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Relatorio FINAL PROINTER I GESTAO PUBLICA

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CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO PÚBLICA
POLO: MESSEJANA
3ª SÉRIE
LEANDRO CÉSAR MELO LEITÃO	RA: 3397583003
RELATÓRIO FINAL
PROJETO INTERDISCIPLINAR APLICADO AO CURSO DE TECNOLOGIA EM GESTÃO PÚBLICA (PROINTER IV)
DISCIPLINAS DE GESTÃO URBANA E DE SERVIÇOS PÚBLICOS, LICITAÇÕES, CONTRATOS E CONVÊNIOS, FINANCIAMENTOS PÚBLICOS, POLÍTICAS PÚBLICAS E ESTADO E PODER LOCAL 
TUTOR(A) A DISTÂNCIA: DEISY FRANCIELLEN 
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.....................................................................................................................04
POLÍTICAS PÚBLICAS DE PREVIDÊNCIA SOCIAL ...............................................05
PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DOS CIDADÃOS SEGURADOS.....................................07
A PROPOSTA PARA UMA REFORMA..........................................................................08
POSSÍVEIS MELHORIAS PARA DESBUROCRATIZAÇÃO.....................................09
A BUROCRACIA, POLÍTICAS PÚBLICAS E FINANCIAMENTOS PÚBLICOS NA PREVIDÊNCIA SOCIAL....................................................................................................10
CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................................12
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................14
RESUMO
A Previdência ou Seguro Social tem por finalidade assegurar meios de manutenção aos segurados e dependentes quando ocorre algum evento que impossibilita o segurado de garantir sua renda normal. A Previdência Social tem que garantir o pagamento de benefícios aos seus segurados. Existem debates sobre a capacidade do sistema previdenciário em se manter equilibrado, ou seja, de equilibrar o quanto se arrecada versus a despesa gerada para atender ao pagamento de benefícios aos seus segurados. O objetivo deste trabalho é avaliar se a Previdência Social do regime geral possui condições de cumprir suas obrigações com os segurados em longo prazo. Para isso se faz necessário apresentar uma breve menção sobre o funcionamento do sistema previdenciário brasileiro, demonstrar os regimes existentes no país e por fim apresentar alguns tipos de melhorias do Regime Geral. Resultado este, que apresentou um déficit considerável, ratificando a necessidade de financiamentos maiores a cada ano e a urgência de uma reforma para adequar os benefícios ofertados à realidade econômico financeira do custeio do regime.
INTRODUÇÃO
 A Previdência Social Brasileira, a partir da segunda metade da década de 1990, passou a enfrentar pressões deficitárias em função da construção do sistema de proteção social.
 A Previdência Social nasceu da necessidade de assegurar os bens materiais que são essenciais para o futuro da população. No entanto, as mudanças econômicas e sociais fazem com que os sistemas de proteção social enfrentem um problema, pois é preciso beneficiar os mais vulneráveis, mas o Estado é o responsável por financiar os programas sociais, e hoje não consegue atender todas as demandas.
 As políticas sociais do país desenvolveram-se por um período marcado por 80 anos compreendendo uma espécie de padrão de proteção social e que foi modificado com a promulgação da Constituição Federal de 1988, trazendo nova visão para o programa e uma nova forma de pensar.
 De maneira geral, os sistemas previdenciários têm como objetivo contribuir com recursos financeiros os trabalhadores formais e informais quando são afastados – de forma provisória ou permanente - do mercado de trabalho. No Brasil, o seguro social, que favorecia apenas uma parcela da população, surgiu no século XX onde os trabalhadores de uma empresa, sem a participação direta do poder público, criaram fundos de auxílios mútuos, com o intuito de garantir sua própria subsistência quando estivesse impossibilitado de exercer qualquer atividade laboral.
 Esse programa de proteção social, chamado Previdência Social, se sustentou no princípio político alemão, definido pela expressão Sozialstaat (Estado Social), baseado em contribuições prévias, tendo acesso a ela apenas o trabalhador que contribui mensalmente.
 Tempos depois, com a Constituição Federal de 1988, o sistema social através dos sistemas previdenciários se torna característica de um Estado do Bem-Estar, feito por meio de uma intervenção estatal, com ações voltadas para redução da desigualdade social, da diminuição do desemprego, dentre outras ações. 
A Previdência Social é um instrumento do Estado que se relaciona com os beneficiários deste sistema, acompanhados com recursos financeiros oriundos de três partes: Trabalhadores, Empregadores e Governo. A partir desse ponto, questiona-se muitas vezes se a Previdência Social, na sua atual conjuntura, pode ser considerada como instrumento de política pública. Para isso, é necessário analisá-la como sendo um mecanismo criado pelo o governo como uma forma de proteção social para o povo e também como fator de desenvolvimento socioeconômico das cidades do país. Também deve-se analisar dois aspectos importantes: a participação da sociedade e a cidadania deliberativa no processo de formulação das políticas previdenciárias. 
 A partir desse breve histórico, o presente trabalho pretende analisar o sistema previdenciário brasileiro enquanto espaço de geração de políticas públicas, tendo em vista que este sistema foi elaborado pelo governo para a distribuição de renda, além de ser considerado como um fator de desenvolvimento socioeconômico, como será exposto nesse estudo.
 
 
2. POLÍTICAS PÚBLICAS DE PREVIDÊNCIA SOCIAL
 Ao se referir a institucionalidade da previdência social brasileira, considera-se 
a Lei Eloy Chaves (Decreto -Lei nº 4.682, de 24 de janeiro de 1923) o ponto de partida do sistema previdenciário brasileiro. Essa lei estabeleceu as bases legais e conceituais da posterior previdência social, e também o precedente do uso da previdência como meio de lidar com a questão social.
 No decorrer das décadas de 20 e 30, foi incisiva a intervenção do Estado sobre as instituições previdenciárias, no sentido de redirecionar a natureza de seus objetivos, gestão, organização e padrão de funcionamento. A administração de aposentadoria era realizada pelos empregados , sem participação do Estado.
 O termo “políticas públicas” possui um vasto campo de abrangência. Questões políticas sempre estão envolvidas somadas a questões de interesse do povo, ou seja, todas as políticas e ações feitas pelo Estado para satisfazer os interesses gerais da população através de recursos públicos.
 As políticas públicas traduzem, ao longo do seu processo de elaboração e implantação, as formas de exercício do poder público, abrangendo a distribuição e redistribuição do poder, os conflitos sociais nos processos de decisão e a repartição de benefícios sociais.
 Nesse momento devemos diferenciar as “Políticas de Estado” das “Políticas Governamentais”. “As Políticas do Estado” tratam das opções políticas relacionadas à estrutura do Estado, dispondo das formas de organização e funcionamento do aparelho estatal, e as diretrizes que nortearão a efetivação dos objetos. Por sua vez, as “Políticas de Governo” podem ser entendidas em seu sentido estrito com políticas públicas, voltadas para resolver questões já definidas mediantes a utilização de meios previamente estabelecidos, visando responder ás demandas dos setores mais precários da sociedade.
 A Constituição deu forma para as propostas que já vinham sendo debatidas na sociedade desde a década de 70. A Constituição vem garantir a ampliação da cobertura da proteção social, para as áreas que eram desprotegidas. 
 Observa-se que a Constituição de 1988,pontuou vários avanços no que diz respeito à promoção da cidadania. No artigo 194 define que “A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência social”.
 A Constituição de 1988 veio dar forma às propostas que já vinham sendo discutidas na sociedade desde o final da década de 70 e significou o ápice do processo de universalização. A Constituição vem garantir a ampliação da cobertura da proteção so cial para segmentos até então desprotegidos. A introdução de um piso de valor igual ao salário mínimo, a eliminação das diferenças de tip os e valores dos benefícios previdenciários entre trabalhadores rurais e urbanos [...]. Aspectos Constitucionais e Legais Relevantes da Seguridade e Previdência Social Observa-se que a Constituição de 1988 definiu diversos avanços no que se refere à promoção da cidadania, do bem-estar e da justiça social. No seu artigo 194 define que “A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social”. O artigo 195 da Carta Magna estabelece os seguintes princípios da seguridade social: 
 I. Universalidade da cobertura e do atendimento;
 II.Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
 III. Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
 IV. Irredutibilidade do valor dos benefícios e serviços;
 V. Eqüidade na forma de participação no custeio;
 VI. Diversidade da base de financiamento;
 VII. Gestão quadripartite, democrática e descentralizada, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do governo em órgãos colegiados.
 A Constituição Federal de 1988 determina, também, nos artigos 196, 201 e 2003 que:
A saúde é direito de todos e dever do Estado […] (art. 196)
A Previdência Social será organizada sob forma de regime geral de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial […] (art. 201)
A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independente de contribuição à seguridade social […] (art. 203.)
 Podemos observar que um dos critérios que diferencia a previdência e os demais elementos integradores da seguridade social, é que no sistema da previdência social, os integrantes pagam para ter acesso aos benefícios, já nos programas de assistência social e de saúde, os benefícios são ofertados sem a contrapartida das contribuições dos participantes, sendo financiadas com recursos do orçamento público. Nos programas de assistência social e de saúde fica clara a idéia de transferência de renda entre os membros da sociedade.
3. PRINCIPAIS BENEFÍCIOS OFERECIDOS AOS CIDADÃOS SEGURADOS
 A previdência social brasileira está dentro de um conceito mais amplo de seguridade social, definido na Constituição de 1988. A seguridade social contempla três pilares: previdência, assistência social e saúde. 
 Um dos objetivos dos sistemas previdenciários é garantir os seus segurados uma velhice tranqüila, como também resguardá-los de situações de invalidez, desemprego, doenças, ou ainda, em caso de morte do segurado, garantir um amparo aos familiares.
 Existem tipos de regimes financeiros das instituições previdenciárias: repartição e capitalização. No regime de repartição, cada geração custeia os benefícios previdenciários da geração interior. No regime de capitalização (funding), cada pessoa forma um fundo (individual ou coletivo) onde são investidos pecúlios exclusivamente na sua aposentadoria. Assim o regime de repartição simples (próprio do Regime de Previdência Social) e o regime de capitalização (próprio da Previdência Prvada). 
 Os regimes previdenciários buscam fazer com que o ssegurados possam usufruir dos melhores benefícios disponíveis, de uma forma que no momento da aposentadoria ou um eventual sinistro, possam continuar a percebendo proventos que se assemelham aos seus salários da atividade. 
 A Constituição Federal de 1988, no seu art. 201, diz que a previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados os critérios que mantenham o equilíbrio financeiro atuarial, e atenderá: cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte ou idade avançada; proteção a maternidade, especialmente à gestante; proteção a trabalho em situação d e desemprego involuntário; salário-família e auxílio reclusão para os dependentes de baixa renda e pensão por morte.
 No Brasil, o regime adotado é o de repartição simples, de filiação obrigatória, baseado na lógica de cada geração custeia os benefícios da geração anterior. 
 Os recursos para o custeio do sistema previdenciário brasileiro são oriundos das contribuições dos empregados, trabalhadores e demais segurados aportes para o seu regime de previdência enquanto estão na ativa. 
4. A PROPOSTA PARA UMA REFORMA
 A Reforma da Previdência é um dos assuntos mais discutidos nos últimos anos no País. Atualmente, existem três tipos de aposentadoria no sistema previdenciário brasileiro: por idade, por tempo de contribuição e por invalidez. Além desses, há a aposentadoria especial (para os trabalhadores sujeitos a atividades em condições prejudiciais à saúde ou à integridade física), que é um caso específico da aposentadoria por tempo de contribuição (MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL, 2012). Na aposentadoria por idade, o RGPS estabelece apenas a idade mínima para aposentadoria, mas os RPPSs também contam com uma idade máxima, para fins de aposentadoria compulsória. A PEC 287, como regra geral, estabelece que a concessão da aposentadoria passa a requerer do segurado pelo menos 65 anos de idade e o mínimo de 25 anos de contribuição mensal (o correspondente a 300 contribuições). Isso vale tanto para o RGPS quanto para os RPPSs. Caso a PEC seja aprovada, essas regras passam a ser aplicadas, a partir da data da promulgação, a todos os futuros ingressantes no mercado de trabalho brasileiro e aos trabalhadores (do sexo masculino) com idade inferior a 50 anos e às trabalhadoras com menos de 45 anos de idade. 
 A realização da reforma da previdência no Brasil, torna-se factível na fase atual, pois além da retomada do crescimento da economia, está havendo uma rápida mudança na estrutura etária da população. Isso faz com que se reduzam as razões de dependência, visto que se abre para o país a janela de oportunidade demográfica. Nesse sentido, o dividendo demográfico caracteriza-se pelos benefícios econômicos para a sociedade, associado de forma direta com a queda da fecundidade sobre a estrutura etária, ocorrido imediatamente após a transição demográfica.
 Estes benefícios demográficos podem ser traduzidos, como melhores políticas educacionais, pelo menor percentual de crianças e, crescimento positivo na mão-de-obra sênior, ou seja, dos idosos. Este aspecto traz como desafio a qualificação desta mão-de-obra. Os idosos devem estar preparados para a ocorrência deste fenômeno para que seu trabalho não seja classificado somente como subemprego. Ao tratar dos benefícios da janela de oportunidade demográfica, verifica-se que a base de financiamento da previdência social poderá diminuir, visto que a população absoluta vai cair e a longevidade aumentando. Com base nesse fenômeno, o país terá nesse período, menos contribuintes e mais beneficiários. Com base nesses aspectos se faz necessário a intensificação da discussão pela sociedade brasileira sobre a reforma da previdência social. Neste estudo, daremos especialatenção à questão do equilíbrio financeiro e atuarial no regime de repartição simples.
 O crescimento da longevidade e a própria maturação dos segurados ativos que passam a demandar benefícios de inatividade são ameaças à solvabilidade fiscal do sistema. É necessário um ajuste que não prejudique os direitos adquiridos. O debate da Reforma da Previdência põe em lados o postos um grupo que acha que o setor é apenas um apêndice da polícia fiscal, e outro que enxerga nele uma função econômica e social.
 Essa discussão vai além das discordâncias sobre o percentual a ser aplicado no reajuste das aposentadorias, baseado na alegação de que eles contribuem para elevar ainda mais os crescentes deficit da previdência (estimado pelo governo em cerca de R$ 47 bilhões em 2010). É preciso levar em consideração, nesse debate, também, os aspectos que envolvem as finanças públicas, e que contribuem para elevar o nível das dificuldades de governança do país.
5. POSSÍVEIS MELHORIAS PARA A DESBUROCRATIZAÇÃO
 O País vem passando por um momento diferenciado no seu ritmo de crescimento e na estrutura de sua população. Essa nova realidade nos mostra outras oportunidades para as políticas públicas e para a redução da pobreza. Mas ao mesmo tempo, apresenta um desafio para as políticas macroeconômica do país. 
 O fenômeno denominado janela de oportunidade demográfica (IBGE, 2008), ocorre quando o número de pessoas com idades potencialmente ativas está em pleno processo de ascensão. Ao mesmo tempo, há uma redução do número de crianças, com idades entre 0 e 14 anos, n a comparação com o quadro de pessoas de 15 a 64 anos. 
 Além disso, a população com ida desde ingresso no mercado de trabalho (15 a 24 anos) contabiliza cerca de 34 milhões de pessoas. O lado positivo dessa janela demográfica é que seu aproveitamento favorece o mercado de trabalho. As empresas têm em sua disposição uma mão-de-obra mais abundante, se as pessoas em idade potencialmente ativa forem preparadas para tal.
 O quadro preocupante da previdência social delineado neste estudo, onde estão presentes diversas diferenças no modelo atual, que ajuda para crescentes déficits nas contas da previdência, estão refletindo de forma negativa nas finanças públicas do país. Dessa forma, fica claro que é preciso adotar ações e medidas públicas para organizar a previdência social do Brasil.
 O sistema previdenciário, conforme revela a literatura, bem como os relatórios e documentos analisados, revelam a existência de problemas e de diversas inadequações e injustiças de regras pontuais do regime de aposentadorias e pensões. A fixação de uma idade mínima para aposentadoria por tempo de contribuição, por exemplo, necessita ser debatida com o povo, com vista a viabilizar as mudanças na Constituição Federal. A regra que permite que, após a morte de um pensionista, sua pensão seja deixada para seus dependentes, independentemente do tempo que tenha contribuído antes de morrer e também independentemente da renda do s dependentes, também necessita se r debatida pela sociedade.
6. A BUROCRACIA, POLÍTICAS PÚBLICAS E FINANCIAMENTOS PÚBLICOS NA PREVIDÊNCIA SOCIAL
 As políticas públicas são resultados de forças sociais que se opõem , o que faz com que a forma e o conteúdo das mesmas estejam diretamente associadas a conjugação de fatores estruturais e conjunturais do processo histórico de um país. No Brasil, a Constituição Federal de 1988 estabeleceu novas diretrizes para a efetivação das políticas públicas brasileiras, dentre essas,destaca-se o controle social por meio de instrumentos normativos e da criação legal de espaços institucionais que garantem a participação da sociedade civil organizada na fiscalização direta do executivo nas três esferas de governo. Não obstante, as práticas sociais promovidas pelos conselhos de políticas públicas nesses últimos dezoito anos, enquanto órgãos de controle social, têm produzido efeitos contraditórios em relação a função constitucional a eles atribuída. A identificação dos avanços e do limites à institucionalização do controle social como exercício regular nas políticas públicas se constitui em objeto de interesse acadêmico, político e social uma vez que pode colaborar na instauração de um Estado efetivamente republicano em solo brasileiro.
 Um dos temas mais controvertidos no campo da administração pública é o concernente à relação entre política e administração. Em geral, as abordagens a respeito centram-se no estudo dos determinantes macroestruturais das políticas públicas, ou bem limitam-se a aspectos descritivos dos processos decisórios e administrativos a que as políticas dão lugar na fase de sua implementação. A dicotomização dos enfoques, em torno dessas duas visões, tem levado com freqüência a que nos diagnósticos institucionais se relegue a segundo plano o fato de que a administração é um efeito da política e que os problemas administrativos decorrem principalmente da forma como as políticas foram-se configurando e concretizando ao longo do tempo.
 Em todo o mundo, países estão em transição, já há algum tempo, nos seus sistemas de previdência social. Na América Latina a previdência social pública vem sendo paulatinamente reduzida, com a substituição por sistemas de capitalização individual, administrados pelo setor privado. Observa-se que ao redor do mundo a maioria dos países está reavaliando seus sistemas de previdência social. Na medida em que a população envelhece e os antigos sistemas de previdência passam a consumir cada vez maior parte das receitas nacionais, as reformas tornam-se inadiáveis. As reformas parecem sempre caminhar para a implantação de sistemas conjugados de previdência pública, previdência complementar obrigatória e previdência complementar voluntária. No entanto, mesmo aqueles países que já adotaram essa proposição ainda estão ajustando seus rumos, pois o envelhecimento da população mundial é inexorável. 
 O Brasil, portanto, pode contar com inúmeros paradigmas que podem servir para a implantação de uma reforma previdenciária séria, a qual, no entanto, de verá ser muito mais ampla do que a mera discussão sobre o aumento das fontes de custeio e, portanto, da carga tributária.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
 
 Para organizar as questões referentes à importância da Previdência Social 
Brasileira como fator de desenvolvimento sócio-econômico buscou-se, primeiramente, a literatura sobre o surgimento, desenvolvimento e crise do Estado do Bem Estar, pré-condição para o debate sobre a economia social. A reforma da previdência social – por tratar-se de um a medida essencial para permitir que o Brasil continue crescendo no seu processo de desenvolvimento socioeconômico e ambiental – necessita ser inserida no atual contexto e na agenda política nacional. É possível especular, por sua vez, que a sua efetivação depende de uma vontade política dos governantes para definir um conjunto coerente de princípios gerais e estratégias para viabilizar a reforma da previdência. 
 As questões normalmente discutidas são os aspectos negativos da previdência, sendo o déficit previdenciário colocado como alvo central para os desajustes fiscais do governo. Não há dúvida que existem disparidades nos pagamentos dos benefícios previdenciários, principalmente os do setor público. 
 No entanto, dados mostram a importância dessa fonte de renda para várias famílias do país, que a partir da Constituição Federal de 1988, passou ser universal para todos os brasileiros, principalmente para os trabalhadores rurais, tornou melhores condições de vida da população, aliviando a questão da pobreza no Brasil, principalmente nas pequenas cidades brasileiras.
 A proposta da descentralizaçãoe do controle social, em termos legais, propõe um forma inovadora paras políticas públicas brasileiras. Permite, em tese, a maior presença do cidadão na fiscalização dos recursos e da gestão das políticas setoriais. Uma presença que pode influir de forma significativa na agenda do governo em relação as prioridades e as metas a serem desenvolvidas nas áreas compreendidas pelas respectivas políticas.
 Essa maior presença e influência na agenda governamental requisita um exercício democrático que prescinde de uma qualificação dos atores que representam a sociedade civil organizada, como também de uma disposição política para a gestão democrática por parte do atores governamentais. 
 Esse exercício, na verdade, está em construção histórica, uma vez que a sociedade brasileira não tem uma experiência republicana que instituiu a cidadania e a democracia como prática social cotidiana nos diversos espaços sociais em que os brasileiros atuam. 
 Quanto a descentralização das políticas públicas, é importante destacar que a diversidade geopolítica das cidades brasileiras tende a não ser considerada na implantação dos processo de descentralização das políticas setoriais. A descentralização de competências e responsabilidades para as cidades não estão sendo acompanhadas por uma correspondente descentralização de recursos que financiaria as políticas locais para a construção de propostas efetivamente pautadas nas características do território local. Essa mantém as cidades prisioneiras dos programas federais que, centralizados, se tornam os meios para acessarem os recursos financeiros existentes para a realização de ações setoriais. 
 Acresce-se também um problema referente a questão socioeconômica: embora os municípios sejam responsáveis pela elaboração e execução de políticas setoriais destinadas a garantia de direitos sociais da população local, até onde se estende a responsabilidade dessa unidade da federação quando os efeitos sociais sentidos no local são gerados por decisões macro-econômicas em que o município não tem.
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REFERÊNCIAS
ABNT. Manual para Elaboração de Trabalhos Acadêmicos: Apresentação ABNT. Disponível em: <https://biblioteca-virtual.com/menu/normalizacao>. Acesso em: 16 ago. 2017;
ABRUCIO, Fernando Luiz. O impacto do modelo gerencial na administração pública: um breve estudo sobre a experiência internacional recente, Cadernos ENAP Nº. 10, Brasília, 1997;
BRASIL. Constituição Federal, 1988;
BRASIL. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Disponível em: 
<www.stn.fazenda.gov.br>. Acesso em: 11 ago. 2017;
 
BRASIL. Ministério da Previdência e Assistência Social. Assessoria Econômica. 
Disponível em <www.mpas.gov.br/doc/relatório.pdf>. Acesso em: 4 ago. 2017;
ALBUQUERQUE. J. A. Guilhon. Instituição e Poder – 2ª ed. Rio d e Janeiro: Graal, 1986.

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