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BARNARD - Sistemas Cooperativos

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Resumo Barnard – As organizações como sistemas cooperativos 
Um sistema cooperativo é um complexo de componentes físicos, biológicos, pessoais e sociais, 
entre os quais existe uma relação sistemática e específica em razão da cooperação de duas ou 
mais pessoas. Tal sistema é subordinado a sistemas maiores. Um exemplo de sistema 
cooperativo é a “organização’’. 
Esses sistemas podem ser classificados pelo caráter de seu objetivo, e subdivididos em grupos 
amplamente diferentes, tais como igrejas,partidos políticos, governos,exércitos, empresas, 
escolas, famílias,etc. 
As variações em situações cooperativas concretas podem ser subdivididas em quatro categorias 
preliminares: 
a) as que se relacionam com aspectos do ambiente físico - o “ambiente físico’’ engloba os 
aspectos geográficos, isto é, a localização, a topografia,as condições climáticas,etc. 
Uma vez que existam variações nos aspectos físicos de sistemas cooperativos, há 
necessidade de um ajuste ou adaptação de outros aspectos da cooperação. 
b) as que se relacionam com o ambiente social – os fatores sociais influenciam sob 
diversos aspectos : 
1- pelo fato de serem componentes do indivíduo cujas atividades estão incluídas no 
sistema ; 
2- por seu efeito sobre os indivíduos; 
3-pelo contato do sistema cooperativo com outros sistemas cooperativos paralelos e, 
especialmente com sistemas superiores; 
4- como inerente à própria cooperação; 
De forma indireta, os fatores sociais também estão envolvidos nas mudanças do 
ambiente físico, especialmente quando houver sido afetado por sistemas anteriores ou 
existentes, de natureza cooperativa. 
 
c) as que se relacionam com os indivíduos – embora com muitas imprecisões e muitas 
exceções, o conceito mais comum de uma organização é o de um grupo de pessoas 
cujas atividades são coordenadas total ou parcialmente. Como conceito operante, 
pode-se esclarecer que a expressão “grupo’’ contém muitas variáveis, que passam a 
restringir e limitar o número e a firmeza de qualquer generalização. Por isso, parece ao 
presente autor que os debates em redor da cooperação grupal frequentemente fornecem 
uma impressão de imprecisão, confusão e contradição explícita. Um grupo é, 
evidentemente, certo número de pessoas, mais algumas relações entre elas ou 
interações, que precisam ser determinadas. A pessoa é um objeto que varia em elevado 
grau, não meramente no sentido que as pessoas se distinguem a muitos respeitos, porém 
mais especialmente devido porquanto a extensão e o caráter de sua participação nos 
grupos também variam consideravelmente. 
 
A hipótese central do livro é que o conceito mais útil para a análise da experiência de 
sistemas cooperativos está incorporado na definição de uma organização formal como 
um sistema de atividades ou forças coordenadas conscientemente entre duas ou mais 
pessoas. Em qualquer situação concreta em que se exista cooperação, diversos sistemas 
diferentes serão os seus componentes. Alguns deles são físicos, alguns biológicos, 
outros psicológicos, etc. Porém, o elemento comum a todos é a organização. Se esta 
hipótese for satisfatória, será porque: 
1- uma organização é um conceito válido numa variada gama de situações concretas, 
relativamente com poucas variáveis,que podem ser investigadas de forma eficiente; 
2- as relações entre este esquema conceptual e outros sistemas podem ser formuladas 
efetiva e utilmente; 
 
O exame final deste esquema conceitual dirá se sua adoção possibilitará uma promoção 
e manipulação mais consciente mais efetiva da cooperação entre os homens, isto é, se 
na prática pode aumentar neste setor a capacidade prevista de homens competentes. 
Esse estudo se baseia na suposição de que tal conceito está implícito no comportamento 
de líderes e administradores, explicando uniformidades observadas na sua conduta em 
empresas cooperativas amplamente diferentes, e que sua formulação e desenvolvimento 
explícito permitirão útil aplicação da experiência em diferentes setores e dentro de 
termos comuns.

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