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As relações entre sociedade, estado, território e poder
 
A geopolítica é um tema contemporâneo que surgiu após o período da Guerra Fria e da subsequente
transformação do paradigma das relações internacionais – de bipolaridade para multilateralidade. Ele trouxe
um impacto nas interfaces sociais, políticas e econômicas. Todavia, para compreender esse fenômeno, que
está intrinsecamente ligado ao processo de globalização, torna­se essencial compreender três elementos
básicos de uma nação e sua inter­relação, são eles: sociedade, espaço e poder.
Dentre diversos pensadores das ciências sociais e da política, como Hobbes, Locke e Rousseau, a sociedade
era definida e associada à criação do Estado, visto que suas concepções advinham do pensamento e reflexão
da natureza humana. Com sua obra Leviatã, Thomas Hobbes foi possivelmente um dos primeiros dentre os
demais filósofos políticos a enfatizar de uma maneira sistemática as questões relativas à origem da
sociedade. Entretanto, era fundamental distinguir o estado de natureza e a sociedade, isso para que se
justificasse a livre associação entre os homens em uma espécie de “acordo artificial”. Hobbes afirma que:
 
O maior dos poderes humanos é aquele que é composto pelos poderes de vários
homens, unidos por consentimento numa só pessoa, natural ou civil, que tem o
uso de todos os poderes na dependência de sua vontade: é o caso do poder de
um Estado (HOBBES, 1988, p. 53).
 
Não obstante, observa­se a importância do território como expressão legal e moral de um Estado, sendo a
união entre o solo e o povo que ali habita a constituição de uma sociedade. Essa definição, dada por Friedrich
Ratzel, refere­se à associação da territorialidade a uma identidade específica – seja de cunho cultural ou
referente à proximidade geográfica –, de forma a não haver, teoricamente, contradições internas a um
determinado Estado, que seria fixo em tempo e espaço, características que só seriam alteradas por meio do
uso da força (RATZEL, 1990).
Contudo, no decorrer dos últimos 20 anos, essa concepção de território recebeu um sentido diferente, mais
amplo, e abordou uma vasta gama de questões pertinentes ao domínio físico e/ou simbólico de determinada
área. Atualmente, denota­se que as fronteiras que separam os indivíduos no século XXI revelam uma
pluralidade de diferenças que se estendem nas vertentes culturais, no alinhamento político e nas associações
regionais entre as nações. Assim, o estudo dos territórios ganhou novamente importância devido ao fim da
bipolarização, tanto do ponto de vista militar quanto econômico, e deu espaço para o desenvolvimento de
novos acordos federativos que legitimam as novas políticas e as chamadas áreas de influência. Dessa forma,
o estudo dos territórios serve como base para o entendimento de fenômenos do mundo moderno, como a
fragmentação e a regionalização.
No decorrer das décadas, nota­se que esses conceitos foram se adaptando à realidade das nações e do
mundo e deram origem à ideia de Estado­nação – apesar da diferença entre esses dois conceitos – e seu
respectivo papel no ordenamento político, econômico e cultural na conjuntura global. Assim, segue­se ainda a
premissa de que um Estado, para ser reconhecido como tal, deve cumprir quatro condições básicas: ter uma
base territorial, ter fronteiras definidas geograficamente, ter uma população e ter um governo reconhecido
por essa população e pelos demais Estados independentes. A diferença crucial entre o conceito de Estado e
nação, portanto, recai sob o fato de que a nação é representada por um grupo de indivíduos que
compartilham do mesmo conjunto de características, ou seja, costumes, linguagem e história (MINGST,
2009).
A denominação Estado­nação se torna uma ferramenta de autodeterminação e criação da identidade nacional,
ferramenta esta soberana e que possui o poder de decidir as condições e ideais aos quais se deve ou não
submeter. Entretanto, os Estados estão constantemente envolvidos em conflitos para (re)definirem questões
territoriais, seja por litígios oriundos de problemas históricos, por tentativa de expansão territorial de seus
domínios ou por interesses econômicos e estratégicos.
Dessa forma, é possível dizer que: 
 
Entre outros conceitos de Estado, figuram: o Estado é uma ordem normativa, um
símbolo para uma sociedade particular e as crenças que unem o povo que vive
dentro de suas fronteiras. Também é a entidade que tem o monopólio legítimo do
uso da violência dentro de uma sociedade. O Estado é uma unidade funcional que
assume várias responsabilidades importantes, centralizando­as e unificando­as
[...] (MINGST, 2009, p. 96).
 
No entanto, numa perspectiva mais ampla, é possível reconhecer que a nova geopolítica das nações na virada
do século XXI tem demonstrado um grande movimento de mobilização social e política a favor de
transformações sociais e igualitárias de sociedades afetadas por alterações no sistema mundial.
Depois dos anos 1990, o mundo passou por uma era de conflitos ideológicos seguidos de uma reafirmação do
ideal liberal, aprofundando­se cada vez mais em debates que envolvem, implicitamente ou explicitamente,
temas como poder e manutenção do status quo (nas relações internacionais entre os Estados, o status quo
define a manutenção da situação natural e/ou da posição favorável na qual uma nação se encontra naquele
período)  e da situação do sistema internacional.
Portanto, o cenário global vivencia uma constante redefinição e reposicionamento dos players no contexto
socioeconômico e torna­se impossível compreender essas relações de poder sem ter conhecimento do real
significado da palavra poder e de sua aplicação na geopolítica contemporânea. Dessa forma, deve­se
ressaltar, a priori, a relevância dos pensadores clássicos e sua abordagem no campo da ciência política,
juntamente com o entendimento dos conceitos de realismo e idealismo, utilizados constantemente para
explicar os acontecimentos e a dinâmica internacional. 
O estudo da geopolítica e das relações internacionais inevitavelmente envolve o estudo das relações de poder
entre os Estados. Todavia, poder é uma palavra que pode ser usada em diversos contextos e de formas
distintas. No campo geopolítico internacional, o mais importante a se compreender é que a quantidade de
poder que uma nação possui não representa, necessariamente, sua política ou comportamento no cenário
global.
Quando nações agem e fazem uso do poder para impor seus interesses – a exemplo de medidas coercitivas –
ou simplesmente se deixam ser influenciadas pelas outras, há uma instabilidade e surgem descontinuidades
na política entre os Estados. Há um confronto entre a manutenção do poder e o uso efetivo da força. Uma das
abordagens que define as questões de poder nas relações internacionais é a descrita como realismo
defensivo, caracterizado por Kenneth Waltz como a tendência que as nações possuem de buscar o equilíbrio,
dando origem ao termo balança de poder (VESENTINI, 2007).
Assim, a balança de poder, seja ela regional, global ou sistêmica, pode ser também unipolar, bipolar,
multipolar equilibrada ou multipolar desequilibrada:
 
·         unipolar: quando uma potência hegemônica está presente, ou seja, quando um Estado possui
mais poder perante os demais que compõem o sistema;
·         bipolar: dois Estados detêm a mesma quantidade de poder, mas são superiores aos demais
que compõem o sistema;
·         multipolaridade equilibrada: três ou mais Estados dentro da balança de poder possuem
poder relativamente semelhante;
·         multipolaridade desequilibrada: há três ou mais Estados dentro da balança de Poder, mas
somente um deles possui mais poder que os demais.
 
Em um mundo globalizado, a balança de poder funciona como um eixo que norteia as decisões. Esse eixo é
composto por diversos países com pesos diferentes na política internacional. Em conjunto, esses países
conseguem fazer frente ou ao menos se destacar perante os chamadoshegemons. O poder na geopolítica é
designado por meio de diversas interfaces, sejam elas econômicas, políticas ou bélicas. Conjugadas, elas
representam uma liderança, como a que há décadas é sustentada pelos Estados Unidos.
Contudo, para John Mearsheimer, em sua obra The tragedy of great power politics (2001), o poder ou a falta
dele determina tanto a habilidade de influenciar quanto de ser influenciado. Essas demonstrações de poder
podem ser diferenciadas entre duas vertentes. A primeira é relacionada ao poder potencial, que leva em
conta os tamanhos da população e da riqueza do Estado em questão, que vêm a ser os fatores que
sustentarão as forças. A segunda, relacionada ao poder concreto, ilustra o panorama contemporâneo
repleto de intervenções militares e guerras regionais, no qual se destaca o poderio bélico. Aqui, a ênfase é
dada às forças armadas e às forças terrestres, navais e aeronáuticas, sendo a principal delas a terrestre,
visto que, no caso de uma conquista territorial, é ela que controlará e ocupará a região.
Desse modo, pode­se dizer que o realismo e a estrutura de poder do sistema internacional contemporâneo
são vistos como fenômenos e conceitos relativos aos interesses individuais de um determinado Estado­nação.
Por sua vez, esses interesses estão diretamente interligados às relações de poder. Na geopolítica das nações,
não há espaço somente para alianças baseadas em médias estatísticas, semelhanças culturais/sociais ou
analogias históricas. As questões ideológicas e relacionadas ao poder só se fazem eficazes quando coincidem
com as necessidades e interesses dos países do ponto de vista da segurança nacional e, principalmente, do
desenvolvimento econômico/social. Devido às circunstâncias, na geopolítica atual a expansão territorial e o
imperialismo dos séculos anteriores perdem lugar para o desenvolvimento intensivo da economia, visto que
novos investimentos na indústria aumentam o poder de barganha do Estado e elevam seu status.
Logo, uma economia forte não investe necessariamente apenas em armamentos e desenvolvimento de
tecnologias bélicas, mas sim sustenta e expande sua indústria para abranger e competir no mercado
internacional. Ao valer­se dos recursos minerais e naturais, do petróleo e da tecnologia – grande potencial e
diferencial entre as nações que a detêm ou não –, a economia se torna uma das principais fontes de poder e
sinônimo de liderança global.
 
Bibliografia do módulo:
HOBBES, T. Levitã. 4. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988.
RATZEL, F. Geografia do homem (antropogeografia). In: MORAES, A. C. R. (org.). Ratzel. Trad. Fátima Murad.
São Paulo: Ática, 1990.
MINGST, K. A. Princípios de Relações Internacionais. 4. ed. Trad. Arlete Simille Marques. Rio de
Janeiro:Elsevier, 2009.
VESENTINI, W. J. Novas geopolíticas. 4. ed. São Paulo: Contexto, 2007
Exercício 1:
 Observe cinco afirmações sobre geopolítica feitas por Yves Lacoste:
• A causa principal do fraco desenvolvimento da reflexão geopolítica é a verdadeira mutilação que sofreu o
raciocínio geográfico.
• As reflexões geopolíticas não se situam somente no nível planetário ou em função de vastíssimos conjuntos
territoriais ou oceânicos, mas também no quadro de cada Estado...
• Os professores de geografia propagaram na opinião essa concepção muito mutilada de sua disciplina e que,
durante decênios, os geógrafos, na qualidade de pesquisadores, recearam aplicar seus métodos à análise dos
conflitos...
• O raciocínio geopolítico não é, por essência, de direita ou de esquerda.
• Uma notável parte da opinião começa a pressentir que é importante levar em consideração as
configurações espaciais no exame das relações de forças e é isso que explica a atenção que a geografia
dedica, desde há algum tempo, a tudo aquilo que faz referência à geopolítica.
(Fonte: Yves Lacoste, A geografia — isso serve em primeiro lugar, para fazer a Guerra, 1988).
Podemos depreender como a mais pertinente dentre as afirmações feitas pelo geógrafo:
A ­ A primeira afirmação conduz à ideia vigente nos dias atuais de que a geografia deve se
afastar da geopolítica devido a seu caráter bélico. 
B ­ Conflitos nacionais dentro de um mesmo Estado, como na Rússia, confirmam a segunda
afirmação do autor. 
C ­ A data da obra e as ideias do geógrafo nos permitem afirmar que não houve renovação
do pensamento geográfico. 
D ­ O pensamento geopolítico surgiu na extinta União Soviética, daí a preponderância dos
pensamentos geopolíticos de esquerda. 
E ­ As configurações espaciais são de ordem urbana e sociológica e por esse motivo a
geografia deixou de se interessar pela geopolítica. 
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Exercício 2:
A atual ordem internacional, nascida com a ruína da bipolaridade (que foi o mundo da guerra fria e das duas
superpotências, e que existiu de 1945 até 1985­1991) possui importantes traços característicos.
 
As principais características da atual ordem internacional são:
A ­ Avanço da Revolução Verde, avanço do regionalismo, formação de blocos ou mercados
regionais, reforço da localização industrial baseada na matéria prima e reforço do setor
primário como mercado de trabalho. 
B ­ Avanço da Terceira Revolução Industrial, avanço da globalização capitalista, formação
de blocos ou mercados regionais, redefinição do mercado de trabalho e redefinição dos
fatores de localização industrial. 
C ­ Avanço da revolução técnico­científica, reforço dos mercados locais, formação de blocos
ou mercados regionais, qualificação do mercado de trabalho e redefinição dos fatores de
localização industrial. 
D ­ Avanço da Revolução Industrial, avanço do regionalismo, avanço da globalização,
reforço da localização industrial baseada na matéria prima e reforço do setor primário como
mercado de trabalho. 
E ­ Avanço da Terceira Revolução Industrial, avanço da globalização capitalista, formação
de blocos ou mercados regionais, reforço da localização industrial baseada na matéria
prima e reforço do setor primário como mercado de trabalho.    
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Exercício 3:
“O neoliberalismo dos tempos da globalização do capitalismo retoma e desenvolve os princípios que se
haviam formulado e posto em prática com o liberalismo ou a doutrina da mão invisível, a partir do século
XVIII. Mas o que distingue o neoliberalismo pode ser o fato de que ele diz respeito à vigência e generalização
das forças de mercado capitalista em âmbito global”. (Otávio Ianni).
 
Sobre o Neoliberalismo podemos afirmar, EXCETO:
A ­ O Neoliberalismo surgiu logo depois da Segunda Guerra Mundial, na Europa e nos
Estados Unidos, onde o Capitalismo era hegemônico. 
B ­ A primeira experiência neoliberal sistemática do mundo aconteceu no Chile, nos anos
70, sob a ditadura de Pinochet. 
C ­ O Neoliberalismo desloca as possibilidades de soberania para as organizações,
corporações e outras entidades de âmbito global. 
D ­ O Neoliberalismo é uma forma avançada do Estado do Bem­Estar Social (Welfare
State), porque tem como um de seus princípios o incremento de políticas sociais. 
E ­ N.D.A.  
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Exercício 4:
Comparando­se o Mercosul e a União Europeia é correto afirmar que:
A ­ Enquanto a União europeia conheceu ampla integração territorial por meio das
infraestruturas (ferrovias, rodovias, hidrovias) antes mesmo de sua institucionalização, o
Mercosul passou a expandir tais infraestruturas somente após sua criação e ainda assim
em ritmo bastante lento. 
B ­ Não são passíveis de comparação, pois a União Europeia resultou de um tratado amplo
e antigo entre países desenvolvidos e o Mercosul é um acordo de Livre Comércio entre
países subdesenvolvidos que nunca visou a qualquer tipo de integração regional. 
C ­ A integração regional da União europeia atinge as esferas econômica, social, políticae
cultural do mesmo modo que o Mercosul, que projeta para o futuro a plena integração
comercial em todos os setores da economia e uma moeda comum ainda para 2006. 
D ­ Nos dois casos verificou­se que, após as tentativas de integração regional, as relações
comerciais entre os países membros praticamente não foram afetadas, pondo em dúvida a
eficácia dessas organizações supranacionais. 
E ­ A União europeia tem colhido fracassos em razão de ser composta por países que têm
um histórico recente de conflitos armados, ao passo que os sucessos do Mercosul devem­se
à harmonia natural de países vizinhos sem histórico de conflitos. 
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Exercício 5:
A falta de postos de trabalho é hoje um dos principais desafios de governos de todo o mundo.
 
Leia as afirmativas a seguir e marque a INCORRETA:
A ­ Nas décadas seguintes à II Guerra Mundial, a maioria das nações industrializadas vivia
em regime de pleno emprego. 
B ­ A onda de desemprego recente não é apenas conjuntural, mas também estrutural. 
C ­ A economia informal urbana ganha grande peso nos países menos desenvolvidos. Em
nações africanas como Gâmbia, Gana, Mali e Uganda, a economia informal chega a
empregar 70% da população economicamente ativa. 
D ­ O desemprego articula os empregados, fortalecendo os sindicatos e o aumento da
participação do Estado no gerenciamento da seguridade social da classe trabalhadora. 
E ­ N.D.A.  
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Exercício 6:
A globalização é considerada por alguns estudiosos como a expressão máxima das relações do sistema
capitalista em nível mundial. A esse respeito, analise as afirmações abaixo.
 
I ­ Na ampliação dos investimentos das empresas, não importa a origem do capital, mas as alianças entre
empresas e países para a abertura de novos mercados.
II ­ A globalização ampliou o poder político dos Estados Nacionais e possibilitou o desaparecimento dos
conflitos entre países.
III ­ A modernização tecnológica possibilitou a internacionalização dos sistemas produtivos, financeiros e
das comunicações.
 
Assinale a alternativa correta:
A ­ Apenas I é verdadeira. 
B ­ Apenas III é verdadeira. 
C ­ Apenas I e II são verdadeiras. 
D ­ Apenas I e III são verdadeiras. 
E ­ I, II, e III são verdadeiras. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 7:
O fim da Guerra Fria ­ clima de tensão política e militar entre as duas superpotências no pós­guerra ­
provocou transformações geopolíticas na África, entre as quais se pode destacar:
A ­ O fortalecimento da ajuda financeira e militar dos Estados Unidos aos seus antigos
aliados no continente. 
B ­ O término dos conflitos de origem tribal no continente, pois as grandes potências
deixam de interferir no processo. 
C ­ O fortalecimento da ajuda financeira e militar da Rússia aos seus antigos aliados no
continente. 
D ­ O agravamento dos conflitos de origem tribal e territorial no continente. 
E ­ O fortalecimento da economia dos países do continente, em função do aumento da
ajuda financeira externa. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 8:
A ROSA DE HIROSHIMA (de  Vinícius de Moraes)
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti­rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada.
Esse poema sobre a bomba atômica, a "anti­rosa", causa impacto ao leitor, e é oportuno porque, justamente
quando, em 1995, se comemorou o cinquentenário de Hiroshima, testes nucleares foram realizados.
Sobre o tema, é incorreto afirmar que:
A ­ Mururoa e Fangatriafa pertencem à Polinésia Francesa onde são realizados os testes
nucleares pelo governo francês. 
B ­ A bomba atômica que a França detonou no atol de Mururoa, em setembro de 1995,
provocou uma onda mundial de condenações. 
C ­ Em abril de 1995, teve início em Nova Iorque, a Conferência de Revisão do Tratado de
não­proliferação de Armas Nucleares (T.N.P.). O T.N.P. entrou em vigor em 1970 com a
adesão de 147 países. 
D ­ O número de armas nucleares do mundo é, hoje, infinitamente menor que em 1970. 
E ­ Atualmente, só se realizam testes atômicos submarinos, como os que a França está
fazendo, ou subterrâneos. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 9:
No pós­Guerra, difundiu­se o uso de uma classificação, em que os diversos países foram divididos formando
o Primeiro, o Segundo e o Terceiro Mundos. Essa classificação, no entanto, apresenta, sobretudo neste
século, inúmeros inconvenientes, em virtude da:
A ­ Insistência em fundamentar os critérios de classificação a partir de fatores raciais e da
natureza. 
B ­ Incapacidade de criar agrupamentos para países que tenham características híbridas. 
C ­ Desconsideração de elementos políticos e econômicos como base para a divisão das
várias nações. 
D ­ Observação de espaços subdesenvolvidos no interior do Primeiro Mundo, rebaixando
alguns países para o Segundo Mundo. 
E ­ Manutenção das nações socialistas no grupo do Terceiro Mundo, quando deveriam estar
no do Primeiro Mundo. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 10:
As questões religiosas ainda afloram em várias regiões do globo, agravando situações de instabilidade e de
conflitos, associadas a outros fatores sociais, econômicos e políticos.
Na Ásia, atualmente, vários países e regiões enfrentam tensões reais ou potenciais, em que o componente
religioso está presente.
Considerando­se esses países e essas questões, é INCORRETO afirmar que:
A ­ A Índia, país de origem e de convívio de várias grandes religiões, enfrenta tanto
choques entre muçulmanos e hinduístas, quanto ressentimentos contra as minorias cristãs.
B ­ A Indonésia, hoje o mais populoso país muçulmano, além de conflitos étnicos, ressente­
se de animosidade entre o grupo religioso predominante e as minorias cristãs. 
C ­ As Filipinas, país de maioria católica, no que constitui uma exceção no Sudeste Asiático,
têm enfrentado conflitos com a minoria muçulmana, de tendência separatista. 
D ­ Os países árabes ­ Síria, Jordânia e Iraque ­, que assistiram à expansão do Cristianismo
nos seus primórdios, têm nos conflitos entre cristãos, hoje em minoria, e muçulmanos mais
um grave fator de instabilidade política. 
E ­ N.D.A.  
Comentários:
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