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Inventário Físico dos Estoques

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Gestão dos Estoques
Inventário Físico dos Estoques
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. José Joaquim do Nascimento
Revisão Técnica:
Prof. Dr. Antonio Carlos da F. Bragança Pinheiro
Prof. Me. Maick Roberto Lopes
Revisão Textual:
Profa. Esp.Vera Lídia de Sá Cicarone
5
• Introdução
• Classificação dos Inventários
• Formas de Inventariar Mercadorias em 
Estoques e Tipos de Inventários
Você está próximo do encerramento desta discussão sobre gestão de estoque para empresas. 
Entender a sistemática dos inventários e por que eles são tão necessários é conhecer uma 
ferramenta importante da logística empresarial.
O seu aprendizado depende da sua continuidade e espontaneidade para a leitura do texto e 
a realização dos exercícios. Isso é fundamental para a fixação e a aprendizagem da unidade. 
Além disso, sua participação nas atividades e nos fóruns é muito importante. 
 · Apresentar metodologia para planejamento e organização de 
inventários gerais e rotativos.
 · Identificar o importante papel dos inventários no contexto do 
gerenciamento dos estoques. 
 · Mostrar os meios e a importância de se fazer análises precisas 
sobre as causas das divergências de estoques, objetivando 
minimizá-las permanentemente e acertar os saldos de 
estoques na empresa.
Inventário Físico dos Estoques
• A Acuracidade de Estoque e o Método 
de Cálculo
• Um Método para Manutenção da 
Acuracidade dos Estoques
6
Unidade: Inventário Físico dos Estoques
Contextualização
Em gerenciamento da cadeia de suprimentos, “a gestão de inventário” é a atividade que 
capacita gestores para a função de controlar a movimentação de materiais nos ambientes 
interno e externo da empresa, desde a chegada da matéria-prima até a entrega do produto final 
ao cliente. Independente do setor em que a empresa atua ou da sazonalidade que ela enfrenta, 
a qualidade da informação proveniente da gestão de inventário é parte fundamental para todo 
o resultado estratégico financeiro que esta almeja alcançar.
A acuracidade na gestão de inventário é, sem dúvida, um tema atual, importante e que deve 
ser colocado como prioridade nas agendas de supervisores, gerentes e diretores de qualquer 
empresa que busque atingir o patamar de eficiência operacional desejado.
7
Com muita tranquilidade, vamos iniciar nossa leitura sobre Inventário. Comece pelo vídeo 
que consta no link a seguir e vá pensando nesta imagem da figura 1. Link para o vídeo: 
• https://youtu.be/IyShXMfWk2Y
A eficiência de uma atividade produtiva ou 
comercial depende da produtividade de diversos 
recursos e, portanto, do uso adequado dos seus 
recursos. Deste modo, todas as atividades devem 
ter uma performance coerente com as estratégias de 
lucratividade da empresa. Para Tadeu (2011), uma 
das atividades operacionais importante diz respeito 
ao controle de inventários. Este pode indicar um 
equilíbrio ou desequilíbrio na gestão de recursos que 
empatam algum investimento que poderia ser alocado 
para outras atividades (TADEU, 2011).
 Introdução
O termo inventário é uma palavra derivada do latim inventarium e significa uma relação de bens 
deixados por alguém em algum ambiente, ou também dá nome ao documento que relaciona esses 
bens com informações de localização detalhadas. Ou seja, os inventários apresentam uma descrição 
dos produtos, as quantidades existentes e os locais onde eles se encontram (WANKE, 2011).
 
 Atenção Atenção
Nosso conteúdo refere-se ao inventário físico do estoque que é uma contagem periódica dos materiais 
ou produtos que estão de posse da empresa. É necessário para que esta faça comparação com 
as informações de estoques registrados e contabilizados em controle documental da empresa. O 
propósito maior é comprovar sua existência e exatidão. 
Conforme Viana (2002), o controle dos produtos ou mercadorias assim como de ativos 
pertencentes a uma pessoa jurídica é realizado a partir de inventários e esse é um procedimento 
realizado em qualquer lugar do mundo. A autora salienta, ainda, que é uma atividade vinculada à 
área da contabilidade, inclusive originada da perspectiva de gerenciamento dos ativos das empresas. 
Nosso propósito, nesta unidade, não é nos concentrar na teoria econômica e nas regras financeiras 
e contábeis do Brasil para tratar do inventário de estoque, mas sim enfatizar a questão como uma 
atividade de contagem física importante no conjunto de atividades que envolvem a administração de 
materiais e a gestão de estoques. Vamos trabalhar o inventário físico, que serve para ser confrontado 
com os relatórios contábeis, tendo em vista que este curso trata da gestão logística.
Figura 2 – Conferência de Estoques
Fonte: Thinkstock/Getty Images
8
Unidade: Inventário Físico dos Estoques
A avaliação das mercadorias em estoque pressupõe 
algum levantamento, o qual é feito por inventário. 
O levantamento em questão busca saber quais os 
níveis de estoques. O tema inventário, relacionado 
aos estoques nas empresas, é explorado por muitos 
teóricos, como Viana (2002); Martins e Alt (2002) 
e Novaes (2007), que estudam a administração de 
materiais e mais especificamente a logística. Essa 
prática é antiga nas empresas. A figura 2 é sugestiva.
Figura 2 – O inventário físico no século passado
 
Explore
Caso tenha interesse em conhecer mais sobre o assunto, você pode buscar a leitura da 
obra do autor citado no parágrafo abaixo.
Existem, há muito tempo, estudos sistematizados sobre como inventariar os ativos em uma 
empresa. Autores como Marion (2009) definem inventário como:
[...] um levantamento ordenado dos elementos do patrimônio de uma da 
empresa, em dado momento para finalidades diversas. A determinação plena dos 
componentes de um patrimônio particular em um dado instante ou de uma parte 
de tais componentes, ou de um agregado qualquer de bens econômicos que devem 
por uma razão qualquer considerar-se reunidos em um todo.
Marion (2009), um dos autores mais estudados da contabilidade, descreve inventário da 
seguinte forma: “refere-se ao processo de verificação das existências dos estoques; portanto 
faz parte do controle de estoque. Dessa forma, a verificação, a contagem física do bem [...] 
caracterizam inventário.”
Então, caro aluno, como as unidades anteriores, esta vai tratar do inventário físico, que também 
compõe a atividade de gestão de materiais. Autores como Wanke (2011) definem o inventário 
físico como a contagem de materiais de um determinado grupo ou também de todos os outros 
itens em estoque para confronto com a contabilidade. Ele tem dois objetivos específicos:
• o levantamento preciso e coerente da situação do estoque para ser levado à contabilidade 
da empresa;
• uma auditoria da situação do estoque e procedimentos desenvolvidos no armazém.
Nesta unidade pretendo fazer você compreender que há o inventário de mercadorias 
que a empresa comercializa ou produz e também inventário de outras coisas (ativos, como 
móveis, equipamentos, suprimentos) que a empresa não pretende vender, ou seja, que 
pertencem ao seu imobilizado.
Nas empresas industriais, materiais ou produtos que são inventariados, ou seja, que passam 
pela contagem física, geralmente, encontram-se reunidos em depósitos ou almoxarifados, 
enquanto as empresas comerciais costumam manter o inventário em um depósito ou em 
lojas acessíveis ao consumidor (RITZMAN & KRAJEWSKI, 2004).
Fonte: Thinkstock/Getty Images
9
Veja esta possibilidade: o inventário nas empresas deve ser 
controlado, pois, se não for assim, pode encorajar funcionários 
ao roubo, por exemplo. O inventário é um informe dos “valores 
econômicos” guardados na empresa, ou seja, um recurso 
financeiro “disfarçado” na forma de um produto ou outro ativo 
qualquer (Figura 3). Se esse recurso (ativo)não for controlado, 
não se saberá o real nível de estoque e fica impossível controlá-
lo economicamente (POZO, 2007).
Figura 3 – Inventário físico permanente
Veja um Exemplo:
Uma empresa comercial, como uma loja de departamentos, por exemplo, segundo Paolesch (2012), 
deve ter um controle permanente do estoque e, necessariamente, por sistemas de computadores, 
ou seja, por softwares especializados. De acordo com Ching (2010), a contagem física pode ser 
realizada manualmente ou por meio da leitura por códigos de barra tanto nas saídas das mercadorias 
quanto no recebimento nas docas. A exatidão das quantidades em almoxarifado é importante, pois 
as decisões de vendas dependem de informações em tempo real. As conferências, do ponto de vista 
administrativo, são motivadas pelas necessidades primárias de controle e cuidados devido a roubos 
e erros manuais. Daí as lojas precisarem conhecer, com exatidão, o total das quantidades físicas 
(CHING, 2010).
Pense nesta situação!
Para Ching (2010), de nada adianta uma empresa ter informações sobre o seu estoque se elas 
não forem atualizadas. É a conferência física e o confronto com dados contidos em relatórios 
contábeis que vão confirmar as informações sobre cada produto, sua quantidade, entre outras 
questões. Quando se recebe produtos em uma empresa, as informações de ressuprimento devem 
ser repassadas para outras áreas, para que estas possam dar sequência às suas atividades e não 
sejam prejudicadas. Tadeu (2011) sugere que as empresas precisam de sistemas que continuem 
informando permanentemente os fluxos de recursos internos, como os níveis de estoques e os 
níveis de serviços correlatos existentes.
Ainda para Tadeu (2011), a precisão e o cuidado com as informações sobre os estoques 
são fundamentais, isto é, os saldos de produtos ou mercadorias demonstrados nos sistemas 
informatizados devem manter perfeita sintonia com os saldos físicos existentes nos depósitos. 
As informações devem ser confiáveis e existem indicadores técnicos que permitem medir tal 
precisão; é a acuracidade de estoque. Quando as informações de relatórios não são coerentes 
com os números verificados in loco nos almoxarifados ou armazéns, os problemas vão além 
do que muitos imaginam. Pode acontecer de a empresa comprar produtos desnecessários, 
empatando seus recursos naquilo que não é necessário (TADEU, 2011).
No que se refere à acuracidade dos estoques, Wanke (2011) diz que é um indicador de 
relevo para a tomada de decisão dos gestores. Logo, as falhas nas informações indicam falta 
de acuracidade. Portanto, quando a informação de estoque dada pelo sistema de controle, 
informatizado ou manual, não é condizente com a quantidade real que se encontra no estoque, 
dizemos que esse inventário não é confiável ou não tem acuracidade.
Fonte: Thinkstock/Getty Images
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Unidade: Inventário Físico dos Estoques
O gestor de estoque deve adotar uma política em que o inventário realizado gere total 
confiabilidade em relação às informações, uma vez que elas afetam todos os setores da empresa, 
desde o nível gerencial até o operacional. Segundo Wanke (2011), uma informação errada 
sobre os saldos em estoque pode levar a uma decisão equivocada na área de planejamento 
de produção ou de vendas, interferindo negativamente nas previsões de demanda dos 
consumidores. Devemos lembrar que a falta do estoque pode causar problemas internos e 
externos assim como custos expressivos não somente financeiros. 
Classifi cação dos Inventários
Vamos entrar no mérito técnico do inventário físico de estoques. O estoque físico pode ser 
classificado em vários tipos. Podemos ter estoques de materiais, de mercadorias prontas para 
venda ou, ainda, de mercadorias em processo, ou seja, que estão em produção nas linhas de 
montagem. Há vários espaços que podem ter produtos e matérias dentro de uma empresa 
industrial, desde áreas de produção até as de manutenção, dependendo da atividade econômica 
a que a empresa venha a pertencer (DIAS, 2009).
Divisão do Inventário Físico
Para efeito de aprendizagem, ou seja, dentro de uma perspectiva didática, vamos considerar 
as divisões do inventário físico. Quando tratamos da indústria, podemos dividir seus produtos 
em inventário de:
• matéria-prima – trata-se de materiais e/ou componentes que estão sendo utilizados no 
processo fabril de outros produtos;
• material em processo – trata-se de materiais e/ou componentes que já passaram por 
alguma transformação;
• produto acabado – trata-se de produtos prontos para a venda ao consumidor final;
• produtos adquiridos de fornecedores que serão utilizados para revenda.
• produtos semi-acabados – São os produtos que estão em processamento fabril
Entenda que essa é uma divisão teórica, didática, que facilita nossa compreensão. Entenda 
também que tal procedimento na indústria difere da lógica da empresa comercial, que tem o 
produto acabado para revenda. Ao tratarmos dos procedimentos ou, ainda, das técnicas de 
inventário adotadas nas indústrias, estes podem ser aplicados à empresa comercial para qualquer 
item do estoque. A mesma coisa ocorre com os controles com base na mesma disponibilidade 
desejada e poderão ser acompanhados constantemente ou periodicamente (PAOLESCH, 2012). 
Para Ching (2010), a finalidade básica da realização do inventário (da contagem) pode, 
ainda, estar relacionada à necessidade de acompanhar a localização e a descrição de produtos 
e também ao fornecimento de dados complementares às atividades operacionais, tais como os 
volumes de produção, informações sobre montagens, fabricação, até substituição e manutenções 
de equipamentos, entre outros.
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Formas de Inventariar Mercadorias em Estoques e Tipos de Inventários
O inventário das mercadorias em estoques pode acontecer periódica ou permanentemente. 
Parece até que é a mesma coisa, mas há diferenças. Os inventários podem ser permanentes ou 
periódicos, mas cada uma dessas formas de procedimento é mais adequada a um determinado 
tipo de estrutura e seus fluxos de atividades, como considera Marion (2009). Vamos analisar 
cada um deles.
Inventário permanente: No inventário permanente, a ideia é que os produtos sejam sempre 
contados após uma movimentação. Ou seja, tanto na saída quanto na entrada das mercadorias, 
realiza-se uma contagem de todas as unidades daquele tipo de mercadoria em estoque.
Inventário periódico: Neste inventário, a contagem do estoque é realizada em datas espe-
cificas, normalmente ao final do exercício fiscal.
Tipos de Inventários
Veja a tabela 1 que apresenta os tipos de inventários e uma visão de cada método que existe para 
inventariar bens nas empresas. Posteriormente, segue uma análise rápida de cada um deles.
Tabela 1: Tipos de Inventário e visão dos métodos
Tipos de inventário Visão do método
Inventário geral Contábil, preocupação com valor dos ativos
Inventário dinâmico Economizar recursos operacionais do almoxarifado
Inventário rotativo Prevenção de erros; manter informações corre
Inventário por amostragem Identificar se os métodos de controle são eficientes
Inventário geral 
Embora não seja nosso propósito discutir o mérito contábil dos estoques, ao falarmos de 
tipos de inventários, não podemos deixar de mencionar o inventário geral, que permite uma 
visão contábil. É um processo de contagem física de todos os itens da empresa em uma data 
pré-fixada; daí dizermos que é realizado de forma periódica (CHING, 2010).
As empresas usam fazer isso no fechamento do Balanço Patrimonial para atender às exigências 
do Fisco Nacional. Para Marion (2009), a ideia é que a empresa informe ao fisco qual foi o custo 
das mercadorias ou dos produtos vendidos (CMV ou CPV). O cálculo é simples, pois, como 
sugere o próprio Marion em seus trabalhos, basta informar qual era o estoque inicial, somar com 
que foi comprado e subtrair o estoque no finaldo exercício fiscal. Assim:
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Unidade: Inventário Físico dos Estoques
CMV ou CPV = Estoque Inicial (EI) + Compras (C) - Estoque Final (EF) 
 
Do ponto de vista administrativo, o gestor de estoque deve considerar que esse inventário 
não é eficiente em termos de informações para os gestores, pois: 
• é possível que apresente falhas, já que a contagem acontece em um único período e, 
dependendo da quantidade de bens, a acurácia do estoque é baixa;
• a coordenação torna-se difícil se o número de bens for elevado, dificultando novas 
contagens, quando existem divergências;
• é uma contagem mais para ajustes do que mesmo para identificar divergências de 
informações.
Inventário dinâmico 
Este tipo de inventário é adequado à visão gerencial em que se busca economizar os recursos 
envolvidos com atividade no almoxarifado. É um processo de contagem física de um item 
sempre que este atinge alguma situação pré-definida. Com este tipo de inventário, o gestor tem 
a oportunidade de saber, realmente, se a informação documental ou o registro em sistema de 
que o estoque zerou, realmente zerou, ou seja, se esgotou (TADEU, 2011).
Autores como Ching (2010) dizem que é comum os gestores considerarem que o inventário 
rotativo é adequado à averiguação do estoque de segurança, ou seja, para verificar se, realmente, 
a informação documental registrada nos sistemas de controle se confirma com a averiguação 
física de tal nível de estoque. Esta averiguação rotativa é importante para detectar erros e, 
assim, evitar riscos de atendimento à demanda dos clientes.
Este tipo de inventário permite, de certo modo, uma economia de gastos com o pessoal do 
almoxarifado que realiza a contagem quando o estoque está em seu nível mínimo, ou seja, no 
estoque de segurança definido estrategicamente pela gerência (CHING, 2010).
Inventário rotativo
Quando tratamos de averiguação permanente, portanto um modo de contagem 
permanente, estamos falando do inventário rotativo. Os gestores buscam, com este tipo de 
averiguação, certa prevenção de erros no inventário. Assim, eles mantêm as informações 
corretas ao longo de todo o ano. Os gestores determinam a frequência com que a averiguação 
deve ser feita, de forma pré-determinada, geralmente em função da importância do produto 
para os negócios da empresa (TADEU, 2011).
A prática adotada não segue uma regra em todas as empresas, mas é comum a averiguação 
diária, quase sempre ao iniciar o dia de trabalho, como acontece em postos de gasolina, à 
medida que há a troca de turno. Principais vantagens:
13
• contagem frequente dos itens mais movimentados;
• prevenção dos erros, já que o objetivo fundamental é encontrar e conciliar as divergências;
• contínuo aprimoramento das equipes pela percepção da responsabilidade de que os 
estoques devem ser mantidos permanentemente corretos;
• monitoração contínua dos índices de acuracidade através de gráficos que permitam 
identificar quando houver desvios da normalidade nos processos de controles de estoques;
• realização das contagens em pleno funcionamento das operações.
Como qualquer um dos tipos, este tem vantagens, já elencadas acima, e também 
desvantagens. Estas últimas podem referir-se ao custo para algumas empresas, por terem 
de usar pessoas, funcionários para averiguar diariamente os produtos em estoques. Para 
Wanke (2011), esse procedimento é praticamente inviável para muitas pequenas empresas 
e, muito mais, para médias e grandes, a não ser que os gestores o façam para um grupo 
restrito de produtos.
 
Inventário por amostragem 
A visão dos gestores é basicamente identificar se os métodos de controle dos estoques são 
eficientes para que tomem decisões corretas. Geralmente, quem usa este tipo de averiguação 
são os auditores quando são convidados pelos gestores da empresa. Neste tipo de inventário, 
verificam-se apenas alguns produtos de forma aleatória, daí dizermos por amostragem. 
A ferramenta estatística é muito comum para este tipo e para os auditores em suas tarefas 
(PAOLESCH, 2012).
A Acuracidade de Estoque e o Método de Cálculo
Como um indicador, a acuracidade pode ser determinada com uma simples equação que 
relaciona duas variáveis básicas: a informação correta e a informação verificada in loco pelo 
inventariante, assim como se vê abaixo (TADEU, 2011):
Acuracidade = [quantidade de informações corretas / quantidade de informações verificadas] x 100
14
Unidade: Inventário Físico dos Estoques
Da mesma forma que determinamos a acuracidade do inventário, podemos, ainda, verificar 
a divergência entre as informações que chamamos de acuracidade do estoque. A divergência 
pode ser expressa em uma equação simples, apenas considerando o que foi medido pelo 
inventariante e o que consta nos sistemas utilizados na empresa, como está logo abaixo:
Divergência = [quantidade medida – quantidade no sistema / quantidade no sistema] x 100
As divergências não poderiam existir, mas, por diversos motivos, acontecem e podem ser 
aceitáveis em função de diversos fatores. A questão da tolerância de erro na averiguação é um 
aspecto a ser considerado no processo de inventariar das empresas (PAOLESCH, 2012).
Identificar as divergências é identificar os erros de estoques. É importante, para os gestores, 
saber quais são os saldos reais dos bens existentes em estoque ou, ainda, a quantidade 
exata dos bens em inventário. Caso as divergências entre as informações quantitativas reais, 
existentes no estoque, e aquelas indicadas em relatórios sejam significativas, não resultando 
de erros de contagens, os procedimentos passam a ser reavaliados ou os recursos envolvidos 
responsabilizados pelas falhas (MARTINS & ALT, 2002).
Se as divergências forem resultantes de diferenças de pesos, por exemplo, há tolerância e 
parâmetros (métodos de conferências) para aceitabilidade das informações do estoque; é o que 
revela Pozo (2007) em seu livro. Mas há um grau de aceitação do erro, isto é, da divergência 
conceituada no item anterior, e esse desvio deve ser ajustado. Não é possível aceitarmos falhas 
de sistemas, pois quem está por trás deles são os usuários.
Para Pensar
Será que um sistema moderno elimina as divergências nos inventários físico e contábil, ou seja, o 
sistema maximiza a acuracidade do inventário de estoque? Será que a precisão da informação não 
é resultado de um conjunto de elementos, entre eles o pessoal envolvido? 
Na questão técnica relacionada ao cálculo da acuracidade do inventário, não estão sendo 
inseridos aspectos financeiros envolvidos na contabilização dos bens em estoques. Estamos 
enfatizando a operacionalidade da averiguação física dos estoques, logo o que se busca é saber se 
existe ou não itens com erro. A questão de o erro ser positivo ou negativo não vem ao caso, descreve 
Pozo, (2007); para ele, independente do tipo de erro, a maior ou a menor, todos geram problemas 
diversos para a empresa, ou seja, para os seus gestores na tomada de decisões estratégicas.
15
A acuracidade é somente um indicador de que o total contabilizado ou está muito diferente 
da soma dos valores dos itens existentes em estoque ou não está diferente. Para Marion (2009), 
a identificação desse índice é uma visão puramente patrimonialista e não de perfeição de 
processos realizados por alguém. Veja que podemos considerar que o estoque está com itens com 
divergências positivas (sobras) e outros itens com divergências negativas (faltas) e, no final, essas 
diferenças se compensam e se anulam do ponto de vista contábil. É uma possibilidade.
Você, caro gestor, deve considerar que o interessante é ter informações corretas de forma 
constante e permanente, para, então, subsidiar outros gestores na empresa. Para Tadeu (2011), 
quando os gestores das empresas substituem a prática de inventários gerais anuais por sistemas de 
inventário permanente, eles estão buscandomanter corretas as quantidades e valores dos sistemas 
de controle de estoques de suas unidades durante o ano todo. 
Trocando Ideias
Caso você necessite fazer uma averiguação física dos estoques, considere que há métodos consagrados 
e todos recomendam um planejamento das ações a serem tomadas para implementar qualquer 
iniciativa de inventariar estoques. 
Um Método para Manutenção da Acuracidade dos Estoques
Vejamos os detalhes de cada etapa deste método de manutenção da acuracidade de estoques: 
Primeira etapa – Preparação da equipe
Preparar a equipe ou, ainda, organizar as equipes que efetuarão o inventário é fundamental. 
Os analistas chamam de primeira contagem os reconhecedores dos itens de estoques. Depois 
disso, organizam-se as equipes da segunda contagem, que chamam de revisores (TADEU, 2011).
Os procedimentos são padronizados nas empresas e colaboradores são convidados com 
antecedência e preparados para realizar a averiguação. É comum selecionar uma quantidade 
de itens para conferência e, se houver diferenças de um dia para outro, buscar saber quais os 
motivos (TADEU, 2011). 
À medida que se encontram as causa do erro, geralmente, avalia-se o processo causador 
desse erro, a fim de descobrir uma maneira de evitar sua ocorrência através de uma mudança 
de procedimento. Pode acontecer de esse erro ser de causa puramente humana. Esse processo 
acontece até pararem as divergências. 
16
Unidade: Inventário Físico dos Estoques
Segunda etapa – Arrumação Física
O gestor de estoque deve considerar que arrumar fisicamente as áreas assim como os bens a 
serem inventariados é importante para o sucesso desta atividade. Os gestores devem, à medida 
do possível:
• agrupar os produtos iguais ou similares para facilitar a contagem pelo colaborador;
• usar cartões para identificar os produtos ou materiais,
• pensar no espaço que será usado deixando espaços livres para o fluxo contínuo dos 
colaboradores;
• adotar um procedimento para os produtos que não serão inventariados, assim como 
possíveis equipamentos necessários para atividade, como equipamentos de movimentação 
ou de medidas ou pesagens.
Terceira etapa – Análises das Diferenças
Aqui aparece a questão da acuracidade dos estoques. Esta se estabelece à medida que se 
mapeiam todos os detalhes dos três últimos documentos emitidos antes da contagem, que são: 
• notas fiscais;
• notas de entradas;
• requisições de materiais e
• devoluções de materiais.
Os gestores de estoques devem considerar qual o procedimento de maior importância 
do inventário; tal procedimento pode resultar na eficiência do inventário para empresa 
(WANKE, 2011).
Ainda para Wanke (2011), os gestores de estoque, ao serem impelidos a realizar um 
inventário, devem considerar que não é possível movimentar bens ou materiais na data da 
contagem assim como receber qualquer material nos dias de inventário. Caso as áreas de 
produção necessitem de materiais, que os retirem antes do dia do inventário; o mesmo deve 
acontecer com os produtos que vão para o almoxarifado.
Até a expedição deve considerar que os produtos faturados e não entregues sejam isolados 
dos demais que forem inventariados, para que não haja erros no inventário. 
Vamos ao um fluxo da rotina de um inventário em uma empresa (Figura 4).
17
Figura 4 - Fluxo da Rotina do Inventário
Veja que, para a operacionalidade, tudo começa com a geração de fichas, impressão das 
fichas, para posterior lançamento das contagens em sistema. A conferência com os documentos 
sugere a montagem de relatórios e, por fim, a atualização do inventário, indicando, a partir de 
relatórios, quais são as divergências, caso existam (CHING, 2010).
Os inventários físicos de estoque exigem certo profissionalismo, tendo em vista que a 
identificação dos fatores que causam divergência ajuda os tomadores de decisão das empresas 
a otimizarem suas ações. 
A gestão de materiais considera que há um custo para manter estoque, pois os materiais ou 
produtos ocupam espaço, consomem energia, exigem recursos para manipulação, entre outras 
questões. Para Viana (2002), manter o inventário acima do necessário, ou seja, dos níveis de 
demanda interna e externa é prejuízo.
A revisão periódica de inventário e uma política eficiente são essenciais e podem se estabelecer 
a partir de uma classificação do estoque com base em valores, identificando os bens que retêm 
valor mesmo se estocados por um longo período e os bens ou materiais que precisam ser usados 
ou descartados. Isso como ajuste para evitar o risco de perder dinheiro. É preciso entender que 
há uma lógica no mercado para os produtos e essa lógica é mutável.
18
Unidade: Inventário Físico dos Estoques
Conclusão
O gestor de estoques deve ter clara a seguinte ideia: o inventário é um assunto de relevo 
para os demais gestores departamentais, pois pode haver uma parcela do orçamento de uma 
organização que esteja sendo subavaliada ou superavaliada ou, ainda, esteja escondendo falhas 
diversas. Como sugere Corrêa (2010), hoje as empresas estão pensando em uma estrutura 
enxuta, bem próxima da filosofia Manufatura Enxuta, a qual sugere que, quanto menor o nível 
de estoque ou quanto mais precisa a informação relativa aos estoques físicos existentes, mais 
eficientes serão as estratégias dos gestores. 
O estoque pode ser um indicador de produtividade de uma empresa e, consequentemente, 
um indicador de performance de uma indústria, podendo servir de exemplo a ser seguido 
pelos concorrentes, como esclarece Ritzman e Krajewski (2004) em sua obra. A melhoria da 
qualidade produtiva, a redução do tempo operacional, a diminuição criteriosa dos custos, dentre 
outros aspectos, são alguns exemplos de ações que oferecem vantagens competitivas para uma 
indústria em qualquer setor da atividade econômica as quais podem ser melhor percebidas com 
inventários permanentes (TADEU, 2011).
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Material Complementar
Veja o link: www.youtube.com/watch?v=v7Tf010_4Ko 
Trata-se de uma discussão exposta por Vicente Sevilha Jr. Sob título: 
Inventário -- Levantamento de Estoques -- Sevilha Contabilidade -- Vicente Sevilha Jr.
 
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Unidade: Inventário Físico dos Estoques
Referências
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Anotações

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