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Plano de Aula: Produção do relatório 
REDAÇÃO INSTRUMENTAL - CCJ0267 
Título 
Produção do relatório 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
5 
Tema 
Produção de narrativa jurídica simples: relatório. 
Objetivos 
- Produzir narrativas simples condizentes com todas as orientações dadas. 
- Conhecer as especificidades da narrativa simples. 
- Selecionar, relatar e descrever os fatos importantes do caso concreto para produção de narrativa 
simples e do relatório informativo. 
- Identificar os fatos que constarão da narrativa jurídica. 
- Compreender a necessidade de organização cronológica dos fatos na narrativa jurídica. 
 
 
Estrutura do Conteúdo 
1. Produção de Relatório Jurídico 
1.1. Seleção de fatos 
1.2. Presença dos elementos da narrativa forense (o quê, quem, onde, quando, como, por quê, por isso...) 
1.3. Organização Cronológica 
1.4. Correta identificação do fato gerador 
1.5. Uso adequado do tempo verbal 
1.6. Adequação à norma culta 
1.7. Uso de polifonias 
1.8. Foco narrativo na terceira pessoa 
1.9. Ausência de modalizadores 
Aplicação Prática Teórica 
 A narrativa jurídica simples narra e descreve os fatos, as circunstâncias em que eles ocorreram, 
acompanhados das provas colhidas (polifonia), de maneira objetiva, com imparcialidade, em ordem 
cronológica ou linear. Cumpre destacar, ainda, que as circunstâncias são de grande relevânci a porque 
delas advém a tipificação da conduta, ou até a descaracterização dela, entre outros aspectos jurídicos. 
Deve apresentar as seguintes características: verbos no passado, terceira pessoa do singular, 
imparcialidade, cronologia dos fatos, polifonia em paráfrase (discurso indireto) e os elementos da 
narrativa que lhes são próprios: Quem?, O quê?, Onde?, Quando?, Como? Por quê?. 
 Não se deve confundir relatar com resumir; tendo, pois, que relatar e descrever a cada parágrafo 
apenas um fato, as provas referentes a ele, e as circunstâncias em que o fato ocorreu. Esse 
procedimento deve ser o mesmo para todos os demais parágrafos que compõem o corpo textual do 
Relatório Informativo. Ou seja, a cada parágrafo relata-se e descreve-se apenas um fato, as provas 
colhidas, e as circunstâncias em que esse fato aconteceu (Fato, Provas e Circunstâncias); lembrando -se 
sempre de que a estrutura formal de qualquer texto jurídico é sempre técnica; não trazendo qualquer 
semelhança com o texto ficcional ou literário. 
 O Relatório Informativo também pode ser iniciado pela forma verbal ?Trata -se de...?, pois o 
índice de indeterminação do sujeito-enunciador provoca distanciamento em relação ao seu enunciado ou 
relato. Frisa-se, porém, que não há obrigatoriedade quanto ao uso dessa forma verbal; registra-se aqui 
apenas uma marca que é recorrente na escrita jurídica. 
 Ao introduzir a polifonia, faça uso dos conectores conformativos, mas com moderação e 
razoabilidade. 
 Em resumo, o relatório é um tipo de narrativa em que os fatos importantes de uma situação de 
conflito devem ser cronologicamente organizados, sem interpretá-los (ausência de valoração); apenas 
informá-los na lide ou demanda processual. Segundo De Plácido (2006, p.1192), relatório "designa a 
exposição ou a narração acerca de um fato ou de vários fatos, com a discriminação de todos os seus 
aspectos ou elementos relevantes". 
 
 
QUESTÃO 1: Leia atentamente o caso concreto e produza um relatório. Observe todas as orientações 
acumuladas ao longo do semestre. 
Caso concreto 
 Uma briga de casal na madrugada de 27 de outubro de 2013, no Condomínio Portal Sul, na Rua 
Pio Corrêa, no Humaitá, resultou na morte do porteiro Antonio Maximiniano Sales, de 38 anos. Ele foi 
assassinado com três tiros no peito após se negar a abrir o portão para um homem identificado apenas 
como Jaime, namorado da comerciante Margareth Garcia, de 46 anos, moradora do condomínio. De 
acordo com testemunhas, Jaime e Margareth discutiram por volta de 1h. O rapaz foi embora e, ao 
retornar às 2h, foi barrado na entrada principal. 
 Irritado, Jaime xingou Maximiniano que, segundo amigos, tinha ordem de Margareth para não 
permitir mais a entrada do rapaz. Jaime foi embora e 20 minutos depois voltou ao condomínio. 
 Um porteiro que trabalha num edifício ao lado do Portal Sul e testemunhou o crime disse que o 
rapaz aproveitou a chegada de um outro morador do prédio para entrar e seguir até a cabine da portaria 
principal. 
 Ele estava completamente bêbado, chegou até mesmo a cair e machucar a testa na calçada. Em 
seguida, ele entrou e aí só escutei os estampidos dos tiros ? disse a testemunha. 
 Ainda segundo a testemunha, após os disparos, Jaime foi embora imediatamente. O vidro da 
portaria apresentava marcas de sangue. 
QUESTÃO 2: Objetivas. 
 
1 - Conforme sustentam Néli Fetzner, Nelson Tavares e Alda Valverde (2013, p. 158): 
?Define-se o relatório como um tipo de narrativa em que os fatos importantes de uma situação de conflito 
devam ser cronologicamente organizados, sem interpretá-los (ausência de valoração); os fatos da lide ou 
da demanda processual devam ser apenas informados?. 
Identifique o trecho que corresponde à definição transcrita: 
(A) Segundo a autora, iniciaram o relacionamento em 1975. Compraram um terreno, onde começaram a 
construir a casa. Acrescentou que contribuiu com o seu dinheiro e o dos pais para que o réu erguesse o 
imóvel. Esclareceu que ficaram noivos após quatro anos de namoro e deram entrada nos papéis para o 
casamento religioso. 
 
(B) O relacionamento da autora com o réu iniciou-se em 1975. Acreditando na boa-fé do réu, a autora 
investiu seus parcos recursos na compra de um terreno, onde começaram a construir uma casa. Ali 
ergueram um imóvel. Depois, ficaram noivos e, após quatro anos de namoro, finalmente, deram entrada 
nos papéis de casamento. 
(C) O réu, demonstrando a sua boa-fé, deu entrada nos papéis de casamento. Entretanto, preocupado 
com a segurança financeira do casal, comprou um terreno e ali ergueu a casa que seria o lar de ambos. 
(D) O réu agiu de má-fé, uma vez que induziu a autora a acreditar que pretendia se casar com ela. A 
compra do terreno e a posterior construção de uma casa geraram a falsa crença de que a amava. 
(E) O réu deve indenizar a autora, porque lhe causou profunda dor e constrangimento. Afinal, ela se 
entregou por quinze anos a uma relação que julgava verdadeira. Além disso, distribuiu os convites de 
casamento a parentes e amigos, na certeza de que iria formalizar uma relação que considerava estável. 
Entretanto, dois dias antes do casamento, este foi rompido, sem justificativa. 
2. Todos os itens abaixo fazem parte da composição do relatório jurídico, EXCETO: 
(A) Sequência linear de fatos. 
(B) Seleção de fatos relevantes para a compreensão da lide. 
(C) A voz de uma ou mais testemunhas que possam contribuir para o conhecimento da lide. 
(D) O uso da narrativa na primeira pessoa quando o próprio advogado for o autor da ação. 
(E) Uso dos pronomes ?como? e ?por que?.

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