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ESTUDO DIRIGIDO 5 MÓDULO 1 1 Bioquímica Enzimas 1) Defina enzimas. As enzimas são fundamentais para qualquer processo bioquímico. Elas são polímeros biológicos de natureza proteica, altamente especializadas para atuar como catalisadores em reações químicas do corpo. Elas tem um alto grau de especificidade por seus substratos, aceleram as reações químicas de uma maneira formidável e funcionam em soluções aquosas sob condições muito suaves de temperatura e pH. 2) Cite 3 características das enzimas. As enzimas são proteínas específicas tanto para o tipo de reação a qual participam quanto para o substrato ao qual se ligam. Isso permite um alto controle celular das diversas reações que ocorrem simultaneamente. Nessas reações, elas não são consumidas, nem alteradas permanentemente, assim como só funcionam em soluções aquosas dentro de faixas determinadas de pH e temperatura. 3) O que é um cofator? Cite 5 exemplos de enzimas com cofatores. Algumas enzimas requerem um componente químico adicional para se ligarem aos substratos denominados cofatores, as quais ampliam o espectro de capacidades catalíticas. Os cofatores se ligam de maneira transitória e dissociável e exercem a função de facilitar a ligação e orientação dos substratos, a formação de ligações covalente com intermediários da reação ou interação com substratos para torná-los mais eletrofílicos ou nucleofílicos. Alguns elementos inorgânicos que servem como cofatores das enzimas Cofator Enzima Cu2+ Citocromo oxidase Fe2+ ou Fe3+ Citocromo oxidase, catalase, peroxidase K+ Piruvato quinase Mg2+ Hexoquinase, glicose-6-fosfatase, piruvato quinase Zn2+ Anidrase carbônica, desidrogenase alcoólica, carboxipeptidases A e B ESTUDO DIRIGIDO 5 MÓDULO 1 2 4) O que são coenzimas. Cite 5 exemplos dos grupos químicos com os respectivos percussores. As coenzimas também são componentes químicos que auxiliam as enzimas. Elas servem como transportadores transitórios de grupos funcionais específicos, que transportam muitos substratos do seu ponto de geração ao ponto de utilização. As coenzimas também possuem a função de estabilizar os substratos. Algumas coenzimas que servem como carregadores transientes de átomos específicos ou grupos funcionais Coenzima Exemplos de grupos químicos transferidos Precursor dietético em mamíferos Biocina CO2 Biotina Coenzima A Grupos acila Ácido pantotênico Flavina adenina dinucleotídeo Elétrons Riboflavina (vitamina B2) Nicotinamida adenina dinucleotídeo Íon hidreto (H+) Ácido nicotínico Tiamina pirofosfato Aldeídos Tiamina (vitamina B1) 5) Como se dá a classificação das enzimas? Cite todas as classes com os tipos de reação correspondente. A classificação das enzimas é feita de acordo com o tipo e mecanismo de reação. Assim, padronizou-se a classificação das enzimas em 6 classes: Classificação internacional das enzimas Nº Classe Tipo de reação catalisada 1 Oxirredutases Transferência de elétrons (íons hidretos ou átomos de H) 2 Transferases Reações de transferência de grupos 3 Hidrolases Reações de hidrólise (transferência de grupos funcionais para a água) 4 Liases Adoção de grupos às duplas ligações ou formação de duplas ligações por meio de remoção de grupos 5 Isomerases Transferência de grupos dentro da mesma molécula para formar isômeros 6 Ligases Formação de ligação do tipo C-C, C-S, C-O e C-N por meio de reações de condensação acopladas à quebra de ATP Exemplificando, o nome sistemático formal da enzima que catalisa a reação: ATP + D-glicose → ADP + D-glicose-6-fosfato é ATP-glicose fosfotransferase, indicando que ela catalisa a transferência de um grupo fosfato do ATP para a glicose. ESTUDO DIRIGIDO 5 MÓDULO 1 3 6) Qual a vantagem da utilização das enzimas? A catálise enzimática das reações é essencial para os sistemas vivos. Sob condições biológicas relevantes, as reações não catalisadas tendem a ser lentas. Além disso, muitas reações bioquímicas comuns envolvem eventos químicos que são desfavoráveis ou improváveis no ambiente celular, tais como a formação de intermediários carregados ou a colisão de duas ou mais moléculas com a orientação precisa necessária para que ocorra a reação. Sem a catálise, reações necessárias à manutenção de atividades básicas do organismo não ocorrem, visto que são enzimas que propiciam um ambiente específico para uma reação energeticamente mais favorável. 7) O que é um sítio ativo. As enzimas possuem um ambiente específico onde uma dada reação é energeticamente mais favorável. A característica que distingue uma reação catalisada enzimaticamente é a de ela ocorrer no interior dos limites de uma cavidade na enzima chamada sítio ativo (ou centro ativo ou sítio catalítico). A molécula que se liga ao sítio ativo e sofre a ação da enzima é chamada substrato. A superfície do sítio ativo é contornada com resíduos de aminoácidos cujos grupos substituintes se ligam ao substrato e catalisam a sua transformação de forma específica. O complexo enzima-substrato é fundamental para a ação das enzimas 8) Defina estado fundamental. O ponto de partida, tanto para a reação de ida como para a reação reversa, é chamado estado fundamental e representa a contribuição de uma molécula típica (Substrato ou Produto) para a energia livre do sistema, em um dado conjunto de condições. ESTUDO DIRIGIDO 5 MÓDULO 1 4 9) Defina estado de transição. É o efêmero momento molecular no qual eventos como quebra de ligações, formação de ligações e desenvolvimento de cargas ocorrem em um ponto preciso, onde a decomposição para formar o substrato ou o produto é igualmente provável. 10) Defina energia de ativação. A diferença entre os níveis de energia do estado fundamental e do estado de transição é chamada energia de ativação (ΔG‡). A velocidade de uma reação reflete essa energia de ativação, isto é, uma energia de ativação alta corresponde a uma reação lenta. 11) De onde vem a energia de ativação? A energia de ativação vem das interações intermoleculares fracas (pontes de hidrogênio, interações hidrofóbicas etc) no complexo enzima-substrato, acompanhada de uma pequena liberação de energia livre, que é a energia de ligação. 12) O que é energia de ligação? É a energia derivada das interações magnéticas que se formam entre o substrato e a enzima no estado de transição. O seu significado vai além de uma simples estabilização da interação enzima-substrato. A energia de ligação (ΔGB) é a maior fonte de energia livre usada pelas enzimas para diminuir a energia de ativação das reações. Ela fornece a energia necessária para as catálises e é a responsável pela especificidade enzimática. 13) De onde vem a força que dirige a catálise enzimática? As interações fracas entre a enzima e o substrato fornecem essa força. De um modo geral, ela vem sob duas formas. A primeira é dada pelas ligações covalentes transitórias entre enzima e substrato que se formam apenas no estado de transição e ativam o substrato para a reação, ou, um grupo pode ser transferido transientemente do substrato para o grupo da enzima. A segunda forma é dada pelas ligações fracas não-covalentes entre o substrato e a enzima. 14) Quais são os tipos mais comuns de catálise? Catálise por proximidade Para que a reação ocorra, os reagentes devem aproximar-se um do outro segundo uma relação espacial adequada. ESTUDO DIRIGIDO 5 MÓDULO 1 5 Catálise por estiramento As enzimas que catalisam reações líticas comumente se ligam a seus substratos em uma conformação que é um tanto desfavorável para a ligação que irá sofrer clivagem. A tensão resultante estira ou distorce a ligação-alvo, enfraquecendo-a e tornando-a mais vulnerável à clivagem. Catálise covalente É aquela em que se forma ligação covalente transitória entre a enzima e o substrato. Essa ligação ativa o substrato para uma reação subsequente. Catálise por íons metálicos É dada pela ligação firme de metais com enzima. Essas interações podem ajudar a orientar o substrato para a reação ou estabilizar os estados de transição carregados eletricamente. Catálise ácido-base geral É dada pela transferência de prótons entre o intermediário e a água para estabilizar o intermediário, os quais, na forma instável, tendem a se transformar rapidamente em suas espécies reagentes, impedindo a reação. 15) Descreva a equação de Michaelis-Menten. De acordo com Leonor Michaelis e Maud Mentem, a velocidade inicial da reação é dada pelo produto da velocidade máxima da reação pela concentração do substrato, dividido pela soma entre a constante de Michaelis e a concentração substrato. 𝑉0 = 𝑉𝑚á𝑥 ∙ [𝑆] 𝐾𝑚 + [𝑆] 16) Defina Km. Turma A É a constante de Michaelis, a qual mede a concentração de substrato na qual a velocidade inicial é a metade da velocidade máxima acessível em uma concentração particular da enzima. O Km pode ser usado para indicar a afinidade da enzima pelo substrato. Quanto menor o Km, maior é a especificidade da enzima pelo substrato. ESTUDO DIRIGIDO 5 MÓDULO 1 6 17) Descreva a linearização da equação de Michaelis-Menten. A equação de Michaelis-Menten pode ser transformada algebricamente em equações que são mais úteis no tratamento gráfico dos dados experimentais. Uma transformação comum e obtida simplesmente invertendo-se os dois lados da equação de Michaelis-Menten: 𝑉0 = 𝑉𝑚á𝑥∙[𝑆] 𝐾𝑚+[𝑆] 1 𝑉0 = 𝐾𝑚+[𝑆] 𝑉𝑚á𝑥∙[𝑆] 1 𝑉0 = 𝐾𝑚 𝑉𝑚á𝑥 ∙ [𝑆] + [𝑆] 𝑉𝑚á𝑥 ∙ [𝑆] 1 𝑉0 = 𝐾𝑚 𝑉𝑚á𝑥∙[𝑆] + 1 𝑉𝑚á𝑥 18) Descreva os tipos de inibição enzimática. Os inibidores das enzimas são agentes moleculares que interferem com a catálise, diminuindo ou interrompendo as reações enzimáticas. Existem duas grandes classes de inibidores enzimáticos: reversíveis e irreversíveis. Inibição reversível O inibidor reversível forma um complexo instável com a enzima ou com o complexo enzima-substrato. Seu efeito pode ser revertido. A inibição reversível pode ser competitiva, incompetitiva ou mista. Inibição competitiva Um inibidor competitivo compete com o substrato pelo sítio ativo da enzima. Enquanto o inibidor (I) ocupar o centro ativo da enzima, ele impedirá a ligação do substrato. Os inibidores competitivos são compostos cujas estruturas moleculares lembram a do substrato e que se combinam com a enzima para formar um complexo enzima- inibidor, sem, contudo, propiciar a catálise. Até mesmo associações rápidas desse tipo afetarão negativamente a eficiência da enzima. y = ax + b ESTUDO DIRIGIDO 5 MÓDULO 1 7 Inibição incompetitiva Um inibidor incompetitivo se liga em um sítio diferente do sítio ativo do substrato, porém, diferentemente do inibidor competitivo, liga- se apenas ao complexo ES. Inibição mista Um inibidor misto também se liga a um sítio diferente do sítio ativo do substrato, mas ele pode se ligar tanto à enzima como a enzima- substrato. ESTUDO DIRIGIDO 5 MÓDULO 1 8 Inibição irreversível Os inibidores irreversíveis são aqueles que se combinam com um grupo funcional na molécula da enzima ou o destroem ou ainda formam uma associação covalente bastante estável. Uma classe especial de inibidores irreversíveis é a dos inibidores suicidas, que são compostos relativamente pouco ativos até se ligarem ao sítio ativo de uma enzima específica. Quando isso ocorre, em vez de ser transformado em produto normal, o inibidor é convertido em um composto muito reativo que se combina irreversivelmente com a enzima. 19) Quais são os principais fatores que afetam a atividade enzimática. - A concentração de substrato quanto mais substrato, maior a atividade enzimática; - O pH as enzimas atuam em uma faixa de pH específico e ideal. Caso essa faixa seja alterada, ocorre a desnaturação ou diminuição da atividade catalítica; - A temperatura um aumento da temperatura pode causar desnaturação (alteração da estrutura terciária, “desnovelamento”) da enzima. - O efeito da luz algumas enzimas, como a redutase do nitrato, são sensíveis à luz. Assim, há necessidade que a reação ocorra na ausência de luz. 20) O que é um efetor alostérico? Turma B São enzimas que não seguem a equação postulada por Michaelis- Menten. Elas podem agir como moduladores positivos ou negativos. Quando a concentração de produtos que atuam como moduladores negativos fica aumentada, eles vão agir como inibidores alostéricos, diminuindo a velocidade da via e a sua própria produção. Este mecanismo é denominado inibição por retroalimentação ou feedback. 21) Cite exemplos de enzimas que sofrem algum tipo de modificação para ficarem ativas. Em algumas enzimas reguladoras, a atividade é regulada por modificação covalente da molécula da enzima. Entre os grupos modificadores estão: fosfato, adenosina monofosfato, uridila monofosfato, adenosina difosfato ribose e grupos metila. Esses grupos geralmente são ligados covalentemente e removidos da enzima reguladora por outras enzimas. As fosforilações representam a grande maioria das modificações reguladoras conhecidas. Cerca de um terço ou até mesmo a metade de todas as proteínas de uma célula eucariótica é fosforilado ESTUDO DIRIGIDO 5 MÓDULO 1 9 Os grupos fosfato afetam a estrutura e a atividade catalítica das proteínas. A ligação de grupos fosfato a resíduos de aminoácidos específicos de uma proteína é catalisada por proteínas quinases e a remoção desses grupos é catalisada por proteínas fosfatases. Exemplos de enzimas que sofrem regulação pela fosforilação: glicogênio fosforilase e isocitrato desidrogenase. Para algumas enzimas, um precursor inativo, chamado zimogênio, é hidrolisado para formar a enzima ativa. A quimotripsina e a tripsina são os principais exemplos de enzimas que requerem um zimogênio. .
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