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Portfólio 8º Semestre SERVIÇO SOCIAL

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Sistema de Ensino Presencial Conectado
serviço social
cleide barbosa de oliveira
margarete fátima bergamaschi
maria amélia catossi graciano
atuação profissional do assistente social
 No Terceiro Setor na Educação e Meio Ambiente
 
Rondonópolis
2016
cleide barbosa de oliveira
margarete fátima bergamaschi
maria amélia catossi graciano
Atuação profissional do assistente social 
No Terceiro Setor na Educação e Meio Ambiente
Trabalho de portfólio em grupo apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral nas disciplinas de: Terceiro Setor, Meio Ambiente e Sustentabilidade, Serviço Social na Educação, na Educação Inclusiva e Trabalho de conclusão de Curso.
Orientado pelos Professores: Sérgio Goes Barbosa, Amanda Boza G. Carvalho, Mayra Campos Frâncica e Maria Angela Santini.
 Rondonópolis
2016
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................3 
2 O NEOLIBERALISMO E AS CONSEQUÊNCIAS PARA AS 
POLITICAS SOCIAIS..................................................................................................4
2.1 Terceiro Setor e o Serviço Social...........................................................................5 
2.2 A Educação e o Serviço Social..............................................................................7
2.3 O Meio Ambiente e o Serviço Social......................................................................9
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................12
 
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................14 
5 ANEXOS.................................................................................................................15
	
1 INTRODUÇÃO
 Quando a sociedade se transforma, o nosso modo de viver também se transforma e com ele surgem novas necessidades humanas; para respondê-las, vemos as profissões se requalificando. Este trabalho visa compreender como de dá a atuação profissional nos espaços de inserção do assistente social dentro do mercado de trabalho, mais especificamente no campo do terceiro setor, educação e meio ambiente, já que se trata de esferas que cresceram notavelmente nas últimas décadas.
 É relevante para este trabalho a discussão acerca das consequências para o Serviço Social em face ao desmonte do Estado, no que se refere às políticas sociais. O exercício profissional do assistente social e as consequências trazidas pelo padrão de acumulação flexível, a implantação do projeto neoliberal e a desresponsabilização do Estado no trato à questão social e na atuação profissional.
 A importância da atuação profissional do assistente social junto às instituições do Terceiro Setor, educação e segmentos de defesa e preservação do meio ambiente. Como se consolida a atuação profissional nesses novos espaços ocupacionais que estão surgindo, e como contribuir para provocar mudanças na participação e organização da população em defesa dos direitos e melhorias na qualidade de vida.
 
 
 
2 NEOLIBERALISMO E AS CONSEQUÊNCIAS PARA AS POLITICAS SOCIAIS
 Para analisarmos as peculiaridades do mercado profissional do assistente social, é necessário entender o sentido histórico deste objeto de estudo, as políticas sociais brasileiras estão diretamente relacionadas às condições vivenciadas pelo país em níveis econômico, político e inserido em um contexto social amplo, com base nos ditames do projeto neoliberal.
 O neoliberalismo pode ser caracterizado como uma contra ofensiva ideológica, uma forma de pensamento que surge em contra posição às mudanças sociais em curso, sua ideologia faz quebrar o poder dos sindicatos e movimentos operários, corta drasticamente os encargos sociais, é a favor da formação de um exército de reserva e da abolição de investimentos estatais. Assim, onde antes se encontravam normas que visavam proteção do trabalho e do trabalhador, passou-se a ter flexibilização de relações trabalhistas, em lugar de rede social de proteção e seguridade, passamos a ter privatização de previdência e do bem-estar coletivo, onde se fazia redistribuição de renda através da tributação, passa-se a ter a rejeição do imposto progressivo em nome do estímulo ao investimento e responsabilidade fiscal e em nome da contenção de gastos sociais o saneamento das dívidas. As instituições da Assistência Social, como aparelhos do Estado, deparam-se, com essa catástrofe na qual os profissionais atuam de forma contra hegemônica, já que são fundamentados numa teoria de garantia de justiça social, e por diversas vezes veem sua prática e dever para com a população limitada, por questões político-econômicas.
 O desmonte das políticas nacionais de garantias sociais básicas, cujas principais implicações estão voltadas aos cortes de programas sociais à população de baixa renda, à diminuição dos benefícios da seguridade social e à criminalização da pobreza com o incentivo às práticas tradicionais de clientelismo, à filantropia social e empresarial, à solidariedade informal e ao assistencialismo, revestidos de práticas alternativas e inovadoras para uma realidade de pobreza e exclusão social, (PEREIRA, 2000 p. 56).
 A partir da segunda metade da década de 1980 a economia dos países desenvolvidos, e emergentes da América Latina e Leste Europeu adotam o articulado neoliberal, e no Brasil este fator se evidencia no ano de 1990 com o governo Collor. O referido fato histórico recebe a denominação de Consenso de Washington, e tal período coincide com a promulgação da Constituição Federal Brasileira de 1988. Essa política econômica com seu forte poder ideológico refletiu em influências e consequências para o agravamento da desigualdade social. São as camadas mais baixas que vivenciam esta drástica mudança, é de fato a população que utiliza dos serviços públicos que vai sofrer as consequências de uma economia liberal de mínimos sociais e enxugamento do Estado, com pouca ou nenhuma intervenção do governo no mercado de trabalho que culmina em desemprego e baixos salários. Contudo é necessário levar em conta que esta população torna-se usuária do Serviço Social, e o profissional desta área vai se deparar com uma grande demanda e poucos recursos para suprir as reais necessidades desta população, deparando-se com uma conjuntura em que a execução de seus princípios éticos profissionais são limitados, por questões político-econômicas. 
2.1 O terceiro setor e o serviço social
 O projeto neoliberal encontrou no terceiro setor uma forma de responder às carências deixadas pelo Estado no atendimento às políticas básicas: de forma paliativa e pontual a população recebe um atendimento, mesmo que esse seja de baixa qualidade e não solucione os problemas em longo prazo. Outro caráter desse atendimento é o critério cada vez menos universal e mais seletivo, descaracterizando o sentido do direito.
As políticas sociais – já precárias poucas cidadãs e universais -, como agravamento das condições econômicas e do mercado de trabalho, sofreram triplamente. Primeiro, pela redução de recursos que acompanhou os diversos ajustes fiscais e deteriorou qualitativamente e quantitativamente os serviços sociais básicos, sobretudo nas áreas com elevada participação de recursos da esfera federal, como a saúde. Segundo, pela redução do uso de políticas universalistas e pela generalização do uso de programas sociais extremamente focalizados, sem estratégia, assistencialista e clientelista na relação com o público-alvo. Terceiro, porque estas mudanças vieram, quase sempre,acompanhadas de propostas de reformas sociais explicitamente privatizantes, favorecidas pela falência organizada dos serviços públicos. (MATTOSO, 2000, p. 37)
 A partir da década de 1990, encontramo-nos diante de uma conjuntura oposta, na qual o Estado está aparentemente se afastando da vida social e delegando a responsabilidade de atender as necessidades sociais da população as sociedades civis, que atuam em instituições sem fins econômicos e com interesse público denominadas de Terceiro Setor, ao assumirem essa nova perspectiva, redefinem e reordenam a forma de gestão institucional, por meio do discurso da “solidariedade social”. Dessa forma, essa responsabilidade é repassada para a “sociedade civil” que irá responder a essas demandas da sociedade por meio de filantropia e através de práticas caritativas. Nesse sentido Alencar (2009) corrobora com essa afirmação ao dizer que:
Nesse ponto, aponta-se a transferência dos serviços sociais para a sociedade civil, sob o discurso ideológico da ”autonomia”, “solidariedade”, “parceria” e “democracia”, enquanto elemento que aglutinam sujeitos diferenciados. No entanto, vem se operando a despolitização das demandas sociais, ao mesmo tempo em que desresponsabiliza o Estado e responsabiliza os sujeitos sociais pelas respostas às suas necessidades. [...] Nesse contexto, observa-se um profundo deslocamento quanto aos direitos sociais agora transmutados em “direito moral”, sob os princípios abstratos da “ajuda mútua” e “solidariedade” (ALENCAR, 2009, p.455-456).
 A inserção dos profissionais do Serviço Social nas diversificadas instituições que compõem o Terceiro Setor se faz necessário pelo fato dessas instituições surgirem como forma de dar respostas as expressões da questão social. As novas formas de responder as expressões da questão social irão apresentar novas demandas e novos espaços ocupacionais para ao assistente social, no caso das competências e atribuições profissionais é importante salientar que elas chegam, por vezes, a extrapolar o que está previsto na lei de regulamentação da profissão (8.662/93), principalmente a partir da difusão dos princípios da ajuda e solidariedade o que pode “levar à desprofissionalização do atendimento social” (ALENCAR, 2009, p.458).
 Houve uma grande expansão das chamadas organizações sociais, sobretudo das ONGs, instituições privadas sem fins lucrativos, instituições filantrópicas e de cunho caritativo. Nessas instituições os atendimentos são voltados para segmentos e grupos específicos, tendo por base o princípio da seletividade no atendimento social. O trabalho do assistente social “passa a ter, portanto, sentidos e resultados sociais bem distintos, o que altera o significado social do trabalho técnico-profissional, bem como ainda seu nível de abrangência”(ALENCAR, 2009, p.458).
 É necessário para a atuação profissional do assistente social em instituições do Terceiro Setor, ONGs e demais organizações, profissionais que sejam propositivos, com anúncio de garantias de direitos sociais e renúncia de práticas opressoras alienatórias, visando a emancipação e democratizando a participação popular junto a sociedade.
 Costa (2005, p. 7), pontua algumas atribuições específicas do assistente social no terceiro setor:
- Implantar, no âmbito institucional, a Política de Assistência Social, conforme as diretrizes da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS /93) e Sistema Único da Assistência Social (SUAS /04), de acordo com a área e o segmento atendido pela instituição; 
- Subsidiar e auxiliar a administração da instituição na elaboração, execução e avaliação do Plano Gestor Institucional, tendo como referência o processo do planejamento estratégico para organizações do terceiro setor; 
- Desenvolver pesquisas junto aos usuários da instituição, definindo o perfil social desta população, obtendo dados para a implantação de projetos sociais, interdisciplinares;
- Identificar, continuamente, necessidades individuais e coletivas, apresentadas pelos segmentos que integram a instituição, na perspectiva do atendimento social e da garantia de seus direitos, implantando e administrando benefícios sociais; 
- Realizar seleção socioeconômica, quando for o caso , de usuários para as vagas disponíveis, a partir de critérios pré-estabelecidos, sem perder de vista o atendimento integral e de qualidade social; e nem o direito de acesso universal ao atendimento; 
- Estender o atendimento social às famílias dos usuários da instituição, com projetos específicos e formulados a partir de diagnósticos preliminares; - ----- Intensificar a relação instituição / família, objetivando uma ação integrada de parceria na busca de soluções dos problemas que se apresentarem; 
- Fornecer orientação social e fazer encaminhamentos da população usuária aos recursos da comunidade, integrando e utilizando-se da rede de serviços sócio assistenciais; 
- Participar, coordenar e assessorar estudos e discussões de casos com a equipe técnica, relacionados à política de atendimento institucional e nos assuntos concernentes à política de Assistência Social; 
- Realizar perícia, laudos e pareceres técnicos relacionados à matéria específica da Assistência Social, no âmbito da instituição, quando solicitado;
 
2.2 A educação e o serviço social
 A política do neoliberalismo acaba influenciando também na educação de um modo geral, para atender as necessidades do mercado é necessário que as escolas se modernizem, adequando os métodos de ensino também a uma mentalidade inserida na globalização. A escola, então, precisa incorporar novas técnicas, as mais recentes inovações da informática e da comunicação, financiamentos pelas universidades, a criação de laboratórios para pesquisas que atendam a produtividade, entre outras inovações.
 Desta forma, a escola deixa de ser um elemento do campo político e social, voltando-se para uma integração no mercado globalizado. Transformam-se os problemas sociais, culturais, econômicos e políticos em problemas técnicos e administrativos a serem solucionados pelos alunos. E os alunos acabam se tornando consumidores do ensino, cabendo ao professor à função de funcionário treinado, com a obrigação de capacitar os aprendizes para que se integrem ao mercado de trabalho.
 Nessa perspectiva, o trabalho do Assistente Social surge como mediador da mobilização social e o acompanhamento para a formação política e social dos representantes da comunidade afim de que, a realização de um trabalho nos processos de participação popular nas escolas públicas pudesse desenvolver a autonomia e o empoderamento da comunidade a partir da política de educação. Essa atuação se funda no princípio da descentralização política e da participação social como instrumentos que oportunizam um exercício democrático e que se converge para elaborar condições favoráveis de surgimento de sujeitos políticos, cidadãos, e de novas formas de organização política, além de proporcionar uma aprendizagem política que pode conduzir para uma participação realmente qualitativa da população nas decisões de caráter público.
 De acordo com os princípios fundamentais do Código de Ética Profissional do Serviço Social (1993) a postura profissional deve reconhecer e defender a “(...) liberdade como valor ético central e das demandas políticas a ela inerentes - autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais; e o “aprofundamento da democracia, enquanto socialização da participação política e da riqueza socialmente produzida”.
 A partir dessa orientação os Assistentes Sociais deverão ser capazes de contribuir para viabilizar a participação da população usuária nas decisões institucionais e estabelecer estratégias para democratizar as informações e o acesso da população aos programas disponíveis no espaço institucional como um dos mecanismos indispensáveis à inserção e a participação dos usuários nas políticas públicas. Cabe então, ao AssistenteSocial desenvolver ações de intervenção que permitam a criação de oportunidades de inserção democrática da população nos debates públicos e contribuir para a qualificação dessa participação através da capacitação política e formação para a cidadania daqueles envolvidos nesse processo.
 Segundo MATTOS (1996), “o grau de informação do indivíduo irá torná-lo mais ou menos participativo. Não basta, a sociedade proporcionar ao cidadão o direito à reivindicação, usufrutos socioeconômicos, voto e representação política. Somente informado, o grupo social poderá julgar sobre a validade das oportunidades e instrumentos colocados à sua disposição, aceitá-los ou rejeitá-los e considerá-los adequados ou não”. Nesse sentido, essa é uma das tarefas do Assistente Social e responsabilidade da categoria profissional que deseja consolidar seu projeto ético-político.
 Ficou claro que o Serviço Social tem um papel fundamental nesse processo de mobilização e implementação de estruturas participativas na educação. “Não se trata de um agente externo ao grupo, que, esclarecido, pode levar a verdade à comunidade, mas de um ator que se identifica com os interesses populares e faz a mediação povo-governo (GOHN, 1988).” 
 O Serviço Social na educação configura-se ainda como um desafio a ser transposto, cabendo ao profissional se desdobrar no exercício de suas habilidades e competências buscando o fortalecimento de uma gestão democrática dentro da escola e ainda estimulando a comunidade escolar a participar do processo educacional, compreendendo comunidade escolar todos os educadores: professores, merendeiros, técnicos administrativos, porteiros, pais, responsáveis, famílias como um todo, alunos e outros atores que compõem a dinâmica escolar.
 A atuação profissional do Assistente Social na educação junto aos setores populares é clara: uma luta pela ocupação de espaços institucionais de formulação e controle das políticas públicas. A melhoria das condições da escola, da qualidade do ensino ou da transformação na política educacional; ela deverá ultrapassar os muros da escola, transpondo os limites da comunidade local e estabelecer uma dinâmica de politização para as classes populares.
2.3 O meio ambiente e o serviço social
 Os problemas enfrentados no meio ambiente tem sua origem ligada ao sistema capitalista, porque a partir do momento em que os recursos naturais se tornam escassos serão incorporados como bens no sentido econômico, estes se intensificaram na fase neoliberal. A questão ambiental tornou-se um dos problemas mais críticos para a humanidade, pois incide sobre as condições de sobrevivência da vida na terra e as relações entre grupos sociais e sociedade. O homem pode multiplicar os instrumentos de que necessita para o trabalho, mas não pode criar a natureza: terra, água, matas, florestas, porém, pode e deve preserva-la, sendo esta a base para a sobrevivência humana.
 No Brasil a Política Nacional do Meio Ambiente, aprovada em 1981, define o meio ambiente como sendo um patrimônio público que, portanto, deve ser protegido e justifica a racionalização do uso do solo, subsolo, água e ar. Ao Estado, como o responsável pela implementação desta política social compete o planejamento e a fiscalização da gestão dos recursos naturais, proteção dos ecossistemas, controle e zoneamento das atividades poluidoras, investimento em pesquisas que contribua para a preservação, bem como a recuperação de áreas degradadas e em educação ambiental em todos os níveis de ensino. Para isso, a lei estabelece os mecanismos de defesa, penalidades disciplinares, criminais ou compensatórias para atos de infração ao meio ambiente protegido pela legislação social.
 As questões ambientais são expressões da questão social. Os aspectos da qualidade de vida da sociedade e as formas que ocorrem, com as articulações políticas, em torno dos serviços socioambientais possuem conexão com a área ambiental, como o saneamento, moradia, trabalho, alimentação, educação, transporte, lazer entre outros e reflexos no social. A degradação do meio ambiente reflete muito na vida da sociedade na área social, econômica, política e cultural, criando necessidades de ações por parte do poder publico, visando à conservação e a preservação ambiental.
A “questão social” expressa, portanto, desigualdades econômicas, políticas e culturais que as classes sociais, mediatizadas por disparidades nas relações de gênero, características étnico-raciais e formações regionais, colocando em causa amplos segmentos da sociedade civil no acesso aos bens da civilização. (IAMAMOTO, 2008, p.160).
 “A legitimidade do Serviço Social se radica na especificidade da prática profissional” (MONTAÑO, 2009, p.54). A atuação profissional dos assistentes sociais tem sua especificidade, ou seja, é específica da profissão, como prestação de serviços a população vulnerável ou que necessitar, através de pesquisa social, metodologia, objetivos de intervenção, ligados a politicas sociais, para a melhoria na qualidade de vida da população.
 A atuação profissional do assistente social na área ambiental visa à conscientização da preservação ambiental para garantia da qualidade de vida, pois só a partir da conscientização social, em usarmos os recursos naturais com limites, consciência e responsabilidade e que teremos o equilíbrio necessário da sustentabilidade, para a construção de uma sociedade economicamente viável, socialmente justa e ambientalmente correta. O profissional ao atuar nessa área deve estar pautado na Legislação Ambiental, no Código de Ética Profissional e na Lei de Regulamentação da Profissão e instrumentos de trabalho para efetivação do compromisso ético político profissional.
 Buscar através da atuação provisional que a população se organize e participe em campanhas, mutirões, mas principalmente crie consciência da responsabilidade que cada um tem como pessoa, para a preservação e conservação do meio ambiente como sobrevivência humana, podemos citar algumas ações simples e fáceis de incorporar nos hábitos diários a partir da conscientização: preservar as nascentes, evitar queimadas, plantar árvores, economizar água através de algum sistema de reutilização da mesma, desligar lâmpadas e aparelhos eletrônicos quando não está em uso, reciclar o lixo, andar a pé ou de bicicleta, usar transporte coletivo, usar sacola de pano para compras e muitas outras possíveis e viáveis que farão toda a diferença para o meio ambiente e a humanidade.
3 CONSIDERAÇÔES FINAIS
 A atuação profissional dos assistentes sociais surge como uma ordem garantidora de direitos, onde há a possibilidade de trabalhar pela concretização da socialização do poder, com conhecimento que deve ser democratizado e com o acesso à informação, afim de que estes sejam consolidados. Os indivíduos devem estabelecer uma visão crítica da realidade e se capacitarem para agir, objetivando o bem-estar comum. Assim, esse profissional assume um dinamismo capaz de promover ou incentivar as mudanças de situações sociais.
 Cabe ao profissional de Serviço Social comprometimento com a classe trabalhadora, ser um questionador, buscar com argumentos e ações desvendar os reais motivos por trás da noção de responsabilidade social e as suas consequências para a população; colaborar, ainda, para um processo de desmistificação desse fenômeno, das contradições e desigualdades que a ideologia tenta ocultar para reproduzir o projeto dominante.
 Para tanto, temos os campos de atuação profissional em diversas áreas, como saúde, educação, assistencial social, habitação, terceiro setor e demais espaços que vão surgindo conforme a população demanda. Os movimentos sociais e a participação popular sempre foram imprescindíveis para garantir a democratização e a luta pela cidadania, enfatizando que, para o profissional do serviço social alcançar um nível singular de democracia e cidadania,é preciso estar capacitado de forma ético-politica, teórico-metodológico e técnico-operativo, superar pré-conceitos, ter planejamento, ser competente, transparente e profissional, do contrário, estaremos assumindo um discurso “participativo” que, na prática, vai-se concretizar como um processo meramente de inclusão formal, sem participação concreta. 
 Ocupando espaços de poder, praticamente inéditos à categoria, o assistente social desenvolve novo status em relação a outras profissões, abandonando seus aspectos subalternizados anteriores. Segundo Iamamoto (2008, p. 79): 
Esse rumo ético-político requer um profissional culto, crítico e competente. Exige romper tanto com o teoricismo estéril, quanto com o pragmatismo, aprisionados no fazer pelo fazer, em alvos e interesses imediatos. Demanda competência, mas não a competência autorizada e permitida, a competência da organização, que dilui o poder como se ele não fosse exercido por ninguém, mas derivasse das “normas” da instituição, da burocracia. O requisito é, ao inverso, uma competência crítica capaz de decifrar a gênese dos processos sociais, suas desigualdades e as estratégias de ação para enfrentá-las. Supõe competência teórica e fidelidade ao movimento da realidade; competência técnica e ético-política que subordine o “como fazer” ao “o que fazer” e, este, ao “dever ser”, sem perder de vista seu enraizamento no processo social.
 
 O espaço legal para atuação do assistente social existe e dá sinais de expansão. Cabe ao assistente social identificar e apropriar-se do espaço de fato, mediante atuação profissional ética, consciente, consistente e eficaz tendo como desafios: 
 Conhecimento em legislações.
 Desenvolver capacidade de decodificar a realidade interna e externa de determinada instituição.
 Construir alternativas de trabalho criativas, interventivas e multiprofissionais, pautadas na ética, eficiência, eficácia e efetividade das ações.
 Profissional da denúncia de situações de alienação e opressão e do anúncio de diretos.
 Trabalho articulado em rede, pois não somos uma ilha, e precisamos dos demais profissionais e instituições para que se efetivem de fato os direitos constitucionais. 
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABEPSS; CFESS (Org.). Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: Cfess/Abepss, UnB, 2009.
ALENCAR, Mônica. O trabalho do assistente social nas organizações privadas não lucrativas. In: Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. BRASIL. Lei
COSTA, Selma Frossard. O Perfil da Gestão de Instituições da Rede Sócio Assistencial, de Confissão Evangélica, no Município de Londrina. Serviço Social em Revista, v. 08, n. 02, Londrina/PR: UEL, 2006.
CRESS. Conselho Regional de Ensino e Pesquisa em Serviço Social. Coletânea de Leis: Código de Ética Profissional do Assistente Social. 3.ed. Belo Horizonte, 2001.
 http://www.franca.unesp.br/Home/Pos-graduacao/ServicoSocial/ines-da-silva-moreira.pdf acessado em 23 de agosto de 2016.
http://www.cfess.org.br/arquivos/BROCHURACFESS_SUBSIDIOS-AS-EDUCACAO.pdf acessado em 01 de set. de 2016.
IAMAMOTO, M. V. 20 anos do livro Relações Sociais e Serviço Social no Brasil: uma leitura retrospectiva. Temporalis, Abepss, Suplemento, ano III, 2002
MONTAÑO, Carlos Eduardo. O serviço social frente ao neoliberalismo: mudanças na sua base de sustentação funcional-ocupacional. In: Serviço Social e Sociedade. N.53. São Paulo: Ed. Cortez, 1997.
PAULO NETTO, J. A Construção do projeto ético-político do Serviço Social frente à crise contemporânea. In: CFESS-ABEPSS. Capacitação em Serviço Social e política social: crise contemporânea, questão social e Serviço Social, módulo 1. Brasília: CEAD, 1999.
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 - Planalto acessado em 05 de set. de 2016.
5 ANEXOS: 
 Modelo do slides para passar em sala de aula

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