Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Introdução à Cinesioterapia Prof. Marcelo Grandini Spiller Cinesioterapia Fisioterapia Cinesioterapia Termo originário da cinemática – parte da física que estuda o movimento que, associado a terapia fornece a definição da terapia pelo movimento. Corpo humano: formado por vários tipos de alavancas e, a partir das ações osteomioarticulares, realizam-se os mais variados tipos de movimentos (alguns de extrema simplicidade e outros muito sofisticados). Doenças Neurológica, cardiovascular, reumatológica, óssea, pulmonar, traumas de diversas etiologias; Indivíduo deixa de realizar movimentos de forma parcial ou até mesmo total, perdendo sua funcionalidade, sua autonomia como pessoa. Fisioterapia: por meio dos conhecimentos de cinemática, cinesiologia e biomecânica, utiliza de forma fundamental a terapia por movimento ou o movimento terapêutico para a recuperação funcional do indivíduo, sempre pensando de forma ampla e não só na sequela apresentada. Exercício Terapêutico “O exercício terapêutico é uma das ferramentas chave que um fisioterapeuta usa para restaurar e melhorar o bem estar musculoesquelético ou cardiopulmonar do paciente” (KISNER & COLBY, 1998). Exercícios Terapêuticos Passivos O fisioterapeuta realiza os movimentos perdidos pelo paciente, pois nessa fase o paciente não consegue realizá-los; É uma parte inicial do tratamento, mas importante para que o paciente não perca trofismo, mantenha o comprimento das fibras musculares, não perca o movimento articular e mantenha o estímulo cortical do movimento a ser recuperado. Exercícios Terapêuticos Ativo Assistidos O paciente já apresenta algum vestígio real do movimento, mas não consegue realizá-lo de forma independente, utilizando compensações com outros movimentos e/ou posturas, além de realizá-los com incoordenação muitas vezes; O fisioterapeuta realiza o movimento junto com o paciente, não deixando de estimulá-lo a participar e controlando a coordenação e velocidade necessárias à sua realização. Exercícios Terapêuticos Ativo-Livres O paciente consegue realizar o movimento de forma independente na sua totalidade, sem a participação do fisioterapeuta. Dependendo dos objetivos do exercício, podem ser trabalhados: resistência à fadiga, fortalecimento, isometria, além de coordenação motora e equilíbrio associados. Exercício Terapêutico Ativo-Resistidos O paciente consegue realizar os movimentos de forma independente, mas há necessidade de melhorar resistência à fadiga e força muscular; Para isso é avaliada a capacidade do músculo para a realização dos movimentos contra resistência, sendo esta mensurada em maior ou menor quantidade de acordo com o objetivo a ser alcançado. Relaxamento e Inibição no preparo do Alongamento Manipulações utilizadas para aliviar dor, tensão muscular e disfunções físicas associadas, incluindo cefaléias por tensão, e sobrecargas respiratórias; Essas manipulações são realizadas pelo fisioterapeuta independentemente da fase evolutiva de qualquer tratamento cinesiológico. Exercícios de Alongamento As técnicas de alongamento visam à manutenção da amplitude reduzida, sendo feito de forma passiva e/ou ativa. Mecanoterapia Utilização de aparelhos e/ou utensílios que oponham resistência aos movimentos solicitados; Halteres de ferro com pesos graduados, caneleiras de resistência gradual (0,5Kg até 5Kg). Mesa para extensão de joelho com carga progressiva e flexão de perna sobre coxa; Aparelhos fixos para movimentos de braço e coxa contra resistência progressiva; Bicicletas ergométricas estacionárias com resistência gradual . Esteira com velocidade gradual e inclinação progressiva, indo da marcha até a corrida; Barras paralelas (com e sem obstáculos): utilizadas para treinamento de marcha e coordenação; Escadas com dois tipos de degraus – utilizadas no treinamento de subida e descida de escadas com dois níveis de dificuldade em função da altura e profundidade dos degraus. Alongamento As técnicas de alongamento visam à manutenção da amplitude reduzida, sendo feito de forma passiva e/ou ativa. Métodos de Manipulação Articular e Miofascial (Fáscia Muscular) Existem atualmente várias abordagens metodológicas que visam essencialmente à melhora de dores localizadas e difusas, assim como alterações posturais em função de desequilíbrios osteomioarticulares – Cyriax, Maitland, Osteopatia, Fibrólise percutânea (Crochetagem), Pompage, trações (cervical, torácica, lombar); Reeducação Postural Desequilíbrios das cadeias musculares levam a alterações das curvaturas da coluna vertebral no sentido antero-posterior e/ou lateral; Em outras situações, problemas ósseos são os causadores de alterações nessas mesmas cadeias, levando também a alterações posturais e desequilíbrios das cinturas pélvica e escapular, assim como encurtamento de membros inferiores. As alterações posturais podem trazer consequências ao sistema cardiovascular e respiratório, além das dores e limitação funcional, muitas vezes, graves. Reeducação Postural Tradicional São utilizados os mesmos princípios da cinesioterapia associados a posicionamentos corporais e auxílio de utensílios com o objetivo de retorno à postura prévia com a remissão de dores e transtornos funcionais. São aplicáveis a situações de desequilíbrio como escoliose, hipercifose, hiperlordose, cifoescoliose; Reeducação Postural Global Philippe Souchard : idealizou um método denominado “do campo fechado” no qual são utilizados os princípios das cadeias musculares associadas a posturas de correção, sempre com a participação fundamental do trabalho respiratório do diafragma, principal músculo inspiratório. Tipos de Contrações Musculares que Influenciam na Cinesioterapia Contração Isotônica Na contração isotônica, a força gerada pelo músculo é superior à proporcionada pela força de gravidade e à resistência dos segmentos esqueléticos nos músculos aos quais está unido, o que provoca a contração do músculo e a sua consequente aproximação ao segmento esquelético que movimenta; Ocorre quando há, associada a uma contração muscular, uma alteração em seu comprimento; Pode ser CONCÊNTRICA OU EXCÊNTRICA; Contração Isotônica CONCÊNTRICA Quando há durante a contração uma diminuição no comprimento muscular com aproximação das peças ósseas por ele unidas. Contração Isotônica EXCÊNTRICA Quando há durante a contração um aumento no comprimento muscular com afastamento das peças ósseas por ele unidas. O exercício excêntrico proporciona em relação ao concêntrico: - Aumento da capacidade produtora de força - Aumento da eficiência - Aumento da P.A - Maior risco de microtraumas. Contração Isométrica Na contração isotônica, a força gerada pelo músculo é superior à proporcionada pela força de gravidade e à resistência dos segmentos esqueléticos nos músculos aos quais está unido, o que provoca a contração do músculo e a sua consequente aproximação ao segmento esquelético que movimenta; Ocorre quando há, associada a uma contração muscular, uma alteração em seu comprimento; Pode ser CONCÊNTRICA OU EXCÊNTRICA; Contração Isométrica O músculo se contrai e produz força sem uma mudança apreciável no seu comprimento e sem movimento articular visível; O treinamento isométrico é um meio viável de melhorar a força muscular. Contração Isocinética O músculo encurta contra uma resistência cooperante igualada com a força produzida pelo músculo e requerem uma velocidade constante durante toda a amplitude do movimento; Quanto mais lenta for a velocidade do movimento isocinético, maior será o ganho em força e endurance (resistência) FIM
Compartilhar