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TEORIA DA BUROCRACIA Histórico No início do século XX, Max Weber (1864-1920), sociólogo alemão, publicou a obra da burocracia. Porém, somente em 1947, quando essa obra foi traduzida para o inglês é que ela passou a ser reconhecida por muitos. O surgimento da Teoria Burocrática coincidiu com o despontar do Capitalismo e nos apresentou um modelo de organização preocupada com as questões de crueldade, o nepotismo e os julgamentos tendenciosos e parcialistas, características típicas das práticas da Revolução Industrial. Essas preocupações poderão ser verificadas a seguir com o foco nas pessoas, no ambiente de trabalho e na estrutura da organização. Ênfase na estrutura, na eficiência, nas pessoas e no ambiente Weber ficou famoso pela teoria das estruturas e autoridade. Ele salientava que o sistema moderno de produção, racional e capitalista não se originou das mudanças tecnológicas nem das relações de propriedade, mas de um novo conjunto de normas sociais. Mais tarde, essas normas sociais receberam o nome de Burocracia. O QUE É BUROCRACIA? Forma de organização humana que se baseia na racionalidade. Trata-se da tentativa de formalizar e coordenar o comportamento humano por meio da autoridade racional-legal para se atingir os objetivos da organização. Caráter legal das normas: a organização é regida por normas e regulamentos estabelecidos. As decisões gerenciais são tomadas com base em regras, disciplina e controle, e de forma impessoal tanto com os colaboradores da organização como com os clientes. Ou seja, o gestor toma as decisões de acordo com as normas e regulamentos da empresa e não de acordo com sua vontade própria. Caráter formal das comunicações: a organização deve fazer suas comunicações por escrito, evitando duplicidade de entendimento. Para atingir a uniformidade de ações e de entendimento, a organização precisa manter tudo registrado e detalhado, para que todos possam entender. Divisão do trabalho (racional): assim como na Administração Científica, Max Weber também entende que as atividades devem ser divididas, desmembradas, para que qualquer pessoa possa se tornar especialista em um curto espaço de tempo. Impessoalidade nas relações: a distribuição das atividades é feita impessoalmente, ou seja, não considera as pessoas realmente como pessoas, e sim como cargos que elas ocupam. As regras e os procedimentos são aplicados de forma uniforme e imparcial, não se levando em conta aspectos pessoais ou emocionais para diferenciar os colaboradores. Rotinas e procedimentos: a organização fixa as regras e normas técnicas para desempenho de cada cargo, garantindo disciplina e controle na organização. Competência técnica e meritocrática: todos os colaboradores são selecionados e promovidos com base no mérito, na competência técnica e no seu desempenho, não havendo preferências pessoais e independentemente de características de raça, sexo, religião ou classe social. Especialização e profissionalismo da administração: os administradores que comandam a organização não são donos, acionistas ou proprietários, são profissionais que trabalham por salário e que buscam a eficiência organizacional. Esses profissionais são treinados para atingir os objetivos da empresa de forma profissional, deixando de lado aspectos emocionais e pessoais. Com essas características, a Teoria da Burocracia traz para as organizações uma especialização das funções em que cada pessoa tem uma posição de trabalho bem definida. Na estrutura organizacional, é possível perceber claramente uma hierarquia de comando e de responsabilidade em cada nível. Cria-se uma previsibilidade do funcionamento da empresa por meio de regras e regulamentos, o que garante a também previsibilidade do comportamento dos seus membros. Com a racionalidade das ações, procura-se estabelecer julgamentos a partir das normas e dos padrões vigentes pela empresa, e não por vontade própria do tomador de decisão. Diante do que foi dito até aqui sobre Burocracia, podemos identificar: Vantagens da Burocracia: Racionalidade; Precisão na definição e operação do cargo; Rapidez nas decisões; Univocidade de interpretação (a informação é fornecida apenas a quem deve recebê-la); Uniformidade de rotinas e procedimentos (padronização); Continuidade da organização (capacidade e competência técnica); Redução do atrito entre as pessoas; Constância (mesmo tipo de decisão tomado nas mesmas circunstâncias); Confiabilidade. Disfunções da Burocracia: Internalização das regras e apego aos regulamentos; Excesso de formalismo e de papelada; Resistência às mudanças; Despersonalização do relacionamento (impessoalidade); Rígida hierarquização de autoridade; Super conformidade às rotinas e aos procedimentos; Exibição de sinais de autoridade (quem detém o poder); Dificuldade no atendimento a clientes e conflitos com o público. O modelo proposto pela Teoria da Burocracia é importante para estabelecer mecanismos de controle e para alcançar um alto grau de eficiência nas organizações. Porém, algumas distorções dos conceitos dessa teoria podem causar disfunções no seu propósito. E essas disfunções podem prejudicar a organização, transformando-a em um ambiente rigoroso, frio e mais preocupado com o controle do que com seus objetivos, por isso é importante conhecê-las. Para que você compreenda melhor esses conceitos, veja agora um resumo sobre a Teoria Burocrática: RESUMINDO...
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