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Economia A1 Mario Rodarte (FACE/Cedeplar/UFMG) 9. Comércio Internacional Economia A1 Mario Rodarte (FACE/Cedeplar/UFMG) Matriz teórica sobre o comércio internacional • As primeiras (e fundamentais) contribuições teóricas sobre o comércio internacional são: – Adam Smith: Teoria das Vantagens Absolutas – David Ricardo: Teoria das Vantagens ComparaFvas. Primeiramente, contudo, devemos relembrar de dos conceitos da microeconomia referente ao excedente do produtor e do consumidor. Economia A1 Mario Rodarte (FACE/Cedeplar/UFMG) • Excedente do consumidor individual é o ganho líquido que o comprador individual alcança com a compra de um bem. É igual a diferença entre o preço que esse indivíduo esta disposto a pagar e o preço que ele realmente compra o bem. • Excedente do consumidor total é a soma dos excedentes do consumidor individuais de todos os compradores de um bem. Excedente do consumidor e curva de demanda Economia A1 Mario Rodarte (FACE/Cedeplar/UFMG) Excedente do consumidor O excedente do consumidor a este preço é igual à área sombreada: a área por baixo da curva de demanda, mas acima do preço. Economia A1 Mario Rodarte (FACE/Cedeplar/UFMG) Excedente do produtor e curva de oferta O custo de um vendedor potencial é o preço mais baixo ao qual ele está disposto a vender um bem. O excedente do produtor individual é o ganho líquido de um vendedor ao vender um bem. Ele é igual à diferença entre o preço recebido e o custo do vendedor. Excedente do produtor total em um mercado é a soma dos excedentes do produtor individuais de todos os vendedores de um bem. Economia A1 Mario Rodarte (FACE/Cedeplar/UFMG) Excedente do produtor O excedente total do produtor a partir da venda de um bem a um determinado preço é igual à área acima da curva de oferta, mas abaixo do preço. Economia A1 Mario Rodarte (FACE/Cedeplar/UFMG) Excedente total Economia A1 Mario Rodarte (FACE/Cedeplar/UFMG) Equilíbrio de uma economia fechada Economia A1 Mario Rodarte (FACE/Cedeplar/UFMG) Equilíbrio de mercado exportador Economia A1 Mario Rodarte (FACE/Cedeplar/UFMG) Equilíbrio de mercado exportador Economia A1 Mario Rodarte (FACE/Cedeplar/UFMG) Equilíbrio de mercado importador Economia A1 Mario Rodarte (FACE/Cedeplar/UFMG) Equilíbrio de mercado importador Economia A1 Mario Rodarte (FACE/Cedeplar/UFMG) Teoria das Vantagens Absolutas de Adam Smith Suposições do modelo: • 2 países (EUA e Inglaterra); • 2 produtos (tecido e trigo); • 1 fator de produção (trabalho). • Países possuem diferentes níveis de avanço tecnológico e diferente ferFlidade de terra, o que determina níveis diferenciados de produFvidade, conforme se observa no quadro a seguir: Economia A1 Mario Rodarte (FACE/Cedeplar/UFMG) Teoria das Vantagens Absolutas - Tabela de produtividade - Eua Inglaterra Trigo (em alqueire por homem/hora) 6 1 Tecido (em metro por homem/hora) 4 5 Economia A1 Mario Rodarte (FACE/Cedeplar/UFMG) Teoria das Vantagens Absolutas Caso EUA e Inglaterra negociassem um termo de troca de 6 alqueires de trigo por 6 metros de tecido, pergunta-‐se: 1. Qual país exportaria e importaria tecido e trigo? 2. O comércio seria benéfico para ambos? 3. Quais os ganhos desse comércio? O comércio esFmula a especialização da produção? Economia A1 Mario Rodarte (FACE/Cedeplar/UFMG) Teoria das Vantagens Absolutas de Adam Smith • Para responder a essas questões é necessário fazer o seguinte cálculo: • EUA exporta trigo e importa tecido. Assim, trocando 6 por 6, teríamos: – Exportação: 6 a. de tr./6 a. de tr. por h/h = -‐1 h/h – Importação: 6 m. de tec./4 m. tec. por h/h = + 1,5 h/h • Resultado: EUA ganham 0,5 h/h, que se for empregado na produção de trigo, geraria 3 alqueires a mais. Economia A1 Mario Rodarte (FACE/Cedeplar/UFMG) Teoria das Vantagens Absolutas de Adam Smith • Inglaterra importa trigo e exporta tecido. Assim, trocando 6 por 6, teríamos: – Exportação: 6 m. de tec./5 m. de tec. por h/h = -‐1,2 h/h – Importação: 6 a. de tr./1 a. tr. por h/h = + 6 h/h • Resultado: Inglaterra ganha 4,8 h/h, que se for empregado na produção de tecido, geraria 24 metros de tecido a mais. • Concluindo: comércio é benéfico para os dois países. Economia A1 Mario Rodarte (FACE/Cedeplar/UFMG) Teoria das Vantagens Comparativas de David Ricardo Com as mesmas suposições do modelo de Adam Smith, poderia haver ganho mútuo se um país fosse mais produFvo que o seu país vizinho em todos os produtos? Analise o quadro a seguir: Economia A1 Mario Rodarte (FACE/Cedeplar/UFMG) Teoria das Vantagens Comparativas - Tabela de produtividade - Eua Inglaterra Trigo (em alqueire por homem/hora) 6 1 Tecido (em metro por homem/hora) 4 2 Economia A1 Mario Rodarte (FACE/Cedeplar/UFMG) Teoria das Vantagens Comparativas de David Ricardo • Para responder a essas questões é necessário fazer o seguinte cálculo: • EUA exporta trigo e importa tecido. Assim, trocando 6 por 6, teríamos: – Exportação: 6 a. de tr./6 a. de tr. por h/h = -‐1 h/h – Importação: 6 m. de tec./4 m. tec. por h/h = + 1,5 h/h • Resultado: EUA ganham 0,5 h/h, que se for empregado na produção de trigo, geraria 3 alqueires a mais. Economia A1 Mario Rodarte (FACE/Cedeplar/UFMG) Teoria das Vantagens Comparativas de David Ricardo • Inglaterra, em resposta aocomportamento dos EUA, passa a importar trigo e exportar tecido. Assim, trocando 6 por 6, teríamos: – Exportação: 6 m. de tec./2 m. de tec. por h/h = -‐3 h/h – Importação: 6 a. de tr./1 a. tr. por h/h = + 6 h/h • Resultado: Inglaterra ganha 3 h/h, que se for empregado na produção de tecido, geraria 6 metros de tecido a mais. • Concluindo: comércio é benéfico para os dois países. Economia A1 Mario Rodarte (FACE/Cedeplar/UFMG) Teoria das Vantagens Comparativas de David Ricardo • No mundo atual, segundo Paul Krugman, a teoria das Vantagens ComparaFvas explica, em grande medida, os fluxos comerciais internacionais. De modo especial, isso se acentuou a parFr da década de 90, com a globalização. • A parFr dessa ideia, qualquer medida de contenção ao comércio internacional poderia ser nocivo ao crescimento da riqueza das nações, não? Veja as demonstrações gráficas do Mankiw para políFca de tarifas e de quotas de importação. Economia A1 Mario Rodarte (FACE/Cedeplar/UFMG) Economia A1 Mario Rodarte (FACE/Cedeplar/UFMG) Economia A1 Mario Rodarte (FACE/Cedeplar/UFMG) Argumentos a favor da restrição ao comércio internacional • Comércio elimina empregos; • Argumento da segurança nacional; • Proteção à indústria nascente (ou em processo de reestruturação); • Concorrência desleal (dumping social, etc.); • Proteção como instrumento de barganha. Economia A1 Mario Rodarte (FACE/Cedeplar/UFMG) Modelo H-‐O Economia A1 Mario Rodarte (FACE/Cedeplar/UFMG) Origem do pensamento estruturalista -‐ Cepal CEPAL: Comissão Econômica para a América LaFna – criada em 1948, com sede em SanFago do Chile – órgão de pesquisa da ONU. Economia A1 Mario Rodarte (FACE/Cedeplar/UFMG) DiagnósFco do comércio internacional Comércio internacional fortalecia (ao invés de diminuir) as diferenças estruturais entre países industrializados (centro) e os primário-‐ exportadores (periferia) devido ao processo de “deterioração dos termos de intercâmbio” (DTI), ou seja, devido à perda progressiva de poder de compra dos países primário-‐exportadores no comércio internacional. Economia A1 Mario Rodarte (FACE/Cedeplar/UFMG) Razões da DTI: 1. Diferença das elasFcidades-‐renda entre os bens industrializados e os primários; 2. Evolução cíclica da economia; 3. Diferenças do efeito da produFvidade sobre salários entre centro e periferia. Economia A1 Mario Rodarte (FACE/Cedeplar/UFMG) Recomendação da teoria estruturalista para a periferia: “A saída para essa situação reside, segundo a CEPAL, na implementação de uma políFca deliberada de desenvolvimento industrial, que promova a reforma agrária, melhore a alocação dos recursos produFvos e impeça a evasão da produFvidade. Trata-‐se de reverter o eixo básico da economia, até então voltada ‘para fora’, para o desenvolvimento voltado ‘para dentro’, ou seja, baseado na industrialização para o mercado interno” (MANTEGA, pág. 39). Economia A1 Mario Rodarte (FACE/Cedeplar/UFMG) Formas de corrigir as distorções estruturais de centro e periferia: • Industrialização pelo “Processo de SubsFtuição de Importações”; • Intervenção do estado no processo de acumulação de capital; • Planejamento econômico, com órgãos competentes (Ex.: SUDENE); • Nacionalismo.
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