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TRABALHO DO LIVRO OS SERTÕES, EUCLIDES DA CUNHA

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O Pré-modernismo
O Pré-modernismo foi um período literário brasileiro, que marca a transição entre o simbolismo e o modernismo e o movimento modernista seguinte, no qual teve início no começo do século XIX e perdurou até 1922, quando foi realizada a Semana da Arte Moderna.
O Pré-modernismo não foi uma ação organizada nem um movimento e por isso deve ser entendido como fase. Não possui muitos representantes, mas conta com nomes de imenso valor para a literatura brasileira que formaram a base dessa fase. Esses autores usavam muito o formalismo, não deixando também de mostrar inconformismo com os aspectos políticos e sociais. Um dos maiores autores do pré-modernismo, foi Euclides da Cunha.
Biografia do autor
Euclides da Cunha (1866-1909) nascido no Rio de Janeiro, foi um escritor, jornalista, professor e poeta brasileiro, autor da obra "Os Sertões". Foi enviado como correspondente ao Sertão da Bahia, pelo jornal O Estado de São Paulo, para cobrir a guerra no município de Canudos. Seu livro "Os Sertões", narra e analisa os acontecimentos da guerra. 
Ele considerava, como muitos republicanos dessa época, que o movimento de Antônio Conselheiro tinha a pretensão de restaurar a monarquia. Ele era apoiado por monarquistas residentes no país e no exterior. Euclides deixou Canudos quatro dias antes do fim da guerra, não chegando a presenciar o desenlace final, mas conseguiu reunir material para, durante cinco anos, elaborar a obra Os sertões: campanha de Canudos (1902).
A obra
Em Os sertões, Euclides da Cunha usou uma linguagem grandiloquente e rica em termos científicos, apresentou nessa obra, no qual o tema principal é a Guerra de Canudos, um verdadeiro retrato do Brasil no fim do século XIX, discutiu problemas que transcendem o conflito que ocorreu no interior da Bahia.
A obra narrativa mistura literatura, sociologia, filosofia e história, geografia, geologia, antropologia, por isso sua preciosidade e grandiosidade. O autor, adepto do determinismo, teoria que afirma ser o homem influenciado pelo meio, pela raça e pelo momento histórico, dividiu Os sertões em três partes: A terra (o meio), O homem (a raça) e A luta (o momento).
Resumo da obra
A primeira parte, A Terra, descreve o cenário em que se desenrolou a ação. Euclides da Cunha, num apanhado geral, estudou os caracteres geológicos e topográficos de modo particular, a bacia do rio São Francisco. Nos sertões do norte, fala sobre a seca, das causas da mesma, dando relevo especial ao papel do homem como agente geológico da destruição, que ao praticar desde os tempos mais remotos a agricultura primitiva baseada em queimadas, arrasou as florestas. Os desertos, a erosão, o ciclo das secas terríveis vieram em seguida.
A segunda parte, O Homem, completa a descrição do cenário com a narrativa das origens de Canudos. Ali Euclides da Cunha estudou a gênese do jagunço e, principalmente, a de seu líder carismático, Antônio Conselheiro. Falou de raças (índio, português, negro), e de sub-raças (que indica com o nome "mestiço"). Em O Homem o autor caracterizou o sertanejo como "Hércules-Quasímodo", usando antíteses e paradoxos. Preparando o ambiente para os episódios de Canudos, Euclides da Cunha expôs a genealogia de Antônio Conselheiro, suas pregações e a fixação dos sertanejos no arraial de Canudos.
A Luta é uma descrição feita pelo jornalista, relatando as quatro expedições a Canudos, criando o retrato real só possível pela testemunha ocular da fome, da peste, da miséria, da violência e da insanidade da guerra. Retratando minuciosamente o movimento de tropas, o autor constantemente se prende à individualidade das ações e mostra casos isolados marcantes que demonstram bem o absurdo de um massacre que começou por um motivo tolo – Antônio Conselheiro reclamando um estoque de madeira não entregue – escalou para um conflito onde havia paranóia nacional pois suspeitava-se que os “monarquistas” de Canudos, liderados pelo “famigerado e bárbaro Bom Jesus Conselheiro” tinham apoio externo. No final, foi apenas um massacre violento onde estavam todos errados e o lado mais fraco resistiu até o fim com seus derradeiros defensores – um velho, dois adultos e uma criança.
Curiosidades 
Entre 1898 e 1901, Euclides viveu na cidade de São José do Rio Pardo, onde trabalhava na reconstrução de uma ponte, utilizando suas horas vagas para escrever sua obra-prima Os Sertões. Em comemoração disto realiza-se anualmente, entre 9 e 15 de agosto, a Semana Euclidiana, em que a cidade atrai turistas apresentando-se como O berço de Os Sertões.
O livro Os Sertões foi terminado e publicado quando o escritor vivia em São Carlos, onde foi chefe do Distrito de Obras Públicas entre 1901 e meados de 1903. Em sua homenagem, também nesta cidade celebra-se anualmente uma Semana Euclidiana.
A cidade de Cantagalo, naturalidade de Euclides, também mantém viva a memória de Euclides através de eventos e um museu dedicado a Euclides e suas obras. Em 2009, ano do centenário de sua morte, realizou-se o "Seminário Internacional 100 anos sem Euclides" em Cantagalo. No ano seguinte, foi fundado o "Ponto de Cultura Os Sertões do Seu Euclides", que conta com o "Cineclube da Cunha" e o "Arquivo de memória Amélia Tomás", braços do Projeto 100 Anos Sem Euclides.
 Mesmo sem a presença de seu autor, Euclides da Cunha, a primeira edição de Os Sertões foi lançada pela Livraria Laemmert. O autor, envergonhado diante de 80 erros de português que encontrou em cada uma das mil cópias impressas, viajou com destino ignorado temendo um vexame. Estava enganado. Os Sertões vendeu a metade da edição em apenhas oito dias. A obra traça um retrato jornalístico do que foi a Guerra de Canudos, que o autor trata como um ato criminoso. Euclides da Cunha passou cinco anos escrevendo o livro, cuja primeira edição pagou de seu bolso, um custo equivalente a dois meses de seu salário. O investimento deu lucro, como atesta o comentário do crítico Silvio Romero: “Se pode dizer que se deitou obscuro e acordou célebre, com a publicação do livro”.
Nome: Karen Vieira
Professora: Cássia
Turma: 2003
Tema: Os Sertões, Euclides da Cunha

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