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Administracao Aplicada a Engenharia de Seguranca do Trabalho

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Brasília-DF. 
AdministrAção AplicAdA à EngEnhAriA dE 
sEgurAnçA do trAbAlho
Elaboração
Ana Carolina Leal Lisoski Duarte
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
Sumário
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................. 5
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA .................................................................... 6
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
ADMINISTRAÇÃO ................................................................................................................................... 9
CAPÍTULO 1
CONCEITOS RELACIONADOS À ADMINISTRAÇÃO ..................................................................... 9
CAPÍTULO 2
DOCUMENTAÇÃO EMPRESARIAL ............................................................................................ 14
UNIDADE II
SEGURANÇA NAS ORGANIZAÇÕES...................................................................................................... 18
CAPÍTULO 1
ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES ....................................................................................... 18
CAPÍTULO 2
SERVIÇO ESPECIALIZADO EM SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO – SESMT ...................... 20
CAPÍTULO 3
COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES – CIPA ................................................... 28
UNIDADE III
ADMINISTRAÇÃO E A ENGENHARIA DE SEGURANÇA ............................................................................ 39
CAPÍTULO 1
NR-7: PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OPERACIONAL – PCMSO ..................... 39
CAPÍTULO 2
NR-9: PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS – PPRA ......................................... 45
CAPÍTULO 3
PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVINDENCIÁRIO – PPP .............................................................. 50
UNIDADE IV
GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO ................................................................................ 52
CAPÍTULO 1
SISTEMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO ................................................ 52
CAPÍTULO 2
SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO ........................................................................................... 60
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 62
5
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se entendem 
necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. Caracteriza-se pela 
atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela interatividade e modernidade 
de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos conhecimentos 
a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos da área e atuar de forma 
competente e conscienciosa, como convém ao profissional que busca a formação continuada para 
vencer os desafios que a evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo a facilitar 
sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na profissional. Utilize-a 
como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
6
Organização do Caderno 
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em capítulos, de 
forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos básicos, com questões 
para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar sua leitura mais agradável. Ao 
final, serão indicadas, também, fontes de consulta, para aprofundar os estudos com leituras e 
pesquisas complementares.
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de Estudos 
e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes 
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor 
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita 
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante 
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As 
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Sugestão de estudo complementar
Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo, 
discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.
Praticando
Sugestão de atividades, no decorrer das leituras, com o objetivo didático de fortalecer 
o processo de aprendizagem do aluno.
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a 
síntese/conclusão do assunto abordado.
7
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões 
sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o 
entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não 
há registro de menção).
Avaliação Final
Questionário com 10 questões objetivas, baseadas nos objetivos do curso, 
que visam verificar a aprendizagem do curso (há registro de menção). É a única 
atividade do curso que vale nota, ou seja, é a atividade que o aluno fará para saber 
se pode ou não receber a certificação.
Para (não) finalizar
Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem 
ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.
8
Introdução
Quando falamos em Administração, falamos sobre a tomada de decisão sobre recursos disponíveis, 
trabalhando com e por meio de pessoas para atingir objetivos. A Administração é o gerenciamento 
de uma organização, levando em conta as informações fornecidas por outros profissionais e também 
pensando previamente as consequências de suas decisões.
O bom desempenho da administração depende de que o profissional consiga ser um bom líder, 
capaz de lidar com pessoas, negociando e comunicando, e também apto a tomar decisões, tendo 
uma visão sistêmica e global da situação que administra.
As empresas vêm sofrendo inúmeros processos de mudança ao longo do tempo. Muitas novas teorias 
surgem, deixam marcas, outras desaparecem. O fato é que as empresas, devido à complexidade dos 
processos organizacionais modernos, não podem prescindir de cuidados essenciais de segurança no 
meio ambiente de trabalho, sob pena de terem sua imagem e seus lucros prejudicados. 
Dessa forma, é essencial a Administração nos programas de segurança em empresas, de forma a 
obter uma gestão mais eficiente, eficaz e efetiva, ou seja, gerando processos mais otimizados. A 
partir do monitoramento da segurança e saúde no trabalho da empresa, é possível a obtenção de 
vantagem competitiva em relação à redução de acidentes e afastamentos do trabalho, reduzindo 
custos dentro das organizações, aumentando a produção com qualidade, através da implantação de 
programas de melhoria continua.
Objetivos
 » Apresentar conceitos de administração. 
 » Apresentar conceitos relacionados a Planejamento e Documentação Empresarial. 
 » Conhecer as atribuições e responsabilidades dos diversossetores da empresa na 
segurança e saúde do trabalho. 
 » Conhecer os órgãos relacionados à Saúde e Segurança do Trabalho – SST nas 
empresas – o SESMT e a CIPA. 
 » Capacitar os alunos para a organização do trabalho: mapeamento de riscos no meio 
ambiente de trabalho. 
 » Capacitar os alunos para elaboração de políticas e dos programas: Programa de 
Prevenção de Riscos Ambientais PPRA – e Programa de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional – PCMSO, com apoio das NR7, NR9 e demais normas de referência. 
 » Capacitar os alunos para a gestão de SST, por meio do Sistema de Gestão em SST – 
SGSST ou do Sistema de Gestão Integrada – SGI.
9
UNIDADE IADMINISTRAÇÃO
CAPÍTULO 1
Conceitos relacionados à 
administração
A palavra administração vem do latim ad (direção, tendência para) e minister (subordinação ou 
obediência) e significa aquele que realiza uma função sob o comando de outrem, ou seja, aquele que 
presta serviço a outro. Porém, a palavra administração sofreu uma radical transformação em seu 
significado original. A tarefa da Administração passou a ser a de definir os objetivos da organização 
e transformá-los em ação organizacional por meio de planejamento, organização, direção e controle 
de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da organização a fim de 
alcançar tais objetivos da maneira mais adequada à situação e garantir a competitividade em um 
mundo de negócios altamente concorrencial e complexo.
Cada autor conceitua administração sob uma ótica particular. Segundo Chiavenato (2011), 
Administração é o processo de planejar, organizar, liderar e controlar o trabalho dos membros 
da organização e utilizar todos os recursos organizacionais disponíveis para alcançar objetivos 
organizacionais definidos. Essa ciência envolve um complexo de decisões e ações aplicado a uma 
variedade de situações em uma ampla variedade de organizações. Devido a essa complexidade, a 
administração admite várias interpretações:
 » É um processo contínuo e sistêmico, que envolve uma série de atividades como 
planejar, organizar, dirigir e controlar recursos e competências para alcançar metas 
e objetivos.
 » A administração envolve a articulação e aplicação de vários conjuntos de recursos 
(humanos, financeiros, materiais, tecnológicos e informação) e competências 
organizacionais.
 » Exige várias ações orientadas para alcançar objetivos por meio de diferentes pessoas 
e órgãos que trabalham conjunta e integradamente.
 » Envolve liderança e direcionamento de atividades executadas por todo conjunto 
organizacional e em todos os níveis das organizações por pessoas com diferentes 
10
UNIDADE I │ADMINISTRAÇÃO
funções intencionalmente estruturadas e coordenadas para o alcance de propósitos 
comuns.
São dois os objetivos da administração: a eficiência e a eficácia. A eficiência diz respeito aos 
meios, ou seja, aos métodos, processos e normas que se empregam na empresa a fim de que os 
recursos sejam adequadamente utilizados. A eficácia diz respeito aos fins, ou seja, aos objetivos e 
resultados a ser alcançado.
Baseado nas teorias administrativas, pode-se considerar como princípios gerais da administração:
 » A divisão do trabalho – para produzir mais e melhor com o mesmo esforço, é 
fundamental dividir o trabalho a ser realizado entre diferentes pessoas. Pode até 
haver vários trabalhadores executando as mesmas tarefas, porém a divisão do 
trabalho implica atribuir tarefas específicas a grupos de pessoas distintas.
 » A autoridade e a responsabilidade – para que o trabalho grupal se desenvolva 
eficientemente, é necessário que alguém goze do direito/poder de mandar em 
outras pessoas e de se fazer obedecer.
 » A hierarquia – implica a divisão da autoridade pelos elementos da empresa de modo 
claro e explícito, a fim de que as pessoas desfrutem de um grau de autoridade bem 
definido e que se forme uma “pirâmide” com graus crescentes de autoridade, até 
chegar a uma autoridade superior central.
 » A unidade de comando – é o princípio segundo o qual um funcionário da empresa, 
para a execução de uma tarefa qualquer, deve receber ordens de um só chefe.
 » A amplitude administrativa – define a quantidade de funcionários que um 
administrador consegue supervisionar com eficiência e eficácia. Esse princípio 
determina se a organização é mais centralizada (menor amplitude administrativa), 
quando possui maior quantidade de níveis hierárquicos e consequentemente uma 
estrutura verticalizada, ou descentralizada (maior amplitude administrativa), 
quando possui menor quantidade de níveis hierárquicos, produzindo uma estrutura 
organizacional achatada e dispersa.
 » A definição de metas a serem atingidas – implica no caminho para se chegar a um 
objetivo. A definição de meta consiste em um limite, um desafio, uma etapa a ser 
atingida dentro de um objetivo, no seu todo ou em parte.
A principal tarefa da administração é interpretar os objetivos da empresa e estabelecer maneiras de 
alcançá-los por ações administrativas. Esquematicamente, têm-se:
PLANEJAMENTO à ORGANIZAÇÃO à DIREÇÃO à CONTROLE
11
ADMINISTRAÇÃO│ UNIDADE I
Planejamento
O processo de gestão fundamenta-se no ciclo do PDCA (Plan; Do; Check e Act) ou também chamado 
ciclo de Deming (planejar; executar; verificar e agir). As ações planejadas devem ser implementadas, 
verificadas e corrigidas (se for necessário). No final do ciclo, a direção deverá analisar e rever o 
sistema de forma a manter a sua adequação e eficácia.
Figura 1. Exemplo de Fluxograma 
Fonte: Tavares (2012)
Planejar é pensar antes de agir, é indicar o caminho a ser percorrido. O planejamento possibilita 
perceber a realidade, traçar planos de ação, antecipar-se aos eventos futuros.
Tipos de planos:
 » Programas - conjunto integrado de planos de segurança. 
 » Procedimentos - planos que prescrevem a sequência cronológica das tarefas de 
segurança a ser executadas. 
 » Métodos - planos que detalham como as atividades ou os procedimentos de 
segurança devem ser executados. 
 » Normas - regulamentos para definir o que deve e o que não deve ser feito (é o caso 
de normas de segurança). 
Técnicas de planejamento:
 » Cronograma – instrumento de planejamento que consiste em uma representação 
esquemática com a função de relacionar as atividades a serem executadas, 
detalhando-as minunciosamente, mostrando o início e o término de cada uma, 
tendo em vista o cumprimento das metas no tempo predeterminado.
12
UNIDADE I │ADMINISTRAÇÃO
Figura 2. Exemplo de Cronograma
Fonte: arquivo pessoal da autora
 » Fluxograma – gráfico que consiste na representação esquemática de um processo, 
demonstrando a sequência de uma rotina, a partir do qual são visualizadas as 
atividades e suas respectivas operações.
Figura 3. Exemplo de Fluxograma (
Fonte: Tavares (2012)
13
ADMINISTRAÇÃO│ UNIDADE I
 » Há vários tipos de fluxograma, cada um com simbologia e métodos próprios. Os 
símbolos representam cada passo da rotina. Os passos da rotina são ordenados de 
acordo com a sequência lógica de sua execução.
 » Operações – o quadrado representa as diversas etapas de uma rotina. A identificação 
da operação é registrada no interior do símbolo.
 » à Fluxo de dados – a seta fina é utilizada para indicar o sentido e a sequência das 
fases do processo.
 » Decisão – o losango representa a operação de decisão ou de chaveamento que 
determina o caminho a seguir dentre os vários possíveis. A identificação da decisão 
e as alternativas do caminho devem ser registradas no interior e ao lado do símbolo.
 » Movimento / Transporte – a seta grossa é utilizada para indicar movimento de 
saída de um local para outro.
 » Início e Fim – o círculo representa início ou fim de um processo.
14
CAPÍTULO 2
Documentação empresarialRazão social
É o nome de registro de uma empresa. Conhecido também como Nome Comercial, é o fruto do 
nascimento de uma empresa, ou seja, é o nome dado a pessoa jurídica, sob o qual essa se individualiza 
e exerce suas atividades. É o nome que consta em documentos legais, contratos e escrituras.
No momento da abertura da empresa, o órgão que realizará o registro deverá pesquisar se há algum 
nome similar já existente. Esse fato impossibilita o registro.
Nome de fantasia
Também conhecido como Marca Empresarial, é o nome popular da empresa. Pode ou não, ser igual 
ou parecido com a razão social da empresa. Visando o maior aproveitamento de marca e estratégia 
de marketing e vendas, é o nome que serve para divulgação da empresa.
O registro do nome de fantasia não é obrigatório. Porém se este for registrado, ele será considerado 
uma marca registrada. Esse registro deve ser feito junto ao órgão de marcas e patentes, o Instituto 
Nacional de Propriedade Industrial – INPI. O INPI dá direito de utilização do nome da marca/
produto ao registro que for efetuado primeiro. A marca registrada passa a levar o símbolo ® e a 
empresa passa a ser a dona absoluta dela. A partir daí, a marca passa a incorporar o patrimônio, 
como um ativo da empresa. Há muitos casos em que seu valor é muitas vezes superior ao valor dos 
seus bens patrimoniais. 
Um dos exemplos mais famosos é da Coca Cola. Esse é o nome de fantasia da empresa de razão 
social Coca-Cola Indústrias Ltda. Observem a força e o valor agregado que esse nome possui. 
CNPJ
CNPJ é a sigla para Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica. É um registro único que identifica uma 
pessoa jurídica junto à Receita Federal do Brasil – RFB. O CNPJ possui diversas informações, como: 
Razão Social, Nome de Fantasia, endereço, data de abertura, descrição da atividade econômica, 
natureza jurídica, verificação da situação cadastral na Receita Federal, entre outros dados que 
são de interesse das administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios.
15
ADMINISTRAÇÃO│ UNIDADE I
Ramo de atividade
O ramo de atividade é a área do mercado na qual a empresa atua.
CNAE
A Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE é uma classificação utilizada com o 
objetivo de padronizar os códigos de identificação das unidades produtivas do país nos cadastros 
e registros da Administração Pública nas três esferas do governo, em especial na área tributária, 
contribuindo para a melhoria da qualidade dos sistemas de informação que dão suporte às decisões 
e ações do Estado, possibilitando, ainda, a maior articulação inter-sistemas.
A CNAE foi estruturada tendo como referência a International Standard Industrial 
Classification of All Economic Activities - ISIC das Nações Unidas e a gestão e manutenção 
da CNAE é de responsabilidade do IBGE, a partir das deliberações da Comissão Nacional de 
Classificação - Concla. Inicialmente, foram contabilizadas 564 classes, que em 2002, na primeira 
revisão, foi expandida para 581. 
A partir da CNAE, foram derivadas mais duas outras classificações: a CNAE-Fiscal e a CNAE-
Domiciliar. 
A CNAE-Fiscal é um detalhamento das classes da CNAE para uso na administração pública 
tributária, como, por exemplo, no registro do CNPJ, que é obrigatório para toda pessoa jurídica. 
Uma pessoa jurídica de qualquer natureza jurídica pode ter uma ou várias atividades econômicas, 
derivadas ou não da atividade principal. 
A CNAE-Domiciliar, que na maioria dos casos agrupou classes da CNAE, foi desenvolvida para ser 
utilizada no censo demográfico e em outras pesquisas domiciliares. 
Grau de risco
Definido pela Norma Regulamentadora no 04 – NR - 4, o grau de risco é utilizado para mensurar o 
risco de cada atividade. É definido com base na atividade econômica descrita na CNAE.
De posse do CNAE da empresa, o grau de risco é consultado diretamente na NR-4, conforme a figura 
abaixo:
16
UNIDADE I │ADMINISTRAÇÃO
Figura 4. Quadro I da NR-4
Fonte: <http://segurancadotrabalhonwn.com>
Tamanho da empresa
Microempresa e pequena empresa
Segundo o artigo 966 do Código Civil Brasileiro, considerava-se Microempresa a pessoa física ou 
jurídica, ou a ela equiparada, que auferia receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00 no ano. 
Este valor foi alterado em 2006, pela Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, que 
determina: 
I – É considerada microempresa, pessoa jurídica e firma mercantil individual que tiver receita bruta 
anual igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais).
Também pela Lei Complementar no 123/2006, a pequena empresa é caracterizada por ter receita 
bruta anual superior a R$ 360.000,00 e inferior a R$ 3.600.000,00.
No Brasil as microempresas e as empresas de pequeno porte podem optar pelo Sistema Integrado 
de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte, 
conhecido como Simples/Federal, introduzido a partir de 1997 pela Lei no 9.317, de 1996.
O SIMPLES consiste, basicamente, em permitir que as empresas optantes recolham os tributos e 
contribuições devidos, calculados sobre a receita bruta, mediante a aplicação de alíquota única, 
em um único documento de arrecadação, chamado DARF-SIMPLES. O sistema de pagamento 
unificado pode abranger os tributos estaduais e municipais mediante convênio celebrado com a 
Receita Federal para a qual são delegadas as atribuições de fiscalização e administração dos tributos 
administrados pelos entes estaduais ou municipais (ICMS ou ISS).
17
ADMINISTRAÇÃO│ UNIDADE I
Média empresa
Uma empresa de médio porte, no Brasil, segundo o IBGE, é caracterizada pela quantidade de 
funcionários que ela possui. Se for indústria, é considerada como média a empresa com 100 a 
499 empregados. Caso ela seja uma empresa comercial ou de serviços, ela poderá ter de 50 a 99 
empregados.
Ela também poderá ser considerada média se tiver mais de R$ 2.400.000,00 de receita bruta anual. 
Porém esses critérios não possuem fundamentação legal, e são utilizadas pelas organizações que 
oferecem apoio as pequenas e médias empresas.
Grande empresa
Empresa de grande porte ou Grande empresa é uma empresa que recebe tratamento diferenciado 
por alguns governos por possuírem uma estrutura de maior capacidade de produção. Geralmente 
a diferença é baseada pela quantidade de empregados ou faturamento da empresa. O tratamento 
diferenciado pode ser caracterizado por cobrança de mais impostos ou incentivos fiscais específicos.
Existem várias leis que buscam especificar o que é uma empresa de grande porte. A Lei no 11.638, de 
28 de dezembro de 2007, no artigo Art. 3o, estabelece que: 
Considera-se de grande porte, para os fins exclusivos desta lei, a sociedade 
ou conjunto de sociedades sob controle comum que tiver, no exercício social 
anterior, ativo total superior a R$ 240.000.000,00 (duzentos e quarenta 
milhões de reais) ou receita bruta anual superior a R$ 300.000.000,00 
(trezentos milhões de reais).
Segundo o IBGE a empresa de indústria é considerada de grande porte se tiver mais de 500 
empregados. Se for de Comércio ou de Serviços, mais de 100 empregados. Mas não existe 
fundamentação legal sobre a classificação por quantidade de empregados.
18
UNIDADE IISEGURANÇA NAS 
ORGANIZAÇÕES
CAPÍTULO 1
Atribuições e responsabilidades
Segurança do Trabalho é o conjunto de recursos e técnicas aplicadas, preventiva ou corretivamente, 
para proteger os trabalhadores dos riscos de acidentes implicados em um processo de trabalho ou 
na realização de uma tarefa.
O foco principal da Segurança do Trabalho é a proteção do trabalhador, atuando na prevenção 
de acidentes e doenças do trabalho, seja agindo na aplicação de proteções coletivas e de medidas 
administrativas,seja na conscientização e orientação dos empregados.
De uma forma indireta a Segurança do Trabalho tem também caráter de proteção ao patrimônio 
da empresa: a colocação de equipamentos de combate a incêndio protegem a vida do trabalhador e 
evita também que os bens da empresa sejam danificados; a manutenção preventiva de determinado 
equipamento ou máquina permite a descoberta de peças desgastadas, cuja falha pode lesar um 
trabalhador ou danificar de modo irreparável o equipamento; exames pré-admissionais e periódicos 
realizados nos motoristas de empilhadeiras previnem problemas de saúde que poderiam provocar 
acidentes durante o transporte de materiais, causando a lesão ou morte do motorista e/ou colega de 
trabalho e a perda da própria empilhadeira.
A Segurança do Trabalho é uma responsabilidade inerente à totalidade dos integrantes de uma 
empresa, quer ela esteja ou não enquadrada entre as que são obrigadas a constituir um Serviço 
Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT. A seguir são apresentadas as 
atribuições, responsabilidades e atividades dos vários escalões de uma empresa, particularmente 
pertinentes à segurança do trabalho, com exceção do SESMT e da CIPA, que serão tratados em 
capítulos à parte.
Diretoria e administração da empresa
Os membros executivos da empresa têm total responsabilidade institucional por ela. A eles cabe 
definir as responsabilidades e atribuições funcionais, por meio de uma política clara e abrangente 
de toda a organização, e apoiar administrativa e financeiramente o necessário desenvolvimento da 
prevenção de acidentes, bem como participar ativamente nas atividades prevencionistas.
19
SEGURANÇA NAS ORGANIZAÇÕES│ UNIDADE II
Órgãos de gerência da empresa
É responsável pela efetivação do programa de segurança do trabalho e pelos resultados alcançados, 
orientando os supervisores de linha e controlando o desempenho de cada um nesse sentido. Deve 
estar entrosado com o SESMT para melhor solução e prevenção de problemas, com participação 
prevencionista ativa, e fornecer informações completas à administração a respeito do assunto.
Órgãos de supervisão da empresa
É responsável por executar os programas de segurança nas áreas de trabalho, de acordo com as 
instruções específicas, fornecer instruções de segurança aos subordinados e controlar os respectivos 
desempenhos, além de manter a disciplina em tudo o que se refere à segurança e estar plenamente 
entrosado com a área de segurança do trabalho.
Engenheiro e técnico de segurança do 
trabalho
Dentre as várias funções do Engenheiro de Segurança do Trabalho está a de elaborar e executar 
projetos de normas e sistemas para programas de segurança do trabalho, desenvolvendo estudos 
e estabelecendo métodos e técnicas para prevenir acidentes/doenças do trabalho e as doenças 
profissionais.
O técnico de segurança do trabalho é o responsável por orientar e coordenar o sistema de segurança 
do trabalho, investigando riscos e causas de acidentes e analisando esquemas de prevenção, para 
garantir a integridade do pessoal e dos bens da empresa.
Brigadistas
As Brigadas são grupos de pessoas organizadas e capacitadas para atuar em emergências, sinistro 
ou desastre, dentro de uma empresa, indústria ou estabelecimento. São responsáveis em combatê-las 
de maneira preventiva, a fim de eliminar riscos e efetuar corretivas ante as eventualidades reais. Sua 
função está orientada a salvaguardar as pessoas, os seus bens e tudo entorno destas. 
20
CAPÍTULO 2
Serviço Especializado em Segurança e 
Medicina do Trabalho – SESMT
O Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho é o responsável por promover a 
saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. Deve ser implementado 
obrigatoriamente em todas as empresas privadas e públicas, órgãos públicos da Administração direta 
e indireta, poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação 
das Leis do Trabalho – CLT em função do grau de risco da atividade principal e o número de 
trabalhadores do estabelecimento. Cabe exclusivamente ao empregador o ônus decorrente da 
instalação e manutenção do SESMT.
O SESMT está fundamentado no artigo 162 da Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT e na NR-4 
– Serviços Especializados em Segurança e Medicina do Trabalho, atualizada pela Portaria no 128, de 
2009, publicada pelo Ministério do Trabalho e Emprego – TEM (BRASIL, 2009).
Competências do SESMT
Dentre as competências do SESMT, destacam-se abaixo algumas consideradas importantes. Porém 
faz-se necessária uma consulta integral a NR-4 a fim de aprofundamento no conteúdo. 
 » Aplicar os conhecimentos de engenharia e segurança e de medicina do trabalho 
ao ambiente de trabalho e a todos os seus componentes, inclusive máquinas e 
equipamentos, de modo a reduzir até eliminar os riscos ali existentes à saúde do 
trabalhador. 
 » Determinar, quando esgotados todos os meios conhecidos para a eliminação do 
risco e este persistir, mesmo reduzido, a utilização, por parte do trabalhador, de 
Equipamentos de Proteção Individual – EPI, de acordo com o que determina a 
NR-6, desde que a concentração, a intensidade ou a característica do agente assim 
o exijam. 
 » Colaborar, quando solicitado, nos projetos e na implantação de novas instalações 
físicas e tecnológicas da empresa, exercendo a competência disposta na alínea a. 
 » Responsabilizar-se tecnicamente pela orientação quanto ao cumprimento do 
disposto nas NRs aplicáveis às atividades executadas pela empresa e/ou seus 
estabelecimentos. 
 » Manter permanente relacionamento com a CIPA, valendo-se ao máximo de suas 
observações, além de apoiá-la, treiná-la e atende-la, conforme dispõe a NR-5. 
21
SEGURANÇA NAS ORGANIZAÇÕES│ UNIDADE II
 » Promover a realização de atividades de conscientização, educação e orientação dos 
trabalhadores para a prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, 
estimulando-os em favor da prevenção. 
 » Analisar e registrar em documento(s) específico(s) todos os acidentes ocorridos 
na empresa ou estabelecimento, com ou sem vítima, e todos os casos de doença 
ocupacional, descrevendo a história e as características do acidente e/ou doença 
ocupacional, os fatores ambientais, as características do agente e as condições do(s) 
indivíduo(s) portador(es) de doença ocupacional ou acidentado(s).
Em alínea final, a NR-4 esclarece que “as atividades dos profissionais integrantes dos SESMT são 
essencialmente prevencionistas, embora não seja vedado o atendimento de emergência, quando 
se tornar necessário. Entretanto, a elaboração de planos de controle de efeitos de catástrofes, de 
disponibilidade de meios que visem ao combate a incêndios e ao salvamento e de imediata atenção 
à vítima deste ou de qualquer outro tipo de acidente estão incluídos em suas atividades”. 
Composição e dimensionamento do SESMT
A composição e o dimensionamento do SESMT são definidos em função do risco da atividade 
principal e do número total de empregados do estabelecimento, conforme definido nos Quadros I e 
II da NR-4.
O Quadro I da NR-4 apresenta a Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE e seu 
respectivo grau de risco. O Quadro II da NR-4 – Dimensionamento do SESMT, que estabelece esse 
dimensionamento em função do grau de risco e número de funcionários.
Tabela 1. Quadro II da NR-4 (fonte: Brasil (2010))
Grau de Risco
50
a
100
101
a
205
251
a
500
501
a
1000
1001
a
2000
2001
a
3500
3501
a
5000
Acima 
de 
5000
Para 
cada 
grupo 
de 
4000 
ou 
fração 
acima 
de 
2000*
1
Técnico Seg. Trabalho
Engenheiro Seg. Trabalho
Aux. Enfermagem do Trabalho
Enfermeiro do Trabalho
Médico do Trabalho1
1
1*
1
1*
1
1*
2
1
1
1*
1
1
1*
1
1*
22
UNIDADE II │SEGURANÇA NAS ORGANIZAÇÕES
2
Técnico Seg. Trabalho
Engenheiro Seg. Trabalho
Aux. Enfermagem do Trabalho
Enfermeiro do Trabalho
Médico do Trabalho
1
1
1*
1
1*
2
1
1
1
5
1
1
1
1
1
1*
1
1
3
Técnico Seg. Trabalho
Engenheiro Seg. Trabalho
Aux. Enfermagem do Trabalho
Enfermeiro do Trabalho
Médico do Trabalho
1 2 3
1*
1*
4
1
1
1
6
1
2
1
8
2
1
1
2
3
1
1
1
4
Técnico Seg. Trabalho
Engenheiro Seg. Trabalho
Aux. Enfermagem do Trabalho
Enfermeiro do Trabalho
Médico do Trabalho
1 2
1*
1*
3
1*
1*
4
1
1
1
5
1
1
1
8
2
2
2
10
3
1
1
3
3
1
1
1
*Tempo parcial (mínimo de três horas). 
** O dimensionamento total deverá ser 
feito levando-se em consideração o 
dimensionamento do(s) grupo(s) de 4.000 
ou fração acima de 2.000. 
OBS: Hospitais, Ambulatórios, Maternidade, 
Casas de Saúde e Repouso, Clínicas e 
estabelecimentos similares com mais de 
500 (quinhentos) empregados deverão 
contratar um Enfermeiro em tempo integral.
Além das disposições gerais contidas nos Quadros I e II, a NR-4 estabelece regras para a organização 
e o dimensionamento do SESMT em situações especiais. 
1. Regras para a definição de estabelecimento, explicitando as possibilidades de 
agrupamento para fins de dimensionamento do SESMT. Para isso, consideram-se 
a localização dos canteiros de obra ou frentes de trabalho e as categorias de 
profissionais que têm que estar presentes em cada canteiro de obra ou frente de 
trabalho, conforme o Quadro II. (NR-4, subitem 4.2.1). 
2. Normas para dimensionar o SESMT em empresas que possuam estabelecimentos 
ou setores com atividade cuja gradação de risco seja de grau superior ao da atividade 
principal (NR-4, subitem 4.2.2). 
3. Normas para organizar um SESMT centralizado, em empresas que possuam vários 
estabelecimentos, definindo limites de distância entre cada estabelecimento e o 
local em que será prestada a assistência ao trabalhador (NR-4, subitem 4.2.3). 
4. Instruções para empresas que possuam estabelecimentos que possam ser 
classificados conforme o Quadro II, ao lado de outros que não o possam. (NR-4, 
subitem 4.2.4). 
23
SEGURANÇA NAS ORGANIZAÇÕES│ UNIDADE II
5. Instruções para empresa que possuam apenas estabelecimentos que, isoladamente, 
não possam ser classificados no Quadro II. (NR-4, subitem 4.2.5 e respectivas 
subdivisões). 
a. Normas para a definição do número de empregados e do regime de trabalho dos 
profissionais do SESTM, para fins de dimensionamento do serviço, em empresas 
que possuam unidades enquadradas em graus de risco diferentes entre si. NR-4 
subitem 4.2.5 e respectivas subdivisões. 
b. Definição de condições em que as empresas que possuam outros serviços de 
Medicina e Engenharia poderão integrá-los ao SESMT, constituindo um serviço 
único de engenharia e medicina. (NR-4 item 4.3 e respectivas subdivisões). 
c. Condições para que empresas novas possam constituir um serviço único de 
Engenharia e Medicina. (NR-4 item 4.3.1 e respectivas subdivisões). 
d. Obrigações das empresas que contratam outra(s) para prestar serviços em 
estabelecimentos incluídos no Quadro II. (NR-4 item 4.5) 
e. Regras para o dimensionamento do SESMT nas empresas que operem em regime 
sazonal. (NR-4 item 4.6) 
f. Normas para a constituição de SESMT comum a mais de uma empresa ou para uso 
de serviços de segurança externos à empresa. (NR-4 itens 4.14 e 4.15) e respectivas 
subdivisões. 
Os profissionais constantes dessa composição deverão ser registrados no órgão regional do 
Ministério do Trabalho e Emprego. São relacionados a seguir:
 » Engenheiro de Segurança do Trabalho. 
 » Médico do Trabalho. 
 » Enfermeiro do Trabalho. 
 » Técnico em Segurança do Trabalho. 
 » Auxiliar de Enfermagem do Trabalho. 
Para execução do registro, deve ser apresentada ao órgão regional do MTE a seguinte documentação 
comprobatória, conforme disposto na NR-4:
 » Número dos profissionais integrantes do SESMT. 
 » Número de registro dos profissionais nos órgãos competentes responsáveis (CRM, 
CREA, COREN). 
24
UNIDADE II │SEGURANÇA NAS ORGANIZAÇÕES
 » Número de empregados da requerente e grau de risco das atividades, por 
estabelecimento. 
 » Especificação dos turnos de trabalho, por estabelecimento. 
 » Horário de trabalho dos profissionais do SESMT.
Relacionamento do SESMT
Na sua função de administrar as atividades de prevenção e de segurança na empresa, o SESMT deve 
manter ótimo relacionamento com todas as áreas técnicas e administrativas, além de servir como 
mediador, quando necessário, entre as áreas que têm responsabilidade de participar ativamente da 
segurança do trabalho.
A seguir são apresentadas as atribuições do SESMT relativas a cada nível de organização da empresa.
Administração
 » Discussão e aprovação de normas de segurança da empresa. 
 » Discussão de alterações que vierem a ser recomendáveis nas diretrizes básicas de 
segurança. 
 » Apreciação de modificações legais ou normativas. 
 » Estabelecimento de objetivos e apreciação dos resultados.
Gerência
 » Instruções e programas específicos. 
 » Medidas técnicas e/ou administrativas que devem ser tomadas. 
 » Apreciação de resultados. 
 » Avaliação de desempenho dos supervisores nas atividades de prevenção. 
 » Soluções para problemas de condições de trabalho e de atualização do pessoal nos 
programas estabelecidos.
Supervisão
 » Assessoramento na condução da execução dos programas de segurança. 
 » Estudo de problemas de segurança da área e encaminhamento de soluções. 
 » Investigação dos acidentes e medidas para anular a repetição.
25
SEGURANÇA NAS ORGANIZAÇÕES│ UNIDADE II
Finanças
 » Planejamento e controle orçamentários das verbas destinadas à segurança. 
 » Análise dos custos dos acidentes.
Empregados
 » Intervenção dos novatos, participação em treinamentos e respectivas reciclagens. 
 » Inspeções de segurança ou análise de riscos, quando informações ou opiniões dos 
trabalhadores forem necessárias. 
 » Investigação de acidentes, quando a participação do acidente ou de outros for 
importante para elucidação das causas. 
 » Sugestões ou informações que visem à melhoria da segurança. 
 » Participação em campanhas promocionais de prevenção.
CIPA
 » Atendimento das sugestões, recomendações e reinvindicações dos membros da 
CIPA. 
 » Organização e realização das eleições da CIPA. 
 » Treinamento prévio dos eleitos. 
 » Divulgação de normas e regulamentos de segurança que a comissão pode apoiar 
com sucesso. 
 » Promoções de segurança em geral e, em particular, as Semanas de Prevenção de 
Acidentes.
Serviço de medicina do trabalho
 » Acesso aos registros e controles médicos, a fim de possibilitar melhor controle 
estatístico e investigação para subsidiar a segurança do trabalho. 
 » Avaliação conjunta das condições de higiene, pesquisa ambiental, toxicológica e de 
meios de controle. 
 » Estudo dos produtos químicos para controle dos riscos quanto ao uso e manuseio. 
26
UNIDADE II │SEGURANÇA NAS ORGANIZAÇÕES
 » Apreciação e opinião em projetos e processos quando envolvem problemas de 
segurança e saúde. 
 » Desenvolvimento de campanhas conjuntas de higiene e de condições sanitárias. 
 » Apreciação conjunta das sugestões da CIPA ou de outros setores, quando o assunto 
for de interesse comum.
Manutenção
 » Discussão e encaminhamento das medidas recomendadas para solucionar 
problemas emergentes relacionados com a segurança. 
 » Estudos de tópicos de segurança a serem observados namanutenção. 
 » Implantação de normas de segurança nos trabalhos relacionados com a manutenção.
Engenharia
 » Evitar que projetos de edificações, instalações, equipamentos etc., tenham falhas 
no que diz respeito à legislação ou às normas de segurança reconhecida. 
 » Evitar que novos processos de trabalho ou modificações em antigos processos 
venham a comprometer a segurança do trabalho. 
 » Incluir normas de segurança nas folhas de processo de cada operação. 
 » Evitar que produtos químicos sejam utilizados sem que se conheçam seus riscos e 
medidas de precaução. 
 » Prevenir riscos de qualquer natureza.
Suprimentos
 » Adquirir EPIs com certificado de aprovação e de acordo com as especificações 
estabelecidas pelo SESMT. 
 » Impedir recebimento de materiais e equipamentos fora dos requisitos de segurança. 
 » Verificar que os estoques de materiais sejam armazenados corretamente. 
 » Implementar a NR relativa à movimentação e ao manuseio de materiais.
27
SEGURANÇA NAS ORGANIZAÇÕES│ UNIDADE II
Laboratórios
 » Conhecimento dos componentes químicos consumidos e reconhecimento das 
respectivas periculosidades. 
 » Estudo dos produtos perigosos, visando à sua substituição por outros de menor 
periculosidade. 
 » Participação nos planos e atividades de disposição ou neutralização de resíduos de 
produtos químicos. 
 » Colaboração na elaboração de normas aplicáveis ao manuseio, armazenagem e 
transporte de materiais quimicamente perigosos.
Recursos humanos
 » Atuação conjunta, do ponto de vista da segurança, no plano de integração de novos 
empregados. 
 » Apoio a treinamentos, de acordo com as necessidades da empresa. 
 » Avaliação dos programas de treinamento em segurança.
28
CAPÍTULO 3
Comissão Interna de Prevenção de 
Acidentes – CIPA
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA é um instrumento que os trabalhadores 
dispõem para tratar da prevenção de acidentes de trabalho, das condições do ambiente de 
trabalho e de todos os aspectos que afetam sua saúde e segurança, de modo a tornar compatível 
permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. É 
uma comissão paritária, na qual os representantes dos empregados são eleitos e os dos empregadores, 
indicados.
No Brasil, a criação desses comitês se deu em 1944, por um ato da Presidência da República, pelo 
então Presidente Getúlio Vargas, ao ser promulgado o Decreto-Lei no 7.036, conhecido como Nova 
Lei da Prevenção de Acidentes.
Atualmente a CIPA está regulamentada pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, em seus 
artigos 162 a 165, e pela NR-5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, contida na 
Portaria no 3.214, de 1978, baixada pelo então Ministério do Trabalho (BRASIL, 2010).
Organização da CIPA
A organização da CIPA é obrigatória nos locais de trabalho, seja qual for sua característica – 
comercial, industrial, bancária, com ou sem fins lucrativos, filantrópicas, empresas públicas – desde 
que tenham o mínimo legal de empregados regidos pela CLT conforme o Quadro I da NR-5, ou seja, 
que a empresa tenha, no mínimo, 20 empregados.
A CIPA é composta de representantes titulares do empregador e dos empregados e seu número de 
participantes deve obedecer às proporções mínimas estabelecidas no quadro citado acima, além do 
grau de risco no local de trabalho, que também é levado em conta para a organização da CIPA.
Os representantes do empregador são designados pelo próprio, enquanto os dos empregados são 
eleitos em votação secreta representando, obrigatoriamente, os setores de maior risco de acidentes 
e com maior número de funcionários. A votação deve ser realizada em horário normal de expediente 
e tem de contar com a participação de, no mínimo, a metade mais um do número de funcionários 
de cada setor.
A lista de votação assinada pelos eleitores deve ser arquivada por um período mínimo de três anos 
na empresa. A lei confere à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego – SRTE, como órgão 
de fiscalização competente, o poder de anular uma eleição quando for constatado qualquer tipo de 
irregularidade em sua realização.
29
SEGURANÇA NAS ORGANIZAÇÕES│ UNIDADE II
Os candidatos mais votados assumem a condição de membros titulares. Em caso de empate, 
assume o candidato que tiver mais tempo de trabalho na empresa. Os demais candidatos assumem 
a condição de suplentes, de acordo com a ordem decrescente de votos recebidos. Os candidatos 
votados não eleitos como titulares ou suplentes devem ser relacionados na ata da eleição, em 
ordem decrescente de votos, possibilitando uma futura nomeação. A CIPA deve contar com tantos 
suplentes quantos forem os titulares, sendo que estes não poderão se reconduzidos por mais de dois 
mandatos consecutivos.
A estrutura da CIPA é composta dos seguintes cargos: presidente (indicado pelo empregador); vice-
presidente (nomeado pelos representantes dos empregados, entre os seus titulares); secretário e 
suplente (escolhidos de comum acordo pelos representantes do empregador e dos empregados).
Cabe ao Ministério do Trabalho e Emprego, por meio da Superintendência Regional do Trabalho e 
Emprego – SRTE, fiscalizar a organização das CIPAs. O não cumprimento da lei ensejará a autuação 
da empresa por infração ao disposto no art. 163 da CLT, sujeitando-se a multa.
Não se exige qualquer formação técnica dos seus componentes, embora a NR-5 lhes atribua funções 
que seriam responsabilidade do corpo técnico do SESMT e para cuja execução é necessário um 
conhecimento específico que eles não possuem. Assim, antes de iniciar a atividade é importante que 
os integrantes da Cipa sejam capacitados em Segurança do Trabalho. 
O papel do Engenheiro de Segurança na CIPA é participar das reuniões da comissão, ouvir e 
interpretar as informações e tomar medidas de prevenção cabíveis. Note-se que não se atribui à 
CIPA a responsabilidade de executar projetos, mas sim de discuti-los e subsidiá-los com informações 
pertinentes.
Eleição da CIPA
Para uma eleição da CIPA, o processo eleitoral deverá observar as seguintes condições:
 » A publicação e divulgação do edital de convocação para a eleição da CIPA deverá ser 
em local de fácil acesso e visualização, no prazo mínimo de 45 dias antes do término 
do mandato em curso. 
 » A inscrição e eleição serão individuais, sendo que o período mínimo de inscrição 
será de 15 dias. 
 » Liberdade de inscrição para todos os empregados do estabelecimento, independente 
de setores ou locais de trabalho, com fornecimento de comprovante para o candidato. 
 » Realização da eleição no prazo mínimo de 30 dias antes do término do mandato em 
curso da CIPA. 
 » Realização da eleição em dia normal de trabalho, respeitando os horários de turnos 
e em horário que possibilite a participação da maioria dos trabalhadores. 
30
UNIDADE II │SEGURANÇA NAS ORGANIZAÇÕES
 » O pleito deverá ser realizado em escrutínio secreto. 
 » Todos os trabalhadores votantes deverão assinar em uma relação de presença no 
pleito eleitoral, em que constará a chapa, nome e cargo que ocupa na empresa. 
 » A cédula eleitoral deverá ser assinada pelo mesário componente da Comissão 
Eleitoral. 
 » A apuração dos votos deverá ser em horário normal de trabalho, com o 
acompanhamento de representantes do empregador e dos empregados, em número 
a ser definido pela Comissão Eleitoral. 
 » Guarda de todos os documentos do processo eleitoral por um período mínimo de 
cinco anos. 
 » Havendo participação inferior a 50% dos empregados na votação, não haverá a 
apuração dos votos e a Comissão Eleitoral deverá organizar outra votação no prazo 
máximo de dez dias. 
 » Assumirão a condição de titulares e suplentes os candidatos mais votados. 
 » Em caso de empate, assumirá aquele que tivermais tempo de serviço no 
estabelecimento. 
 » Os candidatos mais votados e não eleitos serão relacionados na ata de eleição e 
apuração, em ordem decrescente de votos, possibilitando nomeação posterior, em 
caso de vacância de suplentes.
 » Os membros da CIPA, eleitos e designados serão empossados no primeiro dia útil 
após o término do mandato anterior. A seguir, a empresa deverá protocolar, em até 
10 (dez) dias, na unidade descentralizada do Ministério do Trabalho, cópias das 
atas de eleição e de posse e o calendário anual das reuniões ordinárias.
 » Uma vez registrada na unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e 
Emprego, a CIPA não poderá ter seu número de representantes reduzido ou ser 
desativada pelo empregador, antes do término do mandato de seus membros, ainda 
que haja redução do número de empregados da empresa. A única exceção está no 
encerramento das atividades do estabelecimento.
Atribuições da CIPA
As atribuições básicas de uma CIPA são as seguintes:
 » Investigar e analisar os acidentes ocorridos na empresa. 
31
SEGURANÇA NAS ORGANIZAÇÕES│ UNIDADE II
 » Sugerir as medidas de prevenção de acidentes julgadas necessárias por iniciativa 
própria ou sugestão de outros empregados e encaminhá-las ao presidente e ao 
departamento de segurança da empresa. 
 » Promover a divulgação e zelar pela observância das normas de segurança, ou, ainda, 
de regulamentos e instrumentos de serviço emitidos pelo empregador. 
 » Promover anualmente a Semana Interna de Prevenção de Acidentes – SIPAT. 
 » Sugerir a realização de cursos, palestras ou treinamentos, quanto à Engenharia 
de Segurança do Trabalho, quando julgar necessário ao melhor desempenho dos 
empregados. 
 » Registrar nos livros próprios as atas de reuniões ordinárias e extraordinárias e 
enviar cópia ao departamento de segurança. 
 » Preencher ficha de informações sobre a situação da segurança na empresa e as 
atividades da CIPA e enviar para o Ministério do Trabalho e Emprego. Preencher 
ficha de análise de acidentes. Deve ser enviada cópia de ambas as fichas ao 
departamento de segurança da empresa. 
 » Manter controle sobre as condições de trabalho dos funcionários e equipamentos 
das empresas e comunicar aos responsáveis as irregularidades encontradas. 
 » Identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a 
participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde 
houver.
 » Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho 
visando à identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e 
saúde dos trabalhadores. 
 » Realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano 
de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas. 
 » Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho. 
 » Participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo 
empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de 
trabalho relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores. 
 » Requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina 
ou setor onde haja risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores. 
 » Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros 
programas relacionados à segurança e saúde no trabalho. 
32
UNIDADE II │SEGURANÇA NAS ORGANIZAÇÕES
 » Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como 
cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e 
saúde no trabalho. 
 » Participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, da 
análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas para a 
solução dos problemas identificados. 
Atribuições específicas
Empregador: proporcionar aos membros da CIPA os meios necessários ao desempenho de suas 
atribuições, garantindo tempo suficiente para a realização das tarefas constantes do plano de 
trabalho. 
Empregados: 
 » Participar da eleição de seus representantes. 
 » Colaborar com a gestão da CIPA. 
 » Indicar à CIPA, ao SESMT e ao empregador situações de riscos e apresentar 
sugestões para melhoria das condições de trabalho. 
 » Observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendações quanto à prevenção 
de acidentes e doenças decorrentes do trabalho. 
Presidente da CIPA: 
 » Convocar os membros para as reuniões da CIPA. 
 » Coordenar as reuniões da CIPA, encaminhando ao empregador e ao SESMT, quando 
houver, as decisões da comissão. 
 » Manter o empregador informado sobre os trabalhos da CIPA. 
 » Coordenar e supervisionar as atividades de secretaria. 
 » Delegar atribuições ao Vice-Presidente. 
Vice-Presidente: 
 » Executar atribuições que lhe forem delegadas. 
 » Substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos seus afastamentos 
temporários. 
 » Presidente e Vice-Presidente, em conjunto: 
33
SEGURANÇA NAS ORGANIZAÇÕES│ UNIDADE II
 » Cuidar para que a CIPA disponha de condições necessárias para o desenvolvimento 
de seus trabalhos. 
 » Coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que os objetivos 
propostos sejam alcançados. 
 » Delegar atribuições aos membros da CIPA. 
 » Promover o relacionamento da CIPA com o SESMT, quando houver. 
 » Divulgar as decisões da CIPA a todos os trabalhadores do estabelecimento. 
 » Encaminhar os pedidos de reconsideração das decisões da CIPA. 
 » Constituir a comissão eleitoral. 
Secretário: 
 » Acompanhar as reuniões da CIPA e redigir as atas apresentando-as para aprovação 
e assinatura dos membros presentes. 
 » Preparar as correspondências. 
 » Cumprir outras atribuições que lhe forem conferidas. 
Mandato da CIPA
O mandato dos membros titulares da CIPA é de um ano, e aqueles que faltarem a quatro reuniões 
ordinárias sem justificativa perderão o cargo, sendo substituídos pelos suplentes. Não é válida, 
como justificativa, a alegação de ausência por motivo de trabalho.
Os representantes dos empregados titulares da CIPA não podem sofrer demissão arbitrária 
entendendo-se como tal a que não se fundamentar em motivo disciplinar, técnico ou econômico. 
Esta garantia no emprego é assegurada ao cipeiro desde o momento em que o empregador tomar 
conhecimento de sua inscrição de candidato às eleições da CIPA e prolonga-se até um ano após o 
término do mandato. Os cipeiros não podem também ser transferidos para outra localidade a não 
ser que concordem expressamente.
A reeleição deve ser convocada pelo empregador, com um prazo mínimo de 45 dias antes do término 
do mandato e realizada com antecedência de trinta dias em relação ao término do atual mandato. Os 
membros da CIPA eleitos e designados para um novo mandato serão empossados automaticamente 
no primeiro dia após o término do mandato anterior.
34
UNIDADE II │SEGURANÇA NAS ORGANIZAÇÕES
Registro da CIPA
A Empresa deve solicitar ao órgão do Ministério do Trabalho e Emprego o registro da CIPA por meio 
de requerimento, juntando cópias das atas de eleição, instalação e posse com o calendário anual das 
reuniões ordinárias e o livro de atas com o termo de abertura e as atas anteriormente mencionadas 
transcritas. O requerimento e as cópias das atas devem ser em duas vias, e uma via será devolvida 
protocolada pelo auditor-fiscal do Trabalho, que analisou a documentação apresentada.
O registro deve ser feito no prazo máximo de dez dias após a data da eleição. Comunicada a SRTE, 
uma cópia protocolada deve ser enviada ao setor responsável pela segurança do trabalho na 
empresa. Após ter sido registrada na SRTE, a CIPA não pode ter o seu número de representantes 
reduzido nem ser desativada antes do término do mandato,ainda que haja redução de empregados 
na empresa.
Existem outras formas de composição da CIPA. Essa formação particular dependerá da atividade 
econômica exercida pela empresa.
Treinamento da CIPA
Conforme a NR-5, a empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA, titulares e 
suplentes. O treinamento de CIPA, em primeiro mandato, será realizado no prazo máximo de trinta 
dias, contados a partir da data da posse.
As empresas que não se enquadrem no Quadro I da NR- 5 deverão promover anualmente treinamento 
para o profissional designado para responsabilizar-se pelo cumprimento do objetivo desta norma. 
De acordo com a NR- 5, o treinamento para a CIPA deverá contemplar, no mínimo, os seguintes 
itens: 
 » Estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscos originados do 
processo produtivo. 
 » Noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS, e medidas de 
prevenção. 
 » Metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do trabalho. 
 » Noções sobre as legislações trabalhista e previdenciária relativas à segurança e 
saúde no trabalho. 
 » Noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de exposição aos riscos 
existentes na empresa. 
 » Princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos. 
 » Organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício das atribuições da 
Comissão. 
35
SEGURANÇA NAS ORGANIZAÇÕES│ UNIDADE II
O treinamento terá carga horária de vinte horas, distribuídas em no máximo oito horas diárias e 
será realizado durante o expediente normal da empresa. O treinamento poderá ser ministrado: 
 » Pelo SESMT da empresa. 
 » Por entidade patronal. 
 » Por entidade de trabalhadores. 
 » Por profissional que possua conhecimentos sobre os temas ministrados. 
A CIPA será ouvida sobre o treinamento a ser realizado, inclusive quanto à entidade ou profissional 
que o ministrará, e sua manifestação deverá constar em ata. Mas cabe à empresa decidir que entidade 
ou profissional ministrará o treinamento. 
Quando comprovada a não observância ao disposto nos itens relacionados ao treinamento, a 
unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego determinará a complementação ou a 
realização de outro, que será efetuado no prazo máximo de trinta dias, contados da data de ciência 
da empresa sobre a decisão.
Empresas contratantes e contratadas
Sobre as empresas contratantes e contratadas, a NR-5 menciona: 
 » Quando se tratar de empreiteiras ou empresas prestadoras de serviços, considera-
se estabelecimento, para fins de aplicação desta NR, o local em que os empregados 
estiverem exercendo suas atividades. 
 » Sempre que duas ou mais empresas atuarem em um mesmo estabelecimento, a 
CIPA ou o profissional designado pela empresa contratante deverá, em conjunto 
com as das contratadas ou com os designados, definir mecanismos de integração 
e de participação de todos os trabalhadores em relação às decisões das CIPAs 
existentes no estabelecimento. 
 » A contratante e as contratadas que atuem num mesmo estabelecimento deverão 
implementar, de forma integrada, medidas de prevenção de acidentes e doenças do 
trabalho, de forma a garantir o mesmo nível de proteção em matéria de segurança e 
saúde a todos os trabalhadores do estabelecimento. 
Mapa de riscos
O mapa de riscos foi criado por meio da portaria no 5 em 17/8/1992 e modificado pela Portaria no 
25 de 29/12/1994 e Portaria 8 de 23/2/1999, tornando obrigatória a elaboração de mapas de risco 
pela CIPA de cada empresa. 
36
UNIDADE II │SEGURANÇA NAS ORGANIZAÇÕES
Mapa de Risco é a representação gráfica dos riscos existentes nos diversos locais de trabalho, na 
empresa. Trata-se de identificar situações e locais potencialmente perigosos. Ele serve para reunir 
as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação da empresa em relação à 
segurança e saúde no trabalho e para possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e a divulgação 
de informações entre os trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades de 
prevenção. 
Cabe à CIPA identificar os riscos no processo de trabalho com a participação do maior número de 
trabalhadores e com assessoria do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina 
do Trabalho – SESMT, quando houver. 
No mapa, os tipos de riscos ambientais são representados graficamente, através de círculos de cores 
e tamanhos proporcionalmente diferentes (grau de perigo), sobre planta ou esboço do local de 
trabalho.
Figura 5. Mapa de Risco simplificado de uma Instalação Industrial
Fonte: <www.areaseg.com.br>
37
SEGURANÇA NAS ORGANIZAÇÕES│ UNIDADE II
Figura 6. Cores utilizadas no Mapa de Riscos
Fonte: <www.areaseg.com.br>
Figura 7. Exemplo de Tabela Descritiva dos Riscos
Fonte: <www.areaseg.com.br>
Mapa de Riscos passo a passo
 » Conhecer o processo de trabalho no local analisado: 
 › Trabalhadores (número de funcionários, idade, sexo, jornada de trabalho, 
treinamentos realizados – profissionais e de segurança e saúde). 
 › Instrumentos e materiais de trabalho. 
 › Atividades exercidas. 
 › Ambiente. 
 » Diagnosticar os riscos ambientais existentes, de acordo com sua classificação. 
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UNIDADE II │SEGURANÇA NAS ORGANIZAÇÕES
 » Identificar as medidas de proteção existentes e sua eficácia: medidas de proteção 
coletiva, medidas de organização do trabalho, medidas de proteção individual, 
medidas de higiene e conforto: banheiros, vestiários, bebedouros, refeitório e áreas 
de lazer. 
 » Identificar os indicadores de saúde: as queixas mais frequentes e comuns entre os 
trabalhadores expostos aos mesmos riscos, acidentes de trabalho ocorridos, doenças 
profissionais diagnosticadas, causas mais frequentes de ausência ao trabalho. 
 » Conhecer os levantamentos de riscos ambientais já realizados no local. 
 » Elaborar o mapa de riscos, sobre o layout da empresa, representando através de 
círculo:
 › O grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada. 
 › O número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do 
círculo. 
 › A especialização do agente (por exemplo: químico - sílica, hexano, ácido 
clorídrico, ou ergonômico - repetitividade, ritmo excessivo) que deve ser anotada 
também dentro do círculo. 
 › A intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve 
ser representada por tamanhos proporcionalmente diferenciados de círculos.
Depois de discutido e aprovado pela CIPA, o mapa de riscos, completo ou setorial, deverá ser afixado 
em cada local analisado, de forma claramente visível e de fácil acesso para os trabalhadores. 
No caso das empresas da indústria da construção, o mapa de riscos do estabelecimento deverá 
ser realizado por etapa de execução dos serviços, devendo ser revisto sempre que um fato novo e 
superveniente modificar a situação de riscos estabelecida.
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UNIDADE III
ADMINISTRAÇÃO E 
A ENGENHARIA DE 
SEGURANÇA
CAPÍTULO 1
NR-7: Programa de Controle Médico de 
Saúde Operacional – PCMSO
O PCMSO é um programa técnico-preventivo a ser realizado pela empresa como parte integrante do 
conjunto mais amplo de iniciativas no campo da proteção à saúde dos empregados. Esse programa é 
obrigatório para todas as empresas e possui caráter preventivo, possibilitando rastrear e diagnosticar 
precocemente os agravos à saúde relacionados ao trabalho, além de constatar a existência de casos 
de doenças profissionais ou os danos reversíveis à saúde do trabalhador.
Esse programa especifica procedimentos e condutas a serem adotadas pelas empresas em função 
dos riscos a que os empregados se expõem no ambiente de trabalho. O objetivo primordial é a 
promoção e a preservação da saúde do conjuntodos seus trabalhadores, por meio da prevenção, 
detecção precoce, monitoramento e controle de possíveis danos à saúde do empregado.
É um programa da empresa, mas, ao contrário do PPRA, tem um único responsável legal pela sua 
condução, que é o médico coordenador do PCMSO, o qual faz parte do SESMT e deve ser parceiro 
do Engenheiro de Segurança nas ações preventivas. O documento é elaborado pelo médico, 
preferencialmente com especialização em Medicina do Trabalho, abordando os riscos ambientais, 
programando consultas e exames complementares, ações preventivas de saúde do trabalhador, 
relatórios anuais e avaliações epidemiológicas, para que sejam adotadas as medidas corretivas de 
acordo com o perfil encontrado.
Todas as empresas, independentemente do número de empregados ou do grau de risco de sua 
atividade, estão obrigadas a elaborar e implementar o PCMSO, que deve ser planejado e implantado 
com base nos riscos à saúde dos trabalhadores, especialmente os identificados no mapeamento de 
riscos e nas avaliações preventivas no Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA.
Excluem-se da obrigatoriedade de indicar médico coordenador deste programa as empresas:
 » Com Grau de Risco 1 e 2 (conforme a NR-4) que possuam até 25 funcionários. 
 » Com Grau de Risco 3 e 4 com até 10 funcionários. 
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UNIDADE III │ADMINISTRAÇÃO E A ENGENHARIA DE SEGURANÇA
 » Com Grau de risco 1 e 2 que possuam de 26 a 50 funcionários; elas poderão ser 
isentadas de indicar médico coordenador, desde que essa deliberação seja concedida 
por negociação coletiva. 
 » Com Grau de risco 3 e 4 que possuam de 11 a 20 funcionários; elas poderão ser 
liberadas de indicar médico coordenador, desde que essa liberação seja concedida 
por negociação coletiva.
Mesmo as empresas consideradas nos parágrafos anteriores poderão ser obrigadas a indicar 
médico coordenador do PCMSO, quando suas condições representarem potencial de risco grave 
aos trabalhadores. Essa situação é determinada pelo Delegado Regional do Trabalho, com base em 
parecer técnico conclusivo da autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do 
trabalhador, ou em negociação coletiva. 
Responsabilidades
As responsabilidades pelo planejamento, implementação e monitoramento do PCMSO distribuem-
se entre o empregador e o médico coordenador, e cabe à empresa contratante de mão de obra 
prestadora de serviços informar aos contratados os riscos existentes e auxiliar na elaboração e 
implementação do PCMSO nos locais de trabalho onde os serviços estão sendo prestados. 
São responsabilidades do empregador: 
 » Garantir a elaboração e efetiva implementação do PCMSO, bem como zelar pela sua 
eficácia. 
 » Custear, sem ônus para o empregado, todos os procedimentos relacionados ao 
PCMSO. 
 » Indicar, dentre os médicos dos SESMT da empresa, um coordenador responsável 
pela execução do PCMSO. 
 » No caso de a empresa estar desobrigada de manter Médico do Trabalho, de acordo 
com a NR-4, deverá o empregador indicar Médico do Trabalho, empregado ou não 
da empresa, para coordenar o PCMSO. 
 » Inexistindo médico do trabalho na localidade, o empregador poderá contratar 
médico de outra especialidade para coordenar o PCMSO. 
São responsabilidades do médico coordenador: 
 » Realizar os exames médicos ou encarregar estes a profissional médico familiarizado 
com os princípios da patologia ocupacional e suas causas, bem como com o ambiente, 
as condições de trabalho e os riscos a que está ou será exposto cada trabalhador da 
empresa a ser examinado. 
 » Encarregar dos exames complementares previstos nos itens, quadros e anexos da NR-7 
profissionais e/ou entidades devidamente capacitados, equipados e qualificados. 
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ADMINISTRAÇÃO E A ENGENHARIA DE SEGURANÇA│ UNIDADE III
Objetivos do PCMSO
Para a elaboração do PCMSO, o mínimo requerido é um estudo prévio para reconhecimento de 
riscos ocupacionais existentes na empresa, por meio de visitas aos locais de trabalho, baseando-se 
nas informações contidas no PPRA.
O reconhecimento de riscos deve ser feito por intermédio de visitas aos locais de trabalho pra 
análise dos processos produtivos, postos de trabalho, informações sobre ocorrências de acidentes 
de trabalho e doenças ocupacionais, atas de CIPA, Mapas de Risco, estudos bibliográficos etc.
A partir desse reconhecimento de riscos, deve ser estabelecido um conjunto de exames clínicos 
complementares específicos para cada grupo de trabalhadores da empresa, utilizando-se de 
conhecimentos científicos atualizados e em conformidade com a boa prática médica.
Entre as diretrizes, uma das mais importantes é aquela que estabelece que o PCMSO deve considerar 
as questões incidentes tanto sobre o indivíduo quanto sobre a coletividade de trabalhadores, 
privilegiando o instrumental clínico-epidemiológico. A norma estabelece ainda o prazo e a 
periodicidade para a realização das avaliações clínicas, assim como define os critérios para a 
execução e a interpretação dos exames médicos complementares (os indicadores biológicos).
Assim, o nível de complexidade do PCMSO depende basicamente dos riscos existentes em 
cada empresa, das exigências físicas, psíquicas e cognitivas das atividades desenvolvidas e das 
características biopsicofisiológicas de cada população trabalhadora. A norma estabelece as diretrizes 
gerais e os parâmetros mínimos a serem observados na execução do programa, podendo estes, 
entretanto, ser ampliado mediante negociação coletiva de trabalho.
Exames obrigatórios do PCMSO
Os exames médicos ocupacionais, assim como sua periodicidade, estão previstos na NR-7, que 
estabelece a emissão de Atestado de Saúde Ocupacional – ASO, relatórios anuais e monitoração 
do programa. Têm como objetivo considerar o trabalhador APTO ou INAPTO para o exercício de 
uma definida e determinada atividade. Assim, a relação de parceria no SESMT dará informação ao 
Médico do Trabalho sobre as necessidades funcionais de cada atividade na empresa. 
Todos são obrigatórios, conforme estabelece a legislação vigente, e são os seguintes:
 » Admissional: deverá ser realizado antes que o trabalhador assuma suas atividades. 
 » Periódico: realizados frequentemente, conforme prazos estipulados pelo médico 
coordenador do PCMSO, após levar em consideração a análise dos riscos por setor e 
função, assim como a idade do trabalhador. Os intervalos mínimos são:
 › Para trabalhadores expostos a riscos ou a situações de trabalho que impliquem 
o desencadeamento ou agravamento de doença ocupacional, ou, ainda, para 
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UNIDADE III │ADMINISTRAÇÃO E A ENGENHARIA DE SEGURANÇA
aqueles que sejam portadores de doenças crônicas, os exames deverão ser 
repetidos: 
 · A cada ano ou em intervalos menores, a critério do médico encarregado, ou 
por notificação do médico agente da inspeção do trabalho, ou, ainda, como 
resultado de negociação coletiva de trabalho. 
 · De acordo com a periodicidade especificada no Anexo no 6 da NR-15, para os 
trabalhadores expostos a condições hiperbáricas.
 › Para os demais trabalhadores:
 · Anual, quando menores de 18 (dezoito) anos e maiores de 45 (quarenta e 
cinco) anos de idade. 
 · A cada dois anos, para os trabalhadores com idades entre 18 (dezoito) anos e 
45 (quarenta e cinco) anos de idade.
 » Retorno ao trabalho: realizado obrigatoriamente no primeiro dia da volta ao 
trabalho do trabalhador ausente por um período igual ou superior a trinta dias, por 
motivo de doença ou acidente, de natureza ocupacional ou não, ou parto. 
 » Mudança de função: realizado obrigatoriamente antes da data de mudança. É 
considerada mudança de função toda e qualquer alteração de atividade, posto de 
trabalho ou de setor que exporá o empregado a um risco diferente do exercício na 
atividade anterior. 
 »Demissional: realizado obrigatoriamente antes da data da homologação da dispensa, 
ou até o desligamento definitivo do trabalhador, desde que o último exame médico 
ocupacional tenha sido realizado há mais de 135 dias para empresas de Grau de 
Risco 1 e 2, e 90 dias para empresa de Grau de Risco 3 e 4. Por determinação da 
Superintendência Regional do Ministério do Trabalho, com base em parecer técnico 
conclusivo da autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde 
do trabalhador, ou em decorrência de negociação coletiva, as empresas poderão 
ser obrigadas a realizar o exame médico demissional independentemente da época 
de realização de qualquer outro exame, quando suas condições representarem 
potencial de risco grave aos trabalhadores.
Os exames compreendem avaliação clínica, abrangendo anamnese ocupacional e exame físico e 
mental, e exames complementares, realizados de acordo com os termos específicos da NR-7 e seus 
anexos.
Periodicidade dos exames médicos complementares
Para os trabalhadores cujas atividades envolvem os riscos discriminados nos Quadros I e II da NR-7, 
os exames médicos complementares deverão ser executados e interpretados com base nos critérios 
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ADMINISTRAÇÃO E A ENGENHARIA DE SEGURANÇA│ UNIDADE III
constantes dos referidos quadros e seus anexos. A periodicidade de avaliação dos indicadores 
biológicos do Quadro I deverá ser, no mínimo, semestral, podendo ser reduzida a critério do médico 
coordenador, ou por notificação do médico agente da inspeção do trabalho, ou mediante negociação 
coletiva de trabalho. 
Para os trabalhadores expostos a agentes químicos não constantes dos Quadros I e II, outros 
indicadores biológicos poderão ser monitorizados, dependendo de estudo prévio dos aspectos 
de validade toxicológica, analítica e de interpretação desses indicadores. Outros exames 
complementares usados normalmente em patologia clínica para avaliar o funcionamento de órgãos 
e sistemas orgânicos podem ser realizados, a critério do médico coordenador ou encarregado, ou por 
notificação do médico agente da inspeção do trabalho, ou ainda decorrente de negociação coletiva 
de trabalho.
Registro do PCMSO
Para cada exame médico realizado, o médico emitirá o ASO, em 2 (duas) vias. A primeira via 
do ASO ficará arquivada no local de trabalho do trabalhador, mesmo se tratando de frente de 
trabalho ou canteiro de obras, à disposição da fiscalização do trabalho. A segunda via do ASO será 
obrigatoriamente entregue ao trabalhador, mediante recibo na primeira via. O ASO deverá conter 
no mínimo: 
 » Nome completo do trabalhador, número de registro de sua identidade e função que 
desempenha. 
 » Riscos ocupacionais específicos existentes, ou ausência deles, na atividade do 
empregado, conforme instruções técnicas expedidas pela Secretaria de Segurança e 
Saúde no Trabalho – SSST. 
 » Indicação dos procedimentos médicos a que foi submetido o trabalhador, incluindo 
os exames complementares e a data em que foram realizados. 
 » Nome do médico coordenador, quando houver, com o respectivo CRM. 
 » Definição de APTO ou INAPTO para a função específica que o trabalhador vai 
exercer, exerce ou exerceu. 
 » Nome do médico encarregado do exame e endereço ou forma de contato. 
 » Data e assinatura do médico encarregado do exame e carimbo contendo seu número 
de inscrição no Conselho Regional de Medicina. 
Os dados obtidos nos exames médicos, incluindo avaliação clínica e exames complementares, as 
conclusões e as medidas aplicadas deverão ser registradas em prontuário clínico individual, que 
ficará sob a responsabilidade do médico-coordenador do PCMSO. Os registros deverão ser mantidos 
por período mínimo de 20 (vinte) anos após o desligamento do trabalhador. Esse prazo na NR-7 
remete ao antigo Código Civil Brasileiro, no seu artigo 77, pois esse era o prazo de prescrição das 
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UNIDADE III │ADMINISTRAÇÃO E A ENGENHARIA DE SEGURANÇA
ações pessoais. Havendo substituição do médico, os arquivos deverão ser transferidos para seu 
sucessor. 
O PCMSO deverá prever as ações de saúde a serem executadas durante o ano e a elaboração de 
relatório anual discriminando, por setores da empresa, o número e a natureza dos exames médicos, 
incluindo avaliações clínicas e exames complementares, estatísticas de resultados considerados 
anormais, assim como o planejamento para o próximo ano, tomando como base o modelo proposto 
no Quadro III da NR-7. 
O relatório anual deverá ser apresentado e discutido na CIPA, quando existente na empresa, 
de acordo com a NR-5, sendo sua cópia anexada ao livro de atas daquela comissão. O relatório 
anual do PCMSO poderá ser armazenado na forma de arquivo informatizado, de modo que fique 
imediatamente acessível ao agente de inspeção do trabalho. As empresas desobrigadas de indicarem 
médico coordenador ficam dispensadas de elaborar o relatório anual. 
Sendo constatada a ocorrência ou agravamento de doenças profissionais - através de exames 
médicos que incluam os definidos na NR-7 ou sendo verificadas alterações que revelem qualquer 
tipo de disfunção de órgão ou sistema biológico, por meio dos exames constantes dos Quadros I 
(apenas aqueles com interpretação SC) e II, e do item 7.4.2.3 da NR-7, mesmo sem sintomatologia, 
o médico coordenador ou encarregado deverá: 
 » Solicitar à empresa a emissão de Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT. 
 » Indicar, quando necessário, o afastamento do trabalhador da exposição ao risco, ou 
do trabalho. 
 » Encaminhar o trabalhador à Previdência Social para estabelecimento de nexo 
causal, avaliação de incapacidade e definição da conduta previdenciária em relação 
ao trabalho. 
 » Orientar o empregador quanto à necessidade de adoção de medidas de controle no 
ambiente de trabalho.
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CAPÍTULO 2
NR-9: Programa de Prevenção de Riscos 
Ambientais – PPRA
Conforme a Norma Regulamentadora no 9 – NR-9, a elaboração e implementação do PPRA é 
obrigatória para todas as empresas e instituições que admitam trabalhadores. Esse programa 
expressa o comprometimento da empresa com a redução dos acidentes de trabalho, com o objetivo 
de preservar a saúde e integridade física dos empregados, identificando riscos ambientais físicos, 
químicos e biológicos existentes no trabalho, tais como ruído, calor, frio, radiações, vibrações, 
névoas, gases, neblinas, bactérias, fungos, parasitas etc.
O PPRA, como todo programa preventivo, impõe antecipação, reconhecimento, avaliação e controle 
da ocorrência de riscos ambientais, envolvendo ações, sob a responsabilidade do empregador, cuja 
abrangência depende das características de cada ambiente de trabalho.
Porém muitas empresas realizam o PPRA, mas não o implementam. E esse é um programa que 
serve como base para o desenvolvimento de qualquer ação que possa objetivar a proteção à saúde 
do trabalhador, seja no aspecto de promoção à saúde ou na prevenção de doenças ocupacionais.
O PPRA visa criar um plano de ação que assegure a saúde e a integridade dos trabalhadores. 
Essa norma trata dos riscos ambientais presentes em um local de trabalho, determinando a sua 
identificação, bem como o planejamento para reduzir a exposição dos funcionários a eles.
Uma característica importante desse programa é que ele pode ser elaborado dentro dos conceitos 
mais modernos de gerenciamento e gestão, em que o empregador tem autonomia suficiente para, 
com responsabilidade, adotar um conjunto de medidas e ações que considere necessárias para 
garantir a saúde e integridade física dos trabalhadores.
Para que possa atingir seus objetivos prevencionistas, o PPRA deverá relacionar-se estreitamente 
com o PCMSO - Programa de Controle Médico da Saúde Ocupacional - PCMSO previsto na NR-7. 
Os dois programas se completam:

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