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PSICANALISE

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História da psicanálise
Prof. Me. Jefferson Cabral Azevedo
Contexto Geral da psicologia no surgimento da Psicanálise
Contexto geral da psicologia no desenvolvimento da psicanálise
Diferenças na formação da psicanálise
Influências antecedentes na Psicanálise
Fenômenos Psicológicos Inconscientes
Primeiros trabalhos no campo da psicopatologia
Charles Darwin
Outras fontes de influência
FENÔMENOS PSICOLÓGICOS INCONSCIENTES
Usou a noção de limiar, mas a noção de equivalência da mente a um iceberg teve maior impacto sobre Freud:
Uma parcela considerável da mente está oculta sob a superfície, onde é influenciada por forças não observáveis
Outras influências: princípio do prazer, energia psíquica, conceito topográfico da mente, importância do instinto destrutivo
PRIMEIROS TRABALHOS NO CAMPO DA PSICOPATOLOGIA
Um novo movimento sempre requer algo contra que se revoltar, algo em que se apoiar para ganhar impulso.
Freud se opôs não a alguma escola de psicologia, mas à compreensão e o tratamento dos distúrbios mentais.
Igreja do século IV
O Martelo das Bruxas
 A inquisição no séc.XV
Juan Luis Vives (1492-1540)
Um dos primeiros a exigir tratamento mais sensível e humano para os indivíduos portadores de doenças mentais.
Philipe Pinel (1745-1826)
“O doente mental, longe de ser um indivíduo culpado e merecedor de castigo, é uma pessoa doente, cujo estado de sofrimento merece toda a consideração dispensada à humanidade sofredora. Alguém deve tentar restaurar a razão desse indivíduo usando métodos simples.”
Dorothea Dix (1802-1887)
“Venho como advogada de homens e mulheres insanos, estúpidos, esquecidos e desamparados: de seres humilhados e condenados a condições que provocariam verdadeiro horror até os mais insensíveis”.
Benjamin Rush (1745-1813)
Fundou o primeiro hospital exclusivo para o tratamento de distúrbios emocionais
Usava algumas formas de tratamento de choque.
Cadeira giratória
Cadeira tranquilizante
Elwood Worcester
Inicia o movimento da Igreja Emmanuel, comprovando a eficácia da Psicoterapia.
Franz Anton Mesmer (1734-1815)
Aplicou no tratamento dos distúrbios emocionais, a força chamada “magnetismo animal” Uso da Hipnose.
James Braid (1795-1860)
Chama o estado de aparente catalepsia de neuro-hipnologia, do qual se derivou o termo hipnose.
Jean Martin Charcot (1825-1893)
Descreveu os sintomas da histeria e do uso da hipnose, adotando a terminologia médica, facilitando a aceitação da técnica pela Academia Francesa de Ciências.
Pierre Janet (1859-1947)
Seus trabalhos no tratamento dos distúrbios mentais ajudaram a mudar as ideias dos psiquiatras da perspectiva somática(física) para a psíquica(mental).
Contexto da psicopatologia
Na idade média
Predomínio da incriminação e punição – a causa das doenças eram a perversidade a possessão e a bruxaria
No século XIX
Atitude mais humana de racional – declínio das influências da igreja e maior investigação científica
Decorrer do séc. XX
Escola somática – afirmava que o comportamento anormal tem causas físicas
Escola psíquica – recorria a explicações mentais ou psicológicas
A hipnose surge como um método de tratamento que muda as crenças da escola somática para a escola mental ou psíquica
A INFLUÊNCIA DE DARWIN
Freud admitia a influência de Darwin e Goethe na sua escolha da medicina
Darwin, como Freud, se concentra em aspectos não racionais do comportamento (conflitos mentais inconscientes, significação dos sonhos, etc.)
Outros aspectos:
Teoria do desenvolvimento infantil
Continuidade do comportamento emocional da infância à vida adulta;
Sugestão de que o impulso sexual aparece em bebês de até sete semanas de vida
OUTRAS FONTES DE INFLUÊNCIA
Doutrina do hedonismo – princípio do prazer
Mecanicismo – determinismo psíquico
Zeitgeist positivo em relação ao tema da sexualidade
A repressão sexual da sociedade vienense não era típica da cultura como um todo
O interesse pelos assuntos sexuais era presente na vida cotidiana e na literatura científica
1845 – Patze: a firmou que o impulso sexual estava presente em crianças já aos três anos
1886 – Krafft-Ebing: publicou Psicopatia Sexual
1897 – Albert Moll: publica obra sobre a sexualidade na criança e sobre o amor pelo genitor do sexo oposto
A Catarse – por volta de 1890 havia mais de 140 publicações em alemão sobre o tema
Biografia de Sigmund Freud
Prof. Me. Jefferson Cabral Azevedo
1856, 6 de maio – Nasce Sigmund Freud
1859 - Outubro – Freud e a família de mudam-se para Viena, preservando a sua ligação com a cultura tcheca através da gastronomia, motivo para historiadores publicarem livros de seus pratos favoritos.
1870 - Visita de Sigmund Freud a Freiberg, sua terra natal.
1873 - Gradua-se no Gynasium; Ingressa no curso de Medicina, na Universidade de Viena.
1881 - Conclui sua graduação em Medicina.
1882 - Breuer termina o tratamento de Ana O; Freud trabalha no Hospital Psiquiátrico, com Theodor Meynert.
1884-885 - Realiza estudos e pesquisas sobre as aplicações clinicas da cocaína e seus efeitos
1885-1886 - Muda-se para Paris e estagia em La Salpetriere, com neurologista francês Jean-Martin Charcot. - observou o uso da hipnose no tratamento da histeria e viu estimulado seu interesse para os distúrbios mentais. Nos anos seguintes tornou-se especialista em doenças nervosas e fundamentou a teoria psicanalítica do aparelho psíquico
1886- Abre consultório e casa-se com Martha Bernays;
1887-1888 - Sigmund Freud estuda o uso da hipnose.
1891 - Muda-se para Bergasse, 19, casa onde viverá 40 anos, mais tarde transformada em museu.
1893-1894- 1895-Com Josef Breuer, o médico austríaco, confecciona os Estudos sobre a Histeria. Breuer cria um Método visando tratar a Histeria O Método Catártico (de Catarsis).
Catarsis
Termo antigo, cunhado por Aristóteles, preconizando limpezas simbólicas das emoções; termo também utilizado para os laxativos em medicina: - Os Catárticos. 
A História registra mais uma proposta para o alivio das tensões, das ansiedades, dos sentimentos e dos medos, regulada por leis orgânicas. E numa virada histórica, Freud constrói uma outra visão do ritmo do aparelho psíquico, e introduz um corte no conhecimento humano, corte epistemológico este, que introduz na Cultura a ideia da existência das Leis do Inconsciente.
1896 - Usa o termo Psicanálise pela primeira vez
1899-1901 - Publica: A Interpretação dos Sonhos; Inicia a análise de Dora, uma moça de 18 anos.
1902 - Funda a Sociedade Psicológica das Quartas-feiras
1905 - Publica os trabalhos que modificarão para sempre o conceito de realidade. Reelabora o conceito de inconsciente.
1909 - Visita os Estados Unidos, como conferencista convidado, para as comemorações do jubileu da Clark University, em Wochester
1910 - Funda a International Psycho-Analytical Association. 
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1921 - No Brasil, em São Paulo, Durval Marcondes se interessa pela Psicanálise
1928 - Correspondência de Freud com o Prof. Durval Marcondes da USP-SP.
1938 - Quando a Áustria é anexada à Alemanha; a casa de Freud e a Associação Vienense de Psicanálise são vasculhadas. Ana Freud é presa e interrogada pela Gestapo. As irmãs de Freud morrem em campos de concentração. Com a intervenção de William Bullitt, diplomata americano, e com o resgate pago por Marie Bonaparte, imigra para Londres, Inglaterra residindo em Maresfield Gardens 20; hoje Freud Museum of London. Conclui o texto “Moisés e o Monoteísmo”.
1939 – Morre em Londres, no dia 23 de setembro
Nascimento
6 de Maio de 1856 -Príbor, República Checa
Falecimento
23 de Setembro de 1939 - Londres, Inglaterra
Escola
Psicanálise (fundador)
Ideias notáveis
Inconsciente, sonho, libido, divisão do aparelho psíquico, desenvolvimento psicossexual, pulsão, mecanismos de defesa
Influências
Brücke, Darwin, Charcot, Breuer,Sófocles, Shakespeare, Goethe, Schopenhauer
Influenciados
Jung, Lacan, Adler, Klein, Escola de Frankfurt,Guattari, de Beauvoir,Castoriadise outros...
A psicanálise como método
de tratamento
O INÍCIO DO MÉTODO Psicanalítico
Iniciou seus estudos e publicações com a teoria de que as emoções reprimidas levam aos sintomas da histeria, que poderiam desaparecer se o paciente conseguisse se expressar.
Fazia uso da Hipnose. Acreditava que as memórias ocultas ou "reprimidas" nas quais baseavam-se os sintomas de histeria eram sempre de natureza sexual
Insatisfeito com a hipnose, desenvolveu o que é hoje a base da técnica psicanalítica: a livre associação. O paciente é convidado a falar o que lhe vem à mente para revelar memórias reprimidas causadoras de neuroses.
O pai de Freud falece em outubro de 1896, Freud, naquele período, dedica-se a anotar e analisar seus próprios sonhos, remetendo-os à sua própria infância e, no processo, determinando as raízes de suas próprias neuroses.
O Trabalho com sonhos
Os sonhos são "a estrada mestra para o inconsciente“.
A essência do sonho é a realização de desejos. Deu ao desejo papel prioritário em seus estudos.
Os sonhos possuem um conteúdo manifesto e latente
Manifesto – história contada quando nos recordamos dos eventos ocorridos no sonho.
Latente – seu significado oculto ou simbólico. Para interpretar o sentido oculto o terapeuta deve traduzir o significado simbólico dos eventos que o paciente relata na história
Os desejos proibidos presentes no conteúdo onírico latente se exprimem, no conteúdo manifesto, apenas de forma simbólica ou disfarçada
Os símbolos são particulares, embora haja muitos comuns a todos nós – a interpretação dos símbolos exige o conhecimento dos conflitos do paciente
Nem todos os sonhos têm como causa conflitos emocionais
Observações de Freud
O processo terapêutico deveria ser longo e intenso – cinco sessões semanais durante meses ou anos.
Futuros terapeutas deveriam passar por dois anos de supervisão.
A prática da psicanálise deveria ser independente da medicina.
Método de pesquisa de Freud
Suas teorias foram derivadas da auto-observação e da observação dos seus pacientes submetidos à psicanálise.
Usava técnicas de livre associação e da análise de sonhos.
Suas teorias foram formuladas, revisadas e ampliadas apenas por ele.
Ignorava críticas alheias – sugeria que só psicanalistas que usassem suas técnicas estavam qualificados a julgar o valor científico de suas descobertas.
A psicanálise como sistema de Personalidade
Explorou áreas que os psicólogos tendiam a ignorar, tais como as forças motivadoras inconscientes, os conflitos entre essas forças e os efeitos desses conflitos sobre o comportamento
Instintos – impulso ou pulsão
São os fatores propulsores ou motivadores da dinâmica da personalidade, as forças biológicas que liberam energia mental
Não são predisposições herdadas mas fontes de estimulação no interior do corpo
Pulsão de vida – incluem a fome, a sede e o sexo, referindo-se à autopreservação e à sobrevivência da espécie – sua forma de manifestação se dá pela libido
Pulsão de morte – (thanatos) é uma força destrutiva que pode ser auto ou heterodirigida.
“A hostilidade e a agressão, tanto quanto o sexo, são forças importantes da personalidade”
Aspectos Conscientes e Inconscientes da Personalidade
Grande parte de nossos comportamentos provém de processos inconscientes
Crenças, medos e desejos DESCONHECIDOS são os verdadeiros influenciadores do nosso comportamento
Cs - Raciocínios, Percepções e pensamentos
Ics - Memórias, lembranças, pulsões, recalcamentos, desejos e medos
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FREUD – Estrutura psíquica
Componentes básicos da estrutura psíquica:
 Id - conjunto de conteúdos de natureza pulsional e de ordem inconsciente.
 Ego - concebido como um polo de defesa ou de adaptação à realidade
 Superego – internalização das normas e regras sociais e parentais.
FREUD – Estrutura psíquica
ID
Estrutura original, básica, contém tudo que é herdado. Formado por pulsões: instintos, impulsos orgânicos e desejos inconscientes. 
É completamente inconsciente. Contém o material reprimido e conteúdos inconscientes que nunca foram para a consciência.
É a fonte e o reservatório da energia psíquica (libido), primitiva e instintiva.
É regido pelo principio do prazer, ou seja, busca sempre o que produz prazer e evita o que é aversivo. 
Não faz planos, não espera, busca uma solução imediata para as tensões, não aceita frustrações e não conhece inibição. 
Desconhece juízo, lógica, valores, ética ou moral, sendo exigente, impulsivo, cego, irracional, anti-social, egoísta e dirigido ao prazer. 
FREUD – Estrutura psíquica
EGO 
Desenvolve-se a partir do id, com o objetivo de lidar realisticamente com suas pulsões básicas.
Funciona como mediador entre as forças do id e exigências da realidade externa (superego). Para isso, busca uma harmonização entre os desejos do id, a realidade e as exigências do superego.
É regido pelo princípio da realidade, ou seja, leva em conta o mundo externo, permitindo que os impulsos do id sejam eficientes. É esse princípio que introduz a razão, o planejamento e a espera ao comportamento humano – a satisfação das pulsões é retardada até o momento em que a realidade permita satisfazê-las com um máximo de prazer e um mínimo de consequências negativas.
Tarefa: garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade (auto-preservação);
FREUD – Estrutura psíquica
SUPEREGO
É inconsciente e desenvolve-se a partir do ego, fixando normas, modelos de conduta que definem e limitam a flexibilidade do ego, atuando sobre ele como juiz.
Origina-se a partir da repressão. Baseado nos valores de gerações e ideais tradicionais da sociedade, censura as pulsões do id, impedindo-o de satisfazer plenamente os seus instintos e desejos, 
Manifesta-se à consciência indiretamente, sob forma da moral (interdições e deveres) e por meio da educação, pela produção do “eu ideal” (a pessoa moral, boa e virtuosa). 
O superego tem três objetivos: 
1-inibir (através de punição ou sentimento de culpa) qualquer impulso contrário às regras e ideais por ele ditados; 
2- forçar o ego a se comportar de maneira moral (mesmo que irracional); 
3- conduzir o indivíduo à perfeição - em gestos, pensamentos e palavras.
FREUD – Estrutura psíquica
O Ego procura:
Controlar ou regular impulsos – buscar soluções mais adequadas, menos imediatas / mais realistas;
Substituir o princípio do prazer pelo princípio da realidade;
Percepção Ego 
 Instinto Id
Exemplo de atuação da psique:
ID – não trabalhar; não estudar para a prova.
 Decisão ir para a praia.
Superego – inaceitável faltar a um compromisso assumido.
Ego – aconselha, estabelece prudência; busca oportunidade mais adequada.
 Decisão outro dia eu posso ir a praia.
FREUD – Meta da psique
Meta da psique:
Manter e recuperar, quando perdido, um nível aceitável de equilíbrio dinâmico que maximiza o prazer e minimiza o desprazer.
Chega à conclusão de que seus próprios problemas eram devidos a uma atração por sua mãe e a uma hostilidade ao seu pai. É o famoso “Complexo de Édipo”, que se torna o coração da teoria de Freud sobre a origem da neurose em todos os seus pacientes.
Teorizou sobre a luta constante entre a força da vida e do amor contra a morte e a destruição, simbolizados pelos deuses gregos Eros (amor) e Tanatos (morte). A sua teoria da mente ganhou forma com a publicação em 1923 com o lD e o EGO.
Freud inovou em dois campos. Simultaneamente, desenvolveu uma teoria da mente e da conduta humana, e uma técnica terapêutica para ajudar pessoas afetadas psiquicamente.
Seus conceitos de inconsciente, desejos inconscientes e repressão foram revolucionários e que propõem uma mente dividida em camadas ou níveis, dominada em certa medida por vontades primitivas que estão escondidas sob a consciência e que se manifestam nos lapsos e nos sonhos.
Postula também a existência de um pré-consciente, que descreve como a camada entre o consciente e o inconsciente.
Pensamentos e sentimentos dolorosos experimentados pelas pessoas (que não podem suportá-los) não podem ser
expulsos da mente, mas são expulsos do consciente para formar parte do inconsciente ( repressão).
A ansiedade
Funciona como uma advertência de que o ego está sendo ameaçado
Objetiva (ou real) – vem do medo dos perigos concretos do mundo real
Neurótica – vem do reconhecimento dos perigos potenciais inerentes à gratificação instintual; medo da punição por se atender ao id
Moral – advém do medo de nossa própria consciência moral, experimentada como culpa ou vergonha
Mecanismos de defesa do ego
Identificação
Sublimação
Repressão
Negação
Projeção
Formação reativa
Fixação
Regressão
Algumas defesas protetoras contra a ansiedade
FREUD - Fases do desenvolvimento
Freud foi o primeiro a afirmar que o desenvolvimento do indivíduo se dá em fases ou estágios e que os primeiros anos da vida são os mais importantes para o desenvolvimento da pessoa.
Freud descreve quatro fases distintas e um período de latência, pelos quais a criança passa em seu desenvolvimento. A transição de uma fase para outra é biologicamente determinada, sendo cada uma delas definida pela região do corpo a que as pulsões se direcionam. 
Fase oral (0-18 meses)
Fase anal (18 meses-3 anos e meio) 
Fase fálica (3 a 6 anos)
Fase de latência (6-11 anos)
Fase genital (a partir de 11 anos)
Em cada fase surgem novas necessidades que exigem ser satisfeitas; a maneira como essas necessidades são satisfeitas determina como a criança se relaciona com outras pessoas e quais sentimentos ela tem para consigo mesma.
FREUD - Fases do desenvolvimento
Fase oral: 
A primeira fase do desenvolvimento, que se estende desde o nascimento até pouco mais de um ano de vida.
A criança vivencia prazer e dor através da satisfação ou frustação de pulsões orais, ou seja, pela boca. Essa satisfação ocorre independentemente da saciação da fome. 
Para a criança, sugar, mastigar, comer, morder, cuspir têm uma função ligada ao prazer, além de servirem à alimentação. 
Ao ser confrontada com frustações, a criança é obrigada a desenvolver mecanismos para lidar com tais frustações. Esses mecanismos são a base da futura personalidade da pessoa.
FREUD - Fases do desenvolvimento
Fase anal:
Ocorre, aproximadamente, de 1 ano e meio de vida até os 3 anos e meio. É quando a criança tem de aprender a controlar sua defecação, pois já existe um maior controle da musculatura. 
Nesta fase, a satisfação das pulsões se dirige ao ânus, ao controle da tensão intestinal. 
Como na fase oral, os mecanismos desenvolvidos nesta fase influenciam o desenvolvimento da personalidade. Elogios e críticas são importantes para determinar aspectos como criatividade, produtividade, generosidade. 
Os adultos devem estar atentos, pois as crianças na fase anal buscam corresponder às expectativas que depositam sobre ela. 
Na fase anal o desejo e o prazer localizam-se primordialmente nas excreções e fezes. Brincar com massas e com tintas, amassar barro ou argila, comer coisas cremosas, sujar-se são os objetos do prazer
FREUD - Fases do desenvolvimento
Fase fálica:
Dos 3 aos 6 anos de idade, início da fase escolar, a criança passa a perceber mais claramente a diferença sexual entre meninos e meninas.
As pulsões se canalizam para os próprios órgãos genitais, sobre os quais as crianças demonstram curiosidade. É comum vê-las se tocando ou observando o coleguinha no banheiro. 
Os pais, ao coibir atitudes como a exibição dos órgãos sexuais ou sua manipulação em público, auxiliam pela repressão na construção do comportamento sexual do filho.
Nesta fase, a criança tende a estabelecer seu papel sexual e a resolução do complexo de Édipo. 
Complexo de Édipo
Ocorre durante a fase fálica
Se caracteriza pelo investimento libidinal em um dos progenitores se chama complexo de Èdipo, ( Jung chamou de Édipo e de Electra).
O complexo de Édipo é então finalizado com o surgimento do superego, com a desistência da criança com relação à mãe e com a identificação do menino com o pai.
FREUD - Fases do desenvolvimento
Fase de latência: 
Depois da agitação dos primeiros anos de vida, segue-se uma fase mais tranquila que se estende até a puberdade, por volta dos 11 anos. 
Nessa fase, as fantasias e impulsos sexuais são reprimidos, tornando-se secundários.
O desenvolvimento cognitivo e a assimilação de valores e normas sociais se tornam a atividade principal da criança, continuando o desenvolvimento do ego e do superego. 
FREUD - Fases do desenvolvimento
Fase genital:
A última fase do desenvolvimento psicossocial é a fase genital, que se dá durante a adolescência. 
Nesta fase, as pulsões sexuais, depois da longa fase de latência e acompanhando as mudanças corporais, despertam-se novamente, mas desta vez se dirigem a uma outra pessoa. 
A escolha do parceiro é influenciada pelos processos de desenvolvimento e pela vivência nas fases anteriores. 
Apesar de continuarem agindo durante toda a vida do indivíduo, os conflitos internos típicos das fases anteriores atingem uma relativa estabilidade na fase genital, conduzindo a pessoa a uma estrutura do ego que lhe permite enfrentar os desafios da idade adulta.
FREUD - Mecanismos de Defesa
Mecanismos de Defesa
São medidas extremas que o ego adota para aliviar tensões, sob excessiva ansiedade.
Operam inconscientemente e negam, falsificam ou distorcem a realidade.
Freud classificou vários mecanismos de defesa que o ser humano é capaz de utilizar pela atuação da psique. Destacaremos, aqui, alguns deles:
Repressão: é o processo pelo qual são afastados da consciência conflitos e frustrações demasiadamente dolorosos para serem experimentados ou lembrados, reprimindo-os e recalcando-os para o inconsciente; o que é desagradável é, assim, esquecido.
FREUD - Mecanismos de Defesa
Formação Reativa: consiste em ostentar um procedimento e externar sentimentos opostos aos impulsos verdadeiros, indesejados ou inaceitáveis. 
Projeção: consiste em atribuir a outros as idéias e tendências que o sujeito não pode admitir como suas.
Fixação: ocorre quando uma parte da libido permanece ligada a determinado estágio de desenvolvimento, impedindo que a pessoa passe completamente ao estágio seguinte, causando um congelamento no desenvolvimento. 
Regressão: é o retorno a comportamentos imaturos, característicos de uma fase de desenvolvimento pela qual a pessoa já passou. Geralmente a regressão remonta a estágios nos quais ocorreu uma fixação anterior.
Sublimação: é a satisfação de um impulso inaceitável através de um comportamento socialmente aceito.
FREUD - Mecanismos de Defesa
Identificação: é o processo pelo qual um indivíduo assimila um aspecto do comportamento, uma característica de outra pessoa. Uma forma bastante observável de identificação é a que ocorre com o agressor.
Deslocamento: ocorre quando se transfere os impulsos indesejáveis, como agressão, a terceiros, em vez de direcioná-los à(s) pessoa(s) a que se referem. 
Fuga (para a vida de fantasia): substituição de fatos penosos por fantasias prazerosas. Utilizados em toda a infância em grau moderado para proteger o ego contra a ansiedade. Pode se tornar prejudicial quando assume grandes proporções, afastando da realidade.
OBS: Os mecanismos de defesas são usualmente utilizados por todas as pessoas, mas podem se tornar patológicos quando são muito frequentes ou intensos demais.
Dissidentes e descendentes
Prof. Me. Jefferson Cabral Azevedo
Descendentes e dissidentes
Anna Freud (1895 – 1982)
Carl Gustav Jung (1875 – 1961)
Alfred Adler (1870 – 1937)
Anna Freud
Contribuições
Principal contribuição é a apresentação de uma abordagem de terapia psicanalítica para crianças.
Ampliação do papel do Ego e seu funcionamento independente do Id.
Ampliação dos papeis dos mecanismos de defesa para proteger o Ego da ansiedade.
Alfred Adler (1870-1937)
Psicologia Individual
Alfred Adler (1870-1937)- Viena, Austria:
1902 – inicio da associação entre Freud e Adler.- se reunem 1 vez por semana para estudar psicanálise.
Em 1910, embora fosse
presidente da sociedade psicanalítica de Viena e coeditor da sua revista, ele criticava cada vez mais a teoria freudiana, vindo logo a romper com a psicanálise e a desenvolver sua própria abordagem da personalidade
Psicologia Individual
Elementos da teoria Adleriana:
Sentimentos de inferioridade: “Ser um ser humano significa sentir-se inferior”
A incapacidade de superar esse sentimento de inferioridade leva ao surgimento do complexo de inferioridade.
As pessoas com complexo de inferioridade têm uma opinião ruim sobre si mesmas, sentem –se incapazes de lidar com as demandas da vida. 
Complexo de superioridade: situação que se cria quando uma pessoa super-compensa sensações de inferioridade normais.
A Teoria Analítica de Carl Jung
Prof. Me. Jefferson Cabral Azevedo
História Pessoal
Carl Gustav Jung nasceu em Kesswyl, na Suíça em julho de 1875, e faleceu em junho de 1961, em Zurique, aos 85 anos.
Ingressou na Universidade da Basiléia para estudar filologia e arqueologia, mas logo se interessou pela medicina.
Foi colaborador de Eugen Bleuler e estudou com Pierre Janet.
Começou a se corresponder com Freud em 1906, após ler “A Interpretação dos Sonhos”.
Freud o considerou seu ‘príncipe herdeiro’. Jung foi o primeiro presidente da Associação Psicanalítica Internacional, desde a sua criação, em 1910.
Em 1913 findaram sua correspondência pessoal e mais tarde profissional. Em 1914 Jung renunciou a presidência da API e se retirou como membro.
Por 60 anos, estudou profundamente a personalidade humana, através da mitologia, símbolos, rituais, religiões, crenças, costumes, etc.
A estrutura da personalidade
O Ego – percepções, memórias, pensamentos e sentimentos conscientes. Senso de identidade e continuidade.
O inconsciente pessoal – experiências conscientes que foram esquecidas, suprimidas, ignoradas, e que podem ser acessíveis à consciência.
Complexos – constelações de sentimentos, percepções, pensamentos e memórias que existem no ics pessoal. Exemplo: complexo materno.
O inconsciente coletivo – reservatório de traços de memória racial latente herdado do passado ancestral, resíduo do desenvolvimento evolutivo, universal. Predisposições projetadas que nos fazem reagir ao meio.
Arquétipos – (imagos, imagens mitológicas) são formas universais de pensamentos (ideias) dotados de grande emoção. Origina-se de experiências repetidas através das gerações.
A persona – papel atribuído pela sociedade, máscara desenvolvida para atendera às demandas sociais, personalidade pública.
A anima e o animus – arquétipo feminino no homem e arquétipo masculino na mulher. Imagens coletivas que permitem a compreensão do outro sexo.
A sombra – lado animal do ser humano, responsável por nossa concepção de pecado original; quando projetado, se torna o diabo, o inimigo.
O self – ponto central da personalidade em torno do qual os sistemas estão constelados. É a meta da vida, a busca da integralidade, só se realiza na meia idade, quando os sistemas estão mais desenvolvidos e conscientes.
As atitudes – de introversão (para o mundo interno) e de extroversão (para o mundo externo). Uma delas é dominante e consciente e a outra é subordinada e inconsciente.
Personalidade
As funções 
 Pensamento: ideacional, intelectual.
Sentimento: avaliação subjetiva, valor das coisas.
Sensação: percepção do mundo.
Intuição: processos inconscientes e subliminares.
Uma função é predominante, superior, e uma é inferior. A síntese equilibrada das 4 funções é a meta ideal da personalidade.
A dinâmica da personalidade
Energia psíquica: chamada de libido, é a energia vital usada nos processos psíquicos.
Valores psíquicos: quantidade de energia psíquica investida em um elemento da personalidade.
O poder do complexo: o complexo é ‘constelador’ à medida em que mais itens se associam ao seu núcleo.
O princípio da equivalência: princípio da conservação da energia. Se um valor diminui, outro sobe. Se a energia for removida de um sistema, aparecerá em outro. Há troca entre a psique e o mundo externo, pois o sistema é apenas parcialmente fechado.
O princípio da entropia: a energia busca o equilíbrio. Distribuir a energia regularmente entre todos os sistemas é a meta do self.
O uso da energia:parte da energia é gasta na manutenção da vida e propagação da espécie (funções inatas, instintivas, biológicas). A parte que ‘sobra’, é voltada para atividades culturais e espirituais.Conforme a pessoa se torna mais eficiente em satisfazer suas necessidades e quanto mais envelhece, mais energia fica disponível para atividades psíquicas.
O desenvolvimento da personalidade
A meta do desenvolvimento é a auto-realização. 
Causalidade versus teleologia – o presente é determinado pelo passado (causalidade) e pelo futuro (teleologia). Uma atitude causal produz resignação, e uma atitude finalista leva à esperança.
Sincronicidade: se aplica a eventos que ocorrem juntos, mas um não é a causa do outro. Ex.: pensamos em uma pessoa e ela aparece.
Hereditariedade: responsável pelos instintos biológicos, impulso interno para agir de certa maneira em certas situações. 
Estágios do desenvolvimento
Infância: atividades instintuais e influência parental.
Idade adulta jovem: o adolescente se diferencia dos pais e tem a extroversão como atitude primária. A consciência domina a vida mental com a escolha da profissão e constituição da família.
Meia-idade: busca do significado, regida pela introversão. Valores sublimados em símbolos sociais, religiosos, filosóficos e cívicos.
Progressão e regressão: na progressão normal, forças opostas se unem harmoniosamente. O ego consegue satisfação e ajuste ao meio. Quando frustrações impedem esse movimento, a libido faz uma regressão para o inconsciente. Isso pode ser reversível. 
O processo de individuação: se os sistemas não forem igualmente desenvolvidos, as partes negligenciadas formarão resistências e a pessoa se tornará neurótica. O processo de desenvolvimento dos sistemas se chama individuação.
A função transcendente: integração harmoniosa dos diferentes sistemas. É a ‘revelação da pessoa essencial em todos os seus aspectos’.
Sublimação e repressão: quando o deslocamento de energia é regido pela individuação, temos a sublimação. Quando a descarga de energia tanto dos canais instintuais quanto sublimados é bloqueada, chamamos de repressão. A energia reprimida ‘carrega’ o inconsciente, e a pessoa se torna irracional e impulsiva.
Simbolização: para Jung, o símbolo tem duas funções, a de tentar satisfazer um impulso instintual frustrado e a de corporificar material arquetípico. São representações da psique e fazem parte do desenvolvimento da personalidade. Ex.: a dança como forma de sublimar energia sexual. Pode ser mais ou menos satisfatório, e pode levar a outros símbolos.

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