
pleomorfismo, hidrofobicidade, formação de biofilme, 
expressão de adesinas e invasinas 
 
 
Candida spp. 
Espécies 
 C. albicans 
 C. dublinensis 
 C. glabrata 
 C. guilliermondii 
 C. inconspicua 
 C. kefyr (C. pseudotropicalis) 
 C. krusei 
 C. lambica 
 C. lipolytica 
 C. lusitaniae 
 C. maris (Torulopsis maris) 
 C. parapsilosis 
 C. pelliculosa (Pichia 
anomala) 
 C. rugosa 
 C. saitoana (Torulopsis 
candida) 
 C. tropicalis 
 Aves em geral 
 Psitacídeos +++ 
 Aves ornamentais 
 Homem 
 Bovinos 
 Cães 
 Gatos 
 Equinos 
 Suínos 
 
 Em avestruzes pode levar a deformidades no bico 
 Mastites em vacas (3%) 
 Metrite e vaginitite em várias espécies 
 Estomatite e enterite micótica, manchas brancas 
acinzentadas nas mucosas. 
 Ulcerações ou crescimento de massas tumorais (formas 
cutâneas). 
Síndromes clínicas 
Colonização; 
Infecção: capacidade de aderir-se às superfícies bióticas (membranas 
mucosas - trato gastrointestinal, vagina, mucosa oral, córnea, endolélio 
vascular) e superfícies abióticas 
Relatado na literatura em animais ... 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
 
 
 Exame direto 
 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
 Cultivo 
 agar Sabouraud 
 Chromagar Candida 
 
 Identificação 
Clássica: 
 tubo germinativo, clamidoconídios, auxanograma, zimograma 
 
 
 
 
ASPERGILLUS SPP. 
Aspergillus fumigatus 
 
 Aspergillus spp. 
 Fungos filamentosos, hifas septadas. Em temperaturas de 20-
25ºC se reproduzem assexuadamente (vesícula que origina 
conídios que se dispersam). 
 Ubíquos na natureza, sapróbios em restos vegetais, solo 
 Conídios se dispersam no ar, constituindo a flora anemófila (1-
6%) 
 
Morfologia de Aspergillus spp. 
 Fatores de virulência 
 Termotolerância; 
 Presença de adesinas; 
 Produção de enzimas (proteases, elastases, 
fosfolipases, hemolisinas); 
 Produção de micotoxinas e gliotoxina (prejudicam a 
fagocitose; 
 Presença de melanina nos conídios; 
 Produção de biofilme; 
 
 
 
 Infecção: inalação de conídios 
 
 Órgãos afetados: 
- Principalmente trato respiratório 
- -pele, olhos, placenta, sistema digestório; 
- -disseminação via hematógena ou sacos aéreos em 
aves 
ASPERGILOSE 
 Aborto micótico em bovinos: 
◦ Prevalências entre 1 e 24,9% 
 Equinos: 
◦ Pulmonar; Micose das bolsas guturais; aborto 
micótico; queratite micótica 
 Caninos: 
◦ Sinusite (seios frontais), subcutânea 
 Aves: 
◦ Respiratória (pulmonar e sacos aéreos) 
 Material coletado; 
 Exame Direto com KOH 20% - “Hifas hialinas, septadas, 
com ramificações dicotômicas” 
DIAGNÓSTICO 
LABORATORIAL 
 Cultura 
 agar Sabouraud ou agar 
batata (PDA) 
 Incubação: 7-10 dias a 
25-30°C 
 Identificação morfológica 
 Cautela na interpretação 
do isolamento