Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DIMENSIONAMENTO E VERIFICAÇÃO FRENTE AOS ESTADOS LIMITES Prof. Almir Barros da S. Santos Neto (Edifício Modelo) UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA (UFSM) Departamento de Estruturas e Construção Civil ECC 1008 – Estruturas de Concreto ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS (ELU) COMBINAÇÕES DE AÇÕES DO ESTADO LIMITE ÚLTIMO gF Peso próprio dos materiais construção sob,qF Sobrecarga 4,1g 1vento,qF Vento a 0 grau Vento a 90 graus 2vento,qF 7,0sob,0 6,0vento,0 6,0vento,0 4,1q Ações variáveis: Ações permanentes: Obs: Em diversas situações práticas, pode ser necessária a consideração de ações adicionais, como recalques, retração e fluência (permanentes) e variações de temperatura (variáveis) Combinações para vento 0° Combinação 1: Sobrecarga como ação variável principal 1vento,qvento,0sob,qqggd FFFF 1vento,qsob,qgd F6,0F4,1F4,1F 1vento,qsob,qgd F84,0F4,1F4,1F Combinação 2: Vento à 0 grau como ação variável principal 1vento,qsob,qsob,0qggd FFFF 1vento,qsob,qgd FF7,04,1F4,1F 1vento,qsob,qgd F4,1F98,0F4,1F Combinações para vento 90° De forma análoga: Combinação 3: Sobrecarga como ação variável principal 2vento,qsob,qgd F84,0F4,1F4,1F Combinação 4: Vento à 90 graus como ação variável principal 2vento,qsob,qgd F4,1F98,0F4,1F Observações: Na prática, pode ser necessário testar mais possibilidades (combinações) Aproveitar vantagens dos recursos computacionais (softwares) No trabalho, será admitido como mínimo as quatro combinações apresentadas Aplicar expressões gerais para cada tipo de ação (não somar “maça” + “laranja”) Ações verticais nas vigas V1,V2 e V4 (edifício modelo) g=14,54kN/m q=1,90kN/m q=7,48kN/m g=24,06kN/m q=2,41kN/m g=15,62kN/m P9 P5 P1 q=1,90kN/m P11G=7,25kNP10 P12 V4 g=10,48kN/m g=14,54kN/m g=24,06kN/m V2 P6 P7 g=18,69kN/m P8 P3P2 q=5,74kN/m V1 P4 q=7,48kN/m g=10,48kN/m g=15,62kN/m q=2,41kN/m Pavimento tipo (valores nominais) q=2,41kN/m g=10,16kN/m q=7,48kN/m g=18,18kN/m g=11,24kN/m q=2,41kN/m P9 P5 P1 q=2,41kN/mq=2,18kN/m P11 Q=9,08kN G=11,01kNP10 P12 V4 g=12,77kN/m g=10,16kN/m g=18,18kN/mg=20,69kN/m V2 P6 P7 P8 P3P2 q=5,74kN/m V1 P4 q=7,48kN/m g=6,10kN/m g=11,24kN/m q=2,41kN/m Cobertura (valores nominais) Como exemplo: Combinação 1 1vento,qsob,qgd F84,0F4,1F4,1F Viga V2: Pavimento tipo Trecho P5-P6 P7-P8 m/kN16,44084,048,74,106,244,1pd Trecho P6-P7 m/kN20,34084,074,54,169,184,1pd Viga V2: Cobertura Trecho P5-P6 P7-P8 m/kN92,35084,048,74,118,184,1pd Trecho P6-P7 m/kN00,37084,074,54,169,204,1pd Idem para as demais vigas do pórtico plano associado (V1 e V4) Não esquecer das cargas concentradas Combinação 1 1vento,qsob,qgd F84,0F4,1F4,1F Carga vertical total: Pavimento tipo kkd Q4,1G4,1W kN25772954,115464,1Wd kN1546Gk kN295Qk Obtidos em sala de aula Carga vertical total: Cobertura kN2016Gk kN355Qk (incluída a carga do reservatório: 600kN) (incluída sobrecarga da casa de máquinas) kN33193554,120164,1Wd As cargas verticais totais por pavimento serão utilizadas no cálculo do z Ações horizontais de vento à 0° (edifício modelo) (Valores nominais) Combinação 1 1vento,qsob,qgd F84,0F4,1F4,1F kN47,3266,3884,0F d,cob,h kN32,3128,3784,0F d,5,h kN95,2965,3584,0F d,4,h kN27,2866,3384,0F d,3,h kN07,2603,3184,0F d,2,h kN69,2201,2784,0F d,1,h 19,11kN/m 25,24kN/m 22,69kN 26,07kN V1 P1 28,27kN 29,95kN 31,32kN 32,47kN 20,93 kN/m 17,60kN/m17,60kN/m8,54kN/m 19,11kN/m 37,00kN/m 35,92kN/m35,92kN/m 23,02kN/m V2 44,16kN/m25,24kN/m P2 P3 14,67kN/m P4 P5 44,16kN/m P6 P7 34,20kN/m P8 P9 23,02kN/m P11 V4 P10 10,15kN 14,67kN/m P12 28,13kN Ações de cálculo da Combinação 1 (edifício modelo) Observações: • Para a obtenção dos deslocamentos horizontais não foram lançados o peso próprio dos pilares, as reações verticais dos pórticos perpendiculares nem as ações provenientes do reservatório no nível da cobertura (simplificação). • As ações provenientes do reservatório serão computadas no cálculo da carga vertical total da cobertura, para a determinação do coeficiente z. Obtenção de esforços e deslocamentos da combinação 1 Processar pórtico (programa computacional) Obter o deslocamento horizontal de cada pavimento: d,hi Observação importante: É necessária a consideração da não-linearidade física (NBR 6118, item 15.7.3) cci I.E.4,0EI cci I.E.8,0EI Redução da rigidez à flexão EI: Para vigas Para pilares cI Momento de inércia da seção bruta fck.5600.E Eci depende do agregado graúdo (0,7 à 1,2: vide item 8.2.8 da NBR 6118) E (MPa) Avaliação dos efeitos globais de 2° ordem Cálculo do coeficiente z: Combinação 1 Pavimento Cota (m) Fhi,d (kN) Wi,d (kN) hi,d (mm) DMtot,d(i) (kN.m) M1tot,d(i) (kN.m) Cobertura 16,80 32,47 3319 17,70 58,75 545,50 5° pav. 14,00 31,32 2577 16,48 42,47 438,48 4° pav. 11,20 29,95 2577 14,58 37,57 335,44 3° pav. 8,40 28,27 2577 11,79 30,38 237,47 2° pav. 5,60 26,07 2577 8,21 21,16 145,99 1° pav. 2,80 22,69 2577 3,83 9,87 63,53 Base 0 - - 0 0 0 Soma DMtot,d = 200,2 M1tot,d = 1766,4 10,1128,1 4,1766 2,200 1 1 M M 1 1 d,tot,1 d,tot z D Consideração obrigatória dos efeitos de 2° ordem (Estrutura de nós móveis) Multiplicar as ações horizontais por z = 1,128 19,11kN/m 25,24kN/m 1,128x22,69kN 1,128x26,07kN V1 P1 1,128x28,27kN 1,128x29,95kN 1,128x31,32kN 1,128x32,47kN 20,93 kN/m 17,60kN/m17,60kN/m8,54kN/m 19,11kN/m 37,00kN/m 35,92kN/m35,92kN/m 23,02kN/m V2 44,16kN/m25,24kN/m P2 P3 14,67kN/m P4 P5 44,16kN/m P6 P7 34,20kN/m P8 P9 23,02kN/m P11 V4 P10 10,15kN 14,67kN/m 28,13kN P12 Reprocessar pórtico para obter os esforços amplificados (1ordem+2ordem) Esforços totais da combinação Mesmos procedimentos para as combinações restantes do ELU Combinação 2 Combinação 3 Combinação 4 Combinação n... Notando que é prudente na maioria dos projetos estruturais: 30,1z (vigas, lajes, pilares*, sapatas, blocos, etc) * Considerar ainda os efeitos locais de 2 ordem Envoltória de esforços para o dimensionamento das seções e armaduras ESTADOS LIMITES DE SERVIÇO (ELS) ESTADOS LIMITES DE SERVIÇO EM ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO Verificação de deformações excessivas Verificação de abertura de fissuras Flechas verticais em vigas e lajes Flechas horizontais do edifício Verificação de vibrações excessivas (já realizada com a seqüência proposta na disciplina) Combinações necessárias: Combinação Quase-Permanente Combinação Frequente Combinação Rara Recomendações para a definição das formas estruturais em edifícios de concreto 1) Pré-dimensionar as seções de lajes, vigas e pilares • O estabelecimento das dimensões prévias das seções pode ser feita por meio de cálculos simplificados de rotina ou por intuição e vivência do problema. • Respeitar as dimensões limites dos elementos estruturais segundo a NBR 6118. 2) Levantar as ações verticais e horizontais nos elementos estruturais • Calcular as cargas verticais nos pavimentos (parcela permanente e parcela variável). • Lançar vento e desaprumo em vários ângulos de incidência,conforme a simetria da estrutura. • Verificar a necessidade de lançar vento e desaprumo simultaneamente. • Calcular as ações sísmicas (vide zona sísmica). Obs: Verificar a necessidade de consideração de ações adicionais, como recalques, retração e fluência , variações de temperatura, entre outras. 3) Processar o pórtico espacial (ou a associação de pórticos planos) para a obtenção dos deslocamentos horizontais no topo do edifício e dos deslocamentos relativos entre pavimentos consecutivos, provocados pela ação do vento (combinação frequente do E.L.S.) • Os valores desses deslocamentos não devem ultrapassar os limites da norma de projeto (vide tabela 13.3 da NBR 6118). • Se esses deslocamentos não respeitarem os limites da norma, deve-se modificar a orientação dos pilares e/ou enrijecer a estrutura (aumentar dimensões de pilares e vigas), procurando-se reduzir tais deslocamentos. 4) Processar o pórtico espacial (ou a associação de pórticos planos) com as combinações de ações possíveis no E.L.U., incluindo as direções de vento e desaprumo analisadas. • Para cada combinação, deve-se obter os deslocamentos horizontais nos pavimentos e calcular o coeficiente gama z (z), a fim de considerar a amplificação dos esforços na estrutura decorrente dos efeitos de 2 ordem. • Se z < 1,10, a NBR 6118 permite desprezar os efeitos de 2 ordem. • Se 1,10 z 1,30, deve-se multiplicar as ações horizontais por z e recalcular os esforços solicitantes na estrutura para a combinação em questão. Com os esforços amplificados serão dimensionadas as armaduras nos elementos estruturais. • Se z > 1,30, é prudente enrijecer a estrutura para reduzir o valor de z (ou seja, reduzir a instabilidade da estrutura). Isso pode ser feito, por exemplo, com o aumento das seções dos pilares e/ou das vigas, com o emprego de pilares- parede ou com o aumento da resistência do concreto (fck). 5) Dimensionar os elementos estruturais frente aos Estados Limites • Com os esforços solicitantes obtidos nas combinações dos Estados Limites Últimos, dimensionar as armaduras necessárias aos elementos estruturais (pilares, vigas, lajes, sapatas, blocos sobre estacas, etc). • Verificar os Estados Limites de Serviço: deformações excessivas (flechas verticais em vigas e lajes; flechas horizontais do edifício), controle da fissuração e vibrações excessivas.
Compartilhar