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TRABALHO SISTEMA PRISIONAL

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Universidade federal de Sergipe
CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS
Rede nacional de altos estudos em segurança pública
Curso de Especialização em Criminalidade Violenta, Controle Social e Políticas Públicas
Disciplina: Políticas Públicas e Segurança
Professora Dra.: Gleise Prado Da Rocha Passos
 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO SISTEMA PRISIONAL DO ESTADO DE SERGIPE
RESUMO: Política Pública criada pelo Governo Federal através do Decreto de nº 7.626 estabelecido pelo Plano Estratégico de Educação no Âmbito do Sistema Prisional (PEESP). Tendo como finalidade ampliar e qualificar a oferta de educação nos estabelecimentos penais, contemplando a educação de jovens e adultos, educação profissional e tecnológica e a educação superior, podendo ser aderida pelos Estados e Distrito Federal.
______. Resolução nº 4, de 30 de Maio de 2016. Dispõe sobre as diretrizes Operacionais Nacionais para a remição de pena pelo estudo de pessoas em privação de liberdade nos estabelecimentos penais do sistema prisional brasileiro. Disponível em < https://seguro.mprj.mp.br/documents/112957/15908811/RESOLUCAO_N_4_DE_30_DE_MAIO_DE_2016.pdf> Acesso em 05 out. 2016.
______. Decreto nº 7.626, de 24 de Novembro de 2011. Institui o Plano Estratégico de Educação no âmbito do Sistema Prisional. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Decreto/D7626.htm> Acesso em 05 out. 2016.
______. Termo de Cooperação Técnica 01/2013. Termo de Cooperação Técnica que entre si celebram a Secretaria de Estado da Justiça e de Defesa ao Consumidor e a Secretaria de Estado de Educação, para implantação do Programa Estadual de Educação Prisional em 14 de maio de 2013.
 ______. Plano Estadual de Educação Nas Prisões 2015-2016 (Sergipe). Pactuado entre o Ministério da Justiça e o Ministério da Educação.
______. Parecer Homologado pelo Ministério da Educação e Conselho Nacional de Educação em 10 de junho de 2015. Trata-se sobre a remição de pena pelo estudo de pessoas em privação de liberdade no sistema prisional brasileiro
- Histórico de Criação
	
- Apesar de a educação ser um direito universal de todos os cidadãos, no que tange as pessoas privativas de liberdade este direito está inserido há pouquíssimo tempo. A oferta de educação nas prisões, apesar de já ter sido inserida como direito na Lei nº 7.120 de 1984 (Lei de Execução Penal) e na Lei nº 9.394 de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), passou a ganhar novos contornos a partir do ano de 2005 com a criação do Projeto Educando para Liberdade. Esse projeto promoveu a abertura de encontros e diálogos, onde foram desenvolvidas propostas que subsidiaram a elaboração das resoluções do Conselho Nacional de Educação e do Conselho Nacional de Políticas Criminal e Penitenciária. 
	
- Dentre as diversas resoluções está à resolução nº 3 de 11 de Março de 2009, na qual foram aprovadas as Diretrizes Nacionais para a oferta de educação nos estabelecimentos penais no âmbito da política de execução penal, a resolução nº 2 de 19 de Maio de 2010, onde foram aprovadas as Diretrizes Nacionais para oferta de educação para jovens e adultos em situação de privação de liberdade no âmbito das políticas de educação e por último, através dos avanços alcançados, a resolução nº 4 de 30 de Maio de 2016, na qual o Conselho Nacional de Educação aprovou as Diretrizes Operacionais Nacionais para a remição de pena pelo estudo de pessoas em privação de liberdade nos estabelecimentos penais do sistema prisional brasileiro. 
	
- Porém, somente em 2011 foi instituído o Plano Estratégico no âmbito do Sistema Prisional (PEESP), através do Decreto de nº 7.626, que teve como finalidade ampliar e qualificar a oferta de educação nos estabelecimentos penais, contemplando a educação básica na modalidade de educação de jovens e adultos, a educação profissional e tecnológica e a educação superior.	
- Metodologia Utilizada para elaboração da Política Pública
- Para a sua adesão foi necessário que os Estados e o Distrito Federal apresentassem um plano de ação contendo o diagnóstico das demandas de educação no âmbito dos estabelecimentos penais, as estratégias e metas para sua implementação e as atribuições e responsabilidades de cada órgão. Através desses planos enviados, o Ministério da Educação juntamente com o Ministério da Justiça fomentaram a elaboração de Planos Estaduais de Educação nas Prisões que foi pactuado no III Seminário Nacional de Educação nas Prisões realizado no primeiro semestre de 2012. 
- Para subsidiar a elaboração dos planos o Governo Federal apresentou um guia de orientações sugerindo que os planos contivessem informações sobre a gestão e organização da oferta de educação, a formação continuada de profissionais, exames de certificação de exames e estratégias de acompanhamento das ações. 
- Nível da Política Pública
- O plano foi estabelecido a nível nacional através do Governo Federal que disponibilizou recursos para a sua iniciação podendo os Estados e o Distrito Federal aderi-lo de acordo com os critérios estabelecidos. 
- O Plano Estadual sugerido pelo Governo Federal para a adesão do programa foi elaborado pela SEED e SEJUC em Agosto de 2012, seguindo as resoluções e os parâmetros estabelecidos. Ressaltando, que para a execução das atividades educacionais voltadas às pessoas que estão privadas de liberdade, foi constituída a Coordenação Pedagógica de Educação Prisional, que é um grupo interinstitucional, composto por técnicos da SEJUC e da SEED. 
- Implementação no Estado de Sergipe
- Seguindo as instruções apresentadas, o Estado de Sergipe aderiu a essa política pública através do Termo de Cooperação Técnica 01/2013 de 14 de Maio de 2013, instituído entre a Secretária de Estado da Justiça e de Defesa ao Consumidor (SEJUC) e a Secretária de Estado da Educação (SEED). 
- Objetivos (Sergipe)
- O Termo elaborado teve por objetivo atender a resolução nº 2 de 19 de Maio de 2010 do Conselho Nacional de Educação e a resolução de nº 1 de 29 de Março de 2012 do Conselho Estadual de Educação que institui Diretrizes Operacionais para oferta de educação para pessoas jovens/adultas/idosas em regime de privação de liberdade nas instituições penais mantidas pelo Sistema Prisional do Estado de Sergipe, visando à implantação progressiva de cursos da Educação de Jovens e adultos, iniciando prioritariamente pela alfabetização e estendendo-se progressivamente aos níveis de Ensino Fundamental, médio e Exames Supletivos. 
	
- Detalhamento do Plano no Estado de Sergipe
- Todo o detalhamento do objeto do Termo de Cooperação, tais como o cronograma, a execução, as metas, as etapas, os serviços e as ações foram apresentados através do Plano de Trabalho, no qual contêm os dados cadastrais dos dois órgãos competentes, descrição do programa (título do projeto, identificação do objeto e justificativa da proposição), cronograma da execução, plano de aplicação e o cronograma de desembolso. 
	
- Também consta no Termo, as obrigações atribuídas a ambos os órgãos, SEED e SEJUC, a fim de tornar mais claro as atribuições de cada um e o projeto ser desenvolvido sem maiores problemas no que tange a estes aspectos. Importante frisar que este Termo de Cooperação não prevê transferências de recursos entre os órgãos, sendo as verbas advindas do Governo Federal para custear essa política. 
- Vigência no Estado de Sergipe	
- O Termo de Cooperação quando elaborado possuía a vigência de dois anos a partir da sua assinatura que se deu em 14 de Maio de 2013, podendo ser prorrogado por igual período, o que foi realizado pelo PRIMEIRO TERMO ADITIVO AO TERMO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA Nº 01/2013, que teve como objeto prorrogar o prazo de vigência do Termo de Cooperação e conseqüentemente do plano educacional nas prisões em Sergipe para o ano de 2017. 
	
- Validade do Plano em Sergipe
- Este Termo foi analisado pela Procuradoria do Estado, a fim de garantir a sua validade. Onde, foi aprovado desde que atendidas as suas especificidades estabelecidas.- Justificativa da Adesão a Política Pública no Estado de Sergipe
- O Termo de Cooperação foi elaborado sob a justificativa de dar continuidade às ações conjuntas da SEJUC e SEED em prol da implantação progressiva de cursos da Educação de Jovens e Adultos, iniciando prioritariamente pela alfabetização e estendendo-se progressivamente aos níveis de Ensino Fundamental, Médio e Exames Supletivos, exatamente como prevê a resolução nº 1 de 29 de Março de 2012.	
- Potencialidades da Política Pública
	
- Esta política pública de trazer a educação para o âmbito das penitenciárias Brasileiras é de extrema importância não só para a pessoa que está privada da sua liberdade, como também para a sociedade como um todo, pois, trata-se de uma política que pode ao menos ressocializar a pessoa que se encontra apenada, a fim de que esta possa ter algum futuro ao sair da prisão ou que pelo menos ocupe a sua mente na triste realidade que vive no Sistema Prisional Brasileiro, para que não se envolva ainda mais no mundo do crime. Tanto é assim, que devido aos seus resultados foi estabelecida a resolução nº 4 de 30 de Maio de 2016 que dispõe sobre a remição da pena pelo estudo de pessoas que se encontram em privação de liberdade. Essa resolução se inseriu na estratégia de unificar os entendimentos a respeito da prática da remição de pena pelo estudo prevista na Lei de nº 12.433 de 2011 que por sua vez alterou a Lei de Execução Penal de nº 7.210 de 1984.

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