76 pág.

Pré-visualização | Página 1 de 3
Profa. Patrícia da Silva Sousa Carvalho • Coudry (1988): afasia é uma perturbação da l i nguagem em que há a l te ração de mecanismos lingüísticos em todos os níveis, tanto do seu aspecto produtivo, quanto interpretativo, causada por lesão estrutural adquirida no SNC. Perda ou redução da capacidade de processar linguagem como resultado de uma lesão cerebral. Pode manifestar-se como dificuldade em: ! 1) perceber mensagens faladas ou escritas; 2) identificar imagens e objetos e/ou 3) comunicar através da fala, escrita e/ou do gesto. • Diz-se, então, que o sujeito é afásico quando lhe faltam recursos próprios da linguagem, desta forma a afasia deve ser concebida como um problema essencialmente discursivo, não redutível aos níveis lingüísticos, isto é, a língua. • problemas de expressão, • fala telegráfica, • agramatismo, • apraxia buco-lábio-lingual, • sendo características nas afasias de Broca. • problemas de compreensão, • ausência de déficits articulatórios, • anomias, • parafasias semânticas • e são características, principalmente, nas afasias de Wernicke e Condução. ◦ Afasia de Wernicke ● FALA FLUENTE ● DIFICULDADE NA CONPREENSÃO ● DIFICULDADE NA REPETIÇÃO ● Artéria cerebral média inferior ◦ Afasia Transcortical Sensorial ● FALA FLUENTE ● DIFICULDADE NA COMPREENSÃO ● REPETIÇÃO INTACTA ● Artéria cerebral média e cerebral posterior ◦ Afasia de Condução ● FALA FLUENTE ● COMPREENSÃO INTACTA ● DIFICULDADE NA REPETIÇÃO ● Interrupção do Fascículo arqueado ◦ Afasia Motora Transcortical ● FALA NÃO FLUENTE ● COMPREENSÃO INTACTA ● REPETIÇÃO INTACTA ● Artéria cerebral média ● e cerebral anterior ◦ Afasia de Broca ● FALA NÃO FLUENTE ● COMPREENSÃO INTACTA ● DIFICULDADE NA REPETIÇÃO ● Artéria cerebral média superior • Afasia Global ● FALA NÃO FLUENTE ● DIFICULDADE NA COMPREENSÃO ● DIFICULDADE NA REPETIÇÃO ● Artéria cerebral média superior e inferior • Alexia SEM Agrafia /.../ ! T: Agora o senhor me prometeu que ia trazer uma de suas poesias. Trouxe? P: Sim. Aqui. T: Ótimo. Que bom que o senhor lembrou. P: É, mas ela foi antes do aconteceu. T: Foi o que? Antes de que? P: Do... de ficar doente do problema da cabeça. T: Ah, antes do AVC? A poesia foi escrita antes, né? P: Antes do acidente. T: Quer dizer então que ainda anda escrevendo depois? Poxa... P: Não muito. Sabe que minha mão tá parada, é complicado... muito difícil. T: A mão parada? Como? P: Não. É... você sabe. Meu lado daqui não faz mais coisa mais. Não consegue, fica o tempo todo assim. Vendo? Consigo não. T: Hmm... O senhor está se referindo à paralisia, né? P: E então. Dá não. Dá não. T: Mas o senhor não pode deixar de fazer o que gosta. Acho que dá pra conseguir. É só pedir pra alguém ir escrevendo o que você vai criando. Tem que continuar, não acha? P: Vou querer. /.../ /.../ P: O menininho. T: Ah... o seu neto. Poxa, já nasceu. O tempo passou foi rápido. P: É... neto, uma menino, chora, chora. T: Poxa, mas é legal, não é? Pena que ela fique sem tempo. P: É, ele passa o dia passando o dia dela. Passa o tempo dela. T: Como? Passando o dia dela? P: Passa o dia com ele, fazendo pra ele, o dia. T: Ocupada com ele, né? P: Isso. Não pode fazer coisas muito pra mim. Escrever o que quero. Tem que dar bico. T: Mas o senhor está conseguindo ir bem. Ta melhorando, viu? P: É. Ela é boa. /.../ T: Hmm... Um livro de poesias? Não, o senhor ia gostar. Não sei. P: Nada. Isso eu uso. Embrulho de uma faca, com várias facas pequenas. Disse que muito caro, é chiqueza. T: Uma faca chiqueza? P: Ai... é. Faca não. Uma coisa pequena. T: Com outras facas? E é CHIQUE?? É isso? P: Pois sim. Muitos tipos pra coisas. Diferente. T: O senhor ganhou um canivete? P: (risos) canivete. T: Sei. E por que ficou triste? P: Não uso não. Tremo, medo, ele corta, não consigo. T: O senhor tem medo de tremer e se cortar é? P: Medo. Não posso. Contei pro homem que cuida do meu problema da cabeça. T: O médico? P: Ele chega chorou? T: Seu médico chorou? Chorou? Ele ficou triste? P: Ui.. chorou não? T: O senhor que falou. P: Ele disse: e agora? E chorou. (risos) T: Ele riu muito foi? P: Foi. Graça demais. • [1] Tr. – E quem está olhando o menino? • [2] C. – Mãe... pai...acho • [3] Tr. – A mãe e o pai de quem? • [4] C. – Quero... os dois dele... né? • [5] Tr. – Isso mesmo • [6] C. – Parece que... ta que... mesmo... que o menino está falando. • [7] Tr. – Entendi, então como toda mãe e todo o pai, estão achando bonito o que ele esta falando. • [8] C. – Exatamente (muito entusiasmo) • [9] Tr. – É isso mesmo. Então, o que está acontecendo nesta gravura? Quem está fazendo o que? • [10] C. – O menino está fazendo alguma coisa que eu não sei. • [11] Tr. – (risos) • [12] C. – Falando. • [14] Tr. – Viu como o sr. sabe. O menino está falando mesmo. • [15] C. – Eu dizia... eu não sei... não sei... estava falando GNOSIA: capacidade de percepção e identificação das informações que chegam as áreas sensoriais associativas ! Agnosias visual, auditiva, etc ! PRAXIA: capacidade de executar os movimentos planejados voluntários. ! Apraxias Afasia • “uma falha no reconhecimento que não pode ser atribuída a defeitos sensoriais elementares, deterioração mental, distúrbios atencionais, anomia afásica ou falta de familiaridade com o objeto apresentado sensorialmente” • AGNOSIA VISUAL • PROSOPAGNOSIA: não reconhecimento de faces • AGNOSIA DO ESPELHO • AGNOSIA AUDITIVA • SIMULTANEOGNOSIA • AGNOSIA PANTOMIMA • SOMATOGNOSIA: perda do esquema corporal • ASTEREOGNOSIA: não reconhecimento de objetos pelo tato As informações visuais corticais primárias são transmitidas as outras regiões corticais. Onde? O quê? Via Ventral: reconhece o que são os objetos Acromatopsia (visão sem cor): lesão restrita no lobo occipital medial: perda da percepção às cores sem perder qualquer acuidade (Um antropólogo em Marte). Não conseguem mais nem imaginar ou se lembrar da cores. Percepção dos objetos V1: Via visual primaria; V2: Via visual secundaria, etc Região anterior do Lobo temporal Córtex infero-temporal Região posterior do lobo temporal AGNOSIA VISUAL ! Agnosia visual aperceptiva: acuidade visual normal mas incapaz de reconhecer corretamente as formas dos objetos. ! Agnosia visual associativa: acuidade visual normal (copiam objetos) mas incapaz de desenhar um objeto quando solicitado. É como se não conseguissem mentalizar o objeto ainda que saiba para que serve. Prosopagnosia Forma de agnosia visual em que o paciente sabe que está vendo uma face mas não sabem dizer de quem. ! Por deficit sensorial Aperceptiva • Quando ocorre dano cortical responsavel por toda acuidade visual, impossibilitando os pacientes de reconhecer objetos. • • Causa: • Dano em ambos os lobos occipitais, direito e esquerdo. • Acuidade visual normal • Percepção da forma distorcida. • • Causa: • Dano no lobo parietal ou temporal direito. • O paciente não tem distorção da percepção da forma, mas não cnsegue reconehcer os objetos • Causa: ◦ Dano na junção occipto-temporal de ambos os hemisférios ESQUERDO: “ 2+2 = 4 " DIREITO : “2+2 = Dois patos na lagoa " ESQUERDO: responsável pelo pensamento lógico "A chuva é a água evaporada dos mares e rios que se condensa nas nuvens e cai na terra.“ ! DIREITO: responsável pela criatividade. “Ah,