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Plano 04

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Plano de Aula: Polifonia e intertextualidade na construção do discurso jurídico. 
REDAÇÃO INSTRUMENTAL - CCJ0267 
Título 
Polifonia e intertextualidade na construção do discurso jurídico. 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
4 
Tema 
Polifonia e intertextualidade na construção do discurso jurídico. 
Objetivos 
- Compreender a relevância da polifonia para a produção do discurso jurídico; 
- Reconhecer a polifonia como fenômeno intertextual; 
- Rescrever trechos e parágrafos por meio de paráfrases (citações indiretas); 
- Dominar as recomendações da ABNT acerca do uso de citações diretas. 
Estrutura do Conteúdo 
1. Polifonia e intertextualidade 
1.1. Citação direta 
1.1.1. Citação de até 3 linhas e orientações da ABNT 
1.1.2. Citação de mais de 3 linhas e orientações da ABNT 
1.2. Citação indireta (paráfrase) 
1.2.1. Reprodução ideológica de conteúdos 
Aplicação Prática Teórica 
 No ato de interpretar um texto, não é apenas necessário o conhecimento da língua, mas também 
se faz imprescindível que o receptor tenha em seu arquivo mental as informações do mundo e da cultura 
em que vive. Ao ler/ouvir um discurso, o receptor acessa diferentes memórias. 
 Portanto, interpretar depende da capacidade do receptor de selecionar mentalmente outros 
textos. Quem não tem conhecimento armazenado, cultura, leitura de mundo, terá dificuldade, quer na 
construção de novos discursos, quer na captação das intenções do emissor do discurso. 
 
ELEMENTOS LINGUÍSTICOS QUE TÊM O PAPEL DE MARCAR A POLIFONIA: 
Conjunções conformativas segundo, conforme, como, etc. 
Verbos introdutores de vozes 
(dicendi ? verbos de dizer) 
dizer, falar, (verbos mais neutros); enfatizar, 
afirmar, advertir, ponderar, confidenciar, alegar. 
 
 Paráfrase é um resumo, cuidadoso e original, do conteúdo da obra ou trecho lido, elaborado com 
as próprias palavras do pesquisador. (...) Deve ser redigida com bastante clareza e exatidão, de modo a 
possibilitar, no futuro, a sua utilização sem necessidade de retorno à obra original. (MARCHI, Eduardo 
Silveira. Guia de Metodologia Jurídica. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 240). 
Questão 1 - Leia o fragmento, compreenda seu sentido global e parafraseie seu conteúdo. 
?Consoante orientação de Malhães, ?os estudantes que estão se iniciando na vida intelectual precisam 
ser orientados pelos seus professores, a fim de adquirirem familiaridade com os livros e habilidades na 
seleção das obras a serem consultadas?.? 
Questão 2 - o texto adiante é rico em polifonia. Identifique essas ocorrências e comente qual o papel 
dessas informações na construção do texto. 
 O Ministério Público de Santa Catarina impediu que o bacharel em Direito Carlos Augusto 
Pereira prestasse concurso público para Promotor de Justiça do órgão, por ele ser cego. Ele recorreu da 
decisão, mas teve o seu pedido negado. 
 Na carta em que justifica a medida, o MP de Santa Catarina alegou que a função é indelegável, e 
Pereira, "obrigatoriamente, teria que se socorrer de pessoas estranhas ao quadro funcional que não 
prestaram juramento público.? 
 O Presidente da Comissão de Concurso, Pedro Sérgio Steil, afirmou que o "Promotor tem de 
preservar o sigilo e não pode repassá-lo a ninguém. Há impossibilidade de exercício profissional de uma 
pessoa com essa deficiência". 
 Já o Presidente da Associação Nacional do Ministério Público, Marfam Vieira, discorda. "Não 
vejo incompatibilidade. Há áreas em que ele poderia atuar perfeitamente. E é função do Ministério Público 
proteger o deficiente físico, sobretudo porque a Constituição determina reserva de vaga nos concursos 
públicos. É lamentável que o MP de Santa Catarina esteja praticando um ato de discriminação". Marfam 
vai pedir à presidência da Associação do MP daquele Estado que reveja a decisão. Carlos Augusto 
Pereira afirmou que, "se fosse aprovado, teria um funcionário investido de fé pública", para ler os 
documentos para ele. 
 "A orientação da manifestação ministerial seria dada por mim. Além disso, há sistemas que 
fazem a leitura pelo computador, como os sintetizadores de voz", ressaltou, ainda, Vieira. 
 O Estado de Santa Catarina tem na Procuradoria da Advocacia Geral da União - órgão federal - 
um cego, Orivaldo Vieira. Há casos semelhantes em outros Estados do país. O procurador do Trabalho, 
Ricardo Marques da Fonseca, chefe da Procuradoria Regional de Campinas, e o defensor público 
Valmery Jardim, também são cegos. 
 O bacharel é funcionário concursado da Justiça Eleitoral. Na ocasião do concurso, para auxiliá -lo 
nos exames, foram designados dois advogados: um leu para ele a prova e os livros usados para consulta, 
e o outro escreveu as respostas. 
 O candidato considera ter sido uma vítima do preconceito e vai mover uma ação em face do 
órgão catarinense e exigir indenização por danos morais. 
 Ainda segundo o Corregedor-Geral do MP de Santa Catarina, ?um cego precisaria, em algumas 
circunstâncias, do auxílio de outra pessoa. A tecnologia fornece facilidades, mas o reconhecimento de 
provas ou o exame de uma perícia ficam prejudicados. Não é razoável que o Estado tenha de criar uma 
estrutura para viabilizar uma exceção? 
 
Questão 2 - Objetivas. 
1. A mudança de posição dos termos em destaque, proposta na versão à direita, PREJUDICA o sentido 
pretendido no texto original apenas em... 
(A) TEXTO ORIGINAL: Itamar disse que espera mudanças nas regras dos debates a serem promovidos 
em Minas. 'É impossível falar sobre a desorganização administrativa que se instalou no Estado em 
apenas um minuto', justificou,... (ESTADO DE MINAS - 1/8/98) ALTERAÇÃO PROPOSTA: Itamar disse 
que espera mudanças nas regras dos debates a serem promovidos em Minas. "É impossível, em apenas 
um minuto, falar sobre a desorganização administrativa que se instalou no Estado", justificou,... 
(B) TEXTO ORIGINAL: A informação da polícia é de que alguns dos aparelhos teria m chegado até os 
presos escondidos dentro de galinhas assadas. (A GAZETA - 12/8/98) ALTERAÇÃO PROPOSTA: A 
informação da polícia é de que alguns dos aparelhos teriam chegado, escondidos dentro de galinhas 
assadas, até os presos. 
(C) TEXTO ORIGINAL: Apesar de os atiradores estarem sem capacete, ninguém conseguiu ver seus 
rostos, que estavam em uma moto Honda XL250. (A GAZETA - 12/8/98) ALTERAÇÃO PROPOSTA: 
Apesar de os atiradores, que estavam em uma moto Honda XL250, estarem sem capacete, ninguém 
conseguiu ver seus rostos. 
(D) TEXTO ORIGINAL: Victor dá posse amanhã a Rômulo Penina, para a casa civil, que acumulará os 
dois cargos. (A GAZETA - 1/4/98) ALTERAÇÃO PROPOSTA: Victor dá posse amanhã, para a casa civil, 
a Rômulo Penina, que acumulará os dois cargos. 
(E) TEXTO ORIGINAL: Com essa aquisição, a Saraiva, que ocupava o quarto lugar no ranking das 
editoras de livros didáticos, deu um passo largo para dominar o mercado. (A GAZETA - 27/8/98) 
ALTERAÇÃO PROPOSTA: Com essa aquisição, a Saraiva deu um passo largo para dominar o mercado, 
que ocupava o quarto lugar no ranking das editoras de livros didáticos. 
2. Sobre polifonia e intertextualidade, qual a análise incorreta? 
(A) A polifonia é a incorporação ao discurso de asserções emitidas diretamente por terceiros. 
(B) A polifonia é um reforço à linha argumentativa e ao recorrer a vozes alheias pelas citações, busca 
fundamentar proposição. 
(C) Na intertextualidade a citação direta é uma ocorrência predominante na fundamentação do 
argumento. 
(D) A intertextualidade sem uma intenção exclusivamente argumentativa repete ?ideias e falas? de 
outros emissores, as quais serão notadas em função do repertório de leitura do interlocutor e não pela 
citação direta. 
(E) A paráfrase é um recurso linguístico presente tanto na polifonia quanto na intertextualidade.

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