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Volumes Método do Fatiamento Volumes de sólidos cujas seções transversais são regiões planas Seção transversal: interseção entre o sólido e um plano Sólidos cilíndricos com bases arbitrárias: Volume = Área da base x Altura = A x h: equação que serve de base para o cálculo de volumes de sólidos não cilíndricos usando o Método do Fatiamento 1 Luciany Lopes Realce Método do Fatiamento Se a seção do sólido S em cada ponto x no intervalo [a, b] é uma região R(x) com área A(x) e A é uma função contínua de x, o volume do sólido é calculado como uma integral definida. Fatiamento Divide-se o intervalo [a, b] em n subintervalos de largura xk. Fatia-se o sólido por planos eixo x nos pontos de partição a = x0 < x1 < .... < xn = b. Estes planos dividem S em fatias finas Aproxima-se a fatia entre os planos xk-1 e xk usando um sólido cilíndrico com área A(xk) e altura xk : kkkk xxAVV )(fatia 2 Luciany Lopes Realce Método do Fatiamento O volume do sólido pode ser aproximado por: n k kkk n k k xxAVV 11 RiemanndeSoma)( 3 Quando n, tem-se o volume do sólido: n k b a kkk n dxxAxxAV 1 )()(lim Definição: Volume O volume de um sólido compreendido entre os planos x = a e x = b e cuja área da seção transversal é uma função integrável A (x) é : b a dxxAV )( Luciany Lopes Realce Método do Fatiamento Passos – Cálculo do Volume Esboçe o sólido e uma seção transversal típica com área A(x) Encontre uma expressão para A(x) Encontre os limites de integração e integre A(x) 4 Exemplo - Pirâmide 2)( xxA 3 3 0 33 0 2 3 0 9 3 27 3 )( m x dxxdxxAV • Altura: 3m de altura • Base quadrada de 3m de lado. • Seção transversal: quadrado de x metros de lado Qual o volume da pirâmide? Luciany Lopes Realce Método do Fatiamento Exercício 1: Determinar o volume do sólido cuja base é a região entre a curva y dada abaixo e o intervalo [0, ] no eixo x, sabendo que as seções transversais perpendiculares ao eixo x são: a. Triângulos equiláteros com bases que vão do eixo x à curva, como mostra a figura: b. Quadrados com bases que vão do eixo x à curva 5 Exercício 2: Determinar o volume do sólido situado entre planos perpendiculares ao eixo x em x = 0 e x = 4. As seções transversais perpendiculares a x em [0, 4] são quadrados cujas diagonais vão da parábola à parábola xy xy Resp: V = 16 Sólidos de Revolução Definição É o sólido gerado a partir da rotação de uma região plana em torno de um eixo. Métodos de Solução: Método do Disco Método do Anel Método da Casca Cilíndrica. 6 Luciany Lopes Realce Exemplo 1: Girando a região plana abaixo em torno do eixo x: gera-se o sólido de revolução: Método do Disco A área da seção transversal A(x) é a área do disco de raio R(x): Pela definição de volume: b a b a dxxRdxxAxV 2 )()()( 2)()( xRxA 8 2 )( 4 0 24 0 4 0 2 x dxxdxxxV 7 Luciany Lopes Realce Luciany Lopes Realce Luciany Lopes Realce Luciany Lopes Realce Luciany Lopes Realce Luciany Lopes Realce Luciany Lopes Realce Luciany Lopes Realce Exemplo 2: Girando a região plana abaixo em torno do eixo y, gera-se um sólido de revolução: 4 1 2 4 1 2 2 4 2 )()( dyydy y dyyRyV b a 31 4 1 4 1 4)( 4 1 1 y yV Método do Disco 8 Exercício 1: Determine, utilizando o Método do Disco, o volume do sólido obtido com a rotação da região a seguir em torno do eixo x. Método do Disco - Exercícios Exercício 2: Determine, utilizando o Método do Disco, o volume do sólido obtido com a rotação, em torno do eixo x, da região limitada por: 0e9 2 yxy Resp: V = 2/3 Resp: V = 36 9 Sólidos de Revolução: Método do Anel Se a região que giramos para gerar um sólido não atingir ou cruzar o eixo de revolução, o sólido resultante terá um furo no centro. As seções transversais eixo de revolução serão anéis e não mais discos. As dimensões de um anel típico são o raio externo R(x) e o raio interno r (x). De acordo com a definição de volume, tem-se: Método do Anel b a b a dxxrxRdxxAxV 22 )()()()( 10 Luciany Lopes Realce Luciany Lopes Realce Luciany Lopes Realce Luciany Lopes Realce Luciany Lopes Realce Raio externo: R(x) = - x + 3 Raio interno: r(x) = x2 + 1 Limites de integração: coordenadas x dos pontos de interseção da curva e da reta. Exemplo 1: Girando a região plana limitada pela curva y = x2 + 1 e pela reta y = - x + 3 em torno do eixo x gera-se o sólido: Método do Anel Pela definição de volume: b a dxxrxRxV 22 )()()( 11 Observação Importante: Em todos os exemplos apresentados, utilizando métodos diferentes, a definição de volume como a integral definida a seguir foi o centro de todos os cálculos: Substituindo as variáveis, tem-se: Método do Anel 1 2 222 13)( dxxxxV 5 117 )( 53 3868)( 1 2 1 2 53 242 xV xx xxdxxxxxV b a dxxAV )( 12 Exercício 1: Determine, utilizando o Método do Anel, o volume do sólido obtido com a rotação, em torno da reta x = -1, da região situada no primeiro quadrante e limitada superiormente pela curva y = x2, inferiormente pelo eixo x e à direita pela reta x = 1. Método do Anel - Exercícios Exercício 2: Determine, utilizando o Método do Anel, o volume do sólido obtido com a rotação da região triangular descrita a seguir em torno do eixo y. Resp: V = 7/6 Resp: V = 4/3 Triângulo com vértices nos pontos (1, 0), (2, 1) e (1, 1). 13 A mesma definição de volume é usada, sendo que a área será obtida fatiando o sólido de uma outra maneira. Exemplo 1: A região compreendida pelo eixo x e pela parábola y = 3x – x2 gira em torno da reta vertical x = -1 para gerar um sólido: OBS1: Uso do Método do Anel seria complicado: Integração em y. OBS2: Ao invés de girar uma faixa horizontal de espessura y, giramos uma faixa vertical de espessura x. Método da Casca Cilíndrica 14 Luciany Lopes Realce Gera-se uma casca cilíndrica de altura yk (região sombreada) que se ergue acima de um ponto xk situado na base da faixa vertical, de espessura x. Método da Casca Cilíndrica 15 Uma fatia do sólido obtida cortando-o paralelamente ao eixo de revolução, próximo à borda do orifício. Cortes sucessivos: n cilindros (o raio do cilindro aumenta gradualmente e sua altura segue o contorno da parábola). Cada fatia se situa em um subintervalo do eixo x de largura x. Seu raio é aproximadamente (1 + xk) e sua altura 3xk – xk2. Método da Casca – Sólidos de Revolução Desenrolando o cilindro: 16 Volume de cada casca cilíndrica Somando o volume das cascas individuais ao longo do intervalo [0, 3], obtém-se a soma de Riemann: xxxxV xxV kkkk k )3()1(2 EspessuraAlturanciacircunferê 2 n k kkk n k k xxxxV 1 2 1 )3()1(2 Fazendo o limite quando x 0, chega-se a: Método da Casca 17 Generalizando o que foi visto no exemplo1: Suponha que a região delimitada pelo gráfico de uma função contínua não negativa y = f(x) e o eixo x ao longo do intervalo [a, b] fique à direita da reta vertical x = L: Método da Casca Cilíndrica a L reta pode tocar a região, mas não atravessá-la. Gera-se um sólido S a partir do giro desta região em torno da reta vertical x = L. Aproxima-se a região sombreada com n retângulos verticais com bases na partição P de [a, b]: onde x0 = a, xn = b e ck é o ponto médio do k-ésimo subintervalo. nnkk xxxxxxxP ,...,,,, 11210 18 Girando o retângulo em torno de x = L, gera-se uma casca cujo volume é dado por: Método da Casca Cilíndrica OBS: O retângulo típico tem altura f (ck) e largura xk = xk – xk - 1. Somando-se os valores das cascas geradas pelos n retângulos com base em P: kkkk k xcfLcV V )()(2 espessura . cascadaaltura.cascadamédioRaio.2 n k kVV 1 19 O limite da soma, quando fornece o volume do sólido como uma integral definida: Método da Casca Cilíndrica Definição b a b a n k k P dxxfLx dxVV )()(2 cascadaalturacasca)daraio(2lim 1 0 O volume do sólido obtido com a rotação, em torno de uma reta vertical x = L, da região compreendida entre o eixo x e o gráfico de uma função contínua y = f (x) 0, L a x b é: b a dxV casca)daaltura(casca)daraio(2 20 0P Luciany Lopes Realce Luciany Lopes Realce Exemplo 2: A região limitada pela curva abaixo, pelo eixo y e pela reta x = 4 gira em torno do eixo y, gerando um sólido. Determine seu volume a partir do Método da Casca Cilíndrica: Método da Casca Cilíndrica 5 128 4 5 4 25 2 2 2 casca)daaltura(casca)daraio(2 25 4 0 2/5 4 0 2/3 4 0 x dxxdxxxdxV b a 21 Exemplo 3: Mesmo exemplo anterior, sendo que a rotação é em torno do eixo x. Método da Casca Cilíndrica OBS: Para usar eixos horizontais de revolução, faz-se a substituição de x por y na expressão do volume. 80 4 16 0422 42 4 2)4(2 )4(2 casca)daaltura(casca)daraio(2 2 0 422 0 3 2 0 2 yy dyyy dyyydyV b a 22 Exemplo 3: Este exemplo já havia sido resolvido pelo Método do Disco. Método da Casca Cilíndrica Método da Casca Cilíndrica: integração em y. Método do Disco: integração em x. 23 Resumo: Independentemente da posição vertical ou horizontal do eixo de revolução, deve-se: Método da Casca Cilíndrica 1. Desenhar a região e esboçar um segmento de reta que a atravesse e que seja paralelo ao eixo de revolução (altura da casca). 2. Desenhar o segmento de reta que representa a distância ao eixo de revolução, ou seja um segmento perpendicular a este eixo (raio da casca). 3. Determinar os limites de integração. 4. Integrar o produto: 2 (raio da casca) (altura da casca) em relação a x ou a y para determinar o volume. 24 Luciany Lopes Realce Luciany Lopes Realce Luciany Lopes Realce Luciany Lopes Realce Luciany Lopes Realce Exercício 1: Determine o volume do sólido obtido com a rotação, em torno de cada eixo coordenado, da região limitada por y = x e y = x2, utilizando o Método da Casca Cilíndrica e o Método do Anel. Método da Casca - Exercícios Resp.: Rotação em torno do eixo x: V = 2/15; Rotação em torno do eixo y: V = /6 Resp:V = 2 (1 – ln2) 25 Exercício 2: Determine o volume do sólido gerado pela rotação, em torno da reta x = ln2, da região do primeiro quadrante limitada pelos eixos coordenados, pela curva y = ex e pela reta x = ln2. Método da Casca - Exercícios Resp:V = 8 26 Exercício 3: Determine o volume do sólido gerado pela rotação da região delimitada pelo eixo x e pela curva y = x(senx) ; 0 x , em torno: a) do eixo y b) da reta x = Resp: V = 2 (2 – 4)
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