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Anatomia Membro Superior - Resumo

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Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
1 Luciano Fontes Cézar Filho 
Anatomia do Membro Superior 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
2 Luciano Fontes Cézar Filho 
Ossos do Membro Superior 
 
Os ossos dos membros superiores podem ser divididos em quatro segmentos: 
 
 Cintura Escapular - Clavícula e Escápula 
 Braço - Úmero 
 Antebraço - Rádio e Ulna 
 Mão - Ossos da Mão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
3 Luciano Fontes Cézar Filho 
Clavícula 
 
A clavícula forma a porção ventral da cintura escapular. É um osso longo curvado como um “S” 
itálico, situado quase que horizontalmente logo acima da primeira costela. Articula-se medialmente 
com o manúbrio do esterno e lateralmente com o acrômio da escápula. Tem duas extremidades, 
duas faces e duas bordas. 
A espessura da clavícula varia, apresentando-se achatada no seu terço distal e tubular no terço 
proximal. A junção entre essas porções no terço médio da clavícula torna esse ponto enfraquecido, 
o que poderia explicar a maior freqüência de fraturas nesse local. 
 
Diáfise 
 Borda Anterior 
 Borda Posterior 
 Face Superior - convexa 
 Face Inferior - plana e apresenta o sulco subclávio 
Epífises 
 Epífise Medial - esternal e mais volumosa 
 Epífise Lateral - acromial e mais achatada 
A clavícula articula-se com dois ossos: escápula e esterno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
4 Luciano Fontes Cézar Filho 
Ilustrações da Clavícula 
 
Vista Superior 
 
 
 
Vista Inferior 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
5 Luciano Fontes Cézar Filho 
Escápula 
 
A escápula consiste num osso par, chato e fino, de forma triangular, podendo evidenciar-se em 
certos pontos. Possui duas faces, três bordas e três ângulos. Forma a parte dorsal da cintura 
escapular e é um dos dois ossos que compõem o ombro e que estabelecem uma ligação entre os 
membros anteriores ao tronco. Situa-se na região dorsal do ombro, em altura entre a segunda e a 
sétima costela e articula-se com dois ossos: úmero e clavícula. A escápula não irá articular-se 
diretamente ao tronco, mas sim através da clavícula. Mesmo assim, a movimentação dos braços 
está relacionada à musculatura que parte desse osso de grande importância funcional. Quando se 
realizam movimentos como erguer os braços lateralmente ou para frente, não estamos apenas a 
movimentar os úmeros, mas também as escápulas e até mesmo as clavículas. 
 
 
Faces 
 
Face Dorsal 
 
 Espinha da Escápula - Separa as fossas supra e infra-espinhal 
 Acrômio - Localiza-se na extremidade da espinha 
 Fossa Supra-Espinhosa - É côncava e lisa, localizada acima da espinha 
 Fossa Infra-Espinhosa - É côncava e localiza-se abaixo da espinha 
 
Face Costal 
 
 Fossa Subescapular 
 
Bordas 
 
Borda Superior 
 
 Incisura Escapular - Incisura semicircular localizada na porção lateral e é formada pela base do 
processo coracóide 
 Processo Coracóide - Processo curvo e espesso próximo ao colo da escápula 
 
Borda Lateral 
Borda Medial 
 
Ângulos 
 
 Ângulo Inferior - Espesso e áspero 
 Ângulo Superior - Fino, liso e arredondado 
 Ângulo Lateral - É ampliado em um processo espesso. Entra na articulação do ombro 
 
 Cavidade Glenóide - É uma escavação da escápula que se articula com o úmero 
 Tubérculo Supra-Glenoidal - Localiza-se acima da cavidade glenóide 
 Tubérculo Infra-Glenoidal - Localiza-se abaixo da cavidade glenóide 
 
A escápula articula-se com dois ossos: úmero e clavícula. 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
6 Luciano Fontes Cézar Filho 
Ilustrações da Escápula 
 
Vista Anterior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
7 Luciano Fontes Cézar Filho 
Vista Posterior 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
8 Luciano Fontes Cézar Filho 
Úmero 
 
É o maior e mais longo osso do membro superior. Articula-se com a escápula na articulação do 
ombro e com o rádio e a ulna na articulação do cotovelo. Apresenta duas epífises e uma diafíse. 
 
Epífise Proximal 
 
 Cabeça do Úmero - Articula-se com a cavidade glenóide da escápula 
 Tubérculo Maior - Situa-se lateralmente à cabeça e ao tubérculo menor 
 Tubérculo Menor - Projeta-se medialmente logo abaixo do colo 
 Colo Anatômico - Forma um ângulo obtuso com o corpo 
 Colo Cirúrgico 
 Sulco Intertubercular - Sulco profundo que separa os dois tubérculos 
 
Epífise Distal 
 
 Tróclea - Semelhante a um carretel. Articula-se com a ulna 
 Capítulo - Eminência lisa e arredondada. Articula-se com o rádio 
 Epicôndilo Medial - Localiza-se medialmente à tróclea. 
 Epicôndilo Lateral - Pequena eminência tuberculada. Localizado lateralmente ao capítulo 
 Fossa Coronóide - Pequena depressão que recebe processo coronóide da ulna na flexão do 
antebraço 
 Fossa Radial - Pequena depressão 
 Fossa do Olécrano - Depressão triangular profunda que recebe o olécrano na extensão do 
antebraço 
 Sulco do Nervo Ulnar - Depressão localizada inferiormente ao epicôndilo medial 
 
Diáfise 
 
 Tuberosidade Deltoídea - Elevação triangular áspera para inserção do músculo deltóide 
 Sulco do Nervo Radial - Depressão oblíqua ampla e rasa 
 
O úmero articula-se com três ossos: a escápula, o rádio e a ulna. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
9 Luciano Fontes Cézar Filho 
Ilustrações do Úmero 
 
Vista Anterior e Posterior 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
10 Luciano Fontes Cézar Filho 
Rádio 
 
É o mais curto dos ossos do antebraço, localizando-se lateralmente com o braço em posição 
anatômica. Seu nome advém da semelhança com o raio de uma roda (do latim: radius). A 
extremidade proximal do rádio possui uma cabeça em forma de disco, colo cilíndrico e liso. 
 O corpo do rádio aumenta em tamanho de sua extremidade proximal para distal. A face medial do 
corpo possui uma nítida borda interóssea, para a fixação da membrana interóssea. Sua borda 
lateral é arredondada. 
A extremidade distal do rádio possui uma incisura ulna mediana, na qual a cabeça da ulna se 
encaixa, formando a articulação rádio-ulnar distal. A face inferior da extremidade distal do rádio, é 
lisa e côncava onde se articula com o punho ou ossos do carpo. 
 
Epífise Proximal 
 
 Cabeça - É cilíndrica e articula-se com o capítulo do úmero 
 Cavidade Glenóidea - Articula-se com o capítulo (úmero) 
 Colo do Rádio - Porção arredondada, lisa e estrangulada localizada abaixo da cabeça 
 Tuberosidade Radial - Eminência localizada medialmente, na qual o tendão do bíceps se insere 
 
Epífise Distal 
 
 Incisura Ulnar - Face articular para a ulna 
 Incisura Cárpica - É côncava, lisa e articula-se com o osso escafóide e semilunar 
 Processo Estilóide - Projeção cônica 
 
Diáfise 
 
Apresenta três bordas e três faces. 
 
Bordas 
 
 Borda Interóssea 
 Borda Anterior 
 Borda Dorsal 
 
Faces 
 
 Face Anterior 
 Face Dorsal 
 Face Lateral 
 
O rádio articula-se com quatro ossos: o úmero, a ulna, o escafóide e o semilunar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
11 Luciano Fontes Cézar Filho 
Ilustrações do Rádio 
 
Vista Anterior, Posterior e Medial 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
12 Luciano Fontes Cézar Filho 
Ulna 
 
A ulna é o osso mais longo do antebraço, articulando-se com o úmero no cotovelo,com o rádio e 
com os ossos do carpo no punho. Com o braço em posição anatômica, a ulna localiza-se 
medialmente. O olécrano e o processo coronóide encaixam-se na tróclea do úmero, semelhante à 
maneira como a chave inglesa envolve um tubo. A extremidade proximal da ulna é maior que a 
extremidade distal, pequena e arredondada, denominada cabeça. 
A face lateral do processo coronóide possui uma incisura radial, pequena e superficial, para a 
cabeça do rádio, em forma de disco. O corpo da ulna é espesso em nível proximal. Sua borda lateral 
proeminente, borda interóssea, é onde a membrana interóssea fica fixada. 
 
Epífise Proximal 
 
 Olécrano - Eminência grande que forma a ponta do cotovelo 
 Incisura Troclear - Grande depressão formada pelo olécrano e o processo coronóide e serve para 
articulação com a tróclea do úmero 
 Processo Coronóide - Projeta-se da parte anterior e proximal do corpo da ulna 
 Incisura Radial - Articula-se com a cabeça do rádio 
 Tuberosidade Ulnar 
 
Epífise Distal 
 
 Cabeça da Ulna - Eminência articular arredondada localizada lateralmente 
 Processo Estilóide - Localizado mais medialmente e é mais saliente (não articular) 
 
Diáfise 
 
Apresenta três bordas e três faces. 
 
Bordas 
 
 Borda Interóssea 
 Borda Anterior 
 Borda Dorsal 
 
Faces 
 
 Face Anterior 
 Face Dorsal 
 Face Medial 
 
A ulna articula-se com dois ossos: o úmero e o rádio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
13 Luciano Fontes Cézar Filho 
Ilustrações da Ulna 
 
Vista Anterior, Posterior e Lateral 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
14 Luciano Fontes Cézar Filho 
Ossos da Mão 
 
A fileira proximal de ossos do carpo consiste, em posição anatômica e de lateral para medial, nos 
ossos escafóide, semilunar, piramidal e pisiforme. Já a fileira distal consiste no trapézio, trapezóide, 
capitato e hamato. 
Os ossos do carpo, em conjunto, possuem uma concavidade anterior conhecida como sulco do 
carpo. Este é convertido em túnel do carpo ósteofribroso pelo retináculo dos flexores, que está 
fixado ao escafóide e ao trapézio, lateralmente, e ao pisiforme e hâmulo do osso hamato, 
medialmente. A importância do túnel do carpo advém da passagem do nervo mediano em seu 
interior. 
 Em seguida aos ossos do carpo, seguem os metacarpos, 5 longos ossos em miniatura, numerados 
a partir da face lateral. A cabeça dos metacárpicos são suas extremidades distais, onde se articulam 
com as falanges. 
O polegar possui 2 falanges, proximal e distal. Já os outros dedos da mão possuem três falanges, 
proximal, média e distal. As falanges do primeiro dedo (polegar) são mais curtas e largas que as 
dos outros dedos. As falanges proximais são as mais longas, e as distais, as mais curtas. 
 
Ossos do Carpo 
 
São oito ossos distribuídos em duas fileiras: proximal e distal. 
 Fileira Proximal: Escafóide, Semilunar, Piramidal e Pisiforme 
 Fileira Distal: Trapézio, Trapezóide, Capitato e Hamato 
 
Ossos do Metacarpo 
 
É constituído por 5 ossos metacarpianos que são numerados no sentido látero-medial em I, II, III, 
IV e V e correspondem aos dedos da mão. Considerados ossos longos, apresentam uma epífise 
proximal que é a base, uma diáfise (corpo) e uma epífise distal que é a cabeça. 
 
Ossos dos Dedos da Mão 
 
Apresentam 14 falanges: 
 
Do 2º ao 5º dedos: 
 1ª falange (Proximal) 
 2ª falange (Média) 
 3ª falange (Distal) 
Polegar: 
 1ª falange (Proximal) 
 2ª falange (Distal) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
15 Luciano Fontes Cézar Filho 
Ilustrações da Mão 
 
Vista Anterior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
16 Luciano Fontes Cézar Filho 
Vista Posterior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
17 Luciano Fontes Cézar Filho 
Músculos do Membro Superior 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
18 Luciano Fontes Cézar Filho 
Músculos do Ombro 
 
Deltóide 
 
Inserção Proximal: 1/3 lateral da borda anterior da clavícula, acrômio e espinha da escápula 
Inserção Distal: Tuberosidade deltóidea - úmero 
Inervação: Nervo Axilar (C5 e C6) 
Ação: Abdução do braço auxilia nos movimentos de flexão, extensão, rotação lateral e medial, 
flexão e extensão horizontal do braço. Estabilização da articulação do ombro 
 
 
Supra-Espinhal 
 
Inserção Medial: Fossa supra-espinhal - escápula 
Inserção Lateral: Faceta superior do tubérculo maior do úmero 
Inervação: Nervo Supra-escapular (C5 e C6) 
Ação: Abdução do braço 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
19 Luciano Fontes Cézar Filho 
Infra-Espinhal 
 
Inserção Medial: Fossa infra-espinhal da escápula 
Inserção Lateral: Faceta média do tubérculo maior do úmero 
Inervação: Nervo Supra-escapular (C5 e C6) 
Ação: Rotação lateral do braço 
 
 
Redondo Menor 
 
Inserção Medial: 2/3 superior da borda lateral da escápula 
Inserção Lateral: Faceta inferior do tubérculo maior do úmero 
Inervação: Nervo Axilar (C5 e C6) 
Ação: Rotação lateral e adução do braço 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
20 Luciano Fontes Cézar Filho 
Redondo Maior 
 
Inserção Medial: 1/3 inferior da borda lateral da escápula e ângulo inferior da escápula 
Inserção Lateral: Crista do tubérculo menor do úmero 
Inervação: Nervo Subescapular Inferior - Fascículo posterior do plexo braquial (C5 e C6) 
Ação: Rotação medial, adução e extensão da articulação do ombro 
 
 
Subescapular 
 
Inserção Medial: Fossa subescapular 
Inserção Lateral: Tubérculo menor 
Inervação: Nervo Subescapular Superior e Inferior - Fascículo posterior (C5 e C6) 
Ação: Rotação medial e adução do braço 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
21 Luciano Fontes Cézar Filho 
Músculos do Manguito Rotador 
 
Na anatomia humana, o manguito rotador ou coifa dos rotadores é um grupo de músculos e 
seus tendões que age para estabilizar o ombro. 
É formado por quatro músculos: o supra-espinhal, infra-espinhal, redondo menor e subescapular. 
Estes músculos se comparados ao peitoral maior e ao deltóide não têm a mesma dimensão, mas 
desempenham um papel fundamental nos movimentos do ombro e cintura escapular. Estes 
músculos devem possuir não apenas força suficiente, mas também resistência muscular significativa 
para funcionar apropriadamente. 
 
O manguito funciona na verdade como uma convergência de tendões, semelhante a um capuz ao 
redor da cabeça do úmero. Os tendões dos quatro músculos se unem a cápsula articular ao redor 
da articulação glenoumeral e segundo Craig suas principais funções são: 
 
• Potencializar as rotações da articulação glenoumeral, em decorrência da ação primária dos 
músculos infra-espinhal, redondo menor e subescapular. A rotação lateral é imprescindível durante 
a abdução da articulação glenoumeral, pois libera a tuberosidade maior do úmero do atrito com o 
acrômio. 
• Estabiliza a dinâmica da articulação glenoumeral. O músculo subescapular é o principal estabilizador 
dinâmico anterior da cabeça do úmero, enquanto o músculo infra-espinhal é responsável pela 
estabilização dinâmica posterior. No músculo supraespinhal parece proporcionar uma restrição 
estática à migração superior da cabeça do úmero. Nos músculos infraespinhal, redondo menor e 
subescapular exercem ação primária na depressão da cabeça do úmero, em razão de sentido 
oblíquo de suas fibras em direção a esse osso, o que gera um vetor de força nosentido caudal 
sobre sua cabeça. Na realidade, os músculos do manguito rotador e o músculo deltóide formam um 
mecanismo force couple sobre a cabeça do úmero, sendo que o vetor de força no sentido cranial 
exercido pelo músculo deltóide durante a elevação do membro superior é equilibrado pela ação 
centralizadora e depressora do manguito rotador sobre a cabeça do úmero, resultando em um 
movimento de rotação harmônica e preciso. 
• Proporciona um compartimento fechado importante para a nutrição das superfícies articulares da 
cabeça do úmero e da cavidade glenoidal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
22 Luciano Fontes Cézar Filho 
Ilustrações dos Músculos do Ombro 
 
Vista Posterior 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
23 Luciano Fontes Cézar Filho 
Vista Superior 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
24 Luciano Fontes Cézar Filho 
Músculos do Braço 
Região Anterior 
 
Bíceps Braquial 
 
Inserção Proximal: 
Porção Longa: Tubérculo supra-glenoidal 
Porção Curta: Processo coracóide 
 
Inserção Distal: Tuberosidade radial 
 
Inervação: Nervo Musculocutâneo (C5 e C6) 
 
Ação: Flexão de cotovelo / ombro e supinação do antebraço 
 
 
Braquial Anterior 
 
Inserção Proximal: Face anterior da metade distal do úmero 
 
Inserção Distal: Processo coronóide e tuberosidade da ulna 
 
Inervação: Nervo Musculocutâneo (C5 e C6) 
 
Ação: Flexão de cotovelo 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
25 Luciano Fontes Cézar Filho 
Coracobraquial 
 
Inserção Proximal: Processo coracóide - escápula 
Inserção Distal: 1/3 médio da face medial do corpo do úmero 
Inervação: Nervo Musculocutâneo (C5 e C6) 
Ação: Flexão e adução do braço 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
26 Luciano Fontes Cézar Filho 
Músculos do Braço 
Região Posterior 
 
Tríceps Braquial 
 
Inserção Proximal: 
Porção Longa: Tubérculo infra-glenoidal 
Porção Medial: ½ distal da face posterior do úmero (abaixo do sulco radial) 
Porção Lateral: ½ proximal da face posterior do úmero (acima do sulco radial) 
Inserção Distal: Olécrano 
Inervação: Nervo Radial (C7 - C8) 
Ação: Extensão do cotovelo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
27 Luciano Fontes Cézar Filho 
Ilustrações dos Músculos do Braço 
 
Vista Anterior ( Camada Superficial ) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
28 Luciano Fontes Cézar Filho 
Vista Anterior ( Camada Profunda ) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
29 Luciano Fontes Cézar Filho 
Vista Posterior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
30 Luciano Fontes Cézar Filho 
Músculos do Antebraço 
Região Anterior (1ª Camada) 
 
Pronador Redondo 
 
Inserção Proximal: Epicôndilo medial do úmero e processo coronóide da ulna 
Inserção Distal: Face lateral do 1/3 médio da diáfise do rádio 
Inervação: Nervo Mediano (C6 - C7) 
Ação: Pronação do antebraço e auxiliar na flexão do cotovelo 
 
 
Flexor Radial do Carpo 
 
Inserção Proximal: Epicôndilo medial (epitróclea) 
 
Inserção Distal: Face anterior do 2º metacarpal 
 
Inervação: Nervo Mediano (C6 e C7) 
 
Ação: Flexão do punho e abdução da mão (desvio radial) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
31 Luciano Fontes Cézar Filho 
Palmar Longo 
 
Inserção Proximal: Epicôndilo medial 
 
Inserção Distal: Aponeurose palmar e retináculo dos flexores 
 
Inervação: Nervo Mediano (C6 - C8) 
 
Ação: Flexão do punho, tensão da aponeurose palmar e retináculo dos flexores 
 
 
Flexor Ulnar do Carpo 
 
Inserção Proximal: Epicôndilo medial e olécrano 
 
Inserção Distal: Osso pisiforme, hamato e 5º metacarpal 
 
Inervação: Nervo Ulnar (C7 - T1) 
 
Ação: Flexão de punho e adução da mão (desvio ulnar) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
32 Luciano Fontes Cézar Filho 
Flexor Superficial dos Dedos 
 
Inserção Proximal: Epicôndilo medial, processo coronóide da ulna e ligamento colateral ulnar 
 
Inserção Distal: Face anterior da falange intermédia do 2º ao 5º dedos 
 
Inervação: Nervo Mediano (C7 e T1) 
 
Ação: Flexão de punho e da IFP - 2º ao 5º dedos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
33 Luciano Fontes Cézar Filho 
Músculos do Antebraço 
Região Anterior (2ª Camada) 
 
Flexor Profundo dos Dedos 
 
Inserção Proximal: Face anterior dos ¾ proximais da ulna e do rádio e membrana interóssea 
 
Inserção Distal: Face anterior da falange distal do 2º ao 5º dedos 
 
Inervação: Nervo Mediano (C8 - T1): 2º e 3º dedos. Nervo Ulnar (C8 - T1): 4º e 5º dedos 
 
Ação: Flexão de punho, IFP e IFD do 2º,3°,4° e 5º dedos 
 
 
 
Flexor Longo do Polegar 
 
Inserção Proximal: Face anterior do rádio, membrana interóssea, processo coronóide da ulna e 
epicôndilo medial do úmero 
 
Inserção Distal: Falange distal do polegar 
 
Inervação: Nervo Mediano (C8 e T1) 
 
Ação: Flexão da IF do polegar 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
34 Luciano Fontes Cézar Filho 
 
Músculos do Antebraço 
Região Anterior (3ª Camada) 
 
Pronador Quadrado 
 
Inserção Proximal: ¼ da face anterior da ulna 
 
Inserção Distal: ¼ da face anterior do rádio 
 
Inervação: Nervo Mediano (C8) 
 
Ação: Pronação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
35 Luciano Fontes Cézar Filho 
Músculos do Antebraço 
Região Posterior (Camada Superficial) 
 
Extensor dos Dedos 
 
Inserção Proximal: Epicôndilo lateral do úmero 
 
Inserção Distal: Falanges médias e distais do 2º ao 5º dedos 
 
Inervação: Nervo Radial (C7 - C8) 
 
Ação: Extensão de punho, MF, IFP e IFD do 2º ao 5º dedos 
 
 
Extensor do 5º Dedo 
 
Inserção Proximal: Epicôndilo lateral do úmero 
 
Inserção Distal: Tendão do extensor comum para o 5º dedo 
 
Inervação: Nervo Radial (C7 - C8) 
 
Ação: Extensão do 5º dedo 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
36 Luciano Fontes Cézar Filho 
Extensor Ulnar do Carpo 
 
Inserção Proximal: Epicôndilo lateral do úmero 
 
Inserção Distal: Base do 5º metacarpal 
 
Inervação: Nervo Radial (C6 - C8) 
 
Ação: Extensão do punho e adução da mão (desvio ulnar) 
 
 
Ancôneo 
 
Inserção Proximal: Epicôndilo lateral do úmero 
 
Inserção Distal: Olécrano da ulna e ¼ proximal da face posterior da diáfise da ulna 
 
Inervação: Nervo Radial (C7 e C8) 
 
Ação: Extensão do cotovelo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
37 Luciano Fontes Cézar Filho 
Músculos do Antebraço 
Região Posterior (Camada Profunda) 
 
Abdutor Longo do Polegar 
 
Inserção Proximal: Face posterior do rádio e da ulna e membrana interóssea 
 
Inserção Distal: 1ª metacarpal 
 
Inervação: Nervo Radial (C7 - C8) 
 
Ação: Abdução da mão e do polegar 
 
 
Extensor Curto do Polegar 
 
Inserção Proximal: Face posterior do rádio e membrana interóssea 
 
Inserção Distal: Face dorsal da falange proximal do polegar 
 
Inervação: Nervo Radial (C7 - C8) 
 
Ação: Extensão do polegarLuciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
38 Luciano Fontes Cézar Filho 
Extensor Longo do Polegar 
 
Inserção Proximal: Face posterior do 1/3 médio da ulna e membrana interóssea 
 
Inserção Distal: Falange distal do polegar 
 
Inervação: Nervo Radial (C7 - C8) 
 
Ação: Extensão do polegar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
39 Luciano Fontes Cézar Filho 
Músculos do Antebraço 
Região Lateral 
 
Braquirradial 
 
Inserção Proximal: 2/3 proximais da crista supracondiliana lateral do úmero 
 
Inserção Distal: Processo estilóide do rádio 
 
Inervação: Nervo Radial (C5 e C6) 
 
Ação: Flexão do cotovelo, pronação de antebraço e supinação até o ponto neutro 
 
 
Extensor Radial Longo do Carpo 
 
Inserção Proximal: Face lateral do 1/3 distal da crista supra condilar do úmero 
 
Inserção Distal: Face posterior do 2º metacarpal 
 
Inervação: Nervo Radial (C6 e C7) 
 
Ação: Extensão do punho e abdução da mão (desvio radial) 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
40 Luciano Fontes Cézar Filho 
Extensor Radial Curto do Carpo 
 
Inserção Proximal: Epicôndilo lateral do úmero 
 
Inserção Distal: Face posterior do 3º metacarpal 
 
Inervação: Nervo Radial (C7 - C8) 
 
Ação: Extensão do punho 
 
 
Supinador 
 
Inserção Proximal: Epicôndilo lateral do úmero e ligamento colateral radial 
 
Inserção Distal: Face lateral e 1/3 proximal da diáfise do rádio 
 
Inervação: Nervo Radial (C6 e C7) 
 
Ação: Supinação do antebraço 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
41 Luciano Fontes Cézar Filho 
Ilustrações dos Músculos do Antebraço 
 
Vista Anterior 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
42 Luciano Fontes Cézar Filho 
Vista Posterior (Camada Superficial) 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
43 Luciano Fontes Cézar Filho 
Vista Posterior (Camada Profunda) 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
44 Luciano Fontes Cézar Filho 
Vista Anterior – Rotadores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
45 Luciano Fontes Cézar Filho 
Músculos da Mão 
Região Tênar 
 
Abdutor Curto do Polegar 
 
Inserção Proximal: Escafóide, trapézio e retináculo dos flexores 
Inserção Distal: Falange proximal do polegar 
Inervação: Nervo Mediano (C8 – T1) 
Ação: Abdução e flexão do polegar 
 
 
Flexor Curto do Polegar 
 
Inserção Proximal: Trapézio, trapezóide, capitato e retináculo dos flexores 
Inserção Distal: Falange proximal do polegar 
Inervação: Nervo Mediano e Nervo radial 
Ação: Flexão da MF do polegar 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
46 Luciano Fontes Cézar Filho 
 
Oponente do Polegar 
 
Inserção Proximal: Trapézio e retináculo dos flexores 
Inserção Distal: 1º metacarpal 
Inervação: Nervo Mediano (C8 e T1) 
Ação: Oposição (flexão + adução + pronação) 
 
 
Adutor do Polegar 
 
Inserção Medial: 2º e 3º metacarpal e capitato 
Inserção Lateral: Falange proximal do polegar 
Inervação: Nervo Ulnar (C8 e T1) 
Ação: Adução do polegar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
47 Luciano Fontes Cézar Filho 
Músculos da Mão 
Região Hipotênar 
 
Palmar Curto 
 
Inserção Proximal: Aponeurose palmar 
Inserção Distal: Camada profunda da derme da eminência hipotênar 
Inervação: Nervo Ulnar (C8 e T1) 
Ação: Pregas transversais na região hipotênar 
 
 
Abdutor do Dedo Mínimo 
 
Inserção Proximal: Pisiforme e tendão do músculo flexor ulnar do carpo 
Inserção Distal: Falange proximal do dedo mínimo 
Inervação: Nervo Ulnar (C8 e T1) 
Ação: Abdutor do dedo mínimo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
48 Luciano Fontes Cézar Filho 
Flexor do Dedo Mínimo 
 
Inserção Proximal: Hâmulo do hamato e retináculo dos flexores 
Inserção Distal: Falange proximal do dedo mínimo 
Inervação: Nervo Ulnar (C8 e T1) 
Ação: Flexão da MF do dedo mínimo 
 
 
Oponente do Mínimo 
 
Inserção Proximal: Hâmulo do hamato e retináculo dos flexores 
Inserção Distal: 5º metacarpal 
Inervação: Nervo Ulnar (C8 e T1) 
Ação: Oposição do mínimo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
49 Luciano Fontes Cézar Filho 
Músculos da Mão 
Região Palmar Média 
 
Lumbricais 
 
Inserção Proximal: Tendão do músculo flexor profundo dos dedos 
Inserção Distal: Tendão do músculo extensor dos dedos 
Inervação: Nervo Mediano (1º e 2º) e Nervo Ulnar (3º e 4º) (C8 e T1) 
Ação: Flexão da MF e extensão da IFP e IFD do 2º ao 5º dedos 
 
 
Interósseos Palmares 
 
Atuam nos 2, 4º e 5º dedos 
Inervação: Nervo Ulnar (C8 – T1) 
Ação: Adução dos dedos (aproxima os dedos) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
50 Luciano Fontes Cézar Filho 
Interósseos Dorsais 
 
Atuam do 2º ao 5º dedos 
Inervação: Nervo Ulnar (C8 – T1) 
Ação: Abdução dos dedos (afasta os dedos) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
51 Luciano Fontes Cézar Filho 
Ilustrações dos Músculos da Mão 
 
Vista Anterior (Camada Superficial) 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
52 Luciano Fontes Cézar Filho 
Vista Anterior (Camada Profunda) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
53 Luciano Fontes Cézar Filho 
Plexo Braquial 
O plexo braquial caracteriza-se por uma estrutura nervosa complexa anatomicamente, localizada 
entre o pescoço e o braço. Origina-se das raízes nervosas que deixam a medula espinhal e a coluna 
vertebral, para se fundirem e gerarem os nervos que formam o plexo braquial. Na verdade, o termo 
plexo define um local anatômico em que há mistura de estruturas, e é exatamente isso que 
acontece no caso do plexo braquial: neste ponto ocorre um cruzamento de fibras nervosas de 
diferentes segmentos medulares, que acabam por gerar todos os nervos do membro superior. 
O membro superior é inervado pelo plexo braquial situado no pescoço e na axila, formado por 
ramos anteriores dos quatro nervos espinhais cervicais inferiores (C5,C6,C7,C8) e do primeiro 
torácico (T1). O plexo braquial tem localização lateral à coluna cervical e situa-se entre os músculos 
escaleno anterior e médio, posterior e lateralmente ao músculo esternocleidomastóideo. 
O plexo passa posteriormente à clavícula e acompanha a artéria axilar sob o músculo peitoral 
maior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
54 Luciano Fontes Cézar Filho 
Os ramos ventrais do quinto e do sexto nervos cervicais (C5-C6) formam o tronco superior; o ramo 
anterior do sétimo nervo cervical (C7) forma o tronco médio; e os ramos anteriores do oitavo nervo 
cervical e do primeiro nervo torácico (C8-T1) formam o tronco inferior. 
 
 
Os três troncos, localizados na fossa supra clavicular, dividem-se em dois ramos, um anterior e um 
posterior, que formam os fascículos, situados em torno da artéria axilar. Os ramos anteriores dos 
troncos superior e médio formam o fascículo lateral; o ramo anterior do tronco inferior formao 
fascículo medial; e os ramos posteriores dos três troncos formam o fascículo posterior. Na borda 
inferior e lateral do músculo peitoral menor, os fascículos se subdividem nos ramos terminais do 
plexo braquial. 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
55 Luciano Fontes Cézar Filho 
Os ramos do plexo braquial podem ser descritos como supra-claviculares e infra-claviculares. 
 
Ramos Supra-claviculares: 
 
 Nervos para os Músculos Escalenos e Longo do Pescoço - originam-se dos ramos ventrais dos 
nervos cervicais inferiores (C5,C6,C7 e C8), próximo de sua saída dos forames intervertebrais. 
 Nervo Frênico - anteriormente ao músculo escaleno anterior, o nervo frênico associa-se com um 
ramo proveniente do quinto nervo cervical (C5). Mais detalhes do nervo frênico em Plexo Cervical. 
 Nervo Dorsal da Escápula - proveniente do ramo ventral de C5, inerva o levantador da escápula e 
o músculo rombóide. 
 Nervo Torácico Longo - é formado pelos ramos de C5, C6 e c7 e inerva o músculo serrátil 
anterior. 
 Nervo do Músculo Subclávio - origina-se próximo à junção dos ramos ventrais do quinto e sexto 
nervos cervicais (C5 e C6) e geralmente comunica-se com o nervo frênico e inerva o músculo 
subclávio. 
 Nervo Supra-escapular - originado do tronco superior (C5 e C6), inerva os músculos supra-
espinhoso e infra-espinhoso. 
 
Ramos Infra-claviculares: 
 
Estes se ramificam a partir dos fascículos, mas suas fibras podem ser seguidas para trás até os 
nervos espinhais. 
 
Do fascículo lateral saem os seguintes nervos: 
 
 Peitoral Lateral - proveniente dos ramos do quinto ao sétimo nervos cervicais (C5, C6 e C7). 
Inerva a face profunda do músculo peitoral maior; 
 Nervo Musculocutâneo - derivado dos ramos ventrais do quinto ao sétimo nervos cervicais (C5, C6 
e C7). Inerva os músculos braquial anterior, bíceps braquial e coracobraquial; 
 Raiz Lateral do Nervo Mediano - derivado dos ramos ventrais do quinto ao sétimo nervos cervicais 
(C5, C6 e C7). Inerva os músculos da região anterior do antebraço e curtos do polegar, assim como 
a pele do lado lateral da mão. 
 
Do fascículo medial saem os seguintes nervos: 
 
 Peitoral Medial - derivado dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e primeiro nervo torácico 
(C8 e T1). Inerva os músculos peitorais maior e menor; 
 Nervo Cutâneo Medial do Antebraço - derivado dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e 
primeiro nervo torácico (C8 e T1). Inerva a pele sobre o bíceps até perto do cotovelo e dirige-se em 
direção ao lado ulnar do antebraço até o pulso; 
 Nervo Cutâneo Medial do Braço - que se origina dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e 
primeiro nervo torácico (C8,T1). Inerva a parte medial do braço; 
 Nervo Ulnar - originado dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e primeiro nervo torácico (C8 
e T1). Inerva os músculos flexor ulnar do carpo, metade ulnar do flexor profundo dos dedos, adutor 
do polegar e parte profunda do flexor curto do polegar. Inerva também os músculos da região 
hipotênar, terceiro e quarto lumbricais e todos interósseos; 
 Raiz Medial do Nervo Mediano - originada dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e primeiro 
nervo torácico (C8 e T1). Inerva os músculos da região anterior do antebraço e curtos do polegar, 
assim como a pele do lado lateral da mão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
56 Luciano Fontes Cézar Filho 
Do fascículo posterior saem os seguintes nervos: 
 
 Subescapular Superior - originado dos ramos do quinto e sexto nervos cervicais (C5 e C6). Inerva 
o músculo subescapular; 
 Nervo Toracodorsal - originado dos ramos do sexto ao oitavo nervos cervicais (C6, C7 e C8). 
Inerva o músculo latíssimo do dorso; 
 Nervo Subescapular inferior - originado dos ramos do quinto e sexto nervos cervicais (C5 e C6). 
Inerva os músculos subescapular e redondo maior; 
 Nervo Axilar - originado dos ramos do quinto e sexto nervos cervicais (C5 e C6). Inerva os 
músculos deltóide e redondo menor; 
 Nervo Radial - originado dos ramos do quinto ao oitavo nervos cervicais e primeiro nervo torácico 
(C5, C6, C7, C8 e T1). Inerva os músculos tríceps braquial, braquiorradial, extensor radial longo e 
curto do carpo, supinador e todos músculos da região posterior do antebraço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
57 Luciano Fontes Cézar Filho 
Nervo Musculocutâneo 
 
Ramo mais lateral do fascículo lateral do plexo braquial, logo após sua emergência costuma 
atravessar o músculo coracobraquial, vindo a colocar-se profundamente ao bíceps braquial, à frente 
do músculo braquial, inervando esses três músculos. Dirige-se então distal e obliquamente, 
emergindo lateralmente ao tendão do bíceps braquial na superfície da fossa cubital, onde é 
acompanhado da veia cefálica, passando a denominar-se cutâneo lateral do antebraço. Seus ramos 
terminais – anterior e posterior distribuem-se pelos contornos anterolateral e posterolateral do 
antebraço, respectivamente. 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
58 Luciano Fontes Cézar Filho 
Nervo Mediano 
 
Formado na axila à frente da artéria axilar por duas raízes oriundas dos fascículos medial e lateral, 
respectivamente, desce ao braço lateralmente à artéria, no contorno medial do bíceps braquial. 
Cruza gradualmente a artéria para colocar-se medialmente a esta no interior da fossa cubital. Não 
participa da inervação motora ou sensitiva do braço. 
 
 
Lesões que Afetam o Nervo Mediano: 
O nervo mediano pode ser danificado em qualquer parte do seu curso, mas as lesões mais comuns 
são na região do punho. As lacerações nessa áreas, que causam uma lesão no nervo, 
freqüentemente são combinadas com uma lesão do nervo ulnar e danos nos tendões flexores. O 
outro tipo de lesão é uma compressão do nervo mediano no túnel cárpico. 
A síndrome do túnel cárpico resulta de compressão do nervo mediano na face volar do punho, 
entre os tendões longitudinais dos músculos do antebraço que flexionam as mãos e o ligamento 
cárpico superficial transverso. Essa compressão produz parestesia na face radial-palmar da mão, 
mais dor no punho, na palma, ou algumas vezes proximal à compressão no antebraço e ombro. A 
dor pode ser mais intensa à noite. A deficiência sensorial na face palmar dos 3 primeiros dígitos 
e/ou fraqueza e atrofia nos múltiplos controladores da abdução do polegar seguido de aposição. A 
síndrome é relativamente comum, pode ser uni- ou bilateral e ocorre mais freqüentemente em 
mulheres. Está particularmente associada com ocupações que requerem a flexão forçada e repetida 
do punho. 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
59 Luciano Fontes Cézar Filho 
Nervo Ulnar 
 
Ramo do fascículo medial o plexo braquial, desce ao braço medialmente a artéria braquial. Na parte 
media do braço, perfura o septo intermuscular medial, aproximando-se da porção medial do tríceps 
e contorna posteriormente o epicôndilo medial do úmero no interior de um sulco próprio. Alcança o 
antebraço atravessando a origem do flexor ulnar do carpo. 
 
 
Lesões que Afetam o Nervo Ulnar: 
Paralisia de nervo ulnar freqüentemente é causada por trauma para o nervo no sulco ulnar do 
cotovelo, devido a apoio repetido no cotovelo ou por crescimento ósseo assimétrico após uma 
fratura na infância ("paralisia ulnar tardia"). A compressão do nervo ulnar também pode ocorrer no 
túnel cubital. Há parestesia e deficiências sensoriais no 5º e na metade lateral do 4º dedo, mais 
fraqueza e atrofia do adutor do polegar abdutor do 5º dedo e músculos interósseos. A paralisia 
ulnar crônica, grave produz uma deformidade do tipo "mãos em garra". Estudos precisos de 
condução nervosa identificam o local da lesão. Deve ser aplicado o tratamento conservativo porque 
o reparo cirúrgiconunca é bem-sucedido. 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
60 Luciano Fontes Cézar Filho 
 
Nervo Radial 
 
Maior ramo do plexo braquial origina-se do fascículo posterior atrás da artéria axilar. Dirige-se 
lateralmente e inferiormente para o braço, passando a acompanhar a artéria braquial profunda. 
Posiciona-se então junto com esta no sulco correspondente da face posterior do úmero entre as 
origens da porção lateral e medial do tríceps braquial. Logo abaixo da inserção do músculo deltóide 
perfura o septo intermuscular do braço, colocando-se no sulco entre as faces adjacentes dos 
músculos braquiorradial e braquial, no aspecto lateral da fossa cubital. No interior deste sulco 
divide-se em seus ramos terminais, superficial e profundo. O ramo superficial segue distalmente no 
antebraço, encoberto pelo braquiorradial, alcançando o dorso da mão. O ramo profundo volta-se 
dorsalmente, passando entre a porção superficial e profunda do músculo supinador para inervar os 
músculos posteriores do antebraço. Alem dos ramos musculares, o radial produz o nervo cutâneo 
posterior do braço ainda na axila, que inerva sensitivamente uma área posterolateral da pele do 
braço 
 
Nervo Radial – Braço 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
61 Luciano Fontes Cézar Filho 
Nervo Radial – Antebraço 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
62 Luciano Fontes Cézar Filho 
Ilustrações dos Nervos Periféricos 
 
 
Nervo Musculocutâneo 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
63 Luciano Fontes Cézar Filho 
Nervo Radial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
64 Luciano Fontes Cézar Filho 
Nervo Mediano 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
65 Luciano Fontes Cézar Filho 
Nervo Ulnar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
66 Luciano Fontes Cézar Filho 
Plexo Braquial – Ramos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
67 Luciano Fontes Cézar Filho 
Fossa Cubital 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
68 Luciano Fontes Cézar Filho 
Ramos palmares – Nervo Mediano e Ulnar 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
69 Luciano Fontes Cézar Filho 
Plexo Braquial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
70 Luciano Fontes Cézar Filho 
Plexo Braquial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
71 Luciano Fontes Cézar Filho 
Vascularização do Membro Superior 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
72 Luciano Fontes Cézar Filho 
Artérias do Membro Superior 
 
O tronco arterial que se dirige ao membro superior é único, desde a origem até c. 1 cm distal da 
articulação do cotovelo, sendo que tem nomes diferentes dependendo das diferentes regiões que 
atravessa. 
 
De modo genérico, 
 Artéria Subclávia – desde a origem até ao bordo externo da 1ª costela. 
 
 Artéria Axilar – desde o bordo externo da 1ª costela até ao bordo inferior do tendão do m. 
Redondo maior. 
 
 Artéria Braquial – do bordo inferior do tendão do m. Redondo maior até c. 1 cm distal à 
articulação do cotovelo, ao nível do colo do rádio; neste último ponto dá dois ramos terminais: 
artéria radial e cubital. 
 
Quanto à origem das artérias subclávias direita e esquerda, atente-se nos seguintes trajetos: 
 
Aorta ascendente (tem origem a partir da base do ventrículo esquerdo)� arco da aorta (que se 
vai continuar com a aorta descendente)�3 ramos (com origem no arco): tronco braquiocefálico, 
artéria carótida comum esquerda e a artéria subclávia esquerda (Netter, p.206). 
 
Ramos da Artéria Braquial (Netter, p.434) 
 
Artéria Braquial Profunda: ramo da face postero-medial da braquial. Tem origem imediatamente 
distal ao bordo inferior do m. Redondo maior; vai dirigir-se posteriormente, entre as cabeças longa 
e medial do tríceps; vai depois localizar-se ao longo do sulco para o nervo radial , acompanhando o 
nervo radial. Profundamente à cabeça lateral do tríceps vai dividir-se nos seus dois ramos 
terminais: 
 
 - Artéria Colateral Radial, que continua a acompanhar o nervo radial e que, perfurando o septo 
intermuscular lateral, vai dirigir-se para a face anterior do epicôndilo lateral do úmero, participando 
numa anastomose arterial em torno da articulação do cotovelo. 
 
 - Artéria Colateral Média, que se dirige distalmente na cabeça medial do tricípite e para a face 
posterior do epicôndilo lateral do úmero, participando na anastomose supracitada. 
 
 
Artéria Radial: Dirige-se ao longo do lado radial do antebraço, vai depois curvar-se, superior e 
lateralmente, em torno do carpo e dirigir-se para o dorso, profundamente aos tendões do longo 
abdutor do polegar, curto extensor e longo extensor do polegar, cruzando aí a tabaqueira 
anatômica, de que estes tendões constituem os limites lateral e medial, respectivamente. 
 
Artéria Ulnar: Dirige-se distal e medialmente para o lado medial do antebraço; vai depois passar 
entre a parte principal e superficial do retináculo dos flexores. Distalmente ao pisiforme possui um 
ramo profundo e continua depois, através da palma da mão, como arco palmar superficial.Tem 
como ramos: 
 - Artéria Ulnar Recorrente Anterior, que se anastomosa com a artéria colateral ulnar inferior, 
anteriormente ao epicôndilo medial. 
 
 - Artéria Ulnar Recorrente Posterior, que se anastomosa com a artéria colateral ulnar superior, 
posteriormente ao epicôndilo medial. 
 
 - Artéria Interóssea Comum, que se dirige posteriormente para o bordo proximal da membrana 
interóssea, dividindo-se aí em: 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
73 Luciano Fontes Cézar Filho 
 - Artéria interóssea anterior, que vai dirigir-se distalmente na parte anterior da membrana 
interóssea, entre os bordos contíguos do flexor profundo dos dedos e do longo flexor do polegar; 
junto do bordo proximal do m. Pronador quadrado vai atravessar a membrana interóssea. 
 Ao longo do seu trajeto dá ainda um conjunto de ramos que atravessam a membrana interóssea, 
irrigando os m. do compartimento extensor do antebraço; dá também uma artéria mediana que vai 
acompanhar e irrigar o nervo mediano. 
 - Artéria interóssea posterior, que vai passar para o dorso entre o bordo proximal da membrana 
interóssea e corda oblíqua; passa depois, entre o m. Supinador e o m. abdutor longo do polegar; 
vai dirigir-se distalmente, profundamente aos m. superficiais do compartimento extensor, que 
irriga. Anastomosa-se com a artéria interóssea anterior. 
 
 
 Arco Palmar Superficial: recoberto pela aponeurose palmar e pelo m. Palmar curto. É superficial ao 
m. Flexor do dedo mínimo, aos tendões dos flexores longos, aos m. Lumbricais e aos ramos do 
nervo mediano. O seu limite distal é uma linha que passa pela base do polegar em extensão. Tem 
como ramos: 
 
- Ramo digital palmar para o lado cubital do 5º dedo; 
 
- Artérias digitais palmares comuns, que se vão dirigir distalmente sobre o 2º, 3º e 4º m. 
Lumbricais, cada unida a uma artéria metacarpiana palmar correspondente proveniente do arco 
palmar profundo e que se divide em duas artérias digitais palmares próprias, para os lados 
adjacentes do 2º, 3º, 4º e 5º dedos. Estas últimas vão dirigir-se distalmente, localizando-se 
dorsalmente em relação ao nervo digital e anastomosando-se, depois, no tecido subcutâneo da 
extremidade dos dedos próximo das articulações interfalângicas.Cada uma das digitais palmares 
próprias dá dois ramos dorsais, um que se anastomosa com as artérias digitais dorsais e outro que 
vai fazer a irrigação dos tecidos moles que se localizam no dorso da falange média e distal. 
 
 
Arco palmar profundo: localiza-se c. de 1 cm proximal em relação ao arco palmar superficial. Pela 
sua localização muito profunda encontra-se protegido de possíveis agressões, não tendo a 
importância clínica do arco palmar superficial, pela sua localização mais superficial. 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
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Veias do Membro Superior 
 
Veias superficiais: 
 
 - Veias digitais dorsais, que se unem formando 3 veias metacarpianas dorsais, que se juntam 
formando, ao nível do metacarpo, numa rede venosa dorsal. A partir da extremidade medial desta 
rede venosa dorsal vai ter origem a veia basílica. A partir da extremidade radial vai ter origem a 
veia cefálica. 
 
 - Veia Cefálica: curva-se em torno do bordo radial do antebraço e dirige-se para a face anterior; 
depois, vai distalmente em relação ao cotovelo, tendo uma comunicação com a veia basílica – veia 
cubital mediana, separada da artéria braquial pela aponeurose bicipital. A veia cefálica vai continuar 
lateralmente ao m. Bicípite braquial, depois no sulco entre o m. Deltóide e o m. Peitoral maior, ali 
estabelecendo relação com o ramo deltóide da artéria Acromio-torácica. De seguida, perfura a 
fáscia clavipeitoral, cruzando a artéria axilar e vai lançar-se na veia axilar, próximo da sua 
terminação. 
 
 - Veia Basílica: ascende superior e medialmente, curvando-se para a parte anterior do antebraço, 
um pouco distal em relação à articulação do cotovelo. Insere-se na veia cubital mediana e vai, 
depois, localizar-se medialmente ao bicípite. Perfura a fáscia profunda do braço, localizando-se, em 
seguida, medialmente à artéria braquial e, depois, ao nível do bordo inferior do tendão do m. 
Redondo maior, continua como veia axilar. 
 
 
Veias profundas: 
 
- Veias Profundas da Mão: Os arcos arteriais palmares superficial e profundo são acompanhados 
pelos arcos venosos palmares superficial e profundo, recebendo as raízes correspondentes. 
 
 - Veias Radiais e Ulnares (Veias profundas do antebraço): recebem as veias que acompanham as 
artérias interósseas anterior e posterior, estabelecendo nesta localização uma relação com a veia 
cubital mediana. 
 
 - Veias Braquiais: terminam na veia axilar; por vezes, a mais medial pode lançar-se na veia 
basílica, antes de se continuar com a veia axilar. 
 
 - Veia Axilar: localiza-se anterior e medialmente à artéria axilar; ao nível do bordo externo da 1ª 
costela vai continuar-se como veia subclávia. 
 
 - Veia subclávia: junto do bordo medial do m. Escaleno anterior vai unir-se à veia jugular interna, 
formando a veia braquiocefálica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luciano Fontes Cézar Filho – Medicina – 2009.2 
 
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Esquema das Veias do Membro Superior

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