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Aula Introdução ao Direito

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UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES
CAMPUS DE SANTO ANGELO
Alini Bueno dos Santos Taborda[1: Advogada, Especialista em Direito Tributário e Exercício do Magistério Superior pela UNISUL/SC, Pós Graduanda em Docência pela Celer Faculdades/SC, Mestranda em Direito pela URI – Campus de Santo Ângelo/RS. E-mail: alinitaborda@gmail.com ]
Florisbal de Souza Del’Olmo[2: Especialista em Direito e em Educação, Mestre (UFSC), Doutor em Direito (UFRGS) e Pós-Doutor em Direito (UFSC). Professor do programa de Mestrado em Direito da URI, santo Ângelo, RS. Líder do Grupo de Pesquisa registrado no CNPq Tutela dos Direitos e sua Efetividade. ]
AULA I – 26/02/ 2015
INTRODUÇÃO AO DIRIEITO
-Conceito de Direito: A palavra “direito” é usada, na acepção comum, para designar o conjunto de regras com que se disciplina a vida em sociedade, regras essas que se caracterizam pelo caráter genérico, pois são aplicadas indistintamente a todos os indivíduos e pelo caráter jurídico que as diferencia das demais regras de comportamento social e lhes confere eficácia garantida pelo Estado.
As referidas normas de conduta encontram-se nas leis, nos costumes, na jurisprudência,nos princípios gerais do direito. 
DIREITO OBJETIVO: Conjunto de normas impostas pelo Estado, de caráter geral, a cuja observância os indivíduos podem ser compelidos mediante coerção. São as normas previstas nos Códigos, Estatutos, Leis, etc. Ex: Há referência ao direito objetivo quando se diz “ é garantido o Direito de propriedade (art. 5º, inciso XXII da CF)
DIREITO SUBJETIVO: Trata-se da faculdade do indivíduo de invocar a proteção de um direito. O direito subjetivo de uma pessoa corresponde sempre a um dever de outra. Ex. Há referência ao direito subjetivo quando se diz que houve lesão ao direito de propriedade e o proprietário invocou a proteção desse direito. 
DIREITO E MORAL 
-A vida social é regida por regras que emanam da moral e do direito. As normas jurídicas e morais têm em comum o fato de constituírem regras de comportamento. 
-Direito e Moral diferenciam-se pela sanção (que no direito é imposta pelo Estado para constranger os indivíduos à observância da norma), enquanto a moral constrange os indivíduos à observância de suas regras somente pela consciência dos mesmos.
-A moral engloba a norma jurídica: geralmente o que é reprovável juridicamente é também moralmente reprovável. Mas nem tudo que é moral é jurídico e, nem tudo que é jurídico é moral. 
-Há normas que interessam somente ao direito como, por exemplo, as referentes à formalidade dos títulos de crédito.
- Por outro lado, há questões morais que não interessam ao Direito. Ex. Prostituição de pessoa capaz. 
Campo de ação: 
Moral: A moral atua, predominantemente, no foro íntimo da pessoa. 
Direito: Se manifesta pela ação exteriorizada do indivíduo, naquilo que ele fez ou deixou de fazer no mundo social.
DIVISÃO DO DIREITO
DIREITO POSITIVO: Conjunto de normas jurídicas vigentes, elaboradas pelo legislador, existente em um dado momento em um País que disciplina as relações dos homens que vivem em sociedade. 
DIREITO NATURAL: Para aqueles que aceitam sua existência, é aquele que não se consubstancia em regras impostas ao indivíduo pelo Estado. É anterior ao direito positivo e se impõe pela própria natureza racional e social do homem.
Ex.Para o direito positivo não é exigível pagamento de dívida prescrita ou de jogo, mas para o direito natural esse pagamento é obrigatório. 
O DIRETO POSITIVO subdivide-se em DIREITO PÚBLICO e DIREITO PRIVADO 
DIREITO PÚBLICO: Normas em que um dos sujeitos da relação jurídica é o Estado (Poder Público), ou entre os Estados. Mas, para que a norma pertença ao Direito Público não basta que o Estado seja somente sujeito é preciso também que este proceda com seu poder de soberania, que intervenha na relação jurídica como autoridade estatal. Engloba normas em que predomina o interesse geral. 
Exemplo de relação em que o Estado é sujeito, mas que é considerada como de Direito Privado: Contrato de aluguel de bem particular no qual o locatário é o Estado.Nesse caso, o Estado está no mesmo plano dos particulares, não irá proceder com seu poder de soberania, submetendo-se às normas de direito privado.
DIREITO PRIVADO: Predomina o interesse dos particulares. Envolve direitos e obrigações de ordem privada concernentes às pessoas, aos bens e as suas relações. Ex. Direito Civil, Direito Comercial. 
FONTES DO DIREITO
FORMAIS
- LEIS – normas jurídicas escritas de observância geral.É provida de coação, visando tornar o preceito inviolável. O direito brasileiro consagra a supremacia da lei escrita.A lei é a principal fonte do direito. A aplicação da lei no Brasil e seu ingresso no ordenamento jurídico estão definidos na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro - Decreto-Lei nº 4.657/1942, alterado pela Lei nº 12.376, de 2010. 
O art. 4º do Decreto-Lei nº 4.657/1942 dispõe que “ Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
Não há como a lei prever todas as situações que ocorrerão no mundo dos fatos. 
De acordo com esse artigo verifica-se que a lei não é, a única fonte de direito que o juiz leva em consideração para julgar. Como se vê, existem mais quatro FONTES FORMAIS DE DIREITO:
- Analogia - “a analogia jurídica consiste em aplicar, a um caso não previsto pelo legislador,a norma que rege caso análogo, semelhante; por exemplo, a aplicação de dispositivo referente a empresa jornalística a uma firma dedicada à edição de livros e revistas.”A aplicação da analogia como fonte de direito pode ocorrer frequentemente com situações que envolvem relações jurídicas decorrentes de atividades relacionadas à informática em vista das poucas leis específicas existentes que regulem tais relações.
Costume - norma jurídica que resulta do uso ou prática geral de um comportamento de forma reiterada e prolongada, observada com a convicção de que é juridicamente obrigatória. O Juiz só pode recorrer ao costume se não encontrar solução através da lei ou da analogia.
 -Não sendo encontrada solução na analogia, nem nos costumes para preencher lacuna da lei o juiz deve buscá-la nos PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO 
- Princípios gerais do direito
São balizas normativas de um sistema. Têm como objetivo a maximização de institutos e regras. Orientam a compreensão do sistema jurídico em sua aplicação e integração. 
FONTES NÃO FORMAIS DO DIREITO
-Jurisprudência:Regras gerais extraídas de reiteradas decisões dos tribunais num mesmo sentido, numa mesma direção interpretativa. Não vincula o juiz, mas dá importantes subsídios na solução de cada caso. 
Doutrina: Conjunto de reflexões teóricas e princípios metodicamente expostos pelos estudiosos do tema. Através da doutrina cristaliza-se o melhor critério interpretativo a servir de guia para o julgador e boa orientação para o legislador. 
Publicada uma lei ou entrando em vigor um Código, os doutrinadores estudam e analisam o seu texto, fornecendo subsídios, sob a perspectiva dos conceitos inspiradores da norma, para que os operadores do direito compreendam melhor o seu sentido.
Sendo a lei a principal fonte de direito é importante abordar alguns aspectos relativos a mesma. 
LEI 
Regra elaborada para ordenar e dirigir o comportamento do homem que vive em sociedade. Descreve como deve ser seu comportamento diante de determinada situação e o que deve ser obedecido. 
É genérica: Dirigida a todas as pessoas de uma sociedade. 
Obrigatoria: Impõe indistintamente um dever e caracteriza-se pela coercibilidade que é assegurada através da sanção. 
A sanção é elemento específico de toda lei jurídica. 
OBRIGATORIEDADE DAS LEIS 
- A força obrigatória de uma lei está relacionada a sua vigência, ou seja, depende do dia em que ela começa a vigorar . Muitas vezes coincide com a DATA DE PUBLICAÇÃO outras é DETERMINADA PELO LEGISLADOR. 
- Ao período que vai da publicação até a data da entrada em vigor da Lei dá-se o nomede VACATIO LEGIS (espaço vago da lei). Trata-se de um período de adaptação da nova lei graduado pelo legislador de acordo com a complexidade de cada uma.
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EX. O Código Civil é a Lei número 10.406, de 10.01.2002, publicada no Diário Oficial da União em 11.01.2002, tem 2046 artigos e entrou em vigor em 11 de Janeiro de 2003, por força do artigo 2044, que assim determinava: “Art. 2044. Este Código entrará em vigor 1 (um) ano após a sua publicação”.
VACATIO LEGIS do Código Civil:período entre 11.01.2002 e 11.01.2003 – período de adaptação da nova lei.
Somente a partir de 11.01.2003 que o Código Civil passou a vigorar e, portanto, passou-se a exigir o cumprimento dos artigos nele existentes. 
Quando não há previsão pelo legislador de quando a lei entrará em vigor, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada (art. 1º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro - Decreto-Lei nº 4.657/1942).
REVOGAÇÃO DA LEI: Tornar uma lei sem efeito 
“ Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue” (art. 2º da Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro).
A revogação pode ser: 
Expressa: Declarada na lei posterior. 
Tácita: Lei nova que entra em vigor trata de toda matéria versada na Lei anterior ou quando a lei nova é incompatível com a antiga sem fazer menção a esta. 
DERROGAÇÃO: Revogação parcial. 
AB-ROGAÇÃO: Revogação total. 
RETROATIVIDADE E IRRETROATIVIDADE DA LEI 
A lei é editada para regular situações futuras que irão ocorrer durante o seu período de vigência. A regra é que a lei nova não pode atingir situações já consolidadas sob o amparo da lei antiga segundo o princípio da irretroatividade da lei previsto no art. 5º XXXVI da CF: “a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;” 
Direito adquirido: São consequências de fatos jurídicos passados, mas consequências ainda não realizadas, que ainda não se tornaram de todo efetivas. 
São os direitos definitivamente incorporados ao patrimônio do seu titular. A lei nova não pode atingi-los. 
Ex: o agente público que, após o período de serviço exigido pela lei vigente, adquire direito à aposentadoria, mas opta por não se aposentar. Caso lei posterior venha a aumentar esse período, o servidor terá o direito adquirido de aposentar-se pelo período previsto pela lei anterior.
Ato Jurídico Perfeito: é o ato já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou, produzido seus efeitos jurídicos uma vez que o direito gerado já foi exercido. Ex: Contrato de locação firmado antes da entrada em vigor de nova Lei do Inquilinato não será atingido pela nova Lei. 
Coisa Julgada: Decisão judicial de que já não caiba recurso. Trânsito em julgado. Não pode uma lei nova interferir na coisa julgada.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
O ordenamento tem sua base na Constituição.
A Constituição da República Federativa do Brasil determina sobre quais assuntos a União, os Estados e os Municípios podem legislar. 
A legislação infraconstitucional deve estar em conformidade com a Constituição Federal, adequando-se a esta, ou, do contrário, correrá o risco de ser declarada inconstitucional, sendo por este motivo afastada do ordenamento jurídico. 
Dispõe o Art. 59 da Constituição Federal: 
O processo legislativo compreende a elaboração de:
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções. 
- Emendas à Constituição: Leis Constitucionais que modificam parcialmente a Constituição. Necessidade de adequação das normas jurídicas à evolução social. 
Nem todos os artigos da Constituição federal podem ser alterados. Não será objeto de emenda a proposta tendente a abolir: - a forma Federativa de Estado – o voto direto, secreto, universal e periódico – a separação dos poderes – os direitos e garantias individuais.
- Leis complementares: Complementam a Constituição regulando assunto nela contido. Ex: Parágrafo único do art. 59 da CF: “Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis.” 
  
-Leis ordinárias: São as leis comuns. São assim denominadas para distingui-las das complementares e das delegadas. São reguladoras dos direitos e obrigações comuns entre os homens. A confecção das leis ordinárias é de competência do Congresso Nacional na Câmara Federal; do Senado, no âmbito federal; das Assembleias Legislativas nos Estados e das Câmaras Municipais nos Municípios. 
-Leis delegadas: O Congresso Nacional, em certos casos, encarrega o Presidente da República de elaborar determinada lei. O presidente redigirá e promulgará diretamente a lei, ou a submeterá ao exame do Congresso Nacional, para a confirmação, se assim for determinado na Resolução. 
  
- Medidas Provisórias: Emanadas do poder Executivo para disciplinar casos urgentes e relevantes. Terão força de Lei devendo ser submetidas de imediato ao Congresso Nacional. Perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável uma vez por igual período. 
  
- Decretos Legislativos: Atos normativos administrativos de competência exclusiva do Poder Legislativo, destinados a regular matérias que tenham efeitos externos. É necessária a sanção do chefe do executivo. 
  
-Resoluções: Atos normativos administrativos através dos quais o Legislativo dispõe sobre matéria que não se insere, nem no âmbito da Lei, nem do Decreto Legislativo. Têm caráter administrativo ou político, cuidam geralmente de assuntos de interesse interno do Legislativo. Distinguem-se dos Decretos Legislativos no aspecto formal, pois são elaboradas por procedimentos simples. 
  
Fontes bibliográficas:
AMARAL, Francisco. Direito Civil:introdução. 4ª.ed.Rio de Janeiro: Renovar, 2002.
DOWER, Nelson Godoy Bassil. Instituições de Direito Público e Privado. 13ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, volume1: parte geral.8ªed.São Paulo: Saraiva, 2010.
BOLZAN JÚNIO, Juvenal.Legislação aplicada à Informática. 2ª. ed. rev.e atual. Palhoça : UnisulVirtual, 2007.
http://www.dji.com.br 
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