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HISTÓRIA DE DIREITO NO BRASIL

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HISTÓRIA DE DIREITO NO BRASIL
Bibliografia: - PEDROSA, Ronaldo Leite. Direito em história. 6ª Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008.
Conteúdo programático:
- A construção do pensamento jurídico e da organização judiciária no Brasil;
- As construções brasileiras: formação, transformações e permanências políticas;
- A formação e as transformações do Direito Penal e Processual Penal;
- A formação e as transformações do Direito do Trabalho e Comercial (Empresarial);
- A formação e as transformações do Direito Administrativo e Tributário;
- A formação do Direito Lusitano;
- A importância na formação do Direito brasileiro;
- O processo inquisitorial.
A formação do pensamento jurídico brasileiro: antecedentes coloniais
Capitanias hereditárias
Os primeiros documentos jurídicos no Brasil colonial surgem com o início do processo de colonização – as capitanias hereditárias. Foram os documentos :
Cartas de doação – que determinavam os limites de cada capitania e estabeleciam o caráter hereditário;
Forais – que definiam os direitos e deveres de cada donatário e disciplinavam as questões tributárias (os impostos).
Estrutura e organização judiciária
A organização judiciária no Brasil começa com a chegada a Salvador do Desembargador Pero Borges, 1º ouvidor-mor e maior autoridade judicial em Território brasileiro (1549).
Organização da justiça
Juiz Ouvidor – tinha competência para julgar questões cíveis e criminais que envolvessem juízes, fidalgos, tabeliães, alcaides e procuradores;
Juiz Ordinário (Juiz da Terra) – era eleito pelos moradores da comarca, tinha competência para julgar questões cíveis e criminais comuns. Também era grau recursal das decisões dos almotacéis;
Juiz de fora – era necessariamente, Bacharel em Direito. Era nomeado pelo governo – geral e julgava questões para as quais era especificamente designado;
Juiz de órfãos – apreciava causas envolvendo menores (órfãos) inventários e curatela, o recurso de suas decisões era levado aos provedores;
Juiz de vintena – era eleito pelos vereadores e tinha mandato de 1 ano. Julgava pequenas causas, em processos não-escritos. De suas decisões não cabiam recursos;
Juiz pedâneo – funcionava nas pequenas vilas, se julgava em pé no Pelourinho; 
Almotacéis – julgavam questões sobre servidão urbana.
 - Instâncias Recursais:
Ouvidor da Comarca, Corregedor e Ouvidor-mor.
- Instâncias Superiores:
Tribunais da Relação, Casa da suplicação e El Rey.
A 1ª Lei foi das Ordenações Nauvarenas (1521)
Obs.: Esta é a formação do Estado e para questões cíveis e criminais, o Estado apenas aplica. E ainda existiam questões religiosas.
 Continuação - A formação do pensamento jurídico brasileiro
A criação dos cursos jurídicos no Brasil
Antecedentes:
- O projeto de Constituição (1823) e os “filhos de Coimbra”. Brasileiros que fizeram o curso de Direito (bacharéis) em Coimbra trouxeram para o Brasil as ideias liberais da Revolução Francesa ( Rousseau, Diderot, D’Albert, Montesquieu, entre outros).
Durante a Constituinte foi proposta a criação de uma Faculdade de Direito em São Paulo.
A proposta foi durante criticada, principalmente pelas elites do Nordeste.
A criação dos cursos jurídicos
Em vista das controvérsias geradas pelo projeto original, surgiu uma solução conciliatória: a criação de duas Faculdades de Direito no Brasil, uma em São Paulo e outra em Pernambuco.
Uma das razões para a criação desses cursos era a necessidade de formação de pessoas capacitadas a ocupar os cargos da administração pública do Império brasileiro.
Obsimpíssima – A “Escola do Recife” e Tobias Barreto – defendia a formação de um pensamento jurídico voltado para a realidade brasileira.
A organização judiciária no Império
O Poder Judiciário estaria submetido ao modelo idealizado por Montesquieu, entretanto, isto acabou sendo inviabilizado pela criação, da Constituição de 1824 no Poder Moderador. 
Organização:
1ª Instância
- Juízes de Direito – atuavam nas comarcas e eram nomeados pelo Imperador em caráter perpétuo. Julgavam todas as demandas cíveis e criminais.
- Juízes de Paz – atuavam nos distritos e eram eleitos pelos moradores. Realizavam conciliação nos feitos cíveis e instrução nas causas criminais.
- Jurados – eram pessoas do povo que opinavam nos feitos cíveis e criminais, apenas sobre os fatos (avaliava somente os fatos).
2ª Instância
Tribunais da Relação (Provéncias) – tinham competência recursal (revisão das decisões dos juízes de Direito).
3ª Instância
Supremo Tribunal de Justiça
A formação política e Constitucional do Brasil: A Constituição do Império (1824)
A Assembléia Constituinte de 1823
A maioria dos Deputados Constituintes defendia um modelo de Estado, a Monarquia Constitucional, fundada em uma matriz liberal e com forte limitação do poder do Imperador.
Tal tendência anti-absolutista ficava bastante evidenciada em artigos que tiravam do Imperador o controle sobre as forças armadas e, ainda, limitava o poder de veto do Imperador.
A outorga da Constituição
Contrariado com o projeto de Constituição que limitava seus poderes, D. Pedro I, por decreto imperial a Constituinte e, em seu lugar, nomeia em Conselho de Estado compostos por dez membros para elaborar a Constituição.
Assim, a Primeira Constituição do Brasil é outorgada pelo Imperador em março de 1824.
Principais características da ordem Constitucional dos poderes
A pessoa do Imperador era sagrada e inviolável, ou seja, o Imperador não podia ser responsabilizado politicamente, civilmente ou criminalmente por seus atos. 
Monarquia hereditária
Existência do Poder Moderador, exercido exclusivamente pelo Imperador que estava acima dos demais poderes do Estado.
O catolicismo era a religião oficial do Estado. Os demais cultos eram apenas tolerados e não podiam ser públicos ou fazer proselitismo. O regime era o do Padroado.
- Os Bispos com o beneplácito (todos donos da Igreja) de Roma, eram escolhidos e nomeados pelo Imperador.
- Os Padres eram funcionários do Estado, e deste recebiam salários.
e) O império era dividido em Províncias.
f) O Estado era unitário e centralizador.
g) O Poder Legislativo: assembléia geral, composta pela cartada de Deputados (mandato de 4 anos) e do Senado do Império (mandato vitalício).
h) As eleições eram indiretas em dois graus:
1ª Distritos – Paróquias
2ª Províncias
O voto era censitário e aberto
► 25 anos; sexo masculino; alfabetizado; Católico; renda mínima anual de 100.000 réis
Outorgada = imposta ao povo
Promulgada = é votada pelos Constituintes
A formação do pensamento político e Constitucional do Brasil: A 1ª Constituição Republicana (1891)
Antecedentes: A Proclamação da República
- A sustentação do império do Brasil estava fixada em “tripe” militares, da Igreja Católica e latifundiários (oligarquias rurais).
- No discurso do segundo reinado, alguns acontecimentos abalam as estruturas que sustetam o império chamadas crises:
 a) Crise Militar: após a Guerra do Paraguai, alguns fatores contribuíram para a insatisfação das forças armadas, entre eles: 
☼ O não pagamento do montepio devido às famílias dos militares mortos na Guerra do Paraguai;
☼ A ideia de se utilizar os militares na busca e na captura dos escravos fugidos;
☼ A prisão de oficiais positivistas.
Obs.: Ao contrário do que se poderia pensar, o pensamento positivista, apesar do ideário liberal, não eram democráticos. Os trabalhadores só teriam direito a trabalhar o Lens (lente) Progresso com Ordens, era o fundamento de seu pensamento.
 b) Crise Religiosa: uma bula papal, a bula Sybula proibiu os católicos de pertencerem a sociedades suritas. O Império Brasileiro vetou sua ampliação no Brasil. Os bispos de Olinda e Grão-Pará, que se recusaram a obedecer ao governo, foram presos.
 c)Crise da oligarquia rural:
 - A questão sucessória;
 - A Lei Áurea (1888)
 Com a perda do apoio, o império as: Em 15/11/1889, um golpe militar depõe o governo imperiale proclama a república.
A primeira Constituição Republicana: principais aspectos.
- Extinção da monarquia: o Brasil passa a ser uma república federativa, governada por um Presidente eleito a cada 4 anos.
- Laicização ao Estado: o Catolicismo não é mais a religião oficial do Brasil.
- Estudo Federativo: relativa autonomia de Estados e Municípios.
- Adoção da Tripartição de Poderes: extinção do Poder Moderador.
- Legislativo Federal: continuação a ser bicameral, Senado Federal e Câmara dos Deputados.
- Sistema eleitoral: alistamento obrigatório de eleitores (homens maiores de 21 anos e alfabetizados); não podem ser eleitores e nem candidatos (mulheres, mendigos, analfabetos, praças, Padres, membros de ordens religiosas, etc., submetidos à voto de obediências.).
A formação do pensamento político e constitucional do Brasil: a Revolução de 1930
Antecedentes: a crise oligárquica
A partir de 1920, alguns fatores internos e externos contribuíram para o colapso da Primeira República.
O movimento tenentista: mesmo derrotado, os tenentes que permaneceram no Brasil, passaram a conspirar a favor da oligarquia gaúcha.
O rompimento da política do “café-com-leite”: Washington Luis, Presidente da República representante da oligarquia paulista, indica Júlio Prestes, outro paulista, como candidato à sucessão presidencial, desagradando a oligarquia mineira. PARTIDO PLB
Formação da Aliança Liberal: com o fim da aliança SP/MG, as oligarquias de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba, se unem e lançam o Governador do RS, Getúlio Vargas, candidato de oposição nas eleições presidenciais. Apesar de representar os interesses oligarcas, a Aliança Liberal conta com o apoio dos tenentes, do partido comunista brasileiro (PLB), das classes médias urbanas e dos anarquistas.
O “crack” da Bolsa de Nova York de 1929: Os cafeicultores paulistas exigem que o Banco do Brasil compre o café excedente, podendo evitar o prejuízo que seria ocasionado pela Crise Mundial. O Governo Washington Luis não concorda. O café despenca no preço e quem sai no prejuízo são os oligarcas paulistas.
A Revolução

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