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modelos prescritivos. Determinismo é a teoria filosófica de que todo acontecimento é explicado pela determinação, ou seja, por relações de causalidade. O artigo irá adotar uma concepção da estratégia que busca antes explicar os fatos e compreendê-los, em vez de desenvolver um modelo causal; o que caracteriza uma perspectiva interpretativa da estratégia. IMPORTANTE – RESPOSTA DA PERGUNTA 01 DO ÚLTIMO EXERCÍCIO: Pettigrew (1977) define a concepção da estratégia como um processo, ou seja, a formulação de estratégias como um percurso intencional desenvolvido a partir do que ele chama de dilemas organizacionais, Nessa visão, a estratégia seria originada a partir do contexto, ou seja, o conjunto de variáveis formadas pelo tempo, pela cultura organizacional, seu ambiente e o nível de estabilidade ou mutabilidade; atividades, estrutura e aparato tecnológico da organização e sua liderança e sistema político interno. Bourgeois (1984) diz que a gestão estratégica pode e deve ser vista de maneira criativa, ao contrário do que propõe a visão mecanicista das teorias contingenciais de gestão e dos modelos econométricos de organização setorial. Pressupostos De Chaffee (1985): o fato de que, ao estudar estratégias, deve-se levar em conta o conteúdo e os processos de decisão e implementação desses conteúdos, que há estratégias realizadas, pretendidas e emergentes e que elas podem diferir entre si e que as organizações podem ter estratégias corporativas e de negócios. Chaffee se propôs a identificar os conceitos de estratégias e classificá-los em três diferentes perspectivas: 01. Estratégia linear (Chandler) 02. Estratégia adaptativa (Hofer – direção mais como guia do que determinação estratégica). 03. Estratégia Interpretativa (refere-se a metáforas orientadoras ou quadros de referência que permitem à organização e seu ambiente serem compreendidos pelos seus stakeholders) IMPORTANTE – RESPOSTA DA PERGUNTA 01 DO ÚLTIMO EXERCÍCIO Conclusão : estratégias corporativas são um processo de construção social e político e confirmam a proposição conceitual de que estratégias não podem ser explicadas em uma concepção determinística, já que a sua formulação não é o efeito de causas perfeitamente determinadas, mas sim a consequência de um conjunto de fatores, com pesos e influencias diferentes. FELDMAN (Organizational Routines as a Source of Continuous Change) O artigo afirma que as rotinas organizacionais têm um grande potencial para a mudança, mesmo que muitas vezes são percebidas, mesmo definidas, como imutável. Apresenta descrições de rotinas que mudam conforme os participantes respondem a resultados de iterações anteriores de uma rotina. Com base nas mudanças nessas rotinas propõe um modelo performativo de rotinas organizacionais. Este modelo sugere que existe uma dinâmica interna de rotinas que podem promover a alteração contínua. A dinâmica interna baseia-se na inclusão de participantes de rotina como agentes . Quando não separar as pessoas que estão fazendo as rotinas da rotina, podemos ver rotinas como um fenômeno mais rico. A mudança ocorre como resultado das reflexões dos participantes sobre e reações a vários resultados de iterações anteriores da rotina. Esta perspectiva introduz agência na noção de rotina. Agência é importante para a compreensão do papel das rotinas organizacionais na aprendizagem e nos processos de institucionalização . IMPORTANTE – RESPOSTA DA PERGUNTA 02 DO ÚLTIMO EXERCÍCIO A autora propõe um modelo performativo de rotinas organizacionais. Este modelo sugere que há uma dinâmica interna para que as rotinas possam promover mudança contínua. A dinâmica interna baseia-se na inclusão de participantes de rotina como agentes. As rotinas são estruturas temporais que são frequentemente utilizadas como uma maneira de realizar o trabalho organizacional. As pessoas que se envolvem em rotinas ajustam suas ações diante de como eles desenvolvem novos entendimentos sobre o que eles podem fazer e as consequências de suas ações. As pessoas envolvidas na rotina continuam a alterar a rotina de modo que lhes permite fazer o trabalho de um modo que parece ser melhor para eles. HENDRY & SEIDL (The Structure and Significance of Strategic Episodes: Social Systems Theory and the Routine Practices of Strategic Change) O artigo desenha sobre a teoria dos sistemas sociais de Niklas Luhmann, e em particular o seu conceito de um 'episódio', para orientar a pesquisa em prática estratégica e sua relação com as rotinas operacionais de uma organização. Episódios, na teoria de Luhmann, fornece um mecanismo pelo qual um sistema pode suspender as suas estruturas de rotina e assim iniciar uma reflexão e mudança dessas estruturas. Aplicando essa teoria ao processo de organização da mudança estratégica, chamamos a atenção para a natureza rotina de episódios estratégicos e ao seu papel organizacional como o locus efetivo da prática estratégica e a interação entre rotinas estratégicas e operacionais. Continuamos a desenvolver um quadro para a análise sistemática de diferentes tipos de episódio em termos de aspectos-chave de sua iniciação, condução e encerramento. Conceito de episódios de Niklas Luhmann: devem ser entendidos como um sistema que pode suspender as estruturas de rotinas de uma organização e iniciar uma reflexão, uma mudança de tais estruturas. De um ponto de vista sociológico, a estratégia apresenta duas faces distintas. Num ponto, a estratégia serve para estruturar, organizar e dar significado para a complexidade do negócio. Num outro ponto, os discursos estratégicos e a definição de papéis dos estrategistas preocupam-se com a mudança. Sistemas sociais, para Luhmann, não são, portanto, sistemas de ação, estruturados em torno de pensamentos e comportamentos de atores individuais, mas sistemas de comunicação nos quais a comunicação determina a ocorrência de mais comunicação. A finalização de um episódio pode ter uma ou ambas as seguintes formas: orientação para um objetivo ou prazo limite. Um episódio é orientado para um objetivo (goal-orientation) quando as suas comunicações buscam um objetivo específico. A segunda forma de finalização é o prazo limite (time-limitation), em que, independentemente de qualquer objetivo (a ser alcançado), há um prazo para a ocorrência dos processos dentro do episódio. Ambas normalmente são “utilizadas” em conjunto. A comunicação num episódio foca no alcance de um objetivo num determinado limite de tempo. A teoria de Luhmann oferece quatro ideias para a natureza e função dos episódios estratégicos. 1) Eles são necessários e fazem parte da rotina organizacional. 2) Episódios estratégicos são importantes não somente pela mudança estratégica, mas também para a confirmação e reforço da mesma. 3) episódios estratégicos são a rotina da prática estratégica. 4) a relação entre a estratégia organizacional e a pratica dos estrategistas. Um Framework para Análise 1. Iniciação: o começo de um episódio deve indicar claramente e legitimar a mudança de contexto. 2. Terminação: o fim deve proteger as práticas rotineiras principais de potenciais efeitos destrutivos na reassociação, ao mesmo tempo que deve criar oportunidade para tal reassociação. 3. Condução: o desenvolvimento do episódio, suas estruturas, rotinas e técnicas utilizadas para evitar que se retorne a antigas rotinas. VII – Estratégias e poder NARAYANAN & FAHEY (The Micro-Politics of Strategy Formulation) A literatura política de negócios tradicionalmente tem enfatizado os aspectos racionais e normativas da formulação da estratégia nas organizações. Este artigo desenvolve uma estrutura para explicar a tomada de decisão estratégica do ponto de vista político, com especial referência para a evolução da coalizões em torno de questões. O conteúdo de uma decisão estratégica é posto como emergindo da dinâmica interna. A utilidade do quadro