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21. Antinomias Jurídicas

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Faculdade Católica do Tocantins
Curso de Direito
Período: 1º (matutino e noturno)
Disciplina: IED
Prof.: Wilton Resplande de Carvalho
Aula: 
Tema: 
CORREÇÃO DO DIREITO E A ANTINOMIA JURÍDICA
(Mª Helena Diniz, pág. 484/514, 21ª edição)
Antinomia jurídica: é a oposição que ocorre entre duas normas
contraditórias (total ou parcialmente), emanadas de autoridades
competentes, num mesmo âmbito normativo, que colocam o sujeito
numa posição insustentável, pela ausência de inconsistência de
critérios aptos a permitir-lhe uma saída nos quadros de ordenamento
dado. (Tércio Sampaio)
Classificação das antinomias: 
1) quanto ao critério de solução:
a) antinomia aparente: se os critérios para a solução forem
normas integrantes do ordenamento jurídico.
b) antinomia real: quando não houver na ordem jurídica
qualquer critério normativo para solucioná-la, sendo necessária à sua
eliminação a edição de uma nova norma.
2) quanto à extensão:
a) antinomia total-total: se uma das normas não puder ser
aplicada em nenhuma circunstância sem conflitar com a outra.
b) antinomia total-parcial: se uma das normas não puder ser
1
aplicada, em nenhuma circunstância, sem conflitar com a outra, que
tem um campo de aplicação conflitante com a anterior apenas em
parte.
c) antinomia parcial-parcial: quando as duas normas tiverem
um campo de aplicação que, em parte, entra em conflito com o da
outra e em parte não.
Critérios para a solução das antinomias de direito interno:
1º) hierárquico: lei superior prevalece sobre lei inferior.
2º) cronológico: lei posterior derroga a lei anterior.
3º) de especialidade: lei especial tem preferência sobre a geral.
Ex.: art. 2º, § 2º, LINDB.
LEI Nº 8.906, DE 4 DE JULHO DE 1994.
Art. 3º O exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denominação de
advogado são privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB),
§ 1º Exercem atividade de advocacia, sujeitando-se ao regime desta lei, além do regime
próprio a que se subordinem, os integrantes da Advocacia-Geral da União, da Procuradoria
da Fazenda Nacional, da Defensoria Pública e das Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das respectivas entidades de administração
indireta e fundacional.
Lei Orgânica Nacional da Defensoria Pública (Lei
Complementar nº 80/94, modificada pela Lei Complementar nº
132/09) passou a preceituar no art. 4º, § 6º, que "a capacidade
postulatória do Defensor Público decorre exclusivamente de sua
nomeação e posse no cargo público". Com o advento desse
dispositivo, concluiu-se induvidosamente que a vinculação do
Defensor Público ao Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil não
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mais encontra qualquer sustentáculo legal, seja porque tal vinculação
se afigura (e sempre se afigurou) atentatória à autonomia plena da
Defensoria Pública, seja porque está fadada a flagrante
inconstitucionalidade (formal) qualquer normatização que não observe
a reserva de lei (complementar) exigida pela Constituição da
República.
IV – ANTINOMIAS DE SEGUNDO GRAU E OS
METACRITÉRIOS PARA SUA SOLUÇÃO
1ª) Conflito entre os critérios hierárquicos e cronológico será
solucionado pela metaregra: lei posterior inferior não derroga lei
anterior superior.
2ª) Antinomia entre os critérios de especialidade e
cronológico será resolvida pelo metacritério: lei posterior geral não
derroga lei anterior especial.
3ª) No conflito entre os critérios hierárquico e de especialidade,
havendo uma norma superior-geral e outra inferior especial, não será
possível estabelecer uma metaregra geral, preferindo o critério
hierárquico ao de especialidade, ou vice-versa, sem contrariar a
adaptabilidade do direito poder-se-ia optar por qualquer deles, contudo
Bobbio entende que se deve preferir o hierárquico; a supremacia de
especialidades só se justificaria ante o principio do suum cuique
tribuere (dar a cada um o que é seu).
4ª) Não havendo critério para solucionar antinomia de segundo
grau, o critério dos critérios seria o critério da justiça.
V – INCOMPLETUDE DOS MEIOS DE SOLUÇÃO DAS
ANTINOMIAS JURÍDICAS
3
Apesar de haver critérios para solucionar antinomias, há casos
em que se tem lacunas nas regras de resolução, ante o fato daqueles
critérios não poderem ser aplicados, instaurando uma incompletude
dos meios de solução e uma antinomia real, que só pode ser suprimida
pela edição de norma derrogatória que opte por uma das normas
antinômicas, ou resolvida por meio de uma interpretação equitativa ou
corretiva.
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