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desclassificação pode ser própria ou imprópria, e pode ocorrer na primeira fase ou no plenário. Na primeira fase é o juiz que faz, no plenário a desclassificação é feita pelos jurados Própria: art. 581, II. Imprópria: 1ª fase do rito: até a preclusão da decisão de pronúncia. 2º fase do rito: plenário. Só há júri se houver pronúncia. Plenário: constitui o Júri; sorteio; oitiva da vítima; TA; TD; interrogatório; debates (MP e Defesa – 1h30; Réplica (MP decide se haverá) – 1h; Tréplica (Defesa) - 1h); quesitos; sentença. - Desclassificação: pode ser própria ou imprópria. Quem decide são os jurados. A desclassificação se opera nas respostas que os jurados dão aos quesitos. Própria: quando quesitados se o réu quis ou assumiu o risco e os jurados respondem NÃO, ou seja, negam o dolo. O juiz presidente decide em plenário, o processo NÃO é redistribuído. O espaço de decisão do juiz torna-se limitado, isto é, se os jurados já negaram o dolo o magistrado não poderá condenar o réu na forma dolosa. Se os jurados negarem a tentativa também caracteriza-se desclassificação própria. Na desclassificação própria, o conexo segue o prevalente e o juiz presidente é quem vai julgar ambos. Imprópria: quando os jurados responderem que ouve excesso culposo na excludente ou quando afirmarem que houve participação dolosamente distinta. O crime prevalente vai para o juiz presidente e ao afirmarem o excesso culposo na excludente ou a participação dolosamente distinta, entende-se que os jurados firmam competência para julgar o crime conexo. Atenção -> “Súmula 191 STJ: A pronúncia é causa interruptiva da prescrição, ainda que o Tribunal do Júri venha a desclassificar o crime.” Art. 421 CPP Art. 422 05 dias para arrolar as testemunhas de plenário Art. 479, 481 Júri: 1º Sorteio dos Jurados: SETE. As partes podem recusar. A recusa pode ser: Motivada: suspeição ou impedimento. Não tem limite (art. 471). Imotivada: cada parte pode recusar até três jurados sem motivar (art. 468). Primeiro a defesa escolhe, depois o MP. 2º Cópia da pronuncia/Relatório do processo: art. 472, p. único. “Art. 472. Parágrafo único. O jurado, em seguida, receberá cópias da pronúncia ou, se for o caso, das decisões posteriores que julgaram admissível a acusação e do relatório do processo.” 3º Vítima, Testemunhas de Acusação e Testemunhas de Defesa SE ARROLADAS. 4º Acareações, reconhecimentos e esclarecimentos -> Art. 473, § 3º. 5º Interrogatório: art. 457 (direito de não comparecer). O júri acontece mesmo sem a presença do réu (se estiver solto). Se estiver preso e não comparecer deverá ser conduzido, caso contrário o julgamento será adiado. 6º Debates: 1h30 MP e 1h30 Defesa – Réplica (se o MP quiser) 1h – Tréplica (se houver réplica) 1h Se houver mais de um acusado aumenta-se o tempo nos debates -> mais 1h. 7º Quesitos: art. 483. Os jurados deverão responder “SIM” ou “NÃO” aos seguintes quesitos. Problema nos quesitos é NULIDADE ABSOLUTA. Materialidade do fato: “no dia X a X horas na rua X FULANO DE TAL (vítima) foi atingido por disparos de arma de fogo sofrendo as lesões descritas no auto de necropsia da folha X que causaram a sua morte (...)”. “no dia X a X horas na rua X FULANO DE TAL (vítima) foi atropelado pelo carro X produzindo as lesões descritas no auto de necropsia da folha X que causaram a sua morte (...)”. SIM ou NÃO? Se mais de três jurados disserem sim (art. 483, § 2º), eles estão afirmando a existência-materialidade do fato. Se disserem não (art. 483, § 1º), eles estão negando a materialidade do fato, e portanto, o réu está absolvido. Autoria ou Participação: “o réu MANÉ DE TAL desferiu os tiros referidos no quesito anterior?”. “o réu MANÉ DE TAL conduziu o veículo X placa X referido no quesito anterior?”. Participação é CONCORRER para a prática de um crime (segurando a vítima, vendendo a arma, emprestando a arma etc). “Art. 483. § 1o A resposta negativa, de mais de 3 (três) jurados, a qualquer dos quesitos referidos nos incisos I e II do caput deste artigo encerra a votação e implica a absolvição do acusado. § 2o Respondidos afirmativamente por mais de 3 (três) jurados os quesitos relativos aos incisos I e II do caput deste artigo será formulado quesito com a seguinte redação: O jurado absolve o acusado?” O SIM afirma a autoria, o NÃO é uma negativa de autoria (absolvição). ATENÇÃO: art. 483, § 4º “Art. 483. § 4o Sustentada a desclassificação da infração para outra de competência do juiz singular, será formulado quesito a respeito, para ser respondido após o 2o (segundo) ou 3o (terceiro) quesito, conforme o caso.” “(...) assim agindo, o réu X dirigindo veículo de placa X quis ou assumiu o risco de causar a morte da vítima?” SIM -> afirmam o dolo, negando a tese da defesa, portanto vai para o quesito 3º. NÃO -> desclassificação própria = ACABOU (vai para o juiz presidente, art. 492, § 1º) e não vai para o terceiro quesito. Obs.: se a tese é de desclassificação utiliza esse quesito antes da absolvição. Absolvição do acusado: quesito OBRIGATÓRIO, sob pena de nulidade. “O jurado absolve o acusado?” SIM ou NÃO. Só quesita os demais se estiverem presentes na pronúncia e se o réu for condenado (inciso IV e V). Se os jurados condenaram... “Art. 492. Em seguida, o presidente proferirá sentença que: I – no caso de condenação: a) fixará a pena-base; b) considerará as circunstâncias agravantes ou atenuantes alegadas nos debates; c) imporá os aumentos ou diminuições da pena, em atenção às causas admitidas pelo júri; d) observará as demais disposições do art. 387 deste Código; e) mandará o acusado recolher-se ou recomendá-lo-á à prisão em que se encontra, se presentes os requisitos da prisão preventiva; f) estabelecerá os efeitos genéricos e específicos da condenação;” Se os jurados absolvem... “Art. 492. II – no caso de absolvição: a) mandará colocar em liberdade o acusado se por outro motivo não estiver preso; b) revogará as medidas restritivas provisoriamente decretadas; c) imporá, se for o caso, a medida de segurança cabível.” Sentença É um ato jurisdicional por excelência. Ato de eleição de significados. Prova: mista (entre 4 e 6 questões objetivas e o restante dissertativa) morfologia dos procedimentos, formular os quesitos a partir de um exemplo e dar as consequências das respostas ao quesitos. Matéria da P2 Atos Jurisdicionais Despacho de Mero Expediente: são atos meramente ordenatórios, não têm cunho decisório e portanto não causam prejuízo e, de regra, são IRRECORRÍVEIS (porém, para qualquer ato SEMPRE cabe Embargos Declaratórios) Ex.: “Vista, Intime-se, Registre-se etc.” Decisões: - Interlocutórias Simples: caráter decisório mínimo, como regra, não cabe recurso. Eventualmente, se causar algum gravame, cabe recurso (Habeas Corpus e Mandado de Segurança). Obs.: a decisão que recebe uma denúncia ou queixa é irrecorrível. - Interlocutórias Mistas: já têm caráter decisório, ou encerra o processo sem julgamento de mérito ou encerra uma fase do procedimento. Como regra, são passíveis de Recurso em Sentido Estrito, mas pode eventualmente ser caso de Apelação. Ex.: decisão de impronúncia Sentenças: é a decisão definitiva e terminativa do processo, acolhendo ou rejeitando a imputação formulada pela acusação - Condenatória: quando julgam procedente, total ou parcialmente, a pretensão punitiva. Requisitos: art. 387 CPP. - Absolutória: quando não acolhem a pretensão punitiva, não impondo qualquer sanção ao acusado. - Absolutória Imprópria: é quando o juiz, reconhece não ter havido crime, por ausência de culpabilidade, aplica-se uma medida de segurança, é uma espécie de sanção penal, cuja a finalidade não é castigar ou simplesmente reeducar o acusado, mas curá-lo, pois trata-se de um doente-mental. Requisitos da Sentença 1º Relatório: narrativa impessoal sem juízo de valor. Inciso I e II, art. 381 CPP. 2º Fundamentação: análise da prova e motivação jurídica. Inciso III e IV, art. 381 CPP. 3º Dispositivo: parte conclusão.