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introdução 
A psicanálise foi criada por Sigmund Freud (1856-1939), ele nasceu em Freiberg, mas sua família se mudou para Viena quando ele tinha três anos de idade. Freud só deixou a capital austríaca em 1938, após a ocupação nazista; já idoso e doente, instala-se em Londres. A trajetória e historia da psicanálise está indissociavelmente ligada à vida de Freud. A teoria criada por ele em Viena no início do século XX se difundiu por inúmeras áreas do saber, e seus termos circulam até mesmo em conversas coloquiais. Freud inaugurou uma nova área do conhecimento, uma nova forma de ver e pensar o mundo: as neuroses, a infância, a sexualidade, os relacionamento humanos, a subjetividade, a sociedade. 
o atedimento clinico em psicanalise seus principais construtores 
 SIGMUND FREUD: Foi o criador da psicanalise,formou-se em medicina nauniversidade de viena em 19881.especializou-se em psiquiatria, seu metodo de investigação consiste embuscar o significado inconsciente das palavras ações e produções imaginariasde um individuo,o profissional tem como função ensinar a compreender acomposição das formações psiquicas mais complicada reduzindo os sintomasque provocam sofrimento.toda a psicanalise está muito baseada ao trajeto pessoal de Freud grandeparte do conhecimento teórico foi baseado em experiências pessoais desseautor que foram trancritos em várias obras.Muitos colocam a questão de como observar o inconsciente. Se aFreud se deve o mérito do termo "inconsciente", pode-se perguntarcomo foi possível a ele, Freud, ter tido acesso a seu inconsciente parapoder ter tido a oportunidade de verificar seu mecanismo, já que não éjustamente o inconsciente que dá as coordenadas da ação do homemna sua vida diária.Não é possível abordar diretamente o inconsciente (Ics.), oconhecemos somente por suas formações: atosfalhos,sonhos, chistes e sintomas diversos expressos no corpo. Nassuas conferência na Clark University (publicadas como Cinco lições depsicanálise) nos recomenda a interpretação como o meio mais simplese a base mais sólida de conhecer o inconsciente. [8]Outro ponto a ser levado em conta sobre o inconsciente é que eleintroduz na dimensão da consciência uma opacidade. Isto indica ummodelo no qual a consciência aparece, não como instituidora designificatividade, mas sim como receptora de toda significação desde oinconsciente. Pode-se prever que a mente inconsciente é um outro"eu", e essa é a grande ideia de que temos no inconsciente uma outrapersonalidade atuante, em conjuntura com a nossa consciência, mascom liberdade de associação e ação.
2. O modelo psicanalítico da mente considera que a atividade mental ébaseada no papel central do inconsciente dinâmico. O contato com arealidade teórica da psicanálise põe em evidência uma multiplicidadede abordagens, com diferentes níveis de abstração, conceituaçõesconflitantes e linguagens distintas. Mas isso deve ser entendido emum contexto histórico cultural e em relação as próprias característicasdo modelo psicanalítico da mente.CARL GUSTAV JUNG: O objetivo da psicanalise com abordagem junguiana éreconectar o ser com sua sabedoria interior conexão com amultidimensionalidade do ser humano, o autor acreditava que todo sertende a realizar o que existe nele em germe , a crescer,a completar-se adesenvolver o seu potencial.Muitos colocam a questão de como observar o inconsciente. Se aFreud se deve o mérito do termo "inconsciente", pode-se perguntarcomo foi possível a ele, Freud, ter tido acesso a seu inconsciente parapoder ter tido a oportunidade de verificar seu mecanismo, já que não éjustamente o inconsciente que dá as coordenadas da ação do homemna sua vida diária.Não é possível abordar diretamente o inconsciente (Ics.), oconhecemos somente por suas formações: atosfalhos,sonhos, chistes e sintomas diversos expressos no corpo. Nassuas conferência na Clark University (publicadas como Cinco lições depsicanálise) nos recomenda a interpretação como o meio mais simplese a base mais sólida de conhecer o inconsciente. [8]Outro ponto a ser levado em conta sobre o inconsciente é que eleintroduz na dimensão da consciência uma opacidade. Isto indica ummodelo no qual a consciência aparece, não como instituidora designificatividade, mas sim como receptora de toda significação desde oinconsciente. Pode-se prever que a mente inconsciente é um outro"eu", e essa é a grande ideia de que temos no inconsciente uma outrapersonalidade atuante, em conjuntura com a nossa consciência, mascom liberdade de associação e ação.
3. O modelo psicanalítico da mente considera que a atividade mental ébaseada no papel central do inconsciente dinâmico. O contato com arealidade teórica da psicanálise põe em evidência uma multiplicidadede abordagens, com diferentes níveis de abstração, conceituaçõesconflitantes e linguagens distintas. Mas isso deve ser entendido emum contexto histórico cultural e em relação as próprias característicasdo modelo psicanalítico da mente.JACQUES LACAN: Foi o segundo que mais contribuiu e deu continuidade a suaobra. para ele a psicanalise é uma ciência uma visão ou umafilosofia,psicanalise é uma prática onde através do metodo da livreassociação chegaremos ao nucléo do seu ser, ele mostrou que o inconscientese estrutura com a linguagem.1- Um século de Lacan.Polêmico psicanalista francês repensou o sistema freudiano ecriou uma escola psicanalítica.Lacan, refundador da psicanálise. Lacan, transgressor. Lacan,maître à penser. Lacan, venerado. Lacan repudiado. Todos osLacans serão lembrados no dia 13 de abril, quando opsicanalista francês comemoraria 100 anos. No mundo inteiro,assim como no Brasil, estão sendo promovidos semináriospara discutir sua importância para a psicanálise.No segundo semestre deste ano, no dia 9 de setembro,vigésimo aniversário de sua morte, nova oportunidadepara sevoltar a enfatizar a importância do maior psicanalista francês,que, um dia, deixou escapar a boutade: Fui eu que inventei oinconsciente. Segundo uma de suas biógrafas, ElisabethRoudinesco, é inegável a importância de Lacan: ele dotou adoutrina psicanalítica de uma concepção pós-saussuriana do
4. inconsciente, além de uma teoria cartesiana do sujeito. Foinos estudos de Ferdinand de Saussurre e de Roman Jakobsonque Lacan se inspirou para criar a teoria de que o inconsciente é estruturado como uma linguagem, atribuindo ao significante uma posição de predominância sobre osignificado. Pertencente à segunda geração da psicanálisefrancesa, Lacan foi, de sua geração, o único herdeiro de Freuda repensar todo o sistema criado pelo fundador dapsicanálise.Leneide Duarte.JORNAL DO BRASILPara marcar o centenário de Lacan, o Idéias publica umaentrevista com a psicanalista e historiadora ElisabethRoudinesco, além de artigos dos psicanalistas franceses RenéMajor e Michel Plon e dos brasileiros Antônio Quinet, JoelBirman, Paulo Sternick e Marco Antônio Coutinho.DONALDS WOODS WINNICOTT: desenvolveu sua psicanalise com base nasrelações familiares entre a criança e o ambiente,de acordo com winnicottodo ser humano tem um potencial para o desenvolvimento, para tornaresse potencial como algo real o ambiente se faz necessário e inicialmenteesse ambiente é a mãe ou alguém que exerça a função materna.Não é possível abordar diretamente o inconsciente (Ics.), oconhecemos somente por suas formações: atosfalhos,sonhos, chistes e sintomas diversos expressos no corpo. Nassuas conferência na Clark University (publicadas como Cinco lições depsicanálise) nos recomenda a interpretação como o meio mais simplese a base mais sólida de conhecer o inconsciente. [8]Outro ponto a ser levado em conta sobre o inconsciente é que eleintroduz na dimensão da consciência uma opacidade. Isto indica ummodelo no qual a consciência aparece, não como instituidora designificatividade, mas sim como receptora de toda significação desde oinconsciente. Pode-se prever que a mente inconsciente é um outro"eu", e essa é a grande ideia de que temos no inconsciente uma outra
5. personalidade atuante, em conjuntura com a nossa consciência, mascom liberdade de associaçãoe ação.O modelo psicanalítico da mente considera que a atividade mental ébaseada no papel central do inconsciente dinâmico. O contato com arealidade teórica da psicanálise põe em evidência uma multiplicidadede abordagens, com diferentes níveis de abstração, conceituaçõesconflitantes e linguagens distintas. Mas isso deve ser entendido emum contexto histórico cultural e em relação as próprias característicasdo modelo psicanalítico da menteMELAINE KLEIN: Ela foi a primeira psicanalista a analisar crianças muitopequenas através do metodo do brincar com idade entre 18 e 36 meses devida,a partir do analise dessas crianças ela observou que eles tendiam a ver omundo em branco e preto ou bom ou mal,quanto maior era a divisão entrebom ou mal. na fantasia da criança mais complexa era a psicopatologiaenvolvida. Melanie Klein foi uma das maiores psicanalistas dahistoria. Seguidora de Freud, com genialidade e amor à verdade erigiuuma escola com pensamentos próprios e distintos
 A Transferência
O termo "transferência" foi utilizado pela primeira vez por Freud em 1895, como uma forma de resistência, ou seja, um obstáculo ao processo analítico, como meio de evitação aos conteúdos da sexualidade infantil que ainda permanece ligada às "zonas erógenas", as quais, na evolução normal, já deveriam estar desligadas. (ISOLAN, 2005)
Foi em 1912 que Freud publicou a primeira obra exclusivamente dedicada à transferência, denominada “A dinâmica da transferência”, na qual explica como a transferência é necessariamente relacionada ao tratamento psicanalítico. FREUD enfatiza que a transferência não se deve ao tratamento psicanalítico, mas é devido à neurose. O autor explica que se a necessidade de amar de algum indivíduo não é totalmente satisfeita pela realidade, ele irá se aproximar de cada pessoa que conhecer inclusive o médico. Por isso, para ele, a transferência é um dos elementos fundamentais para caracterizar o método de tratamento psicanalítico. (BARTOLOMEI, 2008)
 Freud, no inicio de seu trabalho, tentava explicar às pacientes o que ele percebia; ele falava para elas como se instalavam os conflitos e como elas estavam vivendo esta briga interna. Mas muito cedo, e isto aconteceu ainda quando trabalhava com Breuer, percebeu que as pacientes viviam desejos intensos para com o médico. O próprio Breuer, tomado de surpresa por Ana O., quase teve seu casamento desmoronado. Havia então um fenômeno típico, perigoso com o qual era preciso se acautelar. (ANDRADE, s.d.)
No caso Dora, ficou bem claro para Freud que o rompimento do trabalho depois de apenas três mêses de análise, ocorreu por causa dos desejos intensos da paciente e que ele não percebeu em tempo e não mostrou a ela. Havia os sintomas histéricos de Dora, mas, diz Freud, surgiu um novo sintoma: a transferência.
De acordo Isolan (2005), Freud conceitualiza a transferência ao afirmar que:
 Transferências são reedições, reduções das reações e fantasias que, durante o avanço da análise, costumam despertar-se e tornar-se conscientes, mas com a característica de substituir uma pessoa anterior pela pessoa do médico. Dito de outra maneira: toda uma série de experiências psíquicas prévias é revivida, não como algo do passado, mas como um vínculo atual com a pessoa do médico. Algumas são simples reimpressões, reedições inalteradas. Outras se fazem com mais arte: passam por uma moderação do seu conteúdo, uma sublimação. São, por tanto, edições revistas, e não mais reimpressões. (FREUD, 1969. v. 7, p. 109-19)
Bion (2000) diz que a importância da transferência está em seu uso na prática da psicanálise e que ela deve ser observada tanto por analisandos como por analistas, essa é a sua força e sua fraqueza. A sua força é devido a estar disponível às duas pessoas e, portanto, passível de ser discutido por elas; sua fraqueza, porque o fato é inefável e não pode ser discutido por mais ninguém”.
Segundo Laplanche e Pontalis (2001), a transferência é entendida como: O processo pelo qual desejos inconscientes se atualizam sobre determinados objetos no quadro de um certo tipo de relação estabelecida com eles e, eminentemente, no quadro da situação analítica. Trata-se aqui de uma repetição de modelo infantil vivido com um sentimento de atualidade acentuada.
“Freud postula que o paciente não recorda coisa alguma do que esqueceu e reprimiu, mas expressa-o pela atuação, ou seja, ele reproduz o reprimido não como uma lembrança, mas como uma ação repetitiva e inconsciente.” (ISOLAN, 2005)
“Foi apenas em 1909 que Freud parou de considerar a transferência como algo contra-produtivo para o processo analítico. Pois, até então, a transferência era considerada um obstáculo para a análise, uma resistência do paciente.” (LÖSCH, s.d.)
Tipos de Transferências
A ocorrência da transferência parece ter um caráter ambivalente, e essa relação se destaca tanto no relacionamento analista-paciente quanto o inverso, ou seja, dificultando a fluidez da análise. No entanto a transferência é condição para que o tratamento ocorra e, ao mesmo tempo, a maior resistência possível ao tratamento. (ROBERT, s.d)
“Em 1912 Freud descreveu três diferentes tipos de transferência: a negativa, a erótica e a positiva. Sendo que a negativa e a erótica eram consideradas como as que dificultavam o trabalho terapêutico, e a positiva como a que auxiliava o trabalho terapêutico.” (LÖSCH, s.d.)
1.3.1 Transferência Negativa
Segundo Löst, s.d., a transferência negativa era considerada como transferência de sentimentos hostis em relação ao analista, podendo também representar uma forma de defesa contra o aparecimento da transferência positiva, podendo coexistir, mesmo que infimamente com a transferência positiva.
Transferência Erótica
A transferência erótica era considerada aquela onde o analisando transfere para a pessoa do analista sentimento de amor, ou seja, quando o paciente diz estar apaixonado pela pessoa do analista. Quando isso acontece, o paciente perde o interesse no tratamento e fica “inteiramente sem compreensão interna e absorvido em seu amor”. O foco das sessões será o amor que o paciente exige que seja retribuído e esse é exatamente o objetivo do paciente. O paciente esta resistindo à análise. Ele coloca suas defesas em prática para não se lembrar ou admitir certas situações passadas. (LÖSCH, s.d.)
1.3.3 Transferência Positiva
Freud a conceitualizou da seguinte forma: “Transferência positiva é ainda divisível em transferência de sentimentos amistosos ou afetuosos, que são admissíveis à consciência, e transferência de prolongamentos desses sentimentos no inconsciente.” (FREUD, vol. 12, 1912, p.140)
“A transferência positiva é compreendida em termos dos sentimentos de simpatia e afetivos conscientes, dirigidos à figura do analista e também inconscientes, sendo esses últimos de natureza invariavelmente erótica. ”(ROBERT, s.d)
 Resistência e transferência são mecanismos de defesa imprescindíveis para a realização do tratamento. Sem elas, não há psicanálise. Uma aparece na tentativa de encobrir e se defender de lembranças dolorosas, a outra como a repetição de uma relação objetal passada, e as duas trazem consigo pilares fundamentais com material riquíssimo. Uma vez que, para que a transferência adquira contornos de resistência é necessário o suporte da transferência afetuosa. (ROBERT, s.d)
Freud pontua: “Cada associação isolada, cada ato da pessoa em tratamento tem de levar em conta a resistência e representa uma conciliação entre as forças que estão lutando no sentido do restabelecimento e as que se lhe opõe, já descritas por mim.” (FREUD, 1912, p. 115).
Ainda em ROBERT, s.d, as transferências positivas e negativas precisam coexistir. Esta é a condição para o tratamento psicanalítico. Freud aponta que nas psiconeuroses, sentimentos afetuosos e hostis, conscientes e inconscientes ocorrem lado a lado e são dirigidos simultaneamente para a mesma pessoa. Assim, repetir, resistir e elaborar são trabalhos que ocorrem neste espaço que engloba a dimensão da ambivalência.
 Contratransferência. 
É sabidoque FREUD não deixou nenhum estudo sistematizado sobre a contratransferência, embora tenha reconhecido a sua existência e a necessidade de mantê-la sob rigoroso controle, a fim de evitar os seus perigos.
Castro (2005) diz que em 1910, surgiu o conceito de contratransferência, como sendo uma reação do analista provocada pela transferência do paciente, e, como tal, algo a ser superado ou ultrapassado para que o analista volte a trabalhar em condições adequadas. No trabalho de 1912, Freud conclui que o médico tenta compelir o paciente a ajustar seus impulsos emocionais ao nexo do tratamento e da história de sua vida, submetendo-os à consideração intelectual e a compreendê-los à luz de seus valores psíquicos. E que “esta luta, entre o médico e o paciente, entre o intelecto e a vida instintual, entre a compreensão e a procura da ação, é travada, quase exclusivamente nos fenômenos das transferências”.
Segundo Isolan (2005), a contratransferência inicialmente passou pelas mesmas vicissitudes da transferência, sendo vista como uma manifestação indesejável no tratamento. O conceito de contratransferência foi introduzindo por Freud que o definiu como sendo aquilo que "surge no médico como resultado da influência que exerce o paciente sobre os seus sentimentos inconscientes". (FREUD, 1969, p.125-36)
Segundo Laplanche e Pontalis (2001) o fenômeno da contratransferência se ampliou depois de Freud, principalmente a medida em que o tratamento foi sendo compreendido enquanto uma relação e também com a expansão da psicanálise a novos campos, a análise de pacientes psicóticos e de crianças, onde as reações inconscientes do analista podiam ser mais solicitadas.
 Após Freud, o conceito tomou novas conotações, ampliando consideravelmente a sua compreensão. Pode-se dizer que quase cada autor que escreveu sobre o fenômeno da contratransferência nestas últimas décadas, apresentou sua própria versão. Há desde os que consideram como contratransferência a totalidade das reações do analista como relação ao paciente, aos que limitam o conceito às respostas eliciadas pela contratransferência do paciente, sem falar na concepção atualmente mais divulgada, segundo a qual a contrantransferência compreende as reações oriundas do inconsciente do analista, vinculadas experiências da infância do analista, projetadas na relação analítica. (ANDRADE, 1983)
De acordo com Isolan (2005), como na transferência, a primeira reação de Freud foi sentir a contratransferência como algo inadequado, um obstáculo a ser evitado. Diz ele que "nos sentimos quase inclinados a insistir em que ele deve reconhecer esta contratransferência existente em si mesmo e superá-la". (FREUD, 1969, p.125-36)
O desenvolvimento do conceito de contratransferência começou a surgir quando foi considerado em seus aspectos positivos, principalmente como meio importantes de compreensão do inconsciente do analisando. A reação ou atitude contratransferencial deixou de ser considerada como um simples obstáculo, e a sua natureza terapêutica passou a ser reconhecida e valorizada. (ANDRADE, 1983)
 A Importância da Contratransferência
Posteriormente, Freud já percebia o valor da contratransferência e recomendava: "o analista deve voltar seu próprio inconsciente como um órgão receptor para o inconsciente transmissor do paciente, de modo que o inconsciente do médico possa, a partir dos derivados do inconsciente que se comunicam reconstruir o inconsciente do paciente". (FREUD, 1969. v. 12, p. 149-59)
Isolan (2005) afirma que com os estudos de Racker e Heimann, a contratransferência passou a se tornar um fator a mais de compreensão ao trabalho do terapeuta. Para Racker, a contratransferência consiste em:
 Um conjunto de imagens, sentimentos e impulsos do terapeuta durante a sessão e poderia ocorrer de três formas: a) como um obstáculo; b) como instrumento terapêutico; e c) como um "campo" em que o paciente pode realmente adquirir uma experiência viva e diferente da que teve originalmente. Ele também descreveu dois tipos de reações contratransferenciais: a contratransferência complementar, que seria quando o ego do terapeuta fica identificado com os objetos internos do paciente; e a contratransferência concordante, que é quando a identificação se faz entre aspectos da personalidade (ego, id e superego) do terapeuta com os respectivos aspectos da personalidade do paciente. (RACKER, 1982)
Heimann (1995) descreve a contratransferência como o conjunto de sentimentos do terapeuta em relação ao paciente. Destaca que a reação emocional do terapeuta às projeções do paciente é um instrumento a ser compreendido pelo terapeuta e que, para ser utilizado, o terapeuta deve ser capaz de controlar os sentimentos que nele foram despertados, ao invés de, como faz o paciente, descarregá-los. (ISOLAN, 2005)
Projeção na Psicologia – Na teoria psicanalítica, que foi originalmente desenvolvida por Sigmund Freud, a projeção é um tipo de mecanismo de defesa psicológico. Um mecanismo de defesa é uma estratégia que pessoas podem usar, mesmo sem perceber que estão fazendo isso a fim de proteger-se de coisas que realmente não querem lidar ou pensar. Ela alivia os sentimentos de ansiedade ou culpa associados a pensamentos dolorosos ou indesejáveis
conclusao 
O atendimento psicanalítico de outros tratamentos? Em primeiro lugar, a escuta do psicanalista está sempre aberta para o que não é consciente (ou o inconsciente), ou seja, a o que está aquém ou além da fala manifesta. Sigmund Freud, em 1912, escreveu sobre a “regra fundamental” da psicanálise, isto é, que a pessoa em tratamento psicanalítico possa falar para seu analista o que vier à cabeça sem censuras. Esta “regra” garante aos pacientes que dentro da sala de análise é possível falar qualquer coisa. O analista não está lá para julgar. Pelo contrário, é justamente este “falar o que vier à cabeça” que permite a existência da associação livre, uma importante forma pela qual o que é inconsciente pode se expressar. E, portanto, comunicar algo à consciência.
Em segundo lugar, o psicanalista entende que a forma com que seus pacientes estabelecem a relação com ele também comunica algo do que se passa com esta pessoa. Neste sentido, a relação psicanalítica é única, pois se mantém num lugar diferenciado de qualquer relação que a pessoa tenha vivido. Por um lado, não se trata de uma relação hierárquica, modelo mais próximo da relação “profissional de saúde-paciente”, na qual há um saber específico que mantém uma distância entre as partes. Mas, ao mesmo tempo, há assimetria, que ocorre pela disposição do analista em ouvir a partir de outro ângulo e em dividir o que escuta com seus pacientes, de diferentes formas e em diferentes momentos. A teoria psicanalítica (seu saber específico), neste sentido, sempre está subordinada ao encontro analítico. Ela funciona como uma espécie de mapa, sobretudo nos momentos em que é necessário um norte. Contudo, a psicanalista Radmila Zygouris nos lembra, em seu livro O Vínculo Inédito (2002), que os mapas não têm relevo, não mostram detalhes, são reduções que permitem que nos localizemos quando necessário. Relevo, cores e sons do percurso estão no encontro analítico. 
A metáfora da teoria psicanalítica como um mapa nos remete a outra metáfora. Podemos imaginar o próprio psiquismo humano como vias por onde circulam ideias e sentimentos. Afetos e palavras têm a potencialidade de construir ou de obstruir estas vias por onde passam os pensamentos e até mesmo as ações das pessoas. Assim, em terceiro lugar, a psicanálise entende que as primeiras marcas abrem espaço para que vias sejam construídas ou obstruídas, daí a importância de revisitar e lançar novo olhar para a história da vida daquela pessoa específica que está lá, com seu analista, no encontro analítico. 
A psicanálise, na verdade não é uma escola da psicologia, é uma área do conhecimento independente, que surgiu como uma forma alternativa de dar conta do sofrimento psíquico e de entender o funcionamento mental como um todo. Suas noções e hipóteses teóricas sãoforjadas e articuladas de maneira a constituir modelos para a compreensão de fenômenos psíquicos que povoam a clínica e a vida cotidiana. A psicanálise tem seu próprio princípio organizador, sua própria episteme. Entender sua criação e desenvolvimento envolve questões epistemológicas, relações com outras áreas do conhecimento e sua contextualização através da história.
Transferência e contratransferência são conceitos centrais na compreensão da relação terapêutica nas diversas vertentes da psicanálise. Desde o início de sua prática clínica, Freud depara-se com a dinâmica da transferência. Podemos entender e concluir que a Transferência foi considerada por Freud um instrumento central de todo tratamento analítico e foi reconhecendo, gradativamente que os pacientes repetiam na sua relação com o médico (psicanalista) aquilo que tinha vivido na infância com outras pessoas.
A contratransferência, um dos conceitos fundamentais do campo analítico, é uma das mais complexas e controversas entre as diferentes correntes psicanalíticas e, permanece ainda hoje problemática. A partir dos textos descritos por alguns teóricos a contratransferência é uma reação inevitável causada no analista. Quanto mais analisado ele for, menos ele sucumbirá aos efeitos contratransferenciais
referencias bibliograficas
PINHEIRO, Nadja Nara Barbosa. Psicanálise, teoria e clínica: reflexões sobre sua proposta terapêutica. Psicol. cienc. prof., Brasília , v. 19, n. 2, p. 20-29, 1999 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98931999000200004&lng=en&nrm=iso>. access on 31 May 2017. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-98931999000200004 
MEZAN, Renato. Psicanálise e psicoterapias. Estud. av., São Paulo , v. 10, n. 27, p. 95-108, Aug. 1996 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40141996000200005&lng=en&nrm=iso>. access on 31 May 2017. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-40141996000200005.
ZIMERMAN, David E. Fundamentos psicanalíticos. Teoria, técnica e clinica. Porto Alegre;Artmed; Ré-impressão 2010.
FREUD, S. A dinâmica da transferência (1912) In: ROBERT, Priscila F. P. Agressividade e transferência na clínica psicanalítica: de Freud a Winnicott. Disponível em: <http://www.fundamentalpsychopathology.org/material/congresso2010/mesas_redondas/MR45-Priscila-F-P-Robert.pdf>. Acesso em 04 de julho de 2011.
BION, W.R. (1992). Cogitações. Rio de Janeiro: Imago, 2000. IN: CASTRO, R. M. O. Uso e Abuso da Transferência (2005). Disponível em: <www.febrapsi.org.br/publicacoes/artigos/xx_cbp_ronaldo.doc>. Acesso em 04 de julho de 2011.
ISOLAN, Luciano Rassier. Transferência erótica: uma breve revisão. Rev. psiquiatr, Porto Alegre, v. 27, n. 2, 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-81082005000200009&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 04 de julho de 2011
RACKER, H. Os significados e usos da contratransferência. In: Estudos sobre técnica psicanalítica. Porto Alegre: Artes Médicas; 1982. p. 120-57
LAPLANCHE, J. e PONTALIS, J. B. (2001). Vocabulário da Psicanálise. São Paulo: Martins Fontes.
LÖSCH, P. S. Transferência: veículo da cura no processo analítico. Disponível em: <http://www.centropsicanalise.com.br/downloads/publicacoes/publi_34.pdf>. Acesso em 06 de julho de 2011.

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