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Fungos Fitopatogênicos: AGRIOS, G.N. Plant Pathology. 5ed. San Diego, Elsevier Academic Press, 2005. (paginas: 409 – 463). ALEXOPOULOS, C.J. et al. Introductory Mycology, 1996., 4ed. New York, Wiley, 1996. KIRK, P.M.; CANNON, P.F.; MINTER, D.W.; STALPERS,j.A. Dictionary of Fungi. 10ed.Wallingford, CABI Publishing, 2008. DIVISÃO OOMYCOTA Reino Protozoa Divisões (Filos) dos fungos (Dictionary, 2008) Plasmodiophoromycota Myxomycota Acrasiomycota Dictyosteliomycota Reino Chromista Oomycota Hyphochytriomycota Labyrinthulomycota Reino Fungi Chytridiomycota Blastocladiomycota Zygomycota Ascomycota Basidiomycota Fungos Mitospóricos Morfologia Estruturas somáticas Talo micelial/sistema vegetativo: hifas sem septos (cenocíticas), diploides. Hifas cenocíticas - Parede celular: β-glucanas e celulose, quitina ausente - Presença de haustórios: em alguns gêneros como os agentes de míldios REPRODUÇÃO Assexuado Sexuada Assexuada: esporos endógenos. Estruturas reprodutivas assexuais - Tipo de esporóforo: Esporangióforo (zoo) - Zoósporo – móvel desprovido de membrana ciliada. - Esporângio (zoo) Germina (= conídio) míldios Origina zoósporos biflagelados (clivagem citoplasmática) Zoósporo Zoósporos: biflagelados Liso (chicote) função: impulsão Ornamentado mastigonemos (“tinsel”) função: orientação. . Zoósporos: Interior do zoosporângio. Interior de uma vesícula. Tipo de esporângios/zoosporângio: Formas: variam conforme os gêneros e espécies de oomicetos envolvidos. Podem ser: Pouco diferenciado da hifa vegetativa: ordem saprolaginales Lobuloso ou globoso: Pythium Papilados, limoniformes: Phytophtora Estruturas reprodutivas sexuais - Gametângio Feminino: Oogônio (1 ou + oosferas) - Gametângio Masculino: Anterídio Meiose gametângica Plasmogamia: contato de gametângios Obs.: órgãos sexuais: gametângios; Células sexuais: gametas; Oósporo - parede espessa, sobrevivência resultante da interação de dois materiais geneticamente compatível, após o processo de plasmogamia e cariogamia (na formação do oósporo não ocorre a formação da maiose/diploide) Anterídio Oogônio Oósporos Classificação (Dictionary, 2008) Classe Oomycetes Ordens importantes: -Albuginales, família: albuginaceae -Pytiales, família: pythiaceae -Peronosporales, família: peronosporaceae FAMÍLIA ALBUGINACEAE Gênero: Albugo (30 espécies) A espécie mais conhecida é candida , ataca crucíferas. Parasita obrigado Albugo a – Zoosporângios catenulados b- Tecido vegetal C - Zoosporangióforo distinto das hifas somáticas e de crescimento determinado. Danos: Albugo candida x ferrugens brancas (plantas hortícolas) Baixo prejuízo econômico. Característica da doença: formação de pústulas esbranquiçadas na superfície da folha e caule, correspondentes á massa de esporângios catenulados produzidos logo abaixo da epiderme, a partir de zoosporangiofóros curtos, agrupados compactantemente. Foto: Agrios (2005) ORDEM PYTIALES FAMÍLIA PYTHIACEAE Gênero: Pythium Amplamente distribuídos nos solos e água de todo o mundo. Vivem como organismos saprófitos sobre restos de plantas e animais mortos, bem como parasitas atacando as raízes fibrosas das plantas. Quando os solos úmidos encontram-se densamente infestados por Phythim, este ataca todo tipo de sementes e plântulas que emergem. Característica do gênero: Pythium Zoosporangióforos: não distinto do micélio normal, com crescimento indeterminado, Zoósporos: externamente ao zoosporângio em vesículas evanescentes. Gênero Pythium. A - Zoósporos; B – Vesícula evanescente; C– Zoosporângio; D – Zoosporangióforo; E - Oosporo oósporo Danos: podridões em sementes e raízes, tombamento de mudas e podridões moles em órgãos suculentos. Danos ocasionados por Pythium sp. Foto: Agrios (2005) Foto: Agrios (2005) A. B. Podridões ocasionadas por Pythium. Foto: Agrios (2005) A. Micélio e zoosporângio de Pythium infectando raiz. B. oósporo de Pythium Foto: Agrios (2005) Ordem: Peronosporales Família: Peronosporaceae Importantes agentes causais dos míldios. Gêneros: Phytophthora, Peronospora, Pseudoperonospora, Plasmopara e Bremia. Gênero: Phytophthora Zoosporangióforo: distinto do micélio normal. Zoósporos: são sempre produzidos dentro do zoosporângio, sendo este do tipo globoso variando em forma (de piriforme a limoniforme). Phytophthora infestans: a característica dessa espécie é o alargamento na base das ramificações dos zoosporangióforos. Danos: “damping-off”, podridões de raízes em plantas jovens e adultas, inclusive em árvores, podridões de tubérculo, necrose em órgãos da parte área de plantas, incluindo podridões do colo e podridões de frutos em plantas anuais e arbóreas, e queima de folhagem e ramos jovens em culturas anuais (requeimas). Foto: Agrios (2005) Danos ocasionados por Phytophytora em plantas arbóreas. Foto: Agrios (2005) Danos ocasionados por Phytophytora em plantas arbóreas. Foto: Agrios (2005) B. Danos ocasionados por Phytophytora em plantas arbóreas. C. Estrutruras de Phytophytora Foto: Agrios (2005) Danos ocasionados por Phytophytora em plantas arbóreas. Foto: Agrios (2005) Diferença entre Phythphotra x Pythium Formação: zoósporo, zoosporangióforo zoósporos: Pytium: diferenciados em vesícula mucilaginosa. Phythphtora: diferenciados diretamente nos esporângios, de onde são liberados. Zoosporangióforo: Pytium: não se diferenciam das hifas assimilativas. Phytophthora: ramificam-se simpodialmente, porém ainda tem crescimento indeterminado. Ainda nesse grupo agentes causadores de mildios: Todos parasitas obrigatórios e produtores de hautório intracelures nos seu hospedeiros. Entre os gêneros mais representativos podemos citar: Peronospora, Pseudoperonospora, Plasmopara e Bremia. Estes gêneros são diferenciados com base: Na morfologia dos seus zoosporangióforos, tem crescimento determinado e forma bem definida, ramificando-se de maneira distinta para cada gênero. Os zoosporângios, são formados nos ápices das ramificações dos zoosporangióforos. Pelo hospedeiro no qual ocorrem, uma vez que existe uma especialidade muito grande do parasita com a planta hospedeira. Outra diferença da família: germinação diferencial dos esporângios, via de regra em temperaturas mais baixas e na presença de água livre, os zoosporângios dão origem aos zoósporo. Quando as temperaturas estão mais altas, germinam produzindo um tubo germinativo. Entretanto essas diferenças no padrão germinativo também estão associados aos gêneros de fungos. Ex.: Bremia germina mais comumente por meio do tubo germinativo, enquanto Peronospora e Peronosclerospora germinam exclusivamente por tubo germinativo (zoosporangio). Os esporângios são facilmente destacados do esporangióforo, podendo ser disseminados pelo vento e respingos de chuva. Atuam assim como esporos, sendo comum e erroneamente chamados de conídios. Gênero: Peronospora Zoosporangióforo: apresenta ramificações dicotômicas, terminando em pontas que sustentam um único esporângio. Zoosporângio : germina produzindo micélio diretamente. Peronospora Danos: Espécies importantes: P. destructor (míldio do alho e cebola); P. parasitica (míldio das crucíferas); P. pisi (míldio da ervilha); P. tabacina (míldio do fumo); P. manshurica (míldio da soja); P. effusa e P. parasitica (míldio do espinafre); P. sparsa (míldio da roseira); P. farinosa (míldio da beterraba) P. trifoliorum (míldio do trevo). Agenteetiológico: Peronospora manshurica (Naumov) Syd. In Gaum. Peronospora sojae F. Lehm. F.A. Wolf. Míldio da soja Herbário virtual/UFRGS Foto: Agrios (2005) Gênero: Pseudoperonospora Morfologicamente idêntico a Peronospora. Diferença: zoosporângio há formação de zoósporos. Pseudoperonospora est – Estigma zp – Zoosporângio zf - Zoosporangióforo zo - Zoósporos Dano: Espécie importante: P. cubensis (míldio das cucurbitáceas). Gênero: Bremia Zoosporangióforo: ramifica dicotômicamente, porém, nos ramos terminais aparece uma formação semelhante a um cálice com quatro pontas proeminentes as quais sustentam os zoosporângios. Bremia Dano: Espécie importante: B. lactucae (míldio da alface). Foto: Agrios (2005) Gênero: Plasmopara Zoosporangióforos: as ramificações são ortogonais c/ terminação tricotômica, apresentando um único zoosporângio em cada uma das curtas ramificações terminais. Danos: Espécies importantes: P. viticola (míldio da videira); P. halstedii e P. helinthi (mildio do girassol), P. pussila (míldio do gêranio). (Fotos: G. Nakashima). P. viticola (míldio da videira); Hospedeiro Patógeno Cucurbitáceas Pseudoperonospora cubensis Alface Bremia lactucae Cebola Peronospora destructor Sorgo Peronosclerospora sorghi Milho Peronosclerospora maydis Cana de açúcar Peronosclerospora sacchari Soja Peronospora manshurica Fumo Peronospora tabacina Videira Plasmopara viticola Roseira Peronospora sparsa Tomate e batata Phytophthora infestans Reino Protozoa Divisões (Filos) dos fungos Plasmodiophoromycota Myxomycota Acrasiomycota Dictyosteliomycota Reino Chromista Oomycota Hyphochytriomycota Labyrinthulomycota Reino Fungi Chytridiomycota Blastocladiomycota Zygomycota Ascomycota Basidiomycota Fungos Mitospóricos Filos Blastocladiomycota e Chytridiomycota - Esses dois filos compunham o filo Chytridiomycota na 9ª edição do dicionário de 2001. - Estudos conduzidos em 2006 (James et al., 2006), envolvendo sequenciamento do DNA que codifica o RNA ribossomal, revelaram que o grupo era heterogêneo e propuseram separação nesses dois filos, separação essa adotada pela 10ª edição do dicionário. - Constituem um grupo pequeno de fungos, com pouca importância fitopatológica. Características: - São os únicos fungos verdadeiros que reproduzem por meio de zoósporos; - Os zoósporos, são uniflagelados, com um flagelo tipo chicote, posicionado posteriormente. - São patógenos veiculados pelo solo, que atacam as raízes ou outros órgãos subterrâneos e, eventualmente a parte aérea das plantas. Reprodução assexuada: Zoósporos: 1 flagelo tipo chicote, posterior Zoosporângios: liberação papila opérculo tubo de descarga Opérculo Tubos de descarga Estruturas assexuais: Reprodução sexuada Conjugação planogamética: gameta móvel: plasmogameta Reprodução sexuada Conjugação (fusão) de gametângios: esporângio (ou esporo) de repouso Somatogamia: anastomose de rizóides/ esporângio (ou esporo) de repouso Filo Blastocladiomycota Ordem: blastocladiales Gênero importante: Physoderma P. maydis Característica: sobrevive no solo ou tecido infectado por meio de zoosporângios de repouso, dotado de parede espessas, que em condições favoráveis, na presença de água livre, libera zoósporos haploides. endobiótico policêntrico, operculado Dano: Physoderma maydis x mancha parda do milho Outro representante importante: Physoderma alfafae x galha da coroa da alfafa, recentemente conhecido como Urophlyctis alfafae, na última edição do dicionário, foi reclassificado como P. alfafae. Foto: Agrios (2005) Filo Chytridiomycota Ordem: Chytridiales Gêneros importantes: Synchytrium e Opidium S. endobioticum: verrugose preta da batata (as vezes assume importância econômica). O. brassicae: vetor de diversos vírus de plantas. Esta espécie ataca comumente as raízes de repolho, mas pode infectar ampla variedade de plantas. Synchytrium endobioticum endobiótico, holocárpico, inoperculado Foto: Agrios (2005) Synchytrium endobioticum Foto: Agrios (2005) O. brassicae Filo Zygomycota Esporos: imóveis, os aplanósporos, formados por clivagem citoplasmática no interior de esporângios e disseminados passivamente pelo vento. Talo micelial haploide, bem desenvolvido e asseptado. Estruturas especializadas - Rizóides - Estolões: hifas aéreas (colonização rápida) Etruturas assexuadas - Esporângiósporos (aplanósporos) – clivagem citoplasmática - Esporângios - Esporangióforos - Columela (importância taxonômica) Reprodução sexual: Copulação gamentagial formação do zigosporôngio, contendo no seu interior, um zigósporo, esporo de repouso diploide, de parede espessa, resultante da conjugação ou fusão de dois gametângios morfologicamente sililares . Reprodução sexuada Zigóforo Progametângios Gametângios Zigosporângio (com um zigósporo) Ordem: Mucarales Familia: Mucoraceae Gênero importante: Rhizopus e Mucor. Características: parasitas fracos, saprófitos habitante de solos (comum) Ocorrem em frutos, alimentos e outros materiais em decomposição. R. Stoloniferer x podridão mole de frutos e órgãos de reserva carnosos de plantas, na fase pós – colheita, durante armazenamento, transporte e comercialização destes produtos. B. Danos ocasionados por Ryzophus sp. E. Zigósporo D. Estruturas assexuadas Aula Prática:
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