Buscar

Dicionario Financeiro_Completo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 77 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 77 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 77 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

DICIONÁRIO FINANCEIRO.
Alavancagem
 Imagine que um investidor queira comprar R$ 50 mil em determinada ação e disponha de apenas R$ 30 mil. Esse investidor tem tanta certeza de que vai obter lucro com o papel que pede um empréstimo de R$ 20 mil para cobrir o restante da operação. Se as previsões dele se concretizarem, ao fim de determinado período poderá vender o papel e apurar dinheiro suficiente para pagar o empréstimo e ainda lucrar. Mas, se a ação se desvalorizar, ele terá que conseguir mais dinheiro para cobrir o prejuízo. A isso, o mercado dá o nome de alavancagem.
Alavancagem significa obter recursos para investimentos e realização de operações. Esse tipo de operação possibilita a uma empresa, fundo de investimento ou indivíduo se fortalecer numa posição através de capitais de terceiros. Na prática, quem opera alavancado investe mais do que de fato possui.
Risco é tão elevado quanto possibilidade de ganho
A alavancagem é uma operação muito arriscada, pois só se consegue êxito quando as expectativas efetivamente se confirmam. Ou seja: os ganhos obtidos através dos investimentos e aplicações têm de superar os custos do capital obtido. "O investidor deve estar muito bem informado para entrar numa posição alavancado", 
No mercado financeiro, a alavancagem é realizada quando o investidor ou até mesmo os fundos de derivativos realizam investimentos em montantes superiores aos que eles possuem, utilizando capitais de terceiros. "Muitos fundos de derivativos operam com algum grau de alavancagem", Estes investem um montante acima do seu patrimônio e se endividam para obter maiores ganhos. 
Quem aplica em um fundo de investimentos que opera alavancado tem que ter consciência do risco. Se as expectativas do gestor se confirmarem, a alavancagem pode resultar em um rendimento extraordinário. No entanto, se ocorrer o inverso, o fundo dará prejuízo e os cotistas podem até mesmo ser obrigados a colocar mais dinheiro para cobrir o prejuízo. Por isso, é importante ler com atenção o regulamento dos fundos antes de aplicar. Se o fundo puder operar alavancado, esta informação, por lei, deve constar no regulamento.
Empresa também pode operar alavancada
No universo empresarial, a alavancagem mostra o total de capitais de terceiros utilizado em investimentos por uma empresa. Em um sentido mais restrito, alavancagem pode ser a relação entre endividamento de longo prazo e o capital empregado por uma empresa. Quanto maior for este quociente - ou seja, quanto maior a utilização de capitais de terceiros de longo prazo - maior é o grau de alavancagem da companhia. 
Uma empresa que faz seus investimentos utilizando capitais de terceiros, como financiamentos de longo prazo, possui elevado grau de alavancagem. Isso mostra que esta companhia não utiliza seus próprios recursos para crescer. Mesmo neste caso, há um grande risco embutido. Os lucros obtidos em decorrência dos investimentos realizados devem compensar os custos dos capitais de terceiros utilizados na realização dos investimentos. 
Por isso, antes de comprar papéis de uma empresa, uma boa dica é verificar se ela está ou não operando alavancada, e qual o grau de alavancagem. Se for muito alto, mesmo que a empresa tenha um desempenho extraordinário nos próximos anos, sobrará pouco ou nenhum lucro para ser distribuído entre os acionistas, já que boa parte da receita será utilizada para cobrir obrigações.
Balanço
 
Em época de divulgação de resultados, os investidores ficam muito atentos aos chamados balanços das empresas que têm capital aberto nas Bolsas de Valores. A explicação é simples: o balanço mostra a saúde financeira de uma empresa e, conseqüentemente, indica se os acionistas poderão receber bons dividendos (parte dos lucros). Essa expectativa, muitas vezes, afeta o mercado acionário, empurrando as ações para cima ou para baixo.
O Balanço é um documento que mostra os ativos, passivos e demonstrativos de resultados e de fluxo de caixa num determinado período.
Os ativos representam as disponibilidades de investimentos da empresa, como caixa, estoques e bens; e os passivos são os compromissos, como contas a pagar, fornecedores, financiamentos, entre outros. O demonstrativo de resultados (DRE) revela o desempenho do faturamento, das contas de receita e despesa e do resultado final (lucro ou prejuízo). Já as demonstrações de fluxo de caixa, chamadas de Demonstrativo das Origens de Aplicações dos Recursos (DOAR), mostram quanto a empresa recebeu e pagou (receita menos despesa)
Jjunto com os balanços, as empresas divulgam notas explicativas. As de capital aberto são obrigadas a divulgar, especificamente, todas as medidas tomadas no exercício anterior e os planos para o período seguinte. “Esses detalhes são importantes e são lidos com atenção pelos investidores”, 
Os analistas fundamentalistas costumam avaliar o comportamento financeiro de uma empresa comparando os balanços, já que é possível detectar a evolução de uma ou mais contas e projetar a evolução dos resultados.
Arbitragem
A arbitragem sempre existe em situações onde ocorrem discrepâncias entre duas taxas que deveriam ser iguais. Sempre que houver alguma diferença entre uma mesma taxa, haverá a arbitragem. A operação consiste em lucrar exatamente na diferença entre elas. Vamos entender isso melhor:
Suponhamos que existam duas cidades próximas A e B, de maneira que não há custos de transporte e de transferência de dinheiro entre elas. Por ter um mercado financeiro mais desenvolvido, a taxa de juros na cidade A é inferior à da cidade B. Na cidade B, o volume de crédito ofertado não atinge o total da população demandante e, portanto, como a demanda supera a oferta, a taxa de juros sobe até que o valor dela limite a demanda ao tamanho da oferta.
Este é o cenário ideal para o arbitrador. A operação consiste em adquirir empréstimos à uma taxa inferior na cidade A e, posteriormente, emprestar este montante na cidade B a taxas superiores. Por exemplo, o arbitrador capta este dinheiro na cidade A com taxa de juros no valor de 5% e empresta novamente na cidade B com taxa no valor de 8%. O lucro da operação está na diferença entre as duas taxas. 
Por que a Arbitragem é importante para o equilíbrio dos mercados? 
O arbitrador é um elemento muito importante no mercado. Através de sua atuação, as taxas convergem, criando uniformidade nos mercados. 
Seguindo o exemplo acima, sendo percebida a existência de uma diferença entre as taxas das duas cidades, a procura por crédito na cidade A com o intuito de novamente emprestar este dinheiro na cidade B aumentará muito. O aumento de demanda por crédito na cidade A irá pressionar o preço dos juros nesta cidade. Ao mesmo tempo, na cidade B, o aumento da oferta de crédito irá baixar o preço da taxa de juros. 
Estes dois movimentos são simultâneos e somente irão parar no momento em que as taxas se igualarem, por exemplo no patamar de 6,5%. A taxa de juros das duas cidades se uniformizou e não se torna mais interessante a operação de arbitragem. 
Arbitragem com a taxa de câmbio
Esta recente desvalorização do real é vista, por muitos economistas como exagerada. Haveria então, um desequilíbrio na taxa de câmbio brasileira que estaria sobredesvalorizada. É possível imaginar, portanto, operações de arbitragem com esta taxa. Veja como:
Se o investidor possui dólar ou ativos em dólar, este pode sempre transformá-los em reais. Momentos como estes parecem ser ideais para isto. Ao converter uma quantidade de dólar em reais, o investidor obterá um montante superior de moeda nacional do que receberia se o câmbio estivesse equilibrado. Por exemplo, se o investidor trocasse US$ 100 à uma taxa de câmbio dólar/real no valor de R$ 2,30, ele receberia R$ 230. 
Com o retorno do câmbio ao seu patamar de equilíbrio, o investidor irá realizar a arbitragem se novamente transformar seus reais em dólares, obtendo uma quantia em dólares superior a inicial. Se, por exemplo, a taxa de câmbio dólar real cair para R$ 2,00, ao trocar novamente as moedas, o investidorobterá US$ 115, um valor 15% acima do que possuia.
Por que as taxas de juros de todo mundo não são iguais?
Se as taxas de juros tendem a se equalizar através da arbitragem, por que as taxas de juros de todo mundo são iguais? Por causa do prêmio de risco. É muito simples, a taxa de juros americana é livre de risco. Ou seja, aplicar em títulos do tesouro americano garante um rendimento sem riscos. Para qualquer investidor aplicar seu dinheiro em outro lugar, com algum risco, ele deve auferir ganhos maiores devido ao risco que este passa a correr. O prêmio de risco é a diferença entre as taxas de juros. Ou seja, as taxas seriam iguais se o risco nos dois lugares fossem iguais. 
Perceber a possibilidade de realizar uma operação de arbitragem é muito difícil, devido à esta diferença entre as taxas de juros de dois lugares. Contudo, o arbitrador é capaz de fazer isso, pois possui informações que permitem-no identificar estas diferenças.
O risco de uma operação de arbitragem é muito baixo, pois o arbitrador não está apostando, ele não usa suas expectativas para nada. Ele usufrui de um desequilíbrio entre duas taxas e obtém ganhos na diferença entre elas. 
Balanço de Pagamentos
O Balanço de Pagamentos é um registro sistematizado de todas as transações econômicas do país com o resto do mundo. Este registro é fundamental para controlar a evolução das transações externas – entradas x saídas de divisas - e serve como base de informações para que o governo tome decisões de política macroeconômica.
Os investidores domésticos e estrangeiros prestam muita atenção ao Balanço de Pagamentos porque, através dele, medem a capacidade do país honrar seus compromissos no exterior. Quando sai mais dinheiro do país do que entra, as contas externas ficam desequilibradas. 
"O Balanço de pagamentos mostra a vulnerabilidade do país frente ao resto do mundo. Hoje, este é o maior problema do Brasil", explica o economista Carlos Thadeu de Freitas Gomes, professor do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec).
Déficits sucessivos no Balanço de Pagamentos indicam fragilidade das relações externas e isto vai refletir diretamente nas reservas internacionais (em moeda estrangeira). Essas ficarão reduzidas se usadas constantemente para cobrir os déficits. Quando isso ocorre, muitas vezes o país é obrigado a recorrer a empréstimos de regularização junto ao FMI, para poder honrar seus compromissos e resguardar parte de suas reservas.
Superávit do Balanço de Pagamentos, por sua vez, é considerado bastante positivo pelo mercado. Ou as exportações do país cresceram, ou ele está vendendo mais seus serviços ao exterior, ou mais capitais estão entrando para investimentos.
A estrutura do Balanço de Pagamentos 
Os registros são feitos usando o sistema de partilhas dobradas, semelhante ao do Balanço Patrimonial da Contabilidade empresarial. Isto significa que a cada valor positivo que entra numa conta, deve entrar um valor negativo igual em outra. 
Toda transação que contabiliza entrada de dinheiro no país recebe o sinal positivo. A contrapartida se dá na conta caixa do Banco Central. Nesta conta, ao contrário das demais, a entrada de dinheiro tem sinal negativo e vice-versa. Ela segue o sistema contábil empresarial, no qual entrada de dinheiro é um débito da economia local em relação ao resto do mundo. E saída de dinheiro, por sua vez, é um crédito da economia frente ao resto do mundo. 
Conheça os principais itens da estrutura do Balanço de Pagamentos (veja a estrutura resumida):
1. Balança Comercial:
É o primeiro item da estrutura do Balanço de Pagamentos. A Balança Comercial (ou Balanço Comercial, como preferem alguns economistas) contabiliza todas as exportações e importações do país. O saldo da Balança comercial é o total das exportações menos as importações. Este pode ser superavitário, quando as exportações superam as importações, ou deficitário, quando as importações são maiores que as exportações.
É importante frisar que os valores são contabilizados sob a forma FOB (Free on Board), que nada mais é do que o preço do produto já dentro do navio, incluindo o transporte até o porto, porém excluindo o frete (preço do transporte até o seu destino final) e o seguro das mercadorias, importante para se garantir contra qualquer contratempo durante o transporte do produto.
2. Balanço de Serviços:
A segunda conta do Balanço de Pagamentos é o Balanço de Serviços. Podemos dividir esta conta em duas: Serviços de Fatores e de Não Fatores. Na primeira, se contabilizam todos os pagamentos efetuados e recebidos do exterior dos derivados dos fatores de produção, como lucros, salários, dividendos e juros. 
Serviços de não fatores incluem os pagamentos e recebimentos dos serviços de fretes e seguros dos produtos importados e exportados. Os gastos realizados por brasileiros na compra de produtos e serviços em suas viagens internacionais também são saídas de dinheiro e entram no Balanço de Serviços, assim como os gastos dos turistas em nosso território. Serviços governamentais e demais serviços, como royalties e direitos autorais e de publicidade, completam o Balanço de Serviços de Não Fatores.
3. Transferências Unilaterais
As transferências unilaterais são doações e remessas de dinheiro de imigrantes para seus familiares nos seus países de origem, assim como remessas de dinheiro de brasileiros no exterior para suas famílias aqui. 
4. Transações em Conta Corrente
O Saldo das Transações Correntes é a principal conta do Balanço de Pagamentos. Ela é a soma dos resultados da Balança Comercial, da Balança de Serviços e das Transferências Unilaterais. É também a conta mais valorizada pelo mercado, pois leva em consideração a capacidade que o país tem de efetivamente acumular reservas. O superávit desta conta significa que entraram dólares que efetivamente ficarão no país. Não há pagamentos de volta para estes.
Porém, o professor Carlos Thadeu faz um alerta: "O Brasil é um país naturalmente importador de capitais. Precisa importar máquinas e tecnologia, para crescer. Não se deve esperar que o país passe a ter superávit em Transações Correntes", afirma. A entrada de capitais, investimentos diretos e financiamentos externos é importante para o desenvolvimento da economia do país. Mas, em contrapartida, o país envia grandes remessas de lucros, dividendos e, principalmente, juros para o exterior.
Isto não significa, porém, que o Brasil deva ter grande déficit em Transações Correntes. Quando isso ocorre, faz-se necessária a entrada de grandes montantes de capitais externos para financiar este déficit e os investidores passam a ter dúvida quanto à capacidade do país cumprir seus compromissos. 
"O país deve manter um déficit controlado", complementa Carlos Thadeu. Assim, consegue seu objetivo de importações e ao mesmo tempo, se mantém atraente à entrada de capitais externos.
5. Movimento de Capitais Autônomos:
A conta seguinte do Balanço de Pagamentos é o Movimento de Capitais Autônomos. Estes movimentos se dão na forma de empréstimos, financiamentos, investimento externo direto, amortização de empréstimos obtidos, reinvestimentos e capitais de curto prazo. 
Como o próprio nome diz, é todo o dinheiro que saiu ou entrou no país ao sabor do mercado, por mera vontade dos investidores, seja para investimentos em bolsas e fundos, seja em investimentos de prazos mais longos. 
Esta é outra conta muito importante para o país. O Brasil consegue ter um grande superávit nesta conta, principalmente pela entrada de grandes montantes de capitais em investimentos externos diretos. Estes investimentos são representados por remessas de empresas estrangeiras para o país para a construção de novas fábricas, por exemplo. Quando uma estatal é privatizada e comprada por empresa estrangeira, o dinheiro que entra para o pagamento também é contabilizado como investimento direto. Este superávit possibilita ao país manter um déficit controlado em transações correntes, como já explicado acima.
6. Saldo do Balanço de Pagamentos
O Saldo do Balanço de Pagamentosé a soma do Saldo das Transações Correntes com o Movimento de Capitais Autônomos e Erros e Omissões (um valor estimado para anular as imperfeições que normalmente ocorrem).
7. Capitais Compensatórios
A última conta do Balanço de Pagamentos é o Movimento de Capitais Compensatórios. Esta conta inclui a conta de caixa do Banco Central, que mede a variação de reservas internacionais (em moeda estrangeira) do país, empréstimos de regularização e atrasados comerciais.
O Saldo do Balanço de Pagamentos tem o mesmo valor absoluto e sinal contrário ao Movimento de Capitais Compensatórios. Isto se ocorre porque, como explicado anteriormente, para cada valor que entra nas contas existe uma contrapartida no mesmo montante. Esta contrapartida, na maioria das vezes, se dá na conta caixa do Bacen, que mede a variação das reservas. 
O Movimento de Capitais Compensatórios mostra de onde sai o dinheiro quando o Balanço de Pagamentos é deficitário e para onde vai o dinheiro quando o país obtém superávit. Nesta conta podemos verificar a variação das reservas internacionais do país, que aumentam quando o país atinge superávit e diminuem quando o país obtém déficit. 
Base Monetária
A Base Monetária é usualmente entendida como a quantidade de moeda que circula na economia. Este conceito não é totalmente correto. O Banco Central é o responsável pela criação e destruição da Base Monetária. Portanto, a Base Monetária é igual ao estoque de moeda emitida pelo Banco Central desde seu início. Na prática porém, esta emissão não ocorre voluntariamente em benefício de um agente econômico, mas sim em resposta a uma operação em que o Banco Central receberá algo em troca. Vamos explicar isto melhor:
A Base Monetária é o passivo do Banco Central. Não é um direito, mas uma obrigação. Por exemplo: um exportador que acaba de receber o pagamento da venda de seu produto em dólares procura o Banco Central para trocar seus dólares por reais. Os dólares que o Banco Central recebe vão aumentar as reservas internacionais do país, que tornam-se propriedade, são o ativo, do Banco Central. Da mesma maneira, esta emissão feita ao exportador aumenta a Base Monetária, o passivo, compromisso do Bacen.
O exemplo contrário é o do importador que possui reais e deseja obter dólares para efetuar os pagamentos necessários no exterior. Neste caso, o Banco Central cederá divisas, diminuindo o seu ativo, e ao mesmo tempo adquirirá reais, caindo o montante de suas obrigações (passivo).
A Base Monetária é contabilmente igual ao papel moeda em poder do público mais as reservas bancárias compulsórias dos bancos comerciais recolhidas pelo Banco Central. Consideram-se papel moeda em poder do público tanto o dinheiro que está efetivamente nas mãos dos cidadãos quanto o que está no caixa dos bancos para suprir os saque que serão feitos. 
As reservas bancárias compulsórias recolhidas pelo Banco Central são obrigações dos bancos comerciais, que devem legalmente separar uma parte pré-determinada dos depósitos à vista do público, sob a forma de depósito compulsório que é remetido ao Banco Central. 
O que faz a Base Monetária se alterar?
Um depósito à vista de um agente particular não altera a Base Monetária. Este depósito deixa a forma de papel moeda em poder do público e passa para a forma de reservas bancárias compulsórias no Bacen e reservas bancárias no caixa dos bancos. Portanto, neste caso, não houve variação da Base Monetária.
Por outro lado, se a empresa recebe dólares em decorrência de uma exportação e procura o Banco Central para trocá-los por moeda nacional, o Banco Central recolhe os dólares, aumentando seu ativo, e cede reais à empresa, aumentando a Base Monetária. 
Benchmark 
Sempre quando se apura o desempenho de alguma ação, seja um investimento ou um medida tomada dentro de uma empresa, é preciso ter como base ou padrão algum outro índice ou medida. O mercado financeiro “roubou” um termo utilizado pelas empresas para avaliar, medir e comparar produtos, serviços, processos e funções de empresas conhecidas como as melhores, com o objetivo de aprimorar a organização: o termo é o benchmark ou benchmarking.
No mercado financeiro, esse termo é utilizado para determinar um índice que servirá como parâmetro para comparação de investimentos. Um fundo de ações, por exemplo, pode ter o Ibovespa como benchmark. Já um fundo cambial tem como benchmark a variação do câmbio.
“Em geral, todos os fundos têm um benchmark. No entanto, se ele tem uma carteira muito diversificada, como 40% em ações, 40% em títulos públicos, 20% em papel cambial, fica difícil fechar um benchmark”, diz Marcelo Afonso, gerente de Asset Management do Banco BNL. “O benchmark é um parâmetro para avaliar o desempenho do fundo”, explica.
O investidor que aplica em ação também pode criar seu próprio benchmark. Para isso, basta que trace um objetivo e compare este objetivo com algum dos índices do mercado, a rentabilidade da carteira tem que ser maior ou igual à do índice escolhido como benchmark para que haja sucesso. Há muitos índices, além do Ibovespa, como o IBX (as 100 mais negociadas da Bovespa), o FGV-100 (da Fundação Getúlio Vargas), o IBE (índice que congrega as empresas mais negociadas do setor elétrico). 
Veja alguns exemplos de benchmarks dos fundos de investimento:
Fundo DI: Tem como benchmark a variação da taxa de juros dos Certificados de Depósito Interbancário (CDI) e da taxa básica da economia, a Selic. São mais usados pelos investidores conservadores, que não querem risco em sua carteira de investimento.
Fundo cambial: Usam como benchmark a taxa de câmbio, ou seja, caso o câmbio dispare o investidor posicionado neste fundo ganha. No caso contrário, o investidor perde rentabilidade. Em geral, esses fundos rendem a variação do câmbio mais o cupom cambial. São uma boa arma para o investidor se proteger do chamado risco cambial, caso tenha dívidas em moeda estrangeira.
Fundo de ação: Cada fundo de ação pode ter um benchmark diferente, ou nem mesmo ter um. O mais comum é o tipo que usa o Ibovespa (índice da Bolsa de Valores de São Paulo) como benchmark. Isso porque esse índice é composto pelas ações mais negociadas na bolsa, portanto, reflete de maneira mais fiel o comportamento do mercado. 
Blocos Econômicos
Assim como o Brasil, todas as nações do planeta buscam avidamente um objetivo em comum: incrementar o volume de exportações e importações. Para isso, tentam, assim como as empresas, fechar parcerias com outros países, a fim de conseguir reduzir os custos e buscar suprir as próprias necessidades e as dos parceiros.
A partir desse conceito se chegou ao que chamamos dos mercados comuns, que são área de negociação livre de impostos, parcial ou totalmente, e com legislação mais flexível para estimular a negociação e diminuir o volume de negócios concretizados fora dessa área.
Para se ter uma idéia, antes da criação das organizações multilaterais na década de 50, com a convenção de Bretton Woods, o comércio internacional respondia por 10% apenas do PIB mundial. Em 1998, o volume já representava 25%. 
Em tempos de economia globalizada, a necessidade de estabelecer parcerias e fortalecer as relações comerciais virou uma necessidade cada vez maior para os países. No Brasil, a importância da balança comercial para o equilíbrio das contas tem se tornado crucial e vital para o cumprimento das metas com o FMI. Mas não é só: as relações comerciais externas afetam diretamente os setores e empresas, mexendo com toda a economia e o mercado financeiro. 
Mas eliminar obstáculos aduaneiros e fortalecer as exportações são apenas alguns dos benefícios iniciais que os acordos de comércio internacional podem ofercer. De acordo com Márcio Sette Fortes, coordenador do recém-criado MBA em Negócios Internacionais do Ibmec, no Rio, existem normalmente cinco estágios até se chegar a ser um bloco econômico com interação econômica. “O primeiro é a criação de uma zona de livre comércio, que elimina basicamente obstáculos aduaneiros. 
É o caso do Nafta,mas neste caso há outros acordos específicos envolvidos”, explica ele. “ O segundo passo é a união aduaneira, como é o caso do Mercosul, na qual, além das vantagens aduaneiras, os países membros acordam uma política comercial uniforme também com outras nações que estão for a do acordo. Uma espécie de padronização da pauta de importações”. 
O terceiro passo, segundo Fortes, é a transformação em mercado comum. Neste estágio, são eliminadas restrições de capital e trabalho, há livre circulação entre os países envolvidos. Na etapa seguinte, ocorre a união econômica, ou seja, as políticas econômicas começam a ser padronizadas. Por fim, se dá a integração econômica completa, que seria o quinto e último estágio. “As políticas monetária, fiscal e social são uniformizadas e é criada uma autoridade com autonomia para regular.
Na Europa, por exemplo, com o mercado comum hoje só se fala em Banco Central Europeu, parlamento europeu etc, são órgãos independentes dos países integrantes do bloco”, explica Fortes. “Mesmo assim ainda há sempre a necessidade de fazer ajustes, porque as bases industriais e as políticas dos países antes da união eram muito diferentes em vários casos”. 
Os blocos econômicos mais relacionados com a economia brasileira:
Mercosul (Mercado Comum do Cone Sul) – União aduaneira entre Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. Começou em março de 1991, com o chamado Tratado de Assunção. No continente americano, no entanto, os quatro países do Mercosul representam apenas 8% do PIB contra o gigante Nafta (veja abaixo) que responde por 88% do PIB continental.
Mesmo assim, antes do início do acordo, em 1990, as trocas entre os quatro países membros eram de US$ 3,9 bilhões e em 1995 já haviam pulado para US$ 12,4 bilhões, mais do que o triplo. As relações, no entanto, tornaram-se complicadas e o acordo chegou a tender ao colapso, mas foi relançado no último ano. A meta é criar uma comunidade econômica entre os quatro países, para facilitar e incrementar o comércio, com a eliminação cada vez maior das barreiras aduaneiras.
As polêmicas mais recentes envolvem a exportação de calçados e frangos do Brasil para a Argentina, que acusou o país de dumping (concorrência desleal de preços, com venda abaixo do valor de custo) e resolveu estabelecer preços-base para a entrada dos produtos. Hoje, o quilo do frango brasileiro, por exemplo só pode entrar na Argentina a US$ 0,98. Com isso, a remessa se reduziu à metade e houve uma perda de receita da ordem de US$ 1,2 bilhões. O Brasil promete recorrer formalmente à OMC caso a Argentina não retire a restrição. 
Nafta (North American Free Trade Agreement) – O acordo que já existia entre Estados Unidos e Canadá desde 1989 foi ampliado com a inclusão do México. Em 1994 começou a vigorar o acordo que prevê a eliminação das barreiras alfandegárias em quinze anos, mas cerca de 50 foram rompidas logo no primeiro ano. 
Hoje o Nafta representa 88% do PIB continental. Para tentar atenuar impactos maiores causados pela progressiva competitividade que o México vem ganhando em alguns setores, o Brasil vem tentando retomar alguns acordos bilaterais que já manteve com o país. Mesmo assim, com a progressividade da eliminação das barreiras do México para os EUA, a exportação do Brasil para este último deve ser afetada.
Atualmente, o Nafta é o maior mercado integrado mundial e os países membros já tomam também algumas providências contra prejuízos sociais – principalmente o desemprego - que possam ocorrer com o acordo. Uma das medidas tomadas é a criação do Banco Norte-Americano de Desenvolvimento. 
Alca (Área de Livre Comércio das Américas) - A proposta dos Estados Unidos é criar esta área de livre comércio que seria uma espécie de união entre os países do Mercosul e do Nafta. Com isso, segundo o coordenador do Ibmec, Márcio Fortes, a América Latina poderia se transformar numa grande plataforma de exportação para os EUA, que sozinhos, já respondem por 78% do Produto Interno Bruto (PIB) do continente. Por conta disso, o Brasil vem tentando postergar os prazos inicialmente propostos pelos Estados Unidos e tentando barganhar melhores acordos para a entrada dos produtos brasileiros naquele país. 
Mercado Comum Europeu – Inspirado a partir do sucesso do Plano Marshall, com o objetivo de criar uma economia de larga escala para a região e proporcionar a flexibilização das barreiras tarifárias e alfandegárias dos países da região, o Mercado Comum Europeu é a hoje o modelo mais efetivo de integração regional. Os países membros da União Européia têm seus interesses defendidos pelo Parlamento Europeu, onde além das relações comerciais, assuntos como direitos humanos, aliança militar, políticas sociais e públicas integradas são debatidos e deferidos. Apesar de ainda não ter sido adotada por todos os países membros, o Euro, a moeda da União Européia, já é apontada como modelo de integração total econômica. Os países que compõem o bloco são Inglaterra, Irlanda, França, Espanha, Portugal, Luxemburgo, Holanda, Itália, Bélgica, Alemanha, Áustria, Dinamarca, Suécia, Finlandia e Grécia.
Bolsas e Índices
Não bastasse a enorme quantidade de indicadores financeiros que sempre foram despejados diariamente sobre o cidadão comum pela imprensa especializada, a globalização acrescentou um pouco mais de complexidade à tarefa de acompanhar seus investimentos. Jornais e TV passaram a tratar de preços de títulos da dívida externa Argentina, do câmbio na Indonésia e da bolsa de valores na Alemanha como temas cotidianos. Com a revolução provocada pela Internet no mundo dos negócios e dos investimentos, este mesmo cidadão comum descobriu que na terra do capitalismo havia não apenas uma bolsa de valores, mas, pelo menos, duas. E mais: segundo a mídia, o índice Dow Jones representa a velha economia e o índice Nasdaq representa nova economia. Parece complicado, não? E é.
Na verdade, é muito mais complicado do que parece. Os índices de ações foram criados de forma a simplificar o entendimento do que ocorre em um determinado mercado de ações ou com as ações e empresas com determinadas características, ou com ações com determinado comportamento negociadas em uma bolsa, um país, uma região e até mesmo em termos globais. O índice serve como indicador do comportamento das ações, mas por ser uma abstração estatística, pode não ser representativo do mercado como um todo ou de um determinado momento do mercado. Por ser uma ponderação, naturalmente há desempenhos individuais melhores e piores que o comportamento do índice. Por ser selecionado e/ou ponderado com base no passado, pode não ser representativo da atual dinâmica do mercado. Em todo caso, ainda não foi desenvolvida ferramenta mais eficiente para mensurar o desempenho do mercado acionário. A tentativa de produzir índices melhorados gerou uma grande profusão deles.
Os EUA abrigam mais de uma dezena de bolsas de valores em atividade. Dentre elas, as mais conhecidas são a NYSE (New York Stock Exchange), Amex (American Exchange) e Nasdaq (National Security Dealers Association Quotes). Mais de uma centena de índices são calculados diariamente buscando medir os desempenhos dos mercados acionários. Dentre estes, algo em torno de dez merecem grande atenção de investidores e profissionais de finanças de um modo geral. As distinções podem ser, por exemplo, na quantidade de ações acompanhadas pelo índice, pelo setor de atividade das empresas nele representadas, pelo tamanho das empresas e pela bolsa onde as ações são listadas. O mais tradicional deles, o Dow Jones Industrial Average, foi criado em 1884 e sua carteira engloba ações de apenas trinta empresas e sua ponderação adota o princípio de quantidades idênticas, isto é, o índice varia em conformidade com uma carteira teórica de ações que contém uma ação de cada uma das trinta empresas consideradas. Este índice é calculado por uma empresa de notícias econômicas e não representa uma bolsa específica. Ações de empresas da chamada nova economia podem fazer parte de sua carteira,como, de fato, o fazem atualmente Microsoft e Intel.
Outro índice tradicional nos EUA é o S&P500, desenvolvido em 1923 pela empresa de avaliação econômica Standard&Poor's. A carteira teórica deste índice contém ações de 500 empresas, respeitadas certas participações setoriais. A ponderação é proporcional ao valor de mercado do free float da empresa, isto é, das ações que não estão em mãos de controladores. S&P500 também pode conter ações listadas em diferentes bolsa de valores norte-americanas.
Já o Nasdaq Composite restringe-se às ações de empresas listadas na bolsa eletrônica Nasdaq. Sua carteira teórica abrange todas as ações de todas as empresas ali negociadas (mais de 4.850), ponderadas segundo o valor de mercado. Ao contrário do que se supõe, o índice Nasdaq não é exclusivo de ações de empresas de tecnologia de informação ou biotecnologia. Há empresas de transporte, energia, bancos, comércio e indústrias em geral.
Além destes, são relevantes os índices S&P100, Nasdaq 100, Russell 2000, Wilshire 5000 e Pacific High Tech, este último, representativo das empresas da nova economia listadas na Pacific Exchage, da California. Note que, apesar da relevância das bolsas NYSE e AMEX, seus próprios índices não gozam do mesmo prestígio dos citados acima. No Brasil, embora a oferta de índices seja consideravelmente menor, ela é suficientemente grande para confundir o novo investidor e suficientemente pequena para insatisfazer o profissional sofisticado.
O mais conhecido dos nossos índices é o Ibovespa, calculado desde 1968 pela Bolsa de Valores de São Paulo com base nas ações de maior liquidez nos últimos 12 meses e ponderado também pela liquidez. O grande inconveniente deste índice está no fato de que ele tende a gerar concentrações crescentes de liquidez. A mesma Bovespa calcula o Índice Brasil (IBX), abrangendo as cem empresas mais líquidas na bolsa, ponderadas pelo valor de mercado do free float. Este tipo de ponderação pode produzir distorções na representatividade, pois o mercado pode dedicar mais interesse a uma dada empresa sem que o valor de seu free float seja proporcionalmente elevado.
O Índice de Energia Elétrica (IEE) também é um produto criado na Bovespa. Ele abrange apenas empresas do setor de energia elétrica e sua carteira é selecionada por critérios de liquidez, mas a ponderação segue o modelo de pesos iguais a cada reponderação. Este tipo de ponderação é pouco representativo do mercado, desrespeitando o valor da empresa e o interesse que os investidores têm nela. Todos estes índices envolvem apenas ações de empresas listadas na Bovespa. A Comissão Nacional de Bolsas de Valores criou em 1983 o Índice Brasileiro de Ações (IBA), cuja carteira é produzida através de seleção por liquidez e ponderação por capitalização do free float. As ações que o compõem podem ser listadas em qualquer uma das bolsas associadas. Com a derrocada das bolsas regionais e o processo de incorporação destas pela Bovespa, o IBA vai perdendo razão de existir, pois tende a reproduzir os índices da Bovespa.
A Fundação Getúlio Vargas, por sua vez, calcula desde 1986 o FGV-100, índice que reúne ações de cem empresas não-financeiras de capital privado ponderadas pela capitalização do free float. A recusa de ações de empresas estatais em sua carteira fez com que o FGV-100 se afastasse da realidade do mercado que, a partir de 1991, passou a concentrar negócios em empresas do governo na expectativa de que o Programa Nacional de Desestatização valorizasse aqueles papéis.
O fim da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro fez desaparecer o IBV que, embora sendo o mais antigo índice de ações do Brasil, já havia sofrido alterações nos critérios de formação de sua carteira. Pelo mesmo caminho foi o SENN, índice dos negócios fechados via pregão eletrônico nacional. A Sociedade Operadora de Mercado de Ativos (SOMA) também tem seu índice de lucratividade, mas as reorganizações por que tem passado o setor de telecomunicações fizeram desaparecer a já baixa liquidez das ações de empresas listadas neste mercado
De um modo geral, hoje o mercado brasileiro é mal servido de índices de ações, pois há carência de um índice mais abrangente que o Ibovespa e o IBX, mas que guarde representatividade com o mercado atual. Uma carência maior se faz sentir no segmento de índices setoriais, onde o IEE é único representante, ainda que com sérias deficiências técnicas. Estranhamente, o setor de telecomunicações, que guarda a maior parcela dos negócios com ações nas bolsas brasileiras e que abrange um número muito maior de ações listadas, não tem seu próprio índice setorial. O investidor em portfolios orientados a setores ressente-se de índices contra os quais possa avaliar o desempenho de uma ação isolada, de um fundo, ou de um gestor de recursos.
Certificado de Depósito Interbancário - CDI
O Certificado de Depósito Interbancário, CDI, é um certificado utilizado para firmar operações entre bancos. A taxa média diária do CDI é utilizada como parâmetro para avaliar a rentabilidade de fundos, como os DI, por exemplo. “O CDI é utilizado para avaliar o custo do dinheiro negociado entre os bancos, no setor privado. Como o CDB (Certificado de Depósito Bancário), essa modalidade de aplicação pode render taxa de prefixada ou pós-fixada. 
Como o CDI quantifica o custo do dinheiro para os bancos em um determinado dia, ele é utilizado pelo mercado como parâmetro para fundos de renda fixa e DI. “Quando o gestor informa ao investidor que um fundo rende 95% do CDI, isso significa que, ao calcular essa percentagem, o investidor poderá saber quanto rendeu ou rende o fundo”.Portanto, ele pode ser considerado um parâmetro para esses fundos, que têm em sua composição grande parte de títulos pós e prefixados. 
O CDI é usado também como parâmetro para operações de Swap (contrato de troca de qualquer tipo, seja ele de moedas, commodities ou ativos financeiros), na Bolsa de Mercadoria & Futuros (BM&F) para o ajuste diário do DI futuro. 
Apesar de o CDI poder ser usado como parâmetro para mostrar a rentabilidade de alguns tipos de fundos de investimento, é fundamental que o investidor conheça a composição do fundo para saber que influência tem no desempenho do investimento. “Nos fundos cambiais ou derivativos, por exemplo, o CDI não tem influência nenhuma”, 
Cotas de Fundos
Aplicar em um fundo de investimento significa, na verdade, adquirir uma quantidade de cotas desse fundo. As cotas nada mais são do que participações que o investidor tem sobre o patrimônio da aplicação. Isso quer dizer que, se o fundo possui 1.250 cotas e o cotista detêm 125 destas, ele tem direito a 10% do patrimônio. Para saber a valorização bruta do produto, basta multiplicar a quantidade de cotas atuais pelo valor da cota no dia.
"O valor aplicado corresponde a um número determinado de cotas. Por exemplo, se o investidor faz um aporte de R$ 10 mil e cada cota equivale a R$ 1 mil, ele possui dez cotas.
O número de cotas pode ser visualizado através do extrato do fundo fornecido pela instituição financeira e na página de características do fundo (que disponibiliza a última cota). 
Valor da cota sofre incidência de IR
"As cotas correspondem à rentabilidade dos papéis líqüida de taxas e despesas, como taxas de administração e performance e despesas de auditoria e publicidade
Entretanto, o valor da cota divulgado pelo administrador do fundo não é liquido de impostos. Sobre ele ainda há incidência de Imposto de Renda. "Nos casos de fundos de renda fixa, são deduzidos 20% de IR sobre o ganho de capital. Já nos de renda variável o percentual cai para 10% no resgate", 
Para os Fundos de Investimento Financeiro (FIFs) - regulamentados pelo Banco Central e mais conhecidos como fundos de renda fixa - há incidência mensal de IR, o que abocanha cotas do saldo da aplicação. O Imposto de Renda também é cobrado no resgate de tais fundos. O valorização diária das cotas expressa o valor dos ativos que compõem a carteira do fundos.
Investidor de renda fixa pode saber cotas no momentoda aplicação
Quem aplicar em fundos de renda fixa conservadores e DI poderá saber na data o número de cotas correspondentes ao valor aplicado. Isso acontece porque as transações são realizadas em D+0, ou seja, no mesmo dia da aplicação. Já fundos derivativos e multicarteira geralmente têm operações em D+1 - o dinheiro é aplicado na data, mas a compra das cotas só é efetivada no dia seguinte, quando o investidor ficará sabendo o valor de cada uma delas.
No caso de renda variável, se a aplicação foi realizada uma única vez e não foi feito resgate, o número de cotas será sempre o mesmo. Entretanto, sua equivalência em reais (ou outra moeda) altera-se de acordo com a rentabilidade do fundo.
Segundo Sanchez, pessoas físicas têm o hábito de acompanhar a valorização do fundo através do financeiro, não das cotas. "Entretanto, essa é a melhor maneira de acompanhar a rentabilidade dia-a-dia. Para isso, o investidor deve dividir a cota do dia pela do dia anterior. Já na poupança, é preciso esperar um mês e aguardar a divulgação da Taxa Referencial de Juros (TR)", compara
Câmbio Fixo X Câmbio Flutuante
Uma das principais decisões de política econômica de qualquer governo é sua posição quanto ao câmbio. Existem duas modalidades básicas de políticas cambiais, o câmbio fixo e o câmbio flutuante. 
No mercado de câmbio, como em qualquer outro, os preços são definidos pela lei da oferta e da procura. Isto significa que, quando há mais pessoas comprando dólares do que vendendo, ou seja, excesso de demanda, o preço da moeda norte-americana sobe. Da mesma maneira, quando há poucos compradores frente a uma grande oferta de dólares, excesso de oferta, o preço da moeda americana cai.
Em um regime de câmbio flutuante, o Banco Central não interfere no mercado de câmbio. O preço da moeda norte-americana é determinado exclusivamente pela interação das forças da oferta e da demanda. 
Existe também uma pequena variação desse regime chamado de bandas cambiais, artifício utilizado pelo Banco Central logo após a desvalorização do real em 1999. Neste caso, o câmbio é flutuante, mas o Banco Central cria alguns parâmetros de variação do câmbio. Quando este atinge um determinado valor para cima ou para baixo, o Banco Central intervém comprando ou vendendo dólares no mercado. Com isso, O Banco Central garante um controle do câmbio dentro da banda que lhe convém e deixa que ele flutue livremente neste intervalo. 
No regime de câmbio fixo, o Banco Central fixa o valor da taxa de câmbio. Ele deve cobrir todos os excessos de oferta ou de demanda no mercado de câmbio. Por exemplo, se existem mais pessoas querendo comprar dólares do que vendê-los, o Banco Central deve colocar dólares à venda no mercado para equilibrar a oferta com a demanda e assim assegurar que o câmbio não se alterará. 
Vantagens e desvantagens
Para implantar uma política de câmbio fixo, o país deve possuir reservas internacionais muito consistentes. Ele deve passar a imagem ao investidor de que é capaz de cobrir o excesso de demanda por dólares com suas reservas. 
Se os fundamentos do país estiverem instáveis e ele não passar segurança aos investidores, haverá uma corrida especulativa em cima de sua moeda. Isso ocorre quando as reservas internacionais não são suficientes para segurar as saídas de dólares. Nesse caso, o país não será capaz de intervir no câmbio e a desvalorização será inevitável. Com isso, todos os investidores procurarão dólares para obter lucros com a desvalorização. É o chamado ataque especulativo!
Nesse sentido, os países que adotam o câmbio fixo estão muito mais sucessíveis a crises externas, como as muitas que ocorreram no final da década passada. Quando os investidores começarem a duvidar da capacidade do país de segurar o câmbio, este será vítima de uma corrida especulativa.
A maior vantagem do câmbio fixo é a estabilidade que este traz para a economia. Há facilidades na elaboração de contratos de compra e venda internacionais, pois sabe-se que o câmbio não se alterará. 
A maior vantagem do câmbio flexível é não estar sujeito a este tipo de crise. Não são as reservas internacionais que variam, mas sim a própria taxa de câmbio. Sua grande desvantagem é a incapacidade de prever as futuras flutuações da moeda americana, o que atrapalha bastante as empresas e os indivíduos importadores e exportadores na formação de suas expectativas futuras tanto em relação aos preços, quanto em relação às quantidades. 
Contas Públicas
Em tempos de metas rígidas acordadas com o Fundo Monetário Internacional (FMI), as contas públicas estão mais do que nunca na mira dos analistas econômicos. Mas o que tem você a ver com a balança comercial, o superávit primário e o déficit em conta corrente? Na verdade, muita coisa. A linha de condução que o Governo dá às suas contas é absolutamente determinante para prever os cenários no curto e médio prazo e se programar para tempos que podem ser de vacas gordas ou magras, de recessão ou desenvolvimento, de investimento seguro ou de risco. 
O cenário hoje das contas do Governo é visto como positivo pelos analistas. Isso porque desde o fim do ano passado a dívida líquida, que é a soma da dívida interna com a dívida externa, diminuiu. Isso foi possível graças a alguns ajustes feitos com as reformas administrativa e da Previdência, com o aumento da arrecadação devido à criação de novos tributos e com a retomada do crescimento econômico, para citar os fatores mais decisivos. Com o corte que o BC determinou na Selic, o cenário para a dívida interna fica ainda mais favorável, pois o Governo deve economizar cerca de R$ 5 bilhões só no pagamento dos juros. 
Tudo isso colabora para o cumprimento das metas acertadas com o FMI, o que ajuda na captação de dinheiro e gera efeitos positivos sobre o balanço de pagamentos. É claro que todo esse cenário positivo pode ser afetado por uma grande crise econômica como as da Ásia e da Rússia ou uma reviravolta na economia americana, mas por ora, o chamado risco país do Brasil continua controlado. Muito complicado? Então entenda em detalhes como funcionam as contas do Governo:
 
Balança Comercial – É a diferença entre a exportação e a importação de bens e serviços. Normalmente, a conta é feita separadamente para os serviços, que englobam o pagamento de juros, fretes, royalties etc e por isso têm um peso muito grande. Esta é a chamada conta-serviço ou balanço de serviços.
Conta-corrente - É o resultado da balança comercial mais a conta-serviço e mais as transferências unilaterais (doações, remessas e outros valores que não terão retorno). No Brasil, como a conta-serviço é muito alta, há um constante déficit em conta corrente. O desafio do Governo é diminuí-lo.
Conta-Capital - É onde são computadas as entradas e saídas de capital como empréstimos, amortizações de dívidas, investimentos diretos e financiamentos. 
Balanço de pagamentos - Somando-se a conta-corrente mais a conta capital, encontra-se o resultado do balanço de pagamentos. Como há déficit constante na conta-corrente, é preciso captar muita entrada de recursos para criar saldo positivo na conta capital e amenizar o déficit do balanço de pagamentos. 
Captação externa – Quanto mais a dívida cresce, mais dependentente o país fica da captação de dinheiro externa. A soma do déficit em conta corrente mais as amortizações (valores que serão pagos para abater a dívida) correspondem ao valor mínimo que o Brasil precisa captar por meio de empréstimos no exterior. Hoje, essa conta fica em torno de US$ 50 bilhões.
Risco país - Como precisa captar dinheiro no exterior, o país precisa manter o déficit em um nível sustentável para não afugentar os investidores estrangeiros. Isso é chamado por alguns economistas de risco país ou risco Brasil: se o déficit é muito grande e o país vai perdendo capacidade de pagamento, o risco Brasil é considerado maior, ou seja, os investidores consideram o país como um investimento de muito risco, explica o coordenador da pós-graduação da UFRJ, Francisco Eduardo. Isso é medido pelo tamanho do déficitem conta-corrente em relação ao PIB. 
Crescimento da dívida - No Brasil, o déficit cresceu muito depois do Plano Real e já chegou a 5% do PIB no pós-crise da Ásia. Quando se chega a esse ponto, o Governo geralmente toma medidas para diminuir a sua vulnerabilidade, como renegociar a dívida externa e as metas com o Fundo Monetário Internacional. O déficit em conta corrente hoje é em torno de US$ 23 bilhões. Já chegou a ser de US$ 30 bilhões.
Equílibrio – De acordo com o professor do Ibmec, Carlos Thadeu de Freitas, a saída para os países que devem muito – e o Brasil está entre eles – é exportar mais. "Não dá para cortar muito as importações porque isso afeta o crescimento e os preços internos. É importante também começar a substituí-las. Isso já está acontecendo porque o dólar ficou muito caro", lembra ele. "Além disso, é preciso manter a taxa de câmbio flutuante, buscar o equilíbrio fiscal e adotar uma política monetária saudável com juros básicos nem muito altos e nem muito baixos"
Contas internas – De acordo com Carlos Thadeu, a solução é aumentar a poupança interna, ou seja fortalecer a economia e equilibrar as contas públicas, para ficar menos vulnerável e gerar o superávit primário. Com isso, é possível diminuir a dívida líquida, que é a soma da dívida interna mais a externa menos as reservas cambiais. 
Superávit Primário – O resultado das receitas do Governo menos as despesas sem contar as despesas com pagamento de juros, gera o superávit (se for positivo) ou o déficit (se for negativo) primário. Com algumas medidas como aprovação das reformas administrativa e da Previdência, a desvalorização da moeda e a criação de impostos como a CPMF, que geraram aumento da arrecadação, o Governo tem conseguido, a partir do fim do ano passado, obter superávit primário. 
Taxas de juros – A queda recente determinada pelo Banco Central para a taxa básica (Selic) também afeta as contas. Se por um lado, torna o Brasil menos atrativo para os investidores estrangeiros, por outro reduz essa necessidade de recursos externos para financiar o déficit porque diminui o custo do Governo com o pagamento de juros nas dívidas internas.
Fatores externos – Cumprir as metas acertadas com o FMI, diminuir o tamanho da dívida líquida e fortalecer a economia interna são fatores determinantes, mas que mesmo funcionando podem não ser suficientes para gerar crescimento e manter o cenário favorável. Uma crise econômica como a que aconteceu na Ásia e na Rússia afeta determinantemente a economia dos países dependentes do capital externo, como o Brasil.
Cupom Cambial
Para avaliar se um investimento em moeda estrangeira está pagando um juro mais interessante do que um similar em moeda nacional, o investidor precisa estar atento ao que o mercado chama de cupom cambial. Geralmente, os gestores de fundos cambiais já fazem esse trabalho, mas nada como ter certeza das possibilidades de ganhos reais de uma aplicação.
O cupom cambial é a diferença entre a taxa básica de juros internos (Selic) e a desvalorização da taxa de câmbio do país. “Ele serve como uma referência para se investir em moeda estrangeira, um benchmark”, 
Costa Rego explica que o resultado do cupom cambial é o rendimento real de um título em dólar. “Aí, o investidor compara o que está dando mais retorno, se o investimento em dólar ou em moeda nacional. E, com esses dados em mãos, orientar seus investimentos”.
Veja no exemplo abaixo como calcular a valorização do cupom:
Para uma taxa básica de juros projetada de 14% ao ano e uma variação cambial de 5% ao ano, o rendimento do cupom cambial é de 8,5% ao ano. Veja o cálculo:
Cupom cambial = Selic / variação cambial , ou seja, no nosso exemplo 1.14 / 1.05 = 8,5.
Portanto, a valorização do cupom cambial é de 8,5% ao ano.
Veja como fazer a análise comparativa entre uma aplicação em moeda nacional e estrangeira:
Comparando com um título interno, descontado a inflação, o rendimento do cupom cambial, neste exemplo, é mais interessante. Se considerarmos a valorização de um fundo DI em 2000, 13,5%, menos a inflação do período, 5,5%, o ganho foi de 8%. Enquanto que, com o nosso exemplo acima, o rendimento do título em moeda estrangeira é de 8,5% ao ano. 
Debêntures
O governo, quando precisa de dinheiro, recorre ao mercado emitindo títulos públicos pré e pós-fixados. A mesma coisa acontece com as empresas, quando emitem debêntures. Apesar de as ações servirem também para financiar as empresas, a diferença básica no caso da debênture é que o proprietário do papel não passa a ser sócio da empresa, apenas vira credor dela, que passa a ter um compromisso em um determinado prazo e a pagar juros periódicos (anuais, em geral) até o resgate, ou vencimento do título.
O sistema oferece vantagens para as empresas que emitem debêntures, pois não precisam se endividar com bancos a taxas de juros estabelecidas pelas instituições financeiras, e têm um custo muito mais baixo do que na emissão de ações. Mas é também vantajoso para o comprador, que ganha mais uma possibilidade para diversificar sua carteira a um baixo risco, recebendo de tempos em tempos e no vencimento juros pré ou pós-fixados, conforme determinar o emissor. 
Uma outra diferença essencial entre os dois tipos de ativos é que a ação é um investimento de renda variável, ou seja, é impossível prever qual será o seu rendimento daqui a alguns anos ou mesmo até o dia ou a hora seguinte. Quem investe em ações não está livre sequer de o papel perder valor de um dia para o outro e, nesse caso, não há nem rentabilidade, mas sim prejuízo. 
Já as debêntures são ativos de renda fixa, ou seja, papéis que têm um valor de face a ser recebido no seu vencimento, além dos juros estipulados na sua emissão, que podem ser pré-estabelecidos ou obedecerem algum índice (juros + IGP-M, TR, ou CDI por exemplo). 
Dependendo do estatuto da empresa emissora e do acordo feito com os credores, a debênture pode ainda ser conversível em ações da empresa dentro de determinado prazo, passando o seu titular então a receber dividendos (participação nos lucros) ou a poder participar das deliberações das assembléias gerais. Dessa forma, o debenturista passa a configurar como sócio da companhia, acionista, efetivamente. 
As regras de cada emissão de debêntures são específicas para cada série emitida. Ou seja, prazo de vencimento, remuneração, conversão, todos esses pontos são negociados entre empresa emissora e credor. 
D+0, D+1, D+2
No mercado de capitais, tanto no mercado à vista, como no futuro, no termo e opções, existem prazos definidos de liquidação das operações, ou seja, o dia que o vendedor receberá seu dinheiro e que o comprador receberá ações ou títulos. Esses prazos são chamados de D. Essa letra vem acompanhada pelo símbolo + seguida por um número. O número indica em quanto tempo a operação será liqüidada.
A regra da bolsa de valores exige que o dinheiro seja entregue ao investidor em D+3, ou seja, três dias após a venda das ações. Dessa forma, se a operação é fechada numa terça-feira, a liqüidação é feita na sexta-feira (três dias úteis depois). A operação continua sendo em D+3 mesmo quando é realizado day-trade (quando, num mesmo dia, o investidor compra e vende a mesma ação). Ele só receberá apenas três dias depois.
O vendedor, no entanto, tem que entregar os títulos na Câmara Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) em até D+2, no máximo dois dias depois de fechada a operação, para que haja tempo de repassá-los ao comprador no terceiro dia.
“O esquema de liquidação funciona, comparativamente, a compensação do cheque no banco. O cliente tem que esperar para ter acesso ao dinheiro
Há apenas um detalhe nas operações a termo. A liqüidação também é em D+3, mas começa a ser contado no 27o dia, porque, nesse caso, já fica pré-determina o preço, a quantidade e a data da liquidação da operação. 
As liquidações das operações realizadas nas bolsas de valores são sempre feitas pela CBLC, uma empresa que garante as operações fechadas em todas asbolsas de valores no Brasil. A CBLC é uma câmara de compensação de âmbito nacional, voltada para a liquidação de títulos e valores mobiliários, criada para tornar o sistema de liqüidação de bolsa mais seguro e eficiente.
Fundos
Já as aplicações em fundos de renda fixa são feitas em D+0/D+0. O primeiro D+0 significa o tempo da operação de entrada e o segundo, de saída. Isso significa que quando o investidor resolve aplicar em uma segunda-feira, o dinheiro já entra, nesse caso, no mesmo dia. Quando ele pede o resgate, também recebe no dia do pedido.
A liqüidação dos fundos derivativos e multicarteira são diferentes. Geralmente, a operação é fechada em D+1/D+1, ou seja, se o investidor resolve aplicar hoje, envia o dinheiro no mesmo dia, mas só vai comprar as cotas no valor que estiver valendo no dia seguinte. Para resgatar, o investidor também terá que esperar um dia após a ordem de resgate para receber seu dinheiro. E esse valor será corrigido ao valor do dia seguinte.
Por exemplo: se hoje a minha cota vale R$ 10 e eu peço para resgatar, apenas amanhã vou ficar sabendo quando receberei. Isso porque essa mesma cota pode ter valorizado de um dia para o outro ou mesmo desvalorizado. Essa mesma regra D+1/D+1 vale também para os fundos cambiais.
“Na realidade, essas datas de liquidações podem mudar de banco para banco. Nós, do Santander, oferecemos também fundos multicarteira D+0/D+1, ou seja, na entrada ele paga a cota do próprio dia e, no resgate, a cota do dia seguinte
As liqüidações em fundos de ações, em geral, são mais complexas. Para aplicação, a operação e a cota são fechadas em D+1, mas a liquidação financeira é em D+4. “Quando o cotista pede resgate, o valor considerado é o do dia seguinte, mas o dinheiro só é entregue no quarto dia”,
Resumo das liqüidações:
Mercado à vista, futuro, termo e opções - D+3 (na operação a termo, o D+3 começa sempre a ser contado no 27o. dia)
Fundos de renda fixa - D+0/D+0
Fundos derivativos e multicarteira - D+1/D+1
Fundos cambiais - D+1/D+1
Fundos de ações – D+1 para investimento e D+4 para resgate, sendo que o valor da cota a ser recebido é D+1.
Derivativos no mercado financeiro
Para tentar se defender de oscilações de preços futuros de um ativo financeiro ou até mesmo alavancar suas aplicações, investidores apostam em derivativos, que são ativos financeiros que derivam, como o próprio nome já diz, de um outro ativo.
As modalidades mais utilizadas são a termo e de opções nas bolsas de valores e as operações na Bolsa de Mercadorias & Futuro (BM&F), como negociação de algumas commodities agrícolas, câmbio, ouro e índices como o futuro do Ibovespa.
Quem acha que o preço do ativo a ser negociado vai subir entra na operação como comprador. Assim, garante que, mesmo que daqui a um tempo o preço suba, ele comprará pelo preço combinado. Mas se o preço cair, o investidor pode ter que pagar pela quantia combinada, que pode ser maior do que a encontrada no mercado à vista.
Em opções, depois de pagar um prêmio ao vendedor, o comprador pode ou não exercer seu direito de compra, ou seja, pode optar. Os vencimentos ocorrem sempre na terceira segunda-feira dos meses pares do ano. Já no contrato a termo, passado o tempo combinado – os vencimentos acontecem normalmente 60 ou 90 dias a partir da assinatura do contrato – as duas partes são obrigadas a liqüidar a operação.
No mercado a termo, é preciso depositar garantias. No caso do vendedor coberto (que já tem as ações), as próprias ações negociadas. Já as garantias do vendedor e do comprador descoberto são depositadas em dinheiro, títulos e cartas de fiança, por exemplo. No contrato de opções, o comprador tem que pagar uma quantia ao vendedor pelo direito, se quiser, de comprar as ações. Mesmo que não compre, o dinheiro do prêmio não é devolvido.
Liqüidar antes do prazo
As operações a termo podem ser liqüidadas antes do vencimento e, por isso, é definido no contrato quem pode pedir antecipação e se o valor a ser pago terá que ser integral ou proporcional ao número de dias combinado.
Os derivativos são usados para fazer hedge. Se uma empresa tem dívidas a pagar em dólar pode fechar na BM&F um contrato de dólar futuro para garantir que pagará a cotação desejada quando tiver que quitar a dívida. "Dessa forma, mesmo que a moeda americana ultrapasse a cotação fixada, a empresa comprará pelo preço combinado. Neste caso, ela estará protegida, ou seja, fez um hedge", 
Os derivativos, quando não são usados como hedge, são investimentos de alto risco. Vamos supôr que alguém resolveu fechar um contrato futuro de café como vendedor e apostou que, se hoje vale R$ 14, vai custar R$ 12 daqui a 30 dias. Passado esse prazo, se a cotação cair apenas para R$ 13, e esse alguém não tiver o café, terá que comprar no mercado por R$ 13 para vender por R$ 12 (o valor combinado). Ou seja, vai perder dinheiro,
.
Direito de subscrição: risco para novatos
O direito de subscrição é um estágio anterior à ação. Isso significa que a empresa, ao lançar ações no mercado, dá preferência ao seu acionista de comprá-las a um valor preestabelecido, por período determinado. Caso o acionista não queira exercer essa opção de compra, pode abrir mão e vender o direito. E é exatamente aí que o marinheiro de primeira viagem precisa ficar atento para não perder dinheiro.
“Para o investidor novato é uma operação de muito risco. Isso porque, para avaliar se comprar o direito valerá a pena, é preciso que ele esteja vivendo o dia-a-dia do mercado, pois muitas dessas informações não são disponibilizadas oficialmente. Ele só consegue através do próprio mercado”, 
Um dos pontos principais é saber se a tendência dos papéis da empresa é de queda ou de alta. “O direito já estabalece um preço prefixado para a ação, portanto, ele tem que ter informações suficientes para prever que, na época do vencimento do direito, o preço que pagará pela ação mais o que ele pagou pelo direito será menor do que a cotação do dia do papel”. “Do contrário, ele vai perder dinheiro”, complementa. “Como se pode ver, não é uma opção para quem acabou de entrar no mercado de ações”, alerta.
Não há muita razão para quem não tem ações comprar uma subscrição. “Em geral, quem compra direito de subscrição é o investidor que quer alavancar sua posição no momento (veja, abaixo, como é essa operação). A não ser que o investidor não tenha dinheiro para comprar a ação naquela hora e tenha certeza que o terá, no futuro, para comprar o direito”, explica. “Ainda assim, ele pode apostar na valorização da empresa e vender o direito para outro por um preço um pouco maior do que comprou. Mas é uma operação para quem já está acostumado com o mercado”, alerta. Marcos aconselha, para quem quer entrar no mercado, começar comprando ações. “É melhor buscar uma boa empresa e investir diretamente nas ações dela”,
Vamos ao exemplo: 
Supomos que o investidor tenha pago para um acionista desinteressado R$ 1 para ter o direito de subscrever a ação da empresa “X”. Nesse contrato está estabelecido que ele pode comprar em definitivo a ação da empresa por R$ 14 até o dia 25/9/2000. Caso perca a data ou não tenha, na época, dinheiro suficiente para pagar pela ação definitiva, o direito (e o dinheiro pago por ele) vira pó. Ou seja: além de não ter a ação, o investidor ainda fica sem o dinheiro que empregou na compra do direito de subscrição. Em último caso, o que ele pode fazer para não perder tudo é, antes do vencimento do direito, vender para outro a um preço menor. Assim, pode ser que perca menos.
O que á alavancar posição: 
É uma jogada do mercado. Digamos que o investidor tenha ações da empresa “B”, que faz chamada de capital e abre direito de subscrição no valor de R$ 1, para compra da ação dentro de 90 dias a R$ 13, sendo que, na data da subscrição, a ação da empresa esteja cotada a R$ 14. 
1. O investidor vende suas ações a R$ 14, paga R$ 1 pelo direito de subscrição e fica com R$ 13, que serão aplicados em renda fixa no mercado pelos 90 dias (prazo do vencimento do direito de subscrição).2. Na data do vencimento, o investidor resgata o dinheiro aplicado em renda fixa (R$ 13,26, levando-se em conta rendimento líquido de 2% no período) e recompra as ações por R$ 13 (o preço fixado).
3. Hipótese 1: Digamos que, nesta data, a ação já esteja cotada a R$ 20. O investidor ganhou:
R$ 7 (diferença entre o valor da subscrição, R$ 13, e o valor de mercado R$ 20) + R$ 0,26 (os rendimento da aplicação em renda fixa) – R$ 1 (preço pago pela subscrição) = R$ 6,26
4. Hipótese 2: Digamos que, nesta data, a ação esteja cotada a R$ 12. O investidor perdeu porque não valerá a pena comprar a ação por R$ 13 (valor da subscrição). O ganho em renda fixa (R$ 0,26) não cobre o valor pago pela subscrição (R$ 1).
Dívida Pública
Quando alguém gasta mais do que ganha, fica com as contas no vermelho e é obrigado a pedir dinheiro emprestado para cobrir o rombo. Quando o Governo – federal, estadual ou municipal - arrecada, na forma de tributos, um montante aquém do esperado para cobrir seus gastos, ocorre a mesma coisa. É esta a raiz da dívida pública.
A principal diferença entre um trabalhador endividado e um governo endividado se dá na hora do pagamento da dívida contraída. Em geral, o trabalhador endividado pede um empréstimo a um banco, financeira ou mesmo a um amigo ou parente. Os governos, porém, têm outras formas de financiar seus déficits. A aquisição de empréstimos junto a instituições financeiras é apenas uma delas.
A forma mais utilizada pelo Governo Federal para cobrir o déficit público é o lançamento de títulos no mercado. Esses títulos têm prazo de resgate definido e podem ser pré ou pós-fixados, lastreados em juros ou em outras moedas, como o dólar.
Ao vender um título, o Tesouro Nacional consegue recursos para cobrir o déficit, mas se compromete a devolver, na data de resgate, o valor emprestado acrescido de remuneração (juros ou a variação do dólar, por exemplo). Ao montante total de títulos em circulação no mercado, mais as outras modalidades de empréstimos contraídas, dá-se o nome de dívida pública.
Para o Governo Federal, a rolagem de sua dívida através da emissão de títulos pode ser interessante quando os juros são baixos. O governo pode levar vantagem também quando os títulos são prefixados – a taxa de remuneração é fixada no ato da venda - e há expectativa de aumento de juros. Da mesma forma, é muito interessante para o governo a emissão de títulos pós-fixados quando há a expectativa de redução dos juros.
Além de emitir e vender seus títulos para o mercado financeiro nacional, o Tesouro pode emitir títulos no exterior. São os chamados C-Bonds. Esse títulos têm um conceito um pouco mais sofisticado pois, na remuneração que será paga por eles, está embutido o risco de inadimplência do país. Quanto maior a taxa que o mercado pede para esses títulos, maior a estimativa de risco que os agentes internacionais estão projetando.
Assim como o Governo Federal, os governos estaduais e municipais também podem emitir títulos para financiar suas dívidas, embora essas emissões sejam condicionadas à prévia aprovação do Senado Federal. Os títulos estaduais e municipais têm menos aceitação, pois o risco de inadimplência é maior. O resultado é que eles embutem uma remuneração muito alta aos compradores e se tornam uma forma cara de financiamento. Por isso, estados e municípios acabam preferindo contrair empréstimos junto a instituições financeiras ou pedir socorro ao Governo Federal.
Outra forma que o Governo Federal tem que cobrir déficits é emitir mais moeda para pagar suas dívidas. A expansão monetária que resulta deste processo é, no entanto, responsável pelo aumento da inflação. 
Dividend Yield
O pagamento de dividendos no Brasil não era um fator relevante pouco tempo atrás. Antes do Plano Real, com inflação elevada, a maior preocupação de quem investia em ações era observar a cotação dos papéis. Na maioria dos casos, o pagamento só é efetuado em junho ou julho, com uma inflação de, digamos, 20% ao mês, o rendimento, seis meses depois, se desvalorizava 120%. "O investidor perdia dinheiro" 
Mas os tempos mudaram. Os dividendos vêm ganhando cada vez mais importância. O mercado costuma avaliar esse retorno financeiro obervando um índice chamado de Dividend Yield, que mede o ganho com dividendos proporcionalmente ao de mercado.
Se uma empresa vai pagar R$ 100 milhões em dividendos e tem 50 milhões de ações em poder do mercado, o dividendo pago por ação será de R$ 2. Para saber o dividend yield, basta dividir esse valor (R$ 2) pela cotação da ação (suponhamos que seja R$ 20). O dividend Yield, nesse caso, é de 10%.
Os analistas explicam que o ideal é tentar comprar papéis que tenham liquidez no mercado e que também rendam bons dividendos, ou seja, que faça uma distribuição generosa de seus lucros. Papéis de primeira linha, como Ambev e Petrobras, costumam dar um dividend yield baixo, porque a cotação do papel é muito alta.
Além disso, as empresas que ainda têm grande potencial de crescimento também, normalmente, pagam pouco ou não pagam dividendos porque reinvestem seus lucros.
Dividendos e Juros sobre Capital Próprio
Toda companhia aberta, que são aquelas empresas que têm ações na bolsa, possui diversos acionistas. Estes recebem, ao fim de cada exercício contábil (normalmente, um ano), a sua parte na divisão dos lucros que a empresa teve no período, o chamado dividendo. 
É importante frisar que eles são distribuídos a partir do lucro líquido apresentado pela empresa no período. O pagamento de dividendos é obrigatório e proporcional ao número de ações que cada acionista possui. Tal benefício é livre de tributação.
As empresas distribuem os dividendos após a dedução do Imposto de Renda. Portanto, toma-se como base o lucro líquido para a distribuição. 
Veja a seguir um exemplo de demonstrativo de resultado do exercício (DRE) de uma empresa hipotética: 
	Demonstração de Resultado do Exercício
	Ano:
	Empresa S.A.
	200X
	Receita Operacional Bruta:
	R$ 3.000.000,00 
	Deduções da Receita Bruta (Impostos sobre Vendas):
	R$ (300.000,00)
	Receita Operacional Líquida:
	R$ 2.700.000,00 
	Custo dos Produtos Vendidos e dos Serviços Prestados:
	R$ (1.350.000,00)
	Lucro Bruto:
	R$ 1.350.000,00 
	Despesas Operacionais:
	R$ (472.500,00)
	- Despesas com Vendas:
	R$ (135.000,00)
	- Despesas Gerais e Administrativas:
	R$ (135.000,00)
	- DESPESAS FINANCEIRAS
	R$ (202.500,00)
	- Correção Monetária
	-
	Lucro Operacional:
	R$ 877.500,00 
	Outras Receitas/ Despesas não Operacionais:
	R$ 8.775,00 
	Lucro Antes do Imposto de Renda:
	R$ 886.275,00 
	Imposto de Renda:
	R$ (186.117,75)
	Lucro Líquido:
	R$ 700.157,25 
	DIVIDENDOS
	R$ 280.062,90
	LUCROS RETIDOS
	R$ 420.094,35
 
Juros sobre capital próprio funcionam de outra maneira
Ao contrário dos dividendos, a empresa não paga os juros de acordo com o desempenho que obtido no período. Os juros sobre capital próprio são distribuídos com base nas reservas de lucros da empresa, ou seja, os lucros apresentados nos anos anteriores e que ficaram retidos na empresa. 
Por exemplo, uma empresa que normalmente destina um montante próximo a R$ 300 mil a seus acionistas pode ter um ano ruim e maus resultados. Com lucro líquido inferior, a empresa terá um montante em dinheiro menor a distribuir em forma de dividendos, por exemplo R$ 100 mil. Se tal empresa tem grandes reservas de lucros e um bom caixa, de maneira que não necessite de tais recursos, ela tem a opção de distribuir também, os juros sobre o seu capital próprio, e assim garantir uma remuneração melhor a seus acionistas. Ou seja: ao invés de receber apenas os R$ 100 mil relativos a dividendos, eles receberão rendimentos derivados dos juros sobre capital próprio.
As empresas auferem vantagens no pagamento de juros sobre capital próprio. No demonstrativo de resultado, esse pagamento é descontado da empresa sob a forma de despesas financeiras. Quanto maior as despesas da empresa, menor o lucro. Como o Imposto de Rendaincide sobre o lucro, ela consegue pagar menos imposto. 
EBITDA
No reino das siglas financeiras, o EBITDA talvez seja uma das mais populares. EBITDA significa Earnings Before Interests, Taxes, Depretiation and Amortization. Em bom português, significa lucro antes de juros, imposto de renda, amortização e depreciação.
O EBITDA é um número muito valorizado pelo mercado na avaliação de uma empresa. Isso porque espelha o desempenho da empresa levando em consideração, somente os ganhos gerados por sua atividade principal. 
O EBITDA não contabiliza os pagamentos de juros de empréstimos, a depreciação de equipamentos e instalações, o pagamento do imposto de renda e a amortização do diferido. Ele é, portanto, um indicador muito importante, pois mede a produtividade e a eficiência do negócio.
O mercado valoriza ainda mais a variação percentual de crescimento ou queda do EBITDA em relação ao período anterior do que o valor do EBITDA isoladamente. Este percentual mostra aos investidores se a empresa em questão conseguiu ser mais eficiente ou aumentar sua produtividade. 
Por isso, em informações sobre companhias abertas, você vai encontrar com freqüência referências ao EBITDA. Um bom exemplo é a notícia abaixo, sobre a divulgação dos resultados da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN):
"O EBITDA da CSN alcançou R$ 1,3 bilhão em 2000. O valor recorde ficou 18% acima do registrado em 99. Do total, 2,5% do Ebitda foram destinados ao Programa de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) dos empregados da empresa."
Agora que você já sabe o que é o EBITDA, veja como ele é calculado: 
As companhias abertas são obrigadas, por lei, a divulgar trimestralmente o Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE), que é a demonstração contábil, na qual apresentam o lucro alcançado no período. 
	Demonstração de Resultado do Exercício
	Ano:
	Empresa S.A.
	200X
	Receita Operacional Bruta: 
	R$ 12.345,00 
	Deduções da Receita Bruta (Impostos sobre Vendas):
	R$ (1.234,00)
	Receita Operacional Líquida:
	R$ 11.111,00 
	Custo dos Produtos Vendidos e dos Serviços Prestados:
	R$ (5.432,00)
	Lucro Bruto:
	R$ 5.679,00 
	Despesas Operacionais:
	R$ (878,00)
	- Despesas com Vendas:
	R$ (233,00)
	- Despesas Gerais e Administrativas:
	R$ (321,00)
	- Despesas Financeiras
	R$ (324,00)
	- Correção Monetária
	- 
	Lucro Operacional:
	R$ 4.801,00 
	Outras Receitas/ Despesas não Operacionais:
	R$ (355,00)
	Lucro Antes do Imposto de Renda:
	R$ 4.446,00 
	Imposto de Renda:
	R$ (259,25)
	Lucro Líquido:
	R$ 4.186,76 
Para calcular o EBITDA, nós teremos que adicionar ao Lucro Operacional, o valor total da depreciação de seus bens (imóveis e equipamentos, entre outros) que, normalmente, já está inclusa no custo dos produtos vendidos. 
Além disso, não devemos subtrair as despesas financeiras e a correção monetária. Assim, podemos chegar diretamente ao EBITDA seguindo o quadro abaixo. 
	Demonstração de Resultado do Exercício
	Ano:
	Empresa S.A.
	200X
	Receita Operacional Bruta: 
	R$ 12.345,00 
	Deduções da Receita Bruta (Impostos sobre Vendas):
	R$ (1.234,00)
	Receita Operacional Líquida:
	R$ 11.111,00 
	Custo dos Produtos Vendidos e dos Serviços Prestados: 
	R$ (5.432,00)
	Lucro Bruto:
	R$ 5.679,00 
	Despesas Operacionais:
	R$ (323,00)
	- Despesas com Vendas:
	R$ (233,00)
	- Despesas Gerais e Administrativas:
	R$ (321,00)
	+ Depreciação
	R$ 231,00 
	EBITDA
	R$ 5.356,00 
Fechamento de capital
O fechamento de capital acontece quando uma empresa, que é registrada como Sociedade Anônima, resolve dividir as ações entre poucos acionistas, ou seja, retirá-las da Bolsa de Valores. Isso pode acontecer por diversos motivos. Os mais comuns, são reestruturações societárias, fusões, aquisições e apenas tentativa de reduzir custos.
Uma empresa pode fazer fechamento de capital ou fechamento branco de capital. A diferença, segundo o analista, é que no primeiro caso é anunciada a intenção de retirar as ações da Bolsa. Já no segundo caso, há uma oferta de recompra de ações sem que haja anúncio oficial de fechamento. 
Que quem quer realmente fazer fechamento de capital avisa logo, porque se conseguir a adesão de 2/3 dos minoritários pode, por lei, tirar a empresa da Bolsa de Valores. Já quem não anuncia que quer fechar o capital e não consegue adesão total dos acionistas em oferta pública, só pode fazer nova oferta em dois anos, 
Formas de Intervenção do Banco Central no mercado de câmbio
Crise nos Estados Unidos, iminência de guerra e novos recordes na cotação do dólar! Isso parece familiar, não é? Mas qual é a real relação entre a cotação do dólar e os acontecimentos políticos e econômicos que volta e meia atormentam os mercados no Brasil e no mundo.
É um comportamento natural do ser humano, procurar os investimentos mais conservadores e confiáveis sempre que se sente inseguro em relação ao comportamento da economia e, conseqüentemente, da Bolsa de Valores. Nesse sentido, os investimentos tendem a migrar para aplicações que oferecem risco reduzido. 
Os investidores estrangeiros tiram seus recursos do Brasil, que é considerado um mercado de risco elevado, e transferem seus recursos para aplicações mais seguras, como os títulos do tesouro americano. A retirada em grande escala desses recursos pressiona a taxa de câmbio, já que, para retirar o dinheiro do país, o investidor deve primeiramente convertê-lo em dólares. Com isso, a demanda por dólares aumenta substancialmente. 
Ao mesmo tempo, o investidor nacional tenta se proteger contra essas flutuações e, da mesma forma procura fundos cambiais e compra dólares (hedge). Esse aumento repentino da demanda por dólares no mercado de câmbio traz um desequilíbrio, já que a demanda por dólares passa a estar bem maior que a oferta. O novo equilíbrio só se dá com um aumento de preço nesse mercado, de acordo com as leis de oferta e demanda. 
A característica de um câmbio flutuante é permitir estas oscilações de preços. Em momentos de crise, o pânico costuma influenciar o comportamento dos agentes da economia (indivíduos, empresas, entre outros) que, para se protegerem, começam a comprar dólares. Com o aumento da demanda e sem a devida intervenção da autoridade monetária - o Banco Central - esse contínuo crescimento da cotação da moeda americana a eleva a níveis incompatíveis com a real capacidade da economia brasileira. Nesse sentido, a intervenção do Banco Central é perfeitamente justificável. 
Como o BC intervém no mercado de câmbio
A maneira mais simples de realizar tal intervenção é colocar mais dólares no mercado, ou seja, entrar no mercado para vender dólares. Ao colocar mais dólares à venda, o Banco Central consegue aumentar a quantidade de moeda norte-americana ofertada e fazer frente ao crescimento da demanda. Assim, oferta e demanda se igualam e a cotação da moeda americana pára de subir. Muitas vezes, a quantidade ofertada chega a ultrapassar a demanda e a cotação recua. 
Ultimamente, a forma mais utilizada pelo Banco Central é a emissão de títulos indexados ao dólar. “O investidor prefere a compra de tais títulos, pois estes representam uma proteção a mais para o investidor, já que este sai ganhando mesmo que a cotação do dólar não suba, através do cupom, que tem seu rendimento na forma de juros, atrelado à taxa Selic,” afirma Carlos Thadeu de Freitas, economista e professor do IBMEC. Com isso, o Banco Central segura um aumento da cotação do dólar, pois parte da demanda que iria comprar dólares, migra para a aplicação em títulos. 
Outra forma de intervir no mercado de câmbio é atuar no mercado futuro. Contudo, esse método não é recomendado pelo FMI e já deu muitos prejuízos ao Banco Central, em 1999, quando houve a desvalorização do real. Essa forma de intervenção não é mais usada pelo Banco Central. Por ser um mercado muito alavancado, essa prática traz grandes prejuízos em caso de efetiva valorização do dólar.
Hedge
Todo investidor que

Outros materiais