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A VIDA POLITICA

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POLÍTICA
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M
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R
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e
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M
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e
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m
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do
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da
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e
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stado,
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do
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civil(institu
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M
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ainda
e
m
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m
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m
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dos
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do
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republicana
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prim
eiro
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Liberal
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as
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egra,
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e
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da
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e
dos
direitos
dos
libertos,
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o
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do
Patrocínio.
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aralelarnente,
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parte
dos
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s
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x
-se
nhores
se
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e
m
republicanos
e
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indenização.
Eram
o
s
republicanos
do
14
de
M
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Por
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ro
lado,
e
m
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e
1887,
a
c
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m
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-se
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e
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a
m
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dos
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reproeii
S
iO
do
governo
205
c
o
ro
néis
(
u
nha
M
atos
e
Sena
M
aclureii’,i
por
declarações
n
a
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x
o
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do
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(que
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da
presidência
da
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cIo
Rio
G
rande
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Sul.
A
c
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se
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o
m
o
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m
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o
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M
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o
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oficiais
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rn
o
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-se
cleciclidam
enic’
clis
postos
a
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o
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brios
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dos
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de
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astro,
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-
—
seio
n
o
se
ntido
de
forjar
u
nia
c
o
n
tinuidade
da
Questão
M
ilitar
de
1386—
1887”
(Castro.
2000:531. Eni
setem
bro
de
1889.
a
dem
issão
de
u
m
oficial
a
u
se
nte
do
se
u
posto
n
o
T
esouro
N
acional
pelo
visconde
de
O
uro
Preto,
chefe
do
últim
o
gabinete
cIo
Im
pério,
e
a
chegada
de
D
eodoro
a
o
Rio
do
Janeiro,
vindo
de
m
issão
n
M
ato
G
rosso
e
descontente
c
o
m
as
decisões
políticas
cio
governo
para
o
Rio
G
rande
cIo
Sul,
abriram
n
o
v
a
s
perspectivas
para
o
s
que
so
nhavam
c
o
m
u
m
golpe.
Em
n
o
v
e
m
bro,
o
descontentam
ento
m
ilitar
tom
ou
cu
es
decididam
ente
golpistas
e
n
v
olvendo
D
eodot’o
e
liderariças
civis
e
m
c
o
n
spirações
republi
c
a
n
a
s,
m
a
s
ainda
a
ssim
o
desenrolar
final
dos
a
c
o
n
tecim
entos
não
seguiu
qualquer
plano
a
rticulado.
A
pesar
das
m
ilitas
c
o
n
tro
vérsias
ititerpreta
tivas
sobre
o
episódio,
é
c
o
n
se
n
so
e
n
tre
o
s
pesquisaclores
que
boatos
de
que
havia
u
m
a
o
rdem
de
prisão
c
o
n
tra
ele
próprio
e
B
enjam
in
C
onstant
a
c
abaram
por
c
o
n
v
e
n
c
e
r
u
m
D
eodoro
que
se
e
n
c
o
n
trav
a
e
m
c
a
sa
c
o
m
pro
blem
as
de
saúde
a
liderar
as
tropas
sublevadas.
Em
parada
m
ilitar,
o
v
elho
m
a
re
chal
dirigiu-se
a
o
C
am
po
de
Santana,
e
e
n
trando
tio
quartel-general
o
nde
e
stavam
i’eunidos
o
s
t’epresentuintes
do
governo.
destituiu
o
últim
o
gabinete
m
o
nárquico.
As
tropas
legalistas,
m
uito
m
ais
n
u
m
e
ro
sa
s,
sob
o
C
o
m
an
d
o
cio
general
Floriano
Peixoto.
não
esboçam
’atii
re
ação.
A
pesar
da
C
onspiração
republicana
que
prepai’ou
O
ato,
n
adluele
prirneii’o
m
o
m
e
n
to
D
eodoro
htnitou-se
a
derrubar
o
gabinete.
Só
ficou
claro
para
todos
que
s
e
tratavui
de
m
ais
do
que
isso
dldiuitldo,
n
a
Cu’iniuirui
de
\‘ereadoi’es
do
Rio
deJaneit-o,
algitnias
horas
depois,
o
m
ui
representação
liderada
por
José
cio
Patrocínio
declarou,
e
m
n
o
m
e
do
povo,
c
o
n
s
u
m
ada
a
qitecla
da
M
onarquia
e
proclam
uidui
a
R
epública
‘
o
m
o
n
o
v
a
lõrnia
de
govei’no
do
lli’uisi1. A
penas
a
n
oite
inst
aluo
se
tini
governo
provisnri.
O
i m
pei’aclor
foi
iiltim
acli>
a
deixai’
o
país
e
m
24
horas.
A
pat’t ida
da
Lim
ília
im
perial
l’oi
realizaclut
de
m
adrugadut
ec’m
n
m
\’in’ic-m
iticãc)
sigilosa.
-
A
pesar
cIo
pies
iiiio
pessoal do
im
peradom
’,
o
golpe
itão
su
scitou
re
ações
iniediatas
de
tflaior
v
ult
o.
N
o
C
am
po
cio
Sant
amia,
o
niinist
m’o
da
M
arinha,
barao
de
laclário,
m e
n
to
u
se
opor
ao
s
n
’v
olt
o
so
s
m
a
s
levou
dois
tiros.
i’aoi
bem
não
produziu
ntanifc’si
ações
festivas
d’tilim
siasm
aclis.
C
oo
ti
role
bc’ni
a
s
sinalo
1
1
a
hist
o
riadom
’a
M
aria
T
ereza
C
haves
cio
M
(‘11(1,
liiiia
m
o
n
a
rcpm
ia
JC
Sem
51t5tC
lii
leão
Política
e
a
e
xpectativa
reform
ista
da
opim
uão
c
a
rioca
deram
00
d’se
m
u
o
u
m
quê
cIo
m
udança
in
e
vit
uível.
A
A
D
H
T
IN
A
PA
R
A
O
M
U
N
D
O
-
_
_
1
A
V
ID
A
I’I)LÍTIC
A
A
A
H
L
X
rIIR
P
A
R
A
O
M
E
N
O
R
A
V
IV
A
P
O
LÍTIC
A
COIIREIO
DO
POVO
_
_
_
VIVA
O
EXERCITO-VIVA
A
ARMADA!
V
IV
A
O
PO
V
O
B
R
A
Z
IL
E
IR
O
!
PROCLAMACÃO
Corrc’ io
cio
Povo,
‘(i0
co
m
ci
fo
i
cio
clii1a’odc1m
6
do
Reptí bluo
16
de
iicivc’jnbi’ci ifi’
1889
D
O
C
U
M
IN
i
II
I,R
IG
IN
R
L
A
C
E
R
V
O
I’IIN
IIAÇAO
R
IB
IlO
iJIl
N
A
C
IO
N
A
L
,
lIV
,S
It
C
onsum
ado
o
golpe
de
Est
a
clo,
i n
st
abu—
se
u
m
governo
provisório.
liderado
por
1 )eocbom
n
o
qual
m
i litarc’
de
c
a
rreira
o
fli’
prO
l
1 )eodoro,
p
re
sid
e
n
te
,
e
o
n
u
n
ist
lo
da
\1,ii’i irlia.
E
duardo
\V
andenkolk
1
e
m
ilir
a
re
s
de
fo
rn
iacão
L
en
h
i1
ica
IB
eiriam
ini
C
o
n
staiit.
m
in
istro
(la
G
u
erra).
i’ip
iih
lic’an
o
s
h
isto
ric
o
s
( Q
uini ino
B
ocaiúva.
m
inistro
das
R
elacõ
es
E
x
te
rio
re
s.
A
rist ides
Lobo,
m
iii
istro
cio
In
te
rio
r)
e
m
te
le
c
t
riais
r
e
fo
rm
ista
s
(Rui
B
arbosa,
in
in
is
tro
da
Fazenda),
m
uitos
cicies
posit i»isi
as
(l)enic)t
rio
R
ibeiro,
11111jst
ro
da
A
gricultura)
aléni
de
m
e
m
bros
do
Partido
R
epubitcaiio
P
a
u
lista
(Cam
pos
Saies,
m
inistro
da
Justiça),
e
stiveram
representados, dando
c
o
n
ta
das
fbrças
que
at
u
ai’iJlii
n
a
In
siii
u
cionalizaçao
do
n
o
v
o
regim
e.
O
prim
eiro
decreto
do
n
o
v
o
gor’ei’tio
declarou
“proclam
ada
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rianiente
e
decretada
c
o
rn
o
lorm
a
de
governo
da
N
ação
B
rasileira
-
—
A
R
epública
Federativa
(art.
10),
até
o
pronunciam
ento
definitivo
da
N
ação,
iivrem
ente
e
xpressado
pelo
sufrágio
popular”
(art.
70),
ejá
n
o
se
u
lreãm
bulo
m
udava
o
n
o
m
e
do
pais
para
listados
U
nidos
do
B
rasil
e
tran
sform
ava
e
m
e
stados
as
a
ntigas
provincias. Sinalizava
a
ssim
para
a
opção
federalista
c
o
m
o
a
prim
eira
das
reform
as
a
se
re
m
im
plem
entadas,
c
o
n
tem
plando
d
e
m
a
nda
do
Partido
R
epublicano
Paulista,
principal
força
civil
o
rganizada
n
o
n
o
v
o
regim
e.
A
c
o
n
stituinte
eleita
e
que
se
re
u
niu
u
m
a
n
o
depois
barrou
a
possibilidade
de
c
a
ndidatos
m
o
n
a
rquistas.
A
tensão
inicial
e
n
tre
a
ten
tação
de
u
m
a
ditadura
m
ilitar
positivista
e
u
nia
república
c
o
n
stitucional
foi
v
e
n
cida
pelos
c
o
n
stitucionalistas.
Em
19
de
n
o
v
e
m
bro
de
1889,
o
decreto
de
qualificacão
de
eleirom
’es
c
o
n
c
e
deu
o
titulo
de
eleitor
a
“todos
o
s
cidadãos
brasileiros
n
o
gozo
de
se
u
s
direitos
civis
e
politicos,
que
so
uberem
ler
e
e
sc
re
v
e
r”
.
N
o
n’tês
seguinte.
m
a
rc
a
ra
m
-se
as
eleições
para
o
dia
15
de
s
etem
bro
de
iSgo. O
M
inistério
do
Interior
rapidam
ente
n
o
m
e
o
u
u
m
a
c
o
m
issão
pm
ra
redigir
o
a
n
teprojeto
da
C
onstituição,
ainda
que
m
uit
,is
das
reform
as
e
m
pruutrt
n
o
final
do
Im
pério
cO
o
tenham
ir
e
sperado
por
ela,
N
ão
se
m
poléirriois,
C
am
pos
Soles,
n
o
M
inistério
da
11151 iça.
im
plenienioci
a
separação
da
Igreja
e
cio
listado
a
ntes
m
e
sm
o
tia
C
onstituinte,
c
o
m
base
e
m
projeto
cio
liberal
Rui
B
arbosa
e
do
Positivista
I)em
et
rio
R
ibeiro.
aprovando
c)
c
a
sa
m
e
n
to
civil
obrigatório,
a
Secularil,ação
dos
cem
itcii’ios
e
a
i’egtilarizacãii do
registro
civil.Em
grande
parte,
aproveitaram
-se
o
s
0111 igos
sim
bolos
m
o
nirqtticos,
c
o
m
o
o
dc’senho
e
as(‘Ores
da
bandeira
im
perial.
a
c
re
scida
do
lem
a
positivista
—
‘
‘o
rdem
e
progresso»
—
‘
e
a
m
úsica
do
hino
n
a
cional
c
o
m
n
o
v
a
letra.
A
C
onstituição
srtncionadct
O
iii
1891
d’onsagrava
o
prc’sidlenc’ialism
o, (‘0111
m
a
ndato
de
quatro
a
n
o
s,
e
o
federalism
o,
c
o
m
gi-ande
auilt
o
m
iom
ia
prura
o
s
estadlcis
(1110
teriam
c
o
n
stituição
própria,
forças
puiblinis
a
rm
adas,
c
apacidade
91)
91
—
1
92
de
c
o
n
trair
e
m
préstim
os
internacionais
ejtistiças
e
staduais
e
specíficas
ainda
q
u
e
s
u
b
o
rd
in
ad
as
a
u
rn
a
legislacão
u
n
ificada
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à justica
téder,il. N
a
prática,
e
ssa
a
u
to
n
o
m
ia
ficava
relativam
ente
lim
itada
pela
dist
ribsiicão
d
a
principais
lin
steS
de
re
ndas
públicas.
A
os
c’st idoS
rabia
o
im
posto
de
c
’xpoiliviO
.
de
turm
a
que
apenas
o
s
e
stados
e
xpoi’tcdores
gozariam
i e
alm
ente
de
a
utonom
ia
financeira. O
governO
federal
c
o
n
c
e
ntraV
a
as
re
ndas
do
im
posto
de
im
p
o
ia
cão. A
pesar
do
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da
independêilciil
dos
poderes
a
c
o
n
stiflhiÇao
c
o
n
feria
atribuicões
dilatadas
ao
i.egíslativo. que
api’OS’aVa
o
o
rçam
ento
federal
e
tinha
o
poder
de
c
riar bancos
de
e
m
issão
e
e
m
pregos
públicos
federais, de
decidir
sobre
a
o
rganiZ
acão
das
Forças
A
rm
adiiS.
além
do
direito
e
x
clusivo
de
v
e
rificar
e
re
c
o
nhecer
o
s
poderes
de
se
u
s
m
e
m
bros.
As
Forças
A
rm
adas
e
ra
m
declaradas
obedientes
a
o
governo
eleito,
‘dentro
dos
lim
ites
da
lei’,
o
que
de
c
e
rta
form
a
re
c
o
nhecia
ao
s
m
ilitares
a
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de
interpretara
lei para
legitim
ar possíveis jntei’enÇÕCS,
n
o
e
spírito
do
pi’incipio
do
s
o
ld
ad
cidadão,
defendido
por
B
en
a
m
in
C
onstant
e
a
m
o
cidade
m
ilitar.
A
nsfo
rm
aÇ
ã0
tinha
sido
rápida
e
proftinda.
Fm
m
e
n
o
s
de
dois
a
n
o
s,
u
m
a
m
o
n
a
rquia,
ainda
que
c
o
n
stitucional,
m
a
s
repleta
de
hierarquias
e
títulos
de
n
obreza,
que
e
xibia
até
alguns
m
e
se
s
a
n
tes
instrum
entos
de
to
r
tu
ra
n
a
s
lojas
rIa
C
orte
para
o
c
a
stigo
dos
e
sc
ra
v
o
s,
tinha
se
tra
n
sfo
ad
0
1
e
m
u
m
a
república
c
ujo
poder
se
a
sse
ntava,
a
principio.
n
o
sufrágio
popular.
1
N
a
n
o
v
a
tu
n
a
politica
re
m
o
vido
o
Poder
M
oderador,
as
eleições
ga
nhavam
re
n
o
v
ada
im
portáflcia.
A
o
m
e
s
m
o
tem
po
o
s
m
ilitares
haviam
su
rgido
co
m
o
ato
res
políticos
a
rm
ados,
n
e
m
se
m
pre
u
nificados
e
m
su
as
iostiiuicões
e
fazendo
política
Ibra
dos
quartéiS
c
olocando
a
ditadura
co
m
o
possibilidade
n
o
horizonte.
A
influência
cIo
positivism
o
e
n
tre
parte
da
in
telectualidade
política
e
su
a
c
re
n
c
a
n
o
m
a
ditadura
dos
sábios
c
o
m
o
id
e
de
governo
relbrçtivO
u
a
hipótese.
Por
o
u
tro
lado,
n
a
s
cidades
e
n
o
Rio
de
janeiro.
e
m
e
special.
.su
rgira
o
u
sa
c
uli
o
ra
política
n
a
qual
os fe
sta
ç
0
a
s
e
m
1r
aça
pública
adquiriram
c
e
n
tralidade.
o
qtte
parecia
trazer
a
presença
política
cio
povo
n
a
s
ru
a
s
c
o
m
o
u
m
n
o
v
o
e
clefinit ivo
pei
so
n
ogem
da
cen
a
pública
ii)rnhioclo
pelas
classes
m
édias
e
t rabcolhidor0S
oibanas.
N
as
prO
u
c
’i,
o
s
pot
e
ni
idos
locais
e
so
a
s
clientelas
não
pretendiam
n
e
m
podiam
desconsidericlos
cio
jogo
político,
e
oluli
as
v
e
z
e
s
n
ele
e
nt
ro
’a
rn
a
P
°
-
e
m
v
e
rdadeiros
e
xércitos
part icolor(’s. C
om
plenos
clii
oitos
civis,
m
a
s
se
direitos
políticos,
além
das
m
ulheres.
m
ilhõc5
de
aiU
pO
flS
t’S
ilei
rados,
e
su
o
niioioria
não
brancos,
num
c
o
n
ti-\t(m
n
a
cionol
e
oO
ernH
lonil
altam
e
ra
cista
e
ra
cializado.
m
ilhares
de
im
igi
a
n
tes
e
strangeio)s
r
e
c
é
iu
h
e
e
de
e
x
-e
sc
ra
v
o
s
i’cccni1ihort
o
s
n
ão
deixaram
,
,ipesli
disso,
de
a
r
1
-
i ic,om
cnt
e
c’ de
lo
liii ii’ dcci
sivornon
te
n
o
devir
da
re publica
e
m
1
0
r
m
aÇ
“prociam
adI”
a
p
arir
de
u
m
golpe
m
ilitar.
desde
o
o
n
cio
dois
m
odelos
poliucos
se
c
o
nfrontaram
n
o
processo
de
c
o
n
solidacão
reptblm
cana.()
m
odelo
liberal Í e
cleralisi
a,
q
u
e
e
steve
n
a
base
da
c
o
n
sto
iiicio
oprovaci
o.
e
o
da
ditadura
positivista.
defendida
n
ão
ap
en
as
pelos
inteleciuais
ligados
ao
positivism
o
o
rtodoxo,
m
a
s
tam
bém
pela
m
aior
pctrte
da
int
c’lect
o
alidaclo
m
ilitar
do
pais
e
por
políticos
im
portantes
influenciados
pelo
pensim
ento
de
A
ugtisie
C
om
te,
principalm
ente
n
o
Rio
G
rande
cio
Stil.
A
influência
positivista
produzia.
por
tim
lado,
tim
e
busca
por
re
speito
a
o
e
stagio
da
e
v
olução
do
país
e, por
o
u
tro
,
a
defesa
de
u
m
governo
foite
c
o
n
trolado
por
hom
ens
de
ciência
c
o
m
o
a
m
elhor
opção
política.
N
o
c
o
nfronto
e
n
tre
o
s
dois
m
odelos,
dilem
as
e
m
relação
à
representa-
e
ção
política já
vividos
durante
o
Im
pério
se
re
n
o
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vitoriosas
e
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c
o
m
o
s
ru
m
o
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qtie,
a
o
elevar
a
re
nda
m
ínim
a
e
xigida
para
o
s
v
o
tan
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reduziu
o
seti
núm
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de
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6
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c
e
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de
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n
o
m
o
m
e
n
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e
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ultrapassaria
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s
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n
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C
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v
oto
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e
m
v
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c
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u
m
a
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n
a
m
e
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e
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o
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c
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m
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políticas
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republicanas,
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e
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o
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brasileira.
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n
o
poder
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m
o
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c
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o
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eleitoral.
93
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especial),
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a
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obilizado
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dois
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m
iii
a
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s.
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1889—
1891)
e
Floriano
l’eLxoto
1891—
1894).
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c
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e
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prego
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radicalism
o
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n
a
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C
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o
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e
m
1891
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im
ediatam
ente
interveio
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praticam
ente
todos
o
s
e
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deposto
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substituído
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praticam
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todos
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s
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s
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bleias
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s
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alizassem
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cIo
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a
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de
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A
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e
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de
guerra
civil
se
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m
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o
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m
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rosso
e
e
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Paulo
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1892).
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repressão
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Peixoto
em
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sposta
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pos
Salçs,
s
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por
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Paulo,
apresentou
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pedindo
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se
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o
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ficou
preso
por
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m
pedido
de
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o
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s
para
e
sse
s
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políticos
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B
arbosa
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egado.
Se
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guerra
civil
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do
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1895).
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forças
políticas
e
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e
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republicanos
liberais,
e
n
tre
o
s
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de
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achado;
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liberais
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por
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Silveira
M
artins.
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política
e
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m
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m
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civil,
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de
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privados
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e
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epública.
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geral
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m
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N
acional
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ilícia
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qual
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—
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pério
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que
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x
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m
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nfronto
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tropas
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politicos
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m
e
s
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filosóficos.
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s
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de
C
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S
e
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M
achado
e
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“
c
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néis”
e
se
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a
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privados
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m
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denúncias
de
m
a
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e
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hxói’c
110
larasi leiro.
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a
m
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cio
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a
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teria
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se
m
processo
1 o
clas
as
lideranças
polit
m
is
fecleralisi
as
da
cidade
de
l)i’slerro,
1en
clo
e
m
seguida
rebal izacio
a
cidade
(‘01110
llitt’iiiiopiili
.
A
guerra
civil
se
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xpandiu
até
o
Rio
dc
Janeiro.
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y
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clii
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m
m
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federal
n
a
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e
m
1893.
a
A
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ada
se
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apoio
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n
o
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eleições.
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eio,
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n
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oltosos
deixaram
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clirigirani
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sul
do
país.
Floriano
adquiriu
n
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o
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tripulados
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náros,
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189d.
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apoio
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staduais,
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Paulo, M
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B
ahia,
às
ações
repressivas
de
Floriano,
inclusive
c
o
m
o
aporte
das
forças
públicas
e
staduais
às
tropas
legalistas
n
a
guerra
n
o
Sul.,’\
m
uI
‘
üplicidade
de
grupos
a
rm
ados
se
c
o
n
solidava
c
o
m
o
c
a
ra
cterística
da
n
o
v
a
R
epública. A
Força
Pública
de
São
Paulo
ch
eg
aa
a
c
o
n
tar
c
o
m
u
rn
a
frota
aérea
a
n
tes
das
Forças
A
rm
adas
federais.
A
c
e
n
tralidade
do
apoio
político
e
m
ilitar
do
PR
1’
im
poria
a
Floriano
as
eleições
de
1894
C
su
a
su
c
e
ssão
por
u
m
presidente
civil
de
São
Paulo.
P
rudente
de
M
orais.
Para
tan
to
,
Francisco
G
licério,
u
m
político
m
e
stiço,
positilista
e
repu
blicano
histórico
de
São
Paulo,
c
o
n
seguiu
a
rticular
u
rn
a
a
m
pla
m
aioria
de
apoio
a
Ploriano
n
o
C
ongresso
N
acional,
a
que
cham
ou
de
Partido
R
epu
blicano
Federal.
Segundo
R
enato
l,essa
(iq88:i091,
[...j
do
ponto
de
s’iSta
ioaci’opolil ice,
o
PRF
V
isiO
’cl
i’c’soli
er duas
ijlieSlões
cn
ai’
mliiigrupo
itai’laiitelitco’ iitajin’ituii’iiip
arti
s
u
ste
titcir
ii g
o
v
ern
o
e,
m
ais
im
portante,
preparar
as
eleições
gerais
de
1 8j4,
n
as
qiiciis
senilni
escolhidos
o
presidente
da
Rcpublica,
iiiii
terço
da
Sciialt
e
a
(‘a
liii
a
dos
I)epmi 1 cicio.
D
iii
aI
e
desses
dois
desafios,
o
PRIij’oi
cxtrcnianii’iltc
tieiii’siir
u’lttuli.1... 1 Nas
eleições
de
t 894,
o
PRI’COtu1iifSti)ii
a
pi’esidenciii.
o
terço
do
Senado
e
a
titalilacli’
da
C
óinani.
Prudente
dc’
ãíiruiisfoi
c’leito
com
cerca
de
290
iiit
s’otiis,
cai
tinia
polililaçda
Ciii
1077i0
de
15
nnllioes.
lim
a
v
e
z
n
a
presidéncia,
as
prim
eiras
m
c’clid,is
de
Pruclentc’
de
M
orais
1894—
1898)
l)rorrmmu’am
desm
obilizar
as
bases
populu’es
cio
jacobinism
o
florianista
n
o
R
io
de
janeiro.
P
rudente
e
m
preendeu
dernissões
e
m
m
a
ssa
n
o
se
rvico
público,
dissolveu
o
s
batalhões
paI
riõi icos
e
e
x
o
n
e
ro
u
diversos
98
‘li
99
1
A
A
D
H
IU
R
A
P
A
R
A
O
M
U
N
D
O
1
O
o
oficiais
m
ilitares
que
o
c
upavam
c
a
rgos
civis.
R
aul
Pom
péia,
CScl’jtor
de
re
n
o
m
e
e
florianista
c
o
n
victo,
perdeu
o
e
m
prego
n
a
B
iblioteca
N
acio
_
A
re
sistencia
não
s
e
fez
e
sperar.
e
durante
rodo
o
c
o
v
e
rn
o
Os
iacobino
5
i
e
stariam
n
a
s
ru
a
s
ci.i
c
apital
cm
c
o
n
stantO
s
agitacões.Com
grande
adesão
-
cIo
oficiais
de
baixa
patente,
o
s
protestos
(101150
n
u
n
c
a
e
ra
m
pacíftcos,
e
e
v
olviam
u
m
a
e
n
o
rm
e
diversidade
de
o
radores
de
ru
a
,
discursando
c
o
ntj.aa
c
a
re
stia,
o
alto
c
u
sto
dos
alugtiéis
e
dos
alim
entos
e
e
m
ciefissa
da
R
epública
O
discurso
n
a
cionalista
m
uitas
v
e
z
e
s
se
tornava
x
e
nófobo,
clam
ando
c
o
n
o
s
port
ugueses.
c
o
m
petidores
n
o
m
e
rc
ado
de
trabalho
e
que
m
o
n
opoljzava
o
pequeno
c
o
m
ércio.
A
pesar
da
baixa
participacão
eleitoral
da
c
apital
n
as
eleições
de
1894
(num
eleitorado
potencial
dc
i
so
m
il
pessoas,
v
otaram
7.857
eleitoresi,
a
politização
das
ru
a
s
do
Rio
e
m
torno
de
u
rn
a
agenda
so
cial
ligada
a
o
s
interesses
das
c
a
m
adas
populaies,
clifusam
ente
de
inspiração
positivista,
foiparto
integrante
do
c
o
ntexto
da
prim
eira
década
republicana.
P
rudente
c
olocott
n
o
M
inistério
da
G
uerra
u
m
paulista
a
ntiflorianista,
pronsovendo
u
m
a
política
de
c
o
optação
da
alta
oficialidade
do
E
xército
e
de
redução
gradual
dos
efetivos
m
ilitares
de
terra.A
lém
disso,
ten
to
u
n
e
gociar
a
paz
c
o
m
o
s
federalistas
n
o
R
io
G
rande
do
Sul,
c
o
n
tra
a
o
rientação
c
a
stilhista
e
da
ala
florianista
do
E
xército
de
n
ada
c
eder
a
o
s
re
v
oltosos.A
m
aioria
dos
refugiados
da
R
evolta
da
A
rm
ada
e
n
c
o
n
trav
a-se
e
xilada
n
o
U
ruguai
e
e
m
a
rticulação
c
o
m
o
s
lederalistas.
A
ten
tativa
inicial
de
P
ru
dente
de
n
egociar
a
paz
n
a
guerra
cIo
Sul
foi
c
o
n
siderada
pelos jacobinos
u
m
sinal
de
traição.As
n
egociações,
a
princípio,
a
v
a
nçaram
pouco
ea
luta
se
rolom
gou.
M
as
o
s
ru
m
o
s
da
guerra
c
o
m
eçaram
finalm
ente
a
m
udar,
e
P
rudente
c
o
n
seguiu
firm
ar
u
m
a
c
o
rdo
de
paz
c
o
m
o
s
re
v
oltosos
(1895),
ainda
cjcie
garantindo
a
suprem
acia
de
Julio
de
C
astilhos.
P
rudente
gover
n
o
u
se
m
a
u
n
a
nim
idade
cio
l.egislativo,
ra
chando
a
base
de
apoio
do
PRF,
ciii
rc’
1
,icubiiios
e
não
jacobinos.
A
m
o
rte
cIo
lloriano,
e
m
1895,
r
e
tiro
u
cio
c
e
n
a
rio
político
a
a
m
e
aça
de
su
a
trlin
si o
rinac
ão
em
c
a
u
clilho,
apoiado
n
o
s
elem
en
to
s
mis i1 itares
e
setores
popul1trc’s
radict1izaclos.
Foi
n
e
sse
c
o
ntexto
de
e
x
trem
a
ilgitacão
politiCii
qite
chegaram
a
o
Riu
dejaneiro
as
fluilem
as
sobre
a
derrota
da
terceira
e
x
p
eclicão
do
E
x
ercito
n
a
g
u
erra
c
o
n
tra
OS
s
eçtiiclores
do
beato
A
ntõnio
o
n
sel
toiro
n
o
sc’rtao
da
B
ahia.
episódio
c
o
nhecido
c
o
rn
o
G
u
erra
de
Cii—
ti
u
d
o
s
(1 896
-1897),
,im
pl1Im
c’nt
e
percebida
p
ela
opinião
pública,
cio
Rio
de ja
nc’i
ro
e
de
São
Pattlo.
c
o
m
o
m
ais
lim
a
rebelião
m
n
a
rqu
tst
a.A
n
otícia
cIo
m
,tssacrc’
da
terceira
c
xpedicao
do
E
xército,
o
m
a
n
clacla
pelo
c
a
m
peilO
TIo
ria
n
i sia.
M
oreira
C
ésar,
ch
eo
u
a
o
Rio
n
o
m
o
m
e
n
to
e
m
que
Prudente
de
M
orais
rei
o
risava
a
o
c
o
rn
a
ndo
cIo
got’e
ru
o
após
licença
de
sa
ude.
A
V
ID
A
P
O
lÍT
IC
A
D
iante
di
n
o
ticia
da
m
oi-te
cio
M
oreira
Cesar.
houve
u
m
a
e
x
p
lo
são
.1
c
obina
n
a
s
ru
a
s
da
cidade. (;entii
de
C
astro.
p
ro
p
rietario
dos
lo
rit,u
s
G
cia’ttt
dcilhrdc
e
Libcrdctdc’,
c
o
n
siderado
m
ottiirqulsta.
toi
inoO
o
por
u
m
grupo
d’
m
ajores
e
ten
em
es.A
trágica
decisão
do
m
a
ssa
c
re
ao
a
rru
a1
de
C
am
idos
si)
se
c
o
m
preendi’
plc’ntnw
m
t
e
cluancio
se
leva
ciii
c
o
nt
a
a
c
o
n
jtfl)ttira
de
radi
c
ahzação
política
cio
Rio
de janeiro.
e
a
perccpeão
de
am
c’aca
1111lnal’clulsl 5
c
o
m
que
e
ra
c
o
n
se
n
su
alm
ente
percebichi
a
re
v
olta,
c
o
nto
bem
a
ssinalou
a
hism
om
’iaclora
acquelim
ic’
1 lerm
tntt.
A
agitação
a
c
obina
ctllflS
H
iO
tI
I’lfl
u
m
1
O
1
Fotógrafo
n
ão
id
en
tificad
o
Pntilcntc
di’
M
onos
1
0
1
0
1
.1
1
5
1
1:5.
114.
iÍÍSS
111
11155
SI
IC
O
N
O
G
R
A
P
IIIA
.
SÃO
P411115)
si
A
A
O
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T
I’R
.
PA
R
A
O
.1[ÍSR
O
1
0
2
a
te
n
tad
o
,
pelo
jovem
praça
M
arcelino
Bispo
de
M
ulo,
c
o
n
tra
a
vida
do
1:
sidente
P
ruduiit
de
M
oi’ais,
quando
e
ste
visitava
o
A
rsenal
cio(ue1Ta
p
re
c
epc
ionar
as
forças
vitoriosas
chegadas
de
C
anudos.
O
re
vólver
do
pracj’
não
dispaiou,
m
a
s
ele
a
c
abou
m
atando
(‘om
golpes
de
Bica.
elIlluta
c
o
,
0
-
n
u
rei
fui
(A
rIos
M
achado
liiite
n
c
o
u
rt
jite
agiu
u
ni
defesa
do
r
e
sid
e
A
ten
taiiva
frustrada
de
a
ssa
ssinato
e
a
re
v
elação
da
1ragódia
de
C
anudo
5
opinião
pública
do
Rio
dejaneiro
c
o
n
tribuíram
para
re
v
e
rter
o
clim
a
1155
r
u
10(1(1
e
ssa
1110
im
entação
e
ra
ifltçfls(im
eflie
vivida
pela
populacão
do
R
io
de
janeiro,
E
duardo
das
N
eves,
m
ais
c
o
nltecjclo
c
o
m
o
C
rioulo
D
udu
c
a
n
to
r
de
lundus
que
gravava
discos
pela
C
asa
l:ciison
e
e
sc
re
via
livros
de
a
m
plo
otlsum
o
populai’,
registrou
em
su
a
s
letras
a
irada
do
clim
a
p
0
líti
0
n
a
s
ru
a
s
do
Rio.
C
om
pós
O
M
arechaldel’en’o,logo
depois
da
m
o
rte
de
Floriano,
e
m
1895,
e
su
a
letra
perm
ite
bem
m
edir
a
força
popular
do
Íacobinjsisio
florianjsf
(apud
A
breu,
2
0
1
0
:1
0
1
—
1
0
2)
Q,jiottdo
ele
cipareceu,
altivo
e
sobninceiro,
ii(ciite
coitto
a
s
a
oitos,beijando
opit’illião,
A
JiLi11’10
s
u
spirou,dizendo:Ele
e
çtletreiro,
É
niarccha(de
fcn’o,
escudo
da
tiacão!
O
Incido
fiuniiiiciise
eCOotJpor
toda
a
parte.
1
lnpctn—
se
o
s
a
stro
s
n
ublados:
SO?llctfl—
se
lim
as
ganias;
Ele
e’tmij(unhiando
a
espada,qual
tlllClitL’lõtttiijirtc,
Pe’igutita
ao
M
undo:
—
Cotmlicceni-mmme
. Sou
filio,de
A
lteus’
Stm
sotifihlto
de
Alagoas,
esse
estado
do
Brasil,
Que
épequ
e;tino,é
v
erdade,
ntaspoderoso
e
vit-il;
jogai-eide
espada
e
capa,
e heide
um0sflar
com
o
a
Eunipa
Não
lime
gim
nltci
miem
ceuhml.
E
avOmmfe
Iiicisilio!
Cmii
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oi da
patm
w
co’at’dom:
.1
hemmi((e
(‘OSSO
direït
.
am
tiqutlam
O
1 (‘Liidor!
14im
uni!
‘1
P
alha
i’L’dattta..,Quem
seu
peit((lido
imijlamna
Para
dard
m
ãe
vigor?
D
eusa
que
migénio
idolatra,pois
lela
que
ele
n
asceu
Essa
m
ãe
que
se
diz
l’al
riu,
q
u
epor
ela
N
eo-ah
niorreti
l’mirhiimmmmms
n
esse
tllom(iei(jo’Eu
vos
,lürei
elemtmemmlo!
QmiL’mmm
tm
i
O
pod’m’5011
eu!
D
ois
a
n
o
s
depois.
registraria
a
virada
pró
Prudente
de
M
orais,qtie
luar—
Oi
0
10(11(1
dojac
obi
nis
u
so
florianisIa,(‘Ofliiun
1u
ndti
0111
hunienageiti
a
o
A
V
ID
A
L
lT
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A
r
a
c
h
a
l
B
irteflC
ourt
—
0111
1 S
y
110
a
te
n
tado
a
P
rudente
de
i
0
3
M
ora
—
e
m
que
dem
onstra
su
a
preocm
ipacao
(‘0111
1) futuro
da
R
epública.
Ó
iniiilt
Repiiblicii
prevê
tais pengos!!
paralisa
o braço
de
teu
s iniitugos!!
Ó
m
anto
sagi’ado
c
obre
e
sse
c
aixão!
N
ão
te
m
atm
clma
o
sa
m
tgue,
que
é do
n
o
sso
irm
ão.
,
,
V
enho
dar
ttiCti5
peSciiiieS
a
o
v
alente
e
xército!
a
o
B
rasil inteiro!
A
fainília
cm
prantos
queria
os
re
c
eber
pela
nobt’e
vítim
a.
filha
do
detem:
N
eutralizado
o
clam
or
das
ru
a
s.
P
rudente
C
O
m
eÇOU
5
governar
d
ire
tam
en
te
com
o
apoio
das
bancadas
dos
e
stados,
garantindo
a
eleição
de
C
am
pos
Saies(1898-19021,
e
n
tão
presidente
do
e
stado
de
São
Paulo,
c
o
m
o
se
u
su
c
e
sso
r,A
inda
a
ssim
house
u
m
a
c
a
ndidatura
de
oposição,
a
do
p
o
si
tivista
paraense
I,am
’o
Sodre.
A
pesar
do
a
m
plo
a
rc
o
de
alianças,
C
am
pos
Saies
foi
o
m
e
n
o
s
v
o
tado
dos
presidentes
s
ol
a
egide
da
C
onstituicao
(lo
1891,
o
que
bem
sinaliza
aclesm
iibilização
das
disputas
eleitorais
que
tia
c
a
ndidajra
representava,
C
am
pos
SaIes
se
propõs
a
retirar
da
adm
inism
‘audo
federal (IS
paiX
õeS
dos
grrtpos
e
fhcções,
governando
o
pais
(‘0111
O
S
e
stados,
por
s
obre
as
agitações
das
ru
a
s
da
c
apital.
A
cham
ada
‘política
dos
e
stados”
tendeu
a
C
ongelar
o
poder
das
situações
e
staduais
110
illo
ilieilt
o
da
su
a
c
’a
ndidai
ui’a,
dando
a
elas
o
u
m
si
role
político
das
disputas
locais
c
m
ii’oca
de
seu
apoio
à
c
a
n
clidatu
governista,
Para
151110,
a
llrdi’a
de
to
ijue
foi
cO
i1egInr
:m
pi’ovar
cIm
a
m
udanca
n
o
regim
ento
lO
tei-no
da
(
âimuai’a
dos
liepiim
udos.( )presicleiti
e
da
(
.
,
‘uln,ira
e
ra
(1
re
sponsável
por
n
o
m
e
a
r
a
C
om
issão
de
V
ei’iiicação
dos
Poderes,
OIldL’
se
dava
o
e
m
bate
final
de
v
alidação
cio
quen
i
re
alm
ent
e
o
c
uparia
u
nia
c
adeira
n
o
legislativo
ft,clei’al
.:\i
ã
0111ão,
fazii—
se
p
’s
ide111v
O
dej
m
ui udo
A
A
III1R
T
U
R
A
P
A
R
A
O
M
U
N
D
O
A
V
ID
A
P
01
T
Il
A
1
04
m
ais
id
o
so
0111
re
OS
eleitos,C
om
a
niticiança
propost
a
PorCafllpos
Saies
presidente
da
C
ãm
ara
p
a
sso
u
a
s
e
r
o
m
e
sm
o
da
legislatura
a
nterior
qj°
‘
perm
iliria,
a
principio,
c
o
ngelar
o
poder
das
oligarquias
e
staduais
c
o
r
estavam
c
o
nh2’uradas
n
o
m
o
m
e
n
to
da
eleicão.
\
m
aioria
dos
historiadores
iCo1ripa11I’ia
i
a
firm
a
i iva
de
R
enato
Lessade
(1110
a
“pollt ira
dos
est;idos”
teria
c
o
n
s
eguido
1 o
rn
a
r
hibit
n
ai
a
r
o
ta
tiv
id
po1ític’1
n
a
Prim
eira
R
epública,
c
o
n
stru
in
d
o
u
m
a
e
spécie
de
5U
cedãneo.
cio
P
oder
M
oderador
dos
tem
pos
cio
im
pério.
Em
v
ez
de
u
m
eleitor
prj.
vilegiado.
u
m
grupo)
seleto
deles,
o
governadores
dos
principais
e
stados,
sobreiudo
São
Paulo
e
M
inas
G
erais,
definiria
o
c
a
ndidato
presidencial
a
c
ad
a
s
u
c
e
s
são
.N
a
m
aior
parte
do
tem
po,
paulistas
e
m
ineiros
re
v
e
z
a
r_
_
_
_
_
_
_
-se
n
a
presidência
da
R
eptiblica,
rIO
(JUI’
part
e
da
historiogi’afia
cham
ou
:
cio
“política
do
c
afé
com))
leite”
o
u
m
e
sm
o
de
“política
do
c
afé
c
o
m
café”,
já
que
se
ti’atavam
dos
prim
eii’os
m
aiores
produtores
cio
café
(São
Paulo)
e
leite
(M
inas
G
erais)
do
pais.
M
ais
re
c
e
n
te
m
e
n
te
,
pesquisa
da
historiadora
C
laudia
V
iscardi
sobre
a
s
s
u
c
e
s
s?Ies
presidenciais,
ainda
que
c
o
rroborando
o
ftincionarnento
da
política
dos
e
stados.
e
nC
hiizo
u
u
m
nível
m
aior
cio
incerteza
e
u
m
núm
ero,
ainda
que
re
strito
,
porém
m
ais
diversificado,
dc’
a
to
re
s
privilegiados.
Sem
dúvida,
o
s
interesses
cafeeim
’o
se
c
o
nfundiram
e
m
algum
a
m
e
dida
c
o
m
as
questões
n
a
cionais,
te
ndo
e
m
vista
cicie
as
políticas
c
a
m
bial
e
im
igratóm
’ia
ei’am
c
e
n
trais
para
a
s
atividades
e
xportadoras.
Sem
dúvida
tam
bém
,
o
c
a
ráter
o
lig
arq
u
ico
cio
a
r
r
a
njo
político
e
n
tão
e
n
g
en
d
rad
o
,
frau
d
an
d
o
e
d
esm
o
ralizan
d
o
a
s
eleiç6es,
c
o
n
ib
rm
e
foi
a
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plam
ente
d
en
u
n
cia
do
n
a
p
ró
p
ria
ép
o
ca,
im
pôs-se
c
o
m
o
“
reg
ra
cio
jogo”.
M
as
a
u
n
id
ad
e
de
o
bjetivos
c
’nirc’
a
s
o
lig
arq
u
ias
cio
São
Paulo
e
M
inas
G
erais,
e
m
to
rn
o
dos
. 1
int
oi’c’sses
c
afeeiros,
c’ra
apenas
relativa.
m
oi’
e
PR
M
n
e
m
sc
’nlpre
e
stiveram
u
n
to
s
o
u
de
aco
rdo.
Pelo
m
e
n
o
s
o
s
c
’ham
aclos
e
stados
de
s
egunda
grandeza
m
a
nt
n
’e
ra
m
presença
im
portante
n
a
s
n
m
’goc’iactos
polít
m
oasdas
s
u
c
e
s
sões
pm
’c’sidenciais
cio
penodlo.
\‘isc’ai-cli
cienlom
lstroil
c
’olivincentem
ente
que
a
e
stabilidade
cio
regim
e
e
stav
a
“n
as
m
ãos
cio
oligarquias
regionais
c
o
m
peso
político
proporcional
ao
1lim
Ialm
llo
cio
su
as
bancadas
c’ das
su
as
potenciali
dados
e
c
o
nôm
icas”
(\“isc’au’cli,
200
i:
1).
O
s
e
siaclos
grancle.s
e
ra
m
o
s
que
1 m
nham
bancidas
n
tiniei’osas
e
ecOflO
m
ias
relat
m
v
am
enlc’
a
uiosstm
fic’ientes:
São
Paulo,é
clam
o,
m
as
lam
bem
M
inas
;c’l’ais
e
o
Rio
Gm
’ancie
do
Sul.
O
s
e
stados
m
necim
os
t eu’ianm
igim
alm
nente
m
m
m
papel
im
portante
n
a
clc’Íinicao
das
(‘andiclaturas
presiclc’nciais.
form
ados
‘
0
!
1qu
lc
d111(
tm
nhim
11111
1
clis
clu
is
cois
IS
co
m
dc
st
icuc
1
1
1
B
ihia
rn
a
v
a
m
s
e
dependentes
do
governo
fc’dei’al
0/011
da
tu
tela
cio
e
stados
vi-
o
s
S
e
g
U
1
ainda
a
m
e
sm
a
a
u
to
ra.
OS
atorc’s
e
n
v
olvidos
flOS
P
rocessos
c
e
ssários
lim
itavam
-se
a
c
s
governadores
dos
grandes
e
m
édios
e
stados.
ai
n
s
parlalnelltares
iflfiU
em
ltes,
o
presidente
da
R
epública
e
SOUS
m
inist los,
‘
flt’
núm
ero
m
édio
de
24
lSSO
íIs.
A
re
eleicão
e
ra
proibida
pela
C
onstitui-
ão
federal
n
a
m
aioria
dos
c
’stidos,
garantindo
t1tfll
relativa
re
n
o
v
ação
dc)
-
-
.A
penas
n
o
R
io
G
rande
do
Stii
a
C
onstituição
cio
inspiração
positivista
a
a
e
eleiÇa0
e
perm
itiu
a
pl’m
iim
1êm
1cim
cio
l3orges
de
M
eclei
o
s
por
25
“
a
n
o
S
n
a
presidência
do
e
stado.
A
pesar
disso.
o
s
ato
res
privilegiados
do jogo
político
oligam
’cum
L’o
e
stive
ra
m
longe
de
re
sponderem
s
o
zinhos
pelo
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ciue
se
seguiu.
Se
a
politica
dos
e
stados
garantiu,
e
m
c
e
rta
m
edida,
a
form
alização
da
fraude.
isso
n
u
n
c
a
foi
to
talm
ente
a
ssu
m
ido
c
o
m
o
desejável
—
a
s
eleições
e
ra
m
u
m
rito
n
e
c
e
ssário,
c
o
m
o
a
hom
enagem
cjue
C)
v
ício
p
re
sta
à
virtude. A
lém
disso,
o
equilibrio
interoligárdiuico
e
ra
bastante
fluido,
abrindo
brechas
que
m
ui
s
v
e
z
e
s
e
m
prestavam
n
o
v
o
s
se
ntidos
às
disputas
eleitorais,
fossem
locais
o
u
n
a
cionais. N
esse
c
o
ntexto,
projetos
de
reform
a
eleitoral
transform
aram
-
-se
e
m
tem
a
c
e
n
tral
dos
debates
legislativos.Propostas
de
v
o
to
se
c
reto)
e
proporcional
fo
ram
s
u
c
e
s
siv
am
en
te
ap
resen
tad
as
e
d
iscu
tid
as,
ain
d
a
que
derrotadas.
N
o
governo
R
odrigues
A
lvos) 1902—
1906),
im
ediatam
ente
depois
da
prim
eira
eleição
definida
a
partir
da
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dos
estados,
a
Lei
Rosa
e
Silva
de
reform
a
eleitoral
(1904)
foi
aprovada
após
intensos
debates,
m
ais
u
m
a
v
ez
c
o
n
sagrando
o
v
o
t
o
aberto
se
m
interferência
da justiça
n
o
processo
de
apuração,
fundam
ento
das
fraudes
eleitorais. O
s
defensores
dc)
v
oto
aberto
o
faziam
,
e
n
tretan
to
,
e
m
n
o
m
e
de
princípios
e
v
alo
res
c
o
m
o
a
c
o
ragem
e
a
virtucte
cívica,
e
o
principal
foco
das
(liSputas
c
’o
n
c
’e
ntrava-sc’
n
o
funcionam
ento
da
políi ica
m
u
nicipal.
A
despeil O)do
e
s
v
a
ziam
en
i ()
clii
a
u
to
n
o
m
ia
financeira
e
política
do
m
u
nicípio
n
a
C
onstituição
cio
1591,
e
ra
C
onsenso
político)
da
epoc’a
que
os
“
m
andlÕc’s
de
aldeia
com
1stii uí’1m
forcas
políticas
incontorni’m
vois”
tH
ollanda,
a
o
oq:
m76).
São
m
U
itas
a
s
c
o
n
tro
vérsias
in
terp
retativ
as
sohrc’
o
s
significados
dliiS
eleições
locais
n
a
Pm
’im
eira
R
epública,
m
ais
d’om
ulm
eilte
d’om
npreendidias
a
partiu’
da
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do
pacto
o
’oi’onelist
a.
Seguncio
o
livro
c’lássic’o
cio
\“iior
N
unes
I.eal,
C
oronclis,no,
e
u
ix
m
ici
e
V
oto,
O
pimcto)
c
o
ro
n
elista
se
c
a
ra
cterizaria
c
o
rn
o
a
form
a
polít
id
a
do
m
a
n
clom
sm
o
local
n
uili
c
o
n
te
x
to
dc’
i’c’iativo
d’ii
fraquecinento
cio
podier
privado
dos
pot
e
n
taclos
iod-ais.
direi
ainent
e
ligado
a
abolição
da
e
s
c
ra
vidão
e
à
ciuedla
da
m
o
n
a
rdluia.
O
pacto
sc’
re
s
u
m
iria
n
a
tro
ca
do
v
o
to
popuitm
’,
stiposiam
enle
c
o
n
trolado
pelos
potentados
locais,
D
or
e
r
n
n
l’p
IY
o
s
o
v(’ibíl
núblic’as
n
o
m
u
n
icíp
io
—
cimie
s
e
to
rm
)am
’iam
a
base
cio
1
0
5
1
A
A
D
L
R
T
U
R
A
P
A
R
A
O
M
U
N
D
O
A
V
ID
A
flu
T
u
A
5
oS
poder
de
c
o
n
trole
dos
eleitores
pelo
‘c
o
ro
n
el
republicano.
O
a
rg
u
m
en
parte
do
princípio
do
c
o
n
trole
absoluto
do
cbcfe
político
local
sobre
o
V
oto
tias
populações
ru
rais,
por
u
m
lado,
e,
por
o
u
tro
,
da
im
portâocia
desse
c
o
n
trole
c
o
m
o
m
o
eda
política.
D
esde
so
a
publicação
e
m
1949,
O
trabalho
foi
alvo
de
m
uitas
cru
ii
as.
Se
a
g
ran
d
e
m
aioria
da
popolacao
n
a
u
v
otava
e
o
s
re
sultados
eleitorais
e
ra
m
decididos
pelas
c
o
m
issões
de
v
e
rificação
de
poderes,
qual
se
ria
o
se
ntido
cio
pacto?
Em
o
u
tras
palavras,
qual
a
im
portância
das
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n
o
c
o
n
tex
to
de
fraude
eleitot’al
que
a
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dos
e
stados
aparentem
ente
institucionahzava?
A
pesar
disso,
o
trabalho
de
Leal
é
ttm
clássico.
C
onform
e
re
ssaltou
o
historiadorJosé
M
uniu
de
C
an’alho,
o
c
o
n
trole
dos
eleitores
e
ra
u
rn
a
m
o
eda
itT
ipoitante
ao
m
e
n
o
s
para
definir
as
disputas
entre
co
ro
n
eis.As
form
as
c
o
m
o
as
oligarquias
e
staduais
iriam
a
rbitrar
e
regular
tais
disputas
pode
riam
tn
m
ar
proporcões
de
pequenas
guerras
civis.
N
o
m
u
nicípio
e
stavam
as
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de
interesses.
o
s
láccionalisnlns.
a
política
c
o
rn
o
disputa
por
re
c
u
rso
s
de
poder
local,
ao
fim
e
ao
c
abo.A
c
e
ntralização
do
Poder
E
xecutivo
m
u
nicipal
pela
C
onstituição
republicana,
c
o
m
a
c
riação
das
prefeituras
e
m
s
uhstituicâe
à
tradição
portuguesa
de
governo
das
câm
aras
de
v
e
re
adores,
e
x
a
c
e
rbava
as
tensões
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e
n
tre
as
elites
locais.
M
ais
que
u
m
a
troca,
o
pacto
c
o
ro
n
elista
o
rganizava
tina
a
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plo
processo
de
n
egociação
e
n
tre
as
facções
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locais
e
a
oligarquia
e
stadual,
perm
anentem
ente
atu
ali
z
ado.A
pesar
da
v
o
ntade
de
c
o
ngelam
ento
das
situações
e
staduais
a
partir
de
C
am
pos
Saies,
a
cltuplicidacle
de
poderes.
m
tu
tas
v
e
z
e
s
c
o
m
o
fl.incio
n
a
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e
n
tn
paralelo
de
ditas
a
sse
m
bleias
legislativas,
foi
u
m
a
c
o
n
stan
te
por
toda
a
Prim
eira
R
epública.
A
su
c
e
ssão
de
C
am
pos
Saies
foi definida
e
nquanto
se
instituia
a
própria
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dos
e
stados,
e
m
a
rc
oti
u
m
período
de
hegem
onia
das
lideranças
civis
pattlistas.
após
tinas
guerras
civis
1110
Rio
G
rande
cio
Sial,
t8
9
,3
—
s
89
5
e
e
m
C
anudos,
1896—
0197)
que,
de
c
e
rit
fornia,
e
nlraqtiecerarn
as
teses
positivistas
e
o
prestígio
tios
m
ilitares.As
linhas
gerais
do
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C
am
pos
Saies
se
m
a
ntiveram
n
o
governo
seguinte
cio
puilist
a
R
odrigues
A
lves
(1902—
5
qobt.
quc’
e
n
spreetstleu
tinia
ptilíi ica
de
atist
e
rtdacle
m
o
n
etái’ia
e
di’
i’elbrnias
m
odernizadoras,
es peciit1 m
e
nte
n
a
cidade
dti
Rio
cio
laneiro,
c
o
m
a
reibrm
u
lação
cio
port
o
e
polit icas
de
e
rra
clicação
tia
v
a
ríola
e
da
lebre
a
m
a
rela.
A
inda
a
ssim
,
as
ru
a
s
cio
Rui
c
n
ntintiavsn1
agitadas,
e
xpio
clindo
e
m
re
v
oltas
itrbants
que
m
a
rc
a
ra
m
época.
tom
o
ti R
evolta
da
V
acina
(19041,
e
m
que
m
o
v
m
e
ut
ação
operániti
e
m
otins
u
rbanos
se
a
sso
ciai’anl
cli’
m
a
n
eira
épicit.
Storni
1dia
de
cabresto
l.igenda
o
riginal:
1:ia
—
fo
ZéBesio?
liSa
—
N
ão,ão
ZCDDITAC
01100C
r
I’IJD
iIC
A
D
A
N
A
D
IV
IS
T
A
V
A
R
ETA
D
i
19
D
i
lIT
ïP
ilR
O
D
L
1
9
2
7
O
s
governos
de
A
fonso
Pena
(19o6—
19o9(
e
N
ilo
Peeanha
1 iyoy—
iqio)
foram
m
a
rc
ados
por
crises
n
o
s
estadtjs,
co
m
c
o
níhtos
a
rm
ados
e
duplicidade
de
a
sse
n
sbleias
n
a
B
ahia,
em
G
oiás,
n
o
A
m
azonas
e
n
o
Rio
de
janeiro.As
guerras
civis
e
o
ro
n
eiisticas
e
a
e
xisténcia
de
poderes
legislativos
c
o
n
e
o
r
re
ntes
n
o
s
e
stados
se
repetiram
em
todos
o
s
dem
ais
m
a
ndatos.
N
um
c
o
ntexto
e
m
qtie
a
guerra
civil
utinca
deixou
de
e
star
n
o
horizonte.
as
eleiçõeso
e
upavism
tim
papel
seu
s
dúvida
e
etatral
c
o
m
o
possibiliciadc’
de
regulação
das
disputas
iate
os
cem
rieis.M
as
elas
e
ra
ni
ainda
m
ais
que
isso. Os
v
otos
que
se
disputavam
não
e
ra
m
,
n
a
m
aioria
dos
c
a
so
s,
o
dos
c
a
m
poneses
a
n
ahfhbetos
e
despidos
de
v
o
ni
ade
própria
im
aginados
por
Vil
o
r
N
unes
leal.
c
o
nform
e
pioneiram
ente
re
ssaltou
a
historiadora
A
na
I.uagão
R
ios.
Por
um
lado,porque
e
stes
sim
plesm
ente
não
v
otavam
e,por
o
utro,
porque
e
stavam
m
ioto
longe
de
sei’
o
s
atores
políticos
despidos
de
v
coitaclc’
im
agiuados
pc’lo
107
‘3/
esa
PN
oxlrsess
C
L
C
IÇ003.,.
‘00
C
O
btiosT
o»
. 1
4’
11
.4
A
L
V
R
V
O
R
E
N
D
A
d
O
D
ID
iIO
iL
L
A
N
A
C
IO
N
A
i.
D
O
A
R
Ei
w
1
oS
a
utor.
A
o
c
o
n
trário,
o
c
o
ro
n
el
republicano,
e
nfraquecido
c
o
m
a
perda
da
a
u
to
ridade
se
nhorial
após
a
A
bolicão,
precisava
agora
do
poder
de
a
d
m
nistrar
a
s
benesses
e
o
poder
repressivo
do
E
stado,
não
apenas
para
a
j
1.
eleitores,
m
as
tam
bém
para
c
o
n
seguir
trabalhadores
e
c
a
ra
ntir
a
fidelidade
daqueles
que
ficavam
à
m
a
rgem
cio
direito
de
v
oto
e
da
ticlaclania
p
o
l
i
Em
u
m
incluerito
policial
da
cidade
de
C
am
pos,
n
o
Rio
de
Janeiro
n
a
prim
eira
ciecadn
da
R
epública, fjtou
registrado
tini
caso
e
x
e
m
plar
cio
nO
V
O
tipo
de
situação.
U
m
fazendeiro
delegado
de
policia,
m
iom
eado
cidadão
N
laneco
C
astra”,
fazia
queixa
de
desacato
à
a
u
to
ridade
a
se
u
vizinho,
tam
.
bém
tàzencieiro
n
o
m
e
ado
“
cidadão
.A
raújo
Silva’,
que
o
teria
im
pedido
de
e
n
trar
e
m
su
a
fazendo
para
prender
u
m
a
liberta,
n
o
m
e
ada
“preta
M
atilde”,
a
c
u
sada
de
ro
ubo
cluanclo
trabalhava
n
a
fazenda
do
próprio
de
legado.
Toda
a
disputa
e
n
tre
o
s
dois
chlttdóos
se
fazia
e
m
to
rn
o
das
n
oções
de
república
e
cidadania,
D
e
u
m
lado,
a
a
u
to
ridade
republicana
a
m
e
açada
pelo
poder
privado
de
u
m
fazendeiro,
de
o
utro,
o
s
advogados
de
A
raújo
Silva
diziam
que
ele
apenas
defendera
o
s
direitos
de
cidadania
da
preta
M
atilde,
a
m
e
a
c
ados
pelo
abuso
de
a
u
to
ridade
do
delegaria.
N
esse
c
o
nflito,
o
s
e
sforços
de
re
c
o
n
stituição
da
hierarciuizacão
cio
m
u
ndo
i’ural
depois
tia
A
bolição
são
e
videntes,
seja
u
tilizando
o
poder
de
repressão
do
E
stado
paríi
forçar
o
s
libertos
a
o
trabalho,
seja
u
tilizando
o
pciternaiism
o
c
o
m
o
m
o
eda
de
atração
para
obtenção
cio
trabalhadores
o
u
clientela.
‘fam
nbém
o
processo
cio
i’acializacao
e
a
decorrente
n
egação
pI’iitici
da
cidadania
da
preta
M
atilde
ficam
e
videntes,
se
m
retirarem
dela,
e
ntt’etanto,
o
poder
de
u
tilizar
politicam
ente
a
rivalidade
e
n
tre
oS
dois
c
o
ro
n
eis,
e
sc
olhendo
e
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tregar
su
a
s
lealdades
privadas
àqtieie
qtte
falava
c
m
n
o
m
e
dos
se
u
s
direitos
de
cidadã,
A
C
onstituição
republicana,
c
o
m
o
a
m
o
nárquica,
optou
por
u
m
a
defini—
cito
“
clesraciaiizacla’
da
c’idacia
nia,
apesar
tia
c
re
sc
e
nte
mi
uência
dc’
teorias
mic’ntíficas
ra
ci
i is
n
u
pensa
m
ciii
o
soc’iuilbrasileiro
o
cio
u
so
c
oticiiano
da
linguagem
m
c
ai
c
o
m
o
fot’m,m
cii’
liicr;m
rqm
nzar
e
chfinir
lugares
so
ciais.
Os
dois
chilmiliOs
que
disputas
aio
o
c
o
n
trole
sobre
o
t t’abalho
de
M
al
udo
não
i ivom-amrt
su
a
c
o
r
n
o
m
c’ada
lbi’mumi
m
cliii’
tiO
inqim
óril
e.
m
as
o
depoim
ento
do
iitmia
das
tcsu
c’m
u
n
bis
a
u
sav
a
o
cieieg,uclo
cio
tet’ dcii
m
i
aclo
o
lazendeiro
quic’
piou
c’gia
a
e
x
-e
sc
ra
v
a
clmamiuimcio—
o
cio
“inuuiat
o
‘
‘A
c’onclicão
cio
cidadã
brasileira
dc’
M
iii
udo
c
oto
su
a
iiccorretit
e
liberduclc’
dc’
ir
e
V
ir,
c
o
iis
iii
u
tt.t
n
oto
fm
unilatim
cnt
ai
tia
ciefi’si
cio
fiuzoncleiro.A
inda
a
ssim
.
ela
perm
anecett
reféricla
n
o
indluiérit
o
sim
plesm
ente
c
o
m
o
a
l’r’
M
oi
mlcic’, incorporando
a
o
i
rópt’io
n
o
m
e
a
conchç’im
o
cio
lifiert
a.
o
r
i
da
e
sc
ra
vidão
e
a
separação
da
Igreja
e
cio
E
stado,
após
a
procia-
1
O
ação
da
R
epublica
proV
ociiriulii
pt-ofundas
alteracôos
n
o
s
padt’óc’s
cio
cio
,açâo
tradicional
ate
e
n
tão
prevalecentt’s
n
o
m
u
ndo
m
ral. A
e
sc
ra
vidão
só
sujeitava
o
s
t m
’abalhacioi’c
e
sc
ra
v
o
s,
m
as
definia
tam
bém
a
iclenndacie
e
a
s
possibiadlt5
cie
ação
so
cial
da
população
livre
pobre,
e
m
su
a
m
aioria
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largam
ente
m
ajoritária
fora
das
ei-andes
circos
cigi’o-expoi’tadoi’as.
população
que
tinha
n
o
c
atolicism
o
popular
a
base
c
ultural
pariu
su
a
apre
en
sãO
do
m
u
ndo
so
cial
e
m
que
vivia.
Talvez
o
c
a
so
m
ais
e
m
blem
ático
do
c
o
ro
n
el
n
a
Prim
eira
R
epública
c
o
m
o
ag
en
te
político
que
fazia
a
ponte
c’nit’e
a
c
ultura
tradicional
c
a
c
ultura
cívica
tpublicana
seja
o
do
padre
C
ícero.que
atttO
u
c
o
m
o
líder pnhttco
e
m
Jtm
azeiro.
n
o
C
eará,
por
praticam
ente
todo
o
período
aqttt
a
n
alisado,
de
1889
a
1934.
U
m
m
ilagre
m
a
rc
a
o
início
da
trajetória
política
de
padre
C
ícero,
o
c
o
rn
cio
e
m
m
a
rço
de
1889,
logo
depois
da
abolição
da
e
sc
ra
vidão
e
poucos
m
e
se
s
a
ntes
da
proclam
ação
da
R
epública.
U
nia
agregada
da
farnilia
do
padre
viu
q
u
e
a hóstia
c
o
n
sagrada
que
tom
ava
e
m
c
o
m
u
nhâo
sa
ngrava.O
fenóm
eno
se
repetiu
depois
por
quase
dois
m
e
se
s. D
esde
o
finaldo
século
xtx,
a
o
n
e
n
tacão
oficial da
Igreja
c
atólica
e
m
R
om
a
e
ra
cio
c
o
m
bate
às
práticas
slncréticas
qcte
se
haviam
a
sso
ciado
a
o
c
atolicism
o
n
o
s
m
ais
diversos
c
o
ntextos.
O
m
niiagt’e
e
m
Juazeiro
e
a
c
re
sc
e
nte
influência
cio
padre
C
icero
c
o
m
o
líder
religioso
n
o
se
rtão
não
agraclai-am
a
Igreja
caióiica,
e
m
pi’ocesso
de
c
re
sc
e
nte
ro
m
a
nização
n
o
B
rasil,
tendo
re
sultado
n
a
e
x
c
o
m
u
nhão
de
C
ícero.

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