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Exame de Ordem Damásio Educacional Curso: Extensivo FDS| Disciplina: Direito Tributário Aula: 01|Data: 26.08.2017 MATERIAL DE APOIO EXAME DE ORDEM ANOTAÇÃO DE AULA EMENTA DA AULA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 1. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 1.1. Competência 1.2. Capacidade Tributária Ativa 1.3. Características da Competência 1.4. Atributos da Competência ____________________________________________________________________________________ GUIA DE ESTUDO 1. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA Competência Capacidade Tributária Ativa. 1.1. Competência: é a determinação constitucional de criação de tributos outorgada aos entes políticos. É cláusula pétrea; Tem natureza política; É irrevogável, irrenunciável e intransferível. 1.2. Capacidade Tributária Ativa: é o poder fiscalizatório e arrecadatório delegado pelos entes políticos competentes. Tem natureza administrativa; É precária, ou seja, pode a qualquer tempo e por ato unilateral (fenômeno da precariedade) do ente político, ser revogada, ou suprimida. Exemplo: União (competente) e Secretaria da Receita Federal do Brasil (capacidade tributária ativa). 1.3. Características da Competência: Exame de Ordem Damásio Educacional 2 de 3 MATERIAL DE APOIO EXAME DE ORDEM A. Indelegabilidade: a competência é indelegável ou não pode ser transferida a outro ente político, autarquia ou pessoa jurídica. A capacidade poderes e administração e fiscalização, pode ser objeto de delegação realizada pelo ente competente para instituir tributo. Não há exceção. B. Incaducabilidade /Incaducidade: Exemplo: A União, por meio de Lei Complementar, pode exigir o Imposto sobre Grandes Fortunas, respeitados os Princípios Constitucionais Tributários. 1.4. Atributos da Competência: A. Competência Privativa: um ente político pode exigir o tributo. Exemplo: Somente a União pode exigir o ITR, IOF, II, IE, IPI, PIS, COFINS, IRPF (Pessoa Jurídica). Estados e Distrito Federal podem exigir ITCMD (causa mortis + doação), IPVA, ICMS. Município e Distrito Federal podem exigir ISS, IPTU e ITBI. B. Competência Comum: quando mais de um ente político, respeitado o pacto federativo, pode exigir o recolhimento do tributo. FGV: taxas e as contribuições de melhoria, apenas. Exemplo: taxas – União pode recolher taxa para emissão de passaporte de licenciamento ambiental. Estado: recolhe taxa de licenciamento ambiental Município: recolhe taxa de lixo. Realizada obra pública de que decorra valorização imobiliária no imóvel e o par4ticular, o ente político (União, Estados, Municípios, Distrito Federal) que executou pode exigir o recolhimento do tributo. C. Competência Residual (artigo 154, I, CF): a União, mediante Lei Complementar, pode instituir outros impostos além dos já previstos, desde que tenham base de cálculo e fato gerador diferentes dos já existentes e não sejam cumulativos. União Lei Complementar: imposto sobre propriedade de veículo não motorizado de duas rodas. Exemplo: imposto sobre bicicleta. Exame de Ordem Damásio Educacional 3 de 3 MATERIAL DE APOIO EXAME DE ORDEM “Art. 154. A União poderá instituir: I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; (...).” D. Competência Cumulativa: a União pode exigir, cumulativamente, impostos estaduais e municipais quando o Território Federal não estiver dividido entre Estados e Municípios. Chamada também de competência de territórios federais. E. Competência Extraordinária: a União, diante de guerra externa (iminente ou declarada) pode exigir impostos extraordinários de guerra, utilizando-se de tributos de sua própria competência (“bis in idem”) ou de outros entes. Exemplo: guerra externa. “Bis in idem”: dupla exigência/incidência. O mesmo ente exige, duas vezes e sobre fato gerador, a cobrança do Tributo. Exemplo: União - IOF (fato gerador) + IEG. Bitributação: dois entes políticos diferentes exigindo o recolhimento do tributo sobre um mesmo fato gerador. Exemplo: União Estado (artigo 154, II, CF). IEG + ICMS (fato gerador). “(...) II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.”
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