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564570 PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO

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Regime Jurídico da Administração Pública
Regime Jurídico da Administração Pública se rege por dois princípios: 
 O Princípio da Supremacia do interesse público ou principio da finalidade pública;
 O Princípio da indisponibilidade do interesse público.
PRINCÍPIOS BASILARES DO DIREITO ADMINISTRATIVO
CONCEITO JURÍDICO DE INTERESSE PÚBLICO
É aquele a que se refere a toda a sociedade, a toda a comunidade considerada por inteiro. O interesse público se volta para uma necessidade coletiva.
INTERESSE PÚBLICO
 INTERESSE PRIMÁRIO se volta para atender a comunidade considerada por inteiro.
INTERESSE SECUNDÁRIO
O interesse secundário não pode ser perseguido pela Administração Pública.
Todavia se o interesse secundário for coincidente com o dever primário, poderá a Administração praticar o ato.
INTERESSE PÚBLICO
 							Quando a finalidade
  INTERESSE PRIMÁRIO do ato se realiza em
							 proveito geral.
INTERESSE 
PÚBLICO
							Quando a finalidade
							do ato só diz respeito
			INTERESSE SECUNDÁRIO a AP (não condiz com
 o interesse de toda a 						 coletividade
PAPEL DE RELEVÂNCIA DO PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO 
O interesse público tem supremacia sobre o interesse particular, como condição de assegurar a sobrevivência do particular. 
Havendo um embate entre o interesse público e o interesse particular há de prevalecer o interesse público. 
PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO
“ O princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado é princípio geral do direito inerente a qualquer sociedade. É a própria condição de sua existência”. (Celso Bandeira de Mello). 
	
FIM DA AP – REALIZAÇÃO DO BEM COMUM
 
1) A desigualdade jurídica entre a Administração e os administrados;
2) A presunção de legitimidade dos atos da Administração – É uma presunção relativa, porém acompanha toda a atividade pública. Cabe ao particular provar que a Administração agiu fora ou além da Lei;
3) A necessidade de poderes discricionários para a Administração atender ao interesse público. O campo de demarcação da discricionariedade da Administração é dado pela finalidade pública, pelo bem comum e o interesse da comunidade. Se a Administração Pública ultrapassar esse campo, o ato administrativo foi realizado de forma arbitrária, por EXCESSO OU DESVIO DE PODER. 
INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO
Esses interesses são qualificados como próprios da coletividade, portanto, não se encontram á livre disposição de quem quer que seja.
 
	Nem o próprio órgão administrativo que os representa tem disponibilidade sobre eles. Por quê?
		Porque, o titular do interesse público é o Estado e não a Administração. Esse interesse está retido nas mãos do próprio Estado em sua manifestação legislativa. 
 
Por esse princípio a Administração não pode dispor do interesse geral nem renunciar a poderes que a lei lhe confiou para tal tutela. 
 
Pois os poderes atribuídos a Administração tem o caráter de DEVER-PODER.
A autoridade não pode renunciar ao exercício da competência que lhe são outorgados por lei.
REGIME JURÍDICO-ADMINISTRATIVO
REGIME JURÍDICO-ADMINISTRATIVO
CONJUNTO DE PRERROGATIVAS + DEVERES OU RESTRIÇÕES 			
PRERROGATIVAS PÚBLICAS
Cretella Junior - as prerrogativas públicas são:
 “as regalias usufruídas pela Administração, na relação jurídico-administrativa, derrogando o direito comum diante do administrador, ou, em outras palavras são as faculdades especiais conferidas à Administração, quando se decide a agir contra o particular.”
ESPÉCIES DE PRERROGATIVAS E PRIVILÉGIOS: presunção de veracidade de seus atos, pode requisitar bens e serviços, auto - executoriedade, a auto-tutela, o poder de expropriar, ocupar temporariamente imóvel alheio, o poder de instituir servidão, aplicar sanções administrativas, alterar e rescindir unilateralmente os contratos, impor medidas de polícia, possui imunidade tributária, prazos dilatados em juízo, juízo privativo, processo especial de execução.
DEVERES OU RESTRIÇÕES A QUE SE SUJEITA A ADMINISTRAÇÃO
Deve observar a finalidade pública, a moralidade do ato administrativo e a sua legalidade, deve dar publicidade aos atos administrativos, promover concurso público, sob pena de nulidade do ato administrativo e a responsabilização da autoridade que o editou.
PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO
São mandamentos nucleares de um sistema, seu verdadeiro alicerce, disposição fundamental que se irradia sobre diferentes normas, compondo-lhes o espírito e servindo de critério para a sua exata compreensão e inteligência (Bandeira de Mello)
PRINCÍPIOS
 
 		 Onivalentes								
 
Princípios 	 Plurivalentes
 
	
	 Monovalentes 	 Gerais
 
	 Específicos
 
 
 
PRINCÍPIOS
 Princípios Onivalentes – São válidos para qualquer ciência. 
Princípios plurivalentes – São princípios que valem para um grupo de ciências. 
 
 Princípios Monovalentes – São princípios que valem para uma única ciência. 
Princípios monovalentes
 
 Gerais – valem apenas para um ramo de uma dada ciência – Ex. princípio da supremacia do interesse público.
 
 Específicos – só valem para um sub-ramo de uma determinada ciência. Ex: Princípio da continuidade do serviço público. 
 
CONSEQÜÊNCIAS DA INOBSERVÂNCIA AOS PRINCÍPIOS
Violar um princípio é muito mais grave do que transgredir uma norma.
A inobservância aos princípios não ofende, apenas a um mandamento obrigatório, mas a todo um sistema de comandos
Dependendo do escalão do princípio violado estar-se-á defronte a uma ilegalidade ou uma inconstitucionalidade, por representar uma insurgência contra todo um sistema, uma subversão aos valores fundamentais.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS ADMINISTRATIVOS
O art. 37 da C.R preceitua que a Administração Pública, tanto a direta ou indireta de qualquer dos Poderes da União, dos estados – membros, do Distrito Federal e dos Municípios, obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
PRINCÍPIOS DO D. ADMINISTRATIVO
Lei 9.784, de 29/01/99 que regulamenta o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, em seu art. 2º arrola os seguintes princípios:
Legalidade;
Finalidade;
Motivação;
Razoabilidade;
Proporcionalidade,
Moralidade;
Ampla defesa
Contraditório;
Segurança pública;
Interesse público
Eficiência	
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
			SENTIDO FORMAL OU 	RESTRITO - 
					Atuação administrativa em 
					consonância a lei
Legalidade
					SENTIDO AMPLO – Atuação 				administrativa em consonância
					aos princípios
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Inciso I, do parágrafo único do art. 2º da Lei 9.784/99.
 
	“a eficácia de toda atividade administrativa está condicionada ao atendimento da Lei e do Direito”.
PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE
 Qual o objetivo do princípio da razoabilidade ?
R: Impor limites à discricionariedade administrativa.
 
Quando um ato é considerado irrazoável?
 
R: Quando não existe uma relação de pertinência entre:
 
 a oportunidade e a 
conveniência de um lado a finalidade de outro
 
O PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE
Celso Antônio Bandeira de Melo coloca que o princípio da proporcionalidade está intimamente relacionado ao princípio da razoabilidade, porque o ato só poder ser realizado na extensão e intensidade proporcionais para o cumprimento da finalidade de interesse público. 
	
	A base legal desse princípio está esculpida segundo o autor no art. 37, c/c art. 5º, II e art. 84, IV. 
	 Lei. 9.784/99 prevê o princípio da razoabilidade e da proporcionalidade – Art. 2º, parágrafo único, VI)
	
	Observância do critério de “adequação entremeios e fins (cerne da razoabilidade)”. 
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
IMPOSIÇÃO LEGAL PELA LEI REGULADORA DA AÇÃO POPULAR.
 
	São considerados nulos os atos lesivos ao patrimônio público quando eivados de ilegalidade do objeto.
	
	A ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei, regulamento ou outro ato normativo.
PRINCÍPIO DA FINALIDADE
“ Afonso Queiro” o fim da lei é o mesmo que o seu espírito e o espírito da lei faz parte da lei mesma”. (BANDEIRA DE MELLO, p. 103). 
	
	O princípio da finalidade está contido na própria lei
PRINCÍPIO DA FINALIDADE
Abusar do poder é usar do poder além de seus limites. Um dos limites do poder é o fim proposto pela Lei. 
	
	Com base no princípio da finalidade, destaca-se:
Todos os atos da administração se voltam obrigatoriamente para o interesse público. 
	
	A finalidade tem um objetivo certo, esse objetivo é inafastável de qualquer ato administrativo. 	Todo o ato que se afasta do interesse público é um ato inválido porque desviou de sua finalidade.
	
	
PRINCÍPIO DA FINALIDADE
Lei – nº 4.717/67, art. 2º, § único, “e” – Conceituou o desvio de finalidade como sendo:
 “o fim diverso daquele previsto, explicita e implicitamente, na regra de competência do agente”.
	
TIPOS DE DESVIO DE FINALIDADE 
 Genérico – Quando o ato deixa de atender 			ao interesse público. 
			 Ex. Desapropriação de bens para doá-los a 			um particular ou por perseguição, 
			 ou como medida de vingança.
 
Desvio de Finalidade 
	 
 
 
 					Específico – Quando o ato desatenta a 				finalidade indicada na Lei. Ex. Bolsa Família.
 
	
 
PRINCÍPIO DA FINALIDADE
A lei nº 9.784/99 refere-se ao princípio da finalidade em seus dispositivos – art. 2º, § único, XIII e III:
 
“ a interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige”, vedada “a promoção pessoal de agente ou autoridades”.
PRINCÍPIO DA FINALIDADE
Se manifesta de forma implícita no texto constitucional, em específico no art. 5º, LXIX que prevê o mandado de segurança, a concessão do mando se faz contra ilegalidade e abuso de poder. 
PRINCÍPIO DA MORALIDADE
A moralidade é um pressuposto de validade de todo ato da Administração Pública. 
	
	A moralidade de que se trata o art. 37 da C.F. não é a moral comum, mas uma moral jurídica. 
PRINCÍPIO DA MORALIDADE
“A moral comum é imposta ao homem para sua conduta externa a moral administrativa é imposta ao agente público para sua conduta interna”.
	
	No exercício de sua atividade o agente público não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas também entre o honesto e o desonesto. 
 
PRINCÍPIO DA MORALIDADE
O princípio da moralidade encontra-se previsto:
 
Código de Ética Profissional do Servidor Público Federal;
Art. 37 parágrafo 4º da C. F.;
Art. 2º- parágrafo único, IV da Lei 9. 784/99;
	“ atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé”. 
 
O.B.S. 
 1º) A legalidade e a moralidade são colocados pelo art. 37º da Const. como princípios autônomos;
 
	 2º) Quais as conseqüências da prática de um ato administrativo eivado pela improbidade administrativa?
PRINCÍPIO DA MORALIDADE
	Art. 37 parágrafo 4º, da C.F. . Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível – Lei 8.429 / 92 – Sanções aplicáveis aos agentes públicos. 
 
	O Presidente da República responde por crime de responsabilidade quando atentar contra a probidade na Administração (Art.. 85, V da C. F ).
 
	Art. 5º, inciso LXXIII – promoveu uma ampliação dos casos de cabimento da Ação Popular, incluindo à ofensa, à moralidade administrativa. 
	
Art. 14, parágrafo 9º – A fim de proteger a probidade administrativa e a moralidade para o exercício do mandato, considerada a vida pregressa do candidato, ....
	
	A imoralidade administrativa produz efeitos jurídicos, porque acarreta a sua invalidade que pode ser decretada tanto pelo judiciário como pela Administração. (Zanella – p. 70 a 71)
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DO SERVIÇO PÚBLICO
 
	Porque a atividade da Administração Pública é ininterrupta?
	Porque os anseios da coletividade, os desejos dos administrados são ininterruptos. As atividades da Administração Pública são essenciais para a coletividade.
 
	Assim, os serviços de segurança pública, de distribuição de justiça, de saúde, de combate ao incêndio não pode ser interrompido.
PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA
 
A lei 9.784/99 determina em seu art. 1º, que ao se interpretar a norma administrativa (inciso XIII, parte final, do § único do art. 1º) é expressamente proibido a aplicação retroativa de nova interpretação.
	
O princípio da segurança jurídica revela-se em diversos institutos do direito como: a prescrição, a decadência, da irretroatividade da lei, do direito adquirido.
 
PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA
A segurança jurídica, como preleciona Bandeira de Mello, coincide como uma das mais profundas aspirações do homem: a segurança em si mesma, a da certeza possível em relação ao que o cerca, sendo esta uma busca permanente do ser humano (Bandeira. p. 119).
PRINCÍPIO DA IGUALDADE
 	
O art. 5º, caput da Constituição prescreve que todos são iguais perante a lei.
	
	
A Administração Pública deve tratar a todos igualmente, seja, quando concede benefícios, isenções ou confere vantagens, assim como, multas, sanções, agravos, etc.
 
	
Todas as pessoas têm o direito de receber da Administração o mesmo tratamento. 
 
		
			
Fundamentos legais:
Art. 3º, III e IV
Art. 5, I e 7º, XXX e XXXI
PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO
 
	Compete a Administração Pública motivar os atos administrativos, dizendo quais são as razões de fato (pressuposto de fato) e de direito (pressuposto de direito) que levaram a Administração a proceder daquele modo.
PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO
A motivação deve ser:
- prévia ou contemporânea e não após a realização do ato.
Ou seja, a motivação pode ser feita de forma a declarar a concordância com fundamentos em pareceres, informações, decisões ou proposta, que nesse caso são partes integrantes do ato (Art. 50, §1º).
 
PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO
	A motivação das decisões dos órgãos colegiados ou de decisões orais deve constar de ata ou de termo escrito (Art. 50, § 3).
	
	Na solução de vários assuntos da mesma natureza pode ser utilizado meio mecânico que reproduz os fundamentos da decisão, desde que isso, não prejudique direitos ou garantias do interessado ( Art. 50, § 2º) 
 
	A motivação é obrigatória para a assegurar a garantia da ampla defesa e do contraditório previsto pelo art. 5º, LV da C.R.
 
	Não é a chancela da autoridade que valida o ato e o torna respeitável e obrigatório. É a legalidade a pedra de toque de todo ato administrativo.	
PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO
O fundamento Constitucional da obrigação de motivar está implícito no:
 
Art. 1º, II, visto que a cidadania consiste num fundamento da República;
No parágrafo único de que todo o poder emana do povo, como ainda no art. 5º, XXXV que assegura o direito à apreciação judicial nos casos de ameaça ou lesão de direito.
TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES
Se a Administração, quer quando obrigatório, quer quando facultada, motivar o ato administrativo, a Administração estará vinculada a esses motivos determinantes.
	Se os motivos forem falsos ou inexistirem o ato praticado é nulo.
PRINCÍPIO DA AUTOTUELA
É dever da A. Pública invalidar, espontaneamente ou mediante provocação, o próprio ato que foi realizado de forma contrária a sua finalidade, por ter sido inoportuno ou inconveniente, imoral ou ilegal.
	
Nessa direção emerge duasoportunidades do Controle dos Atos Administrativos:
Uma interna – pela própria Administração;
Outra externa – pelo Poder Judiciário
	
PRINCÍPIO DA AUTOTUELA
A Administração pode desfazer os seus atos:
	Por considerações de mérito;
	Por considerações quando a ilegalidade do ato.
	
Poder Judiciário ao examinar os atos praticados pela Administração - Controle Judiciário – só pode fazê-lo em relação a sua legalidade.
	
Súmula 473 do STF “ A Administração pode anular seus próprios atos quando eivados de vícios que os tornam ilegais, ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvadas, em todos os casos, a apreciação judicial”.
	
	A revogação é o desfazimento do ato por motivo de conveniência ou oportunidade ao passo que a invalidação ou anulação se faz por motivo de ilegalidade do ato Administrativo.
PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA
	
A atividade administrativa deve ser exercido com presteza, perfeição e rendimento funcional.
	
	Dec. Lei n 200/67, que diz:
	
1 - Submete toda a atividade do executivo ao controle de resultados – arts. 13 e 25, V, fortalece o sistema de mérito (art. 25, VIII).
2 – Sujeita a Administração Indireta a supervisão ministerial quanto à eficiência administrativa (art. 26, III);
	
3 – Recomenda a demissão ou dispensa do servidor comprovadamente ineficiente ou desidioso (Art. 100).
	
PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA
O art. 41 da C.F permite a demissão ou dispensa do servidor estável mediante procedimento de avaliação de desempenho, na forma da lei complementar.
	
Estabelece como condição para a aquisição da estabilidade, à avaliação especial de desempenho por Comissão instituída para essa finalidade.
	
O que é eficiência funcional?
	A eficiência é vista em sentido amplo – abrangendo não só a produtividade do exercente do cargo ou da função como a perfeição do trabalho e sua adequação técnica aos fins visados pela Administração.
	Cabe a Administração avaliar os resultados, confrontar o desempenho e aperfeiçoar o seu pessoal através de seleção e treinamento.
 
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
Todos os atos da Administração devem ser publicados?
	
R: Não. O pedido de retificação de dados Art. 5º, LXXII, B. As atividades relacionadas com a segurança nacional (art. 5º, XXXIII, da C.F), os atos relacionados a determinados processos disciplinares não são publicados.	
	
A autoridade competente deve nos casos de impossibilidade de publicação dos atos administrativos, declará-los sigiloso de forma prévia e deve motivar o ato declaratório – O sigilo deve ser declarado.
	
Regra: A Administração deve divulgar oficialmente os atos administrativos. O dever tem caráter mandamental.
	
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
Uma vez declarado o sigilo, quem pode ter acesso aos processos ou seja, quem pode ter vistas, quem pode examiná-los?
Os interessados e seus procuradores;
Os servidores e/ou empregados que devem atuar nos processos, ou seja, a parte administrativa que trabalha diretamente vinculada a uma Comissão ou responsáveis por um trabalho em determinado Setor.
Para quaisquer outras pessoas esses atos são vedados.
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
O sigilo é um privilégio do Executivo?
	Não é um privilégio do Poder Executivo, o segredo de justiça – ocorre no âmbito do Poder Judiciário – Art. 155 do CPC e no art. 5º, LX da C.F.
Base legal do Princípio da Publicidade:
Lei n 8.159, de 08 de janeiro de 1991 e o Decreto nº 2134 de 24.01.1997 – sigilo dos atos administrativos.
Art. 5º, XXXIII;
Art. 2º, parágrafo único, da lei Federal nº 9.784/99;
Medida Provisória nº 228, de 09/12/2004;
Lei Federal nº 11.111, de 05/05/2005 – que regulamenta o acesso aos documentos públicos de interesse particular ou de interesse coletivo ou geral.
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
Como a Administração dá conhecimento de seus atos?
	Através da publicação, ou se isso não for possível, expedirá uma certidão, tornando os seus atos transparentes.
	
Quais são os efeitos da publicação oficial?
presumir o conhecimento dos interessados em relação ao comportamento da Administração Pública direta, indireta e fundacional.
desencadear o decurso dos prazos de interposição de recursos.
	
marcar o início dos prazos de decadência e prescrição.
Impedir a alegação de ignorância em relação ao comportamento da Administração Pública direta ou indireta.
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
Onde deve ser feita a publicação da Administração?
	A publicação deve ser feita no Órgão Oficial.
	
Quem é o Órgão Oficial?
	R: o Órgão Oficial é o Jornal, público ou privado, destinado a publicação dos atos estatais.
	
	
Todos os atos da Administração devem ser divulgados no Diário Oficial da União?
	Não. Porque os atos declarados sigilosos não são divulgados;
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
1) A aplicabilidade do princípio da publicidade dos atos administrativos não pode ser desvirtuado.
	
	
2) Não se comete a infração com a colocação dos nomes das autoridades públicas responsáveis por determinada obra em placa alusiva à sua inauguração ou com a colocação de fotos de autoridades em galerias especialmente criadas, a exemplo das Galerias dos ex-Prefeitos. 
3) As sociedades de economia mista se subordinam ao princípio da publicidade?
	A regra é não. Porém se essas sociedades estiverem prestando serviço público, estão sujeitas à publicidade dos atos. 
	Assim, só não submeteram a esse princípio se atuarem na qualidade de interventoras da atividade econômica, em consonância ao Art. 173 do C.F.
ABRANGÊNCIA DO PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
A publicidade abrange toda a atuação estatal, não só sob o aspecto de divulgação oficial de seus atos, como, também deve dar conhecimento da conduta interna de seus agentes.
	Nesse sentido, a publicidade atinge:
Os atos concluídos e em formação;
Os processos em andamento;
Os pareceres dos órgãos técnicos e jurídicos;
Os despachos intermediários e finais;
Os atos de julgamentos das licitações;
Os contratos com quaisquer interessados;
Os comprovantes de despesas e as prestações de contas submetidas aos órgãos competentes.
PUBLICIDADE X PROCESSO ADMINISTRATIVO
A Lei n.9.784/99 que trata do processo administrativo determina que a intimação do interessado para ciência da decisão ou efetivação de diligência, pode ser efetuada.
por ciência no processo;
por via postal com aviso de recebimento;
por telegrama ou por outro meio que assegure a certeza de sua ciência.
 
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
A publicação oficial, só é permitida, no caso de interessado indeterminado, desconhecido ou com domicílio indefinido, em conformidade com o art. 26 e seus §§ 3º e 4º.
	
	“as intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições legais, mas o seu comparecimento supre a sua falta ou irregularidade (art. 26 e seu § 5).
	
EFEITOS DA NÃO PUBLICIDADE
E se a Administração não der a publicidade necessária, O QUE ACONTECE? 
1) Os atos deixam de produzir os seus efeitos regulares:
2) Serão esses atos considerados inválidos por ausência dos requisitos de eficácia e moralidade. Não podem ser convalidados.
3) Sem a publicação não fluem os prazos para impugnação administrativa ou anulação judicial, quer o de decadência para impetração do mandado de segurança que é de 120 dias da publicação, que o de prescrição, com a ação que for cabível.

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