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Influencia das Decisoes da Corte America

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Influência das Decisões da Corte 
Americana nas Decisões da Suprema Corte Brasileira
Surgimento do Controle de Constitucionalidade
Contudo, iriam os brasileiros adotar outro esquema afastando-se da doutrina francesa, para adotar a posição de poder-dever de exercitar o controle judicial das leis. Isso aconteceu na última década do século XIX, com o surgimento da República. Era a doutrina americana que então se incorporava ao sistema constitucional brasileiro. Até no final do século XIX, enquanto predominou no Brasil a influência do pensamento político-constitucional europeu, a influência norte-americana era praticamente inexistente. Entretanto, com a proclamação da República, que abandonou o padrão francês de organização política, fez-se sentir a forte influência norte-americana quanto à forma de Estado Federal, a República e o Presidencialismo. Até o nome era parecido: Estados Unidos do Brasil.
A criação republicana do Supremo Tribunal Federal também se baseou na Corte
Suprema Americana, tanto em relação às competências, como em relação à composição,
forma de investidura, garantias e impedimentos. Também sob a nítida influência do
sistema constitucional norte-americano, a Constituição republicana de 1891 inaugura o
sistema de controle de constitucionalidade difuso ou incidental, típico do sistema do
Common Law, da jurisdição universal (judicial review) que também havia influenciado
outros países latino-americanos como o México de 1847 e a Argentina de 1860.
Contudo, enquanto nos Estados Unidos o controle de constitucionalidade surgiu por
meio da jurisprudência da Suprema Corte, no Brasil surgiria positivado no artigo 59 da
Constituição de 1891, que cuidava da competência do Supremo Tribunal Federal. Porém,
o direito positivo se absteve de também introduzir mecanismos jurídicos que permitissem
aos tribunais – e principalmente ao STF – a plena efetividade da função de controlar a
constitucionalidade das leis.
Não obstante, antes de 1988, longo caminho foi percorrido pelos Constituintes
brasileiros, que por várias vezes tentaram implantar o modelo concentrado de influência
austríaca. Em 1934 já se defendia a implantação do modelo concentrado de jurisdição
constitucional com a criação de uma Corte exclusiva de Justiça Constitucional15, mas
diante da resistência da maioria, não restou alternativa senão a de criar novos
mecanismos que, mesmo inicialmente inspirados no modelo norte-americano, na forma
em que foram introduzidos no direito brasileiro, de uma forma ou de outra, acabaram
atendendo mais ao modelo concentrado onde um órgão decide sobre a
constitucionalidade da lei em abstrato.
 O Sr. Min RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Inicialmente, assento o cabimento desta ação, uma vez que não há outro meio hábil de sanar a lesividade (....) é por não haver instrumentos processuais alternativos capazes de oferecer provimento judicial com eficácia ampla, irrestrita e imediata para solucionar o caso concreto. A ADIn não seria o instrumento idôneo para o enfrentamento da questão, ou tampouco qualquer das ações que compõe o sistema brasileiro de jurisdição constitucional abstrata. Assim, está satisfeito o pressuposto da subsidiariedade da arguição.
Essa fiscalização, em regra, é exercida pelo próprio Poder Legislativo na fase de elaboração da lei, através de Comissões permanentes denominadas de Comissões de Constituição e Justiça, a quem cabe verificar a constitucionalidade dos projetos submetidos ao seu exame. O Presidente da República também pode fazer esse tipo de controle através do veto por razão de inconstitucionalidade. Sem embargo, a existência
desses mecanismos de controle político da constitucionalidade, não descaracteriza a classificação do ordenamento brasileiro no controle das normas como “jurisdicional” que combina elementos do controle difuso-concreto, com outros do sistema concentrado abstrato segundo os protótipos nascidos nos Estados Unidos e na Áustria, respectivamente.
A construção da jurisdição constitucional brasileira foi realizada sobre os alicerces
desses dois modelos clássicos de Justiça Constitucional: o primeiro, difuso, incidental e
em espécie, influenciado pelo modelo norte-americano, que se originou dos ideais
federalistas e republicanos emergidos com o início da República e materializados na
Constituição de 1891; o outro, concentrado, principal e abstrato, influenciado pelo
modelo kelseniano, introduzido gradual e lentamente a partir da Constituição de 1934,
quando, então, o sistema brasileiro poderia ser caracterizado como um sistema híbrido1
de controle da constitucionalidade das leis.
ADPF e ação do controle concentrado Art. 97/ 102 a 103 (tribunal único) veio do Direito Austríaco Kelsen
STF julga Adin Adcon ADPF.
Bibliografia
1. IKAWA, Daniela. Ações Afirmativas em Universidades. Rio de Janeiro: Lúmen Júris,2008. pp. 150-152.
2. SANTOS, Boaventura de Sousa Santos. Reconhecer para libertar: os caminhos do cosmopolitanismo multicultural.Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. p. 56.
3. DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos da Teoria Geral do Estado. 25. ed. São Paulo: 205. p. 309
4. RAWLS, John. Uma Teoria da Justiça. Trad. Almiro Pisetta, Lenita M. R. Esteves. São Paulo: Martins Fontes, 1997. p. 3.
5. ROSENFELD, Michel. Affirmative Action, justice, and equalities: a philosophical and constitutional appraisal. Ohio State Law Journal, nº 46. p. 861.
	
6. DUNCAN, Myrl L. The future of affirmative action: A Jurisprudential/legal critique. Harvard Civil Rights – Civil Liberties Law Review, 
Cambridge: Cambridge Press, 1982. p. 503

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