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ILP – INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA Fábio Mendonça No RS é plantado 5 milhões de hectares de soja, sendo 1 milhão plantado trigo e demais sem nenhuma safra Há pouco tempo atrás, era senso comum de que a “maldita” pecuária deveria passar longe da lavoura de arroz. Marcas de casco eram consideradas pecados capitais, por uma série de fatores: o pisoteio animal prejudica a lavoura, pois faz buracos que diminuem o estande, que acumulam água, que fazem despertar o arroz vermelho, que destroem as taipas, etc... Será? 1 INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA Conceitos: Refere-se a uma associação entre cultivos agrícolas e produção animal, utilizadas nos diferentes lugares do mundo com diferentes propósitos; Não é nada novo porém atualmente tem ganhado bastante força em função da ineficiência dos atuais modelos pecuários e agrícolas; Sua base de sustentação é o sistema de plantio direto, as boas práticas de manejo e a utilização de pastejos moderados. INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA Conceitos: A diversificação é apontada pelas rotações agrícolas, associadas a uma pastagem, cujo arranjo sinérgico recicla melhor os nutrientes e diminui a ineficiência de pragas e doenças; O resultado final, em nível de sistema, é maior que a soma dos cultivos singulares. INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA Interesse político: Comprometimento do governo em diminuir entre 36 e 39% o gases de efeito estufa até 2020; Fomento com programas de crédito para adoção de sistemas de ILP dentro de programas como o ABC (agricultura de baixo carbono). No centro do pais a ILP tem sido apresentada como alternativa de controle do desmatamento na Amazônia, pois a pecuária sendo conduzida com agricultura, não teria porque migrar para novas áreas . Filosofia produtivista Homogeneização da paisagem Alta produtividade Elevado custo de produção Perda da diversidade biológica Impactos Ambientais Sistemas Integrados de Produção Agrícola Diversificação e integração de atividades Otimização dos recursos e insumos Sinergismo entre os processos Aumento do potencial produtivo Produtividade Contexto atual Por que a integração lavoura-pecuária (ILP)? Mato Grosso Paraná Rio Grande do Sul Produtividade Média da SOJA kg/ha SOJA no RS De 39 safras no RS, quase 50% delas foram frustradas! Agricultura no RS = Risco Enquanto o avanço na produtividade da soja no Mato Grosso é de 61 kg/ha por ano, a do Rio Grande do Sul é de 22,9 kg/ha por ano. E não é somente isso. Se for observada a variabilidade da produção nos mesmos estados referidos, conclui-se que a alternância entre safras boas e ruins no Rio Grande do Sul é histórica e comum. Isto exemplifica a constatação de que, após uma boa safra, mais iminente estará a próxima frustração! A produtividade é o único objetivo? Relação entre rendimento e custo de produção do arroz no RS a partir da safra 1997/98 até 2010/11. Fonte: IRGA. Por que a integração lavoura-pecuária (ILP)? O adequado estabelecimento e manejo de pastagens com atividade pecuária em áreas de cultivo de grãos constitui alternativa para agregar ao sistema atributos de sustentabilidade biológica e econômica, com base em princípios de produção integrada, tais como: Maior ciclagem de nutrientes Melhor controle de plantas invasoras Otimização do uso de insumos Redução do risco de cada atividade Diversificação de produção e renda Porquê a ILP? “Os sistemas integrados de produção agropecuária (SIPAs) surgem como um modelo alternativo de produção de alimentos através do aumento das interações ecológicas entre os diferentes usos da terra que podem aumentar a ciclagem de nutrientes, melhorar a qualidade do solo e aumentar a biodiversidade, preservando os recursos naturais e o meio ambiente.” Lemaire et al. (2014) O que a ciência já mostrou... Grupo de Pesquisa em Ecologia do Pastejo Produção do Sistema Carvalho, P.C.F., Anghinoni, I. Martins, A.P., Kunrath, T. R. 2015. Integração soja-bovinos de corte no Sul do Brasil. (adaptado-no prelo) Grupo de Pesquisa em Ecologia do Pastejo Dinâmica de acúmulo do pasto Acúmulo de biomassa em situação sem e com pastejo Cortesia, Sbrissia, A. Grupo de Pesquisa em Ecologia do Pastejo A pastagem nos Sistemas Integrados Carvalho, P.C.F., Anghinoni, I. Martins, A.P., Kunrath, T. R. 2015. Integração soja-bovinos de corte no Sul do Brasil. (no prelo) Médias de 14 anos Grupo de Pesquisa em Ecologia do Pastejo Efeito do pastejo na lavoura em sucessão Da Silva et al. 2014. Spatial distribution of cattle dung in integrated crop-livestock systems under no-till and its relationship to soybean crop performance. European Journal of Agronomy. p.84-91. Independente do enfoque, as vantagens da ILP têm sido associadas invariavelmente: à redução de custos aumento da eficiência do uso da terra melhoria dos atributos físicos e químicos do solo redução de pragas e doenças aumento de liquidez e de renda Por que fazer ILP no RS? Soja (Glycine max), de aproximadamente 3,0 milhões de hectares. Milho (Zea mays) é estimada em 1,5 a 1,8 milhões de hectares Arroz (Oryza sativa) em torno de 600 mil há com plantio anual Na safra 2010/2011, as áreas com soja, milho e arroz ocuparam aproximadamente 6 milhões de ha: Elas sucedem apenas 0,93 milhão ha de lavouras de inverno (0,8 milhão de ha trigo) Estimativas das áreas de lavoura de verão que introduzem pecuária no inverno giram em torno de 1 milhão de ha SIGNIFICA QUE: A maior parte destas áreas ficam praticamente sem renda durante o inverno No exato período em que falta alimento para toda a pecuária gaúcha baseada em pastagens naturais ou cultivadas de ciclo estival Contrassenso Produzindo apenas palha para produção de biomassa para soja que poderia ser transformada em carne. 21 Uma parte sendo cultivada produção vegetal apenas para produção da palhada (muitas vezes de alto valor nutritivo) para as lavouras de verão Palhada esta que poderia ser convertida em renda através da produção de carne ou leite Sem prejuízos à lavoura, desde que mantidos alguns ajustes de manejo que veremos adiante. Produzindo apenas palha para produção de biomassa para soja que poderia ser transformada em carne. 22 Estima-se que em cada hectare de cobertura de inverno, não contando as áreas de trigo e outras lavouras dessa estação, se colocasse 1 novilho para passar o inverno, o rendimento em ganho de peso seria ao redor 660 milhões de toneladas de peso vivo. Não há justificativas, no contexto econômico e social que vivemos atualmente, para que essas áreas não produzam riqueza e empregos ao longo de todo ano. O plantio de coberturas de solo ou a alternativa de culturas de alto risco econômico, deveria levar o agricultor a buscar alternativas econômicas durante este período. aumento da taxa natalidade, redução da taxa mortalidade, redução da idade de abate e do primeiro acasalamento e, aumento do desfrute. A formação de pastagens hibernais de azevém e aveia torna viável a terminação de bovinos, durante a entressafra, e surge como alternativa para melhorar os índices zootécnicos da pecuária gaúcha como: A diversificação das atividades de uma propriedade, adicionando uma atividade que gere renda, no período de inverno, é fundamental para assegurar uma eficiente, produtiva e estável agricultura no futuro. É nesse contexto em que se situa a ILP, porque se entende que lavoura e pecuária, praticadas de forma isolada, podem ser sustentáveis em determinado momento, mas não se perpetuam no tempo, uma vez que são atividades cíclicas, onde ora o lavoureiro tem melhores retornos, ora a situação se inverte e privilegia o pecuarista. No Sul do Brasil a pesquisa na integração lavoura-pecuária desenvolveu-se dentro de duas realidades distintas: Em uma região tipicamente agrícola: Neste caso a pecuária seria uma opção de diversificação das propriedades e possibilitaria a utilização na alimentação animal de plantas de cobertura e/ou pastagens anuais em rotação com cultivos anuais de grãos. Este poderia ser o exemplo de diversas regiões agrícolas do País. Em uma região tipicamente pecuária: Neste caso a agricultura entra como uma opção na reforma de pastagens. A utilização da agricultura no processo de recuperação da capacidade produtiva das áreas destinadas às pastagens possibilita um controle de invasoras, uma diminuição de pragas e doenças e uma fertilização de forma econômica, além da diversificação da renda das propriedades. Este poderia ser o exemplo de diversas regiões do País em que falta infra-estrutura ou que o solo apresenta limitações para uma utilização agrícola intensiva e será exemplificado por resultados obtidos na região de Paranavaí no Paraná. Integrando lavoura e pecuária em regiões tipicamente agrícolas no Sul do Brasil Integração pastagem com arroz irrigado Cinco milhões de hectares de várzeas potencialmente utilizáveis Baixos índices de produtividade 25% de variação: necessidade de estudo destas rotações Azevém: espécie mais adaptada ao clima hidromórfico Trevo ball: Trifolium nigrescens 29 Após quatro anos da implementação do protocolo experimental SIPA terras baixas, o qual avalia diferentes SIPA em alternativa ao sistema tradicional de cultivo do arroz no RS, foram verificados resultados interessantes para esse atributo. Em 2017, os teores de MO de todos os SIPA foram superiores a 2013, com aumentos variando de 0,2 a 1,2%, dependendo do arranjo do sistema. Em contrapartida, no único sistema conduzido sob preparo convencional do solo e somente com a cultura do arroz, o teor de MO sofreu redução, passando de 2,0 para 1,7%. Isso demonstra a fragilidade do ambiente arrozeiro conduzido sob esse sistema tradicional de cultivo, proporcionando degradação do solo e dependendo cada vez mais do uso de fertilizantes. A adoção de um manejo mais conservacionista do solo (monocultivo de arroz) e do SIPA (integração lavoura-pecuária, com pasto hibernal de azevém e pastejo de bovinos de corte) contribuiu para um aumento de 16% (1,6 t/ha) no rendimento de grãos do arroz. Quando se incrementa a diversificação das culturas agrícolas, incluindo a soja na rotação do verão, esse aumento é ainda maior: 26% (2,6 t/ha). Integração na região dos Planaltos do Rio Grande do Sul ao Paraná Boa infra-estrutura e as propriedades têm normalmente mão de obra mais qualificada e são melhor gerenciadas. A pecuária entra como uma opção de diversificação destas propriedades, possibilitando uma renda adicional. No município de Guarapuava-PR foi avaliada a resposta das lavouras de soja e milho em sucessão à pastagem de inverno. Não se observou diferença significativa, tanto para as produções de soja como para as de milho, quando cultivadas sobre áreas pastejadas. Nos locais de concentração (próxima Figura), a produção de soja foi igual à área não pastejada (T). Esta comparação é importante uma vez que nos locais de concentração o solo apresentava a superfície extremamente compactada, que dificultava a entrada do trado calador até uma profundidade de 10 cm. O uso de semeadeira de plantio direto rompeu bem esta camada e as sementes conseguiram germinar e as plântulas desenvolveram-se bem Produção de soja e milho em função dos locais amostrados (LC - local de concentração; AP - área de pastejo e T - testemunha – sem pastejo), após rotação com pastagens consorciadas de inverno. Campo 12 - FAPA. Entre Rios - Guarapuava - PR. (Lustosa, 1998) AC representa1% a 3% da área total do potreiro Este resultado contradiz o conceito de que animais, em áreas de lavoura, compactam e podem reduzir a produção das culturas. A pastagem pós-soja responde à adubação nitrogenada? Em sistemas integrados, com cultivo de azevém ou aveia pós-soja, é comum o produtor confiar na "herança" que "fica" da lavoura para a pastagem, e não investir adequadamente na adubação, especialmente a nitrogenada. Essa visão equivocada leva a uma produção de biomassa limitada, especialmente em solos de várzea, cujos teores de matéria orgânica são baixos, de modo geral. Esta é a típica pastagem cara, onde se tira 40% ou menos de carne/leite, em relação ao real potencial que o pasto oferece. Trabalho de pesquisa conduzido na Estação Experimental Granja Maria, com sistemas de sucessão arroz/soja - azevém/aveia-preta. 75kg N/ha 0kg N/ha À esquerda, uma área que está sendo preparada para receber a cultura da soja em novembro, num quadro plano e sujeito a excesso hídrico. O custo desse preparo é da ordem de 10 sacas de soja/ha, pelo menos. Já à direita, numa cota de terreno muito semelhante, uma área que está sendo cultivada com azevém e trevo branco, sob pastejo moderado de bovinos de corte. Essa área também receberá soja em novembro, mas sob plantio direto, com dessecação próxima à semeadura. Essa área já sai com 10 sacas de soja/ha de vantagem. Além disso, terá ainda 50 dias de pastejo e, mantendo as médias atuais, com produção de 3 kg/ha/dia de carne teremos 150 kg/ha de carne no período. Ou 12 sacas de soja/ha. São 22 sacas de soja/ha antes da semeadura da oleaginosa. A Integração Lavoura-Pecuária vale a pena? TUPANCIRETÃ/RS 24 hectares subdividido em 12 parcelas Duas questões principais: Qual a intensidade de pastejo se pode utilizar de modo a não compactar o solo e não prejudicar a implantação da soja? Qual a quantidade de pasto tem que ser deixada para não afetar o rendimento da soja? Pastejo intenso Pastejo moderado Pastejo moderado Pastejo leve Entrada dos animais: 1500 kg de MS/ha 44 Porque altura? Relação entre massa de forragem e altura da pastagem A cada cm de altura do pasto representa aumento de 85 kg de MS. PONTO CHAVE PARA O SISTEMA ILP: MANEJO DO PASTO Produção animal Produção de grão 46 Pastejo moderado Pastejo intenso 10 cm 20 a 30 cm 40 cm Tudo que acontece acima do solo também ocorre abaixo dele, no sentido de que o crescimento das raízes está diretamente relacionado ao crescimento da parte aérea. Toda vez que a planta é estimulada a produzir uma nova folha, ela também é estimulada a produzir uma nova quantidade de raízes capazes de suprir as necessidades deste novo perfilho 49 Produção e comportamento animal Mitos que limitaram o crescimento de ILP: Áreas sob pastejo produzem cinco sacas a menos que áreas sem pastejo Compactação do solo “lenda do casco” Relação entre carga animal e altura da pastagem (média de 10 anos) Lotação (UA/ha) 5,5 3,6 2,3 1,3 Alta intensidade de pastejo: Expõe o solo ao efeito compactador do casco; Aumenta a suscetibilidade a ação das chuvas; Aumenta a suscetibilidade a compactação dos equipamentos agrícolas Processos erosivos e de compactação Deslocamento de bovinos em função da intensidade de pastejo Enquanto os animais pastejam alturas de manejo com 40 cm, foram registrados 30.000 passos ao longo do dia e aqueles que pastejam em alturas de 10 cm caminhão o dobro. Maior gasto energético com a movimentação; Maior seus efeitos de compactação: maior número de animais, maior o caminhamento no decorrer do dia. A cada cm a menos de altura de pasto, aumenta-se o tempo de pastejo em 14 minutos. Ganho de peso Relação entre ganho médio diário (A) e ganho de peso por área (B) de bovinos de corte de acordo com a intensidade de pastejo (média de 10 anos). Do ponto de vista da máxima eficiência biológica, o melhor manejo seria 10 cm, entretanto o sucesso da ILP depende dos resultados do sistema e não dos seus componentes individuais como o caso da produtividade bovina por área. 56 Peso e acabamento de carcaça Como o produto final da produção pecuária é a carne, o esforço de aumento de produtividade deve levar em conta as características de carcaça. Frigorífico buscam uma carcaça cima de 170 kg e com grau de acabamento igual ou superior a 3 mm. Relação entre peso de carcaça (A) e grau de acabamento (B) de bovinos de corte de acordo com a intensidade de pastejo (média de 10 anos). Invasão de planta daninhas Ocorrência de plantas daninhas no cultivo da soja de acordo com a intensidade de pastejo (média de 10 anos). À medida que aumenta a intensidade de pastejo, diminui a cobertura do solo, que pode levar a perda da capacidade competitiva em relação às plantas indesejáveis. Rendimento da soja Presença de esterco Rendimento de grão e número de legumes por planta em função de placas de esterco ao final do ciclo de pastejo intenso (10 cm de altura) Produtividade= Soja + Pecuária Produção de soja e da pecuária (equivalente em rendimento de soja) no período de desenvolvimento do estudo. “A resposta certa, não importa nada: o essencial é que as perguntas estejam certas.” Mário Quintana Mensagem Final Gráf1 Plan1 SAFRA Área Área ÁREA PERDIDA ÁREA COLHIDA PRODUÇÃO Rendimento Rendimento Rendimento ÁREA COLHIDA ÁREA COLHIDA Rendimento Custo (ha) (mil ha) (ha) (ha) (t) (kg/ha) (t/ha) (sc/ha) (kg/ha) (sc/ha) (sc/ha) (sc/ha) 1921/22 79,120 79 79,120 173,260 2,190 2.19 44 2,190 44 1922/23 84,880 85 84,880 184,850 2,178 2.18 44 2,178 44 1923/24 68,560 69 68,560 143,950 2,100 2.10 42 2,100 42 1924/25 92,550 93 92,550 184,500 1,994 1.99 40 1,994 40 1925/26 102,480 102 102,480 204,000 1,991 1.99 40 1,991 40 1926/27 101,650 102 101,650 226,540 2,229 2.23 45 2,229 45 1927/28 101,980 102 101,980 220,240 2,160 2.16 43 2,160 43 1928/29 103,100 103 103,100 230,450 2,235 2.23 45 2,235 45 1929/30 102,570 103 102,570 232,200 2,264 2.26 45 2,264 45 1930/31 103,630 104 103,630 228,790 2,208 2.21 44 2,208 44 1931/32 92,420 92 92,420 206,340 2,233 2.23 45 2,233 45 1932/33 86,310 86 86,310 192,470 2,230 2.23 45 2,230 45 1933/34 94,809 95 94,809 207,540 2,189 2.19 44 2,189 44 1934/35 91,590 92 91,590 208,590 2,277 2.28 46 2,277 46 1935/36 104,220 104 104,220 228,450 2,192 2.19 44 2,192 44 1936/37 101,240 101 101,240 222,400 2,197 2.20 44 2,197 44 1937/38 117,201 117 117,201 324,198 2,766 2.77 55 2,766 55 1938/39 134,417 134 134,417 326,082 2,426 2.43 49 2,426 49 1939/40 129,000 129 129,000 305,195 2,366 2.37 47 2,366 47 1940/41 133,609 134 133,609 317,574 2,377 2.38 48 2,377 48 1941/42 151,702 152 151,702 384,203 2,533 2.53 51 2,533 51 1942/43 171,310 171 171,310 299,560 1,749 1.75 35 1,749 35 1943/44 210,257 210 210,257 516,069 2,454 2.45 49 2,454 49 1944/45 224,494 224 224,494 389,130 1,733 1.73 35 1,733 35 1945/46 221,001 221 221,001 626,833 2,836 2.84 57 2,836 57 1946/47 213,816 214 213,816 566,598 2,650 2.65 53 2,650 53 1947/48 209,370 209 209,370 515,627 2,463 2.46 49 2,463 49 1948/49 216,448 216 216,448 548,016 2,532 2.53 51 2,532 51 1949/50 242,505 243 242,505 585,052 2,413 2.41 48 2,413 48 1950/51 234,393 234 234,393 613,493 2,617 2.62 52 2,617 52 1951/52 229,542 230 229,542 591,987 2,579 2.58 52 2,579 52 1952/53 257,304 257 257,304 740,734 2,879 2.88 58 2,879 58 1953/54 289,698 290 289,698 871,299 3,008 3.01 60 3,008 60 1954/55 315,970 316 315,970 792,606 2,508 2.51 50 2,508 50 1955/56 290,054 290 290,054 799,280 2,756 2.76 55 2,756 55 1956/57 271,387 271 271,387 722,778 2,663 2.66 53 2,663 53 1957/58 286,434 286 286,434 805,033 2,811 2.81 56 2,811 56 1958/59 312,234 312 312,234 754,012 2,415 2.42 48 2,415 48 1959/60 337,059 337 337,059 874,185 2,594 2.59 52 2,594 52 1960/61 358,150 358 358,150 922,212 2,575 2.58 51 2,575 51 1961/62 338,989 339 338,989 884,258 2,609 2.61 52 2,609 52 1962/63 367,023 367 367,023 996,936 2,716 2.72 54 2,716 54 1963/64 384,873 385 384,873 899,203 2,336 2.34 47 2,336 47 1964/65 442,619 443 442,619 1,186,999 2,682 2.68 54 2,682 54 1965/66 352,285 352 352,285 952,745 2,704 2.70 54 2,704 54 1966/67 354,124 354 354,124 1,026,314 2,898 2.90 58 2,898 58 1967/68 396,904 397 396,904 1,181,202 2,976 2.98 60 2,976 60 1968/69 406,443 406 406,443 1,238,605 3,047 3.05 61 3,047 61 1969/70 420,627 421 420,627 1,456,980 3,464 3.46 69 3,464 69 1970/71 380,124 380 380,124 1,347,493 3,545 3.54 71 3,545 71 1971/72 392,152 392 392,152 1,451,388 3,701 3.70 74 3,701 74 1972/73 418,318 418 418,318 1,433,231 3,426 3.43 69 3,426 69 1973/74 435,295 435 435,295 1,546,588 3,553 3.55 71 3,553 71 1974/75 468,585 469 468,585 1,803,657 3,849 3.85 77 3,849 77 1975/76 548,311 548 548,311 1,975,623 3,603 3.60 72 3,603 72 1976/77 578,152 578 578,152 2,052,942 3,551 3.55 71 3,551 71 1977/78 530,847 531 530,847 1,922,291 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