Relatório de participação no Seminário de Serviço Social (1)

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Relatório de participação no Seminário Anual de Serviço Social
O seminário foi realizado no de maio de 2017, no Teatro Tuca – PUC/SP, localizado à Rua Monte Alegre, 1024 – Perdizes, São Pailo/SP. Este seminário acontece anualmente e neste ano completou 10 anos de história, ou seja, uma década marcada e consolidada no âmbito da educação permanente, da formação do pensamento crítico e da disseminação e produção de conhecimento na área de Serviço Social e afins.
O 10º seminário anual de serviço social teve como temática “Trabalho, Seguridade Social e regressão dos direitos sociais: para onde vai o Serviço Social? ”, cujo objetivo foi pensar criticamente e problematizar sobre a formação socioeconômica e a particularidade do capitalismo brasileiro; a desigualdade social e os tensionamentos de classes; a crise do capital e a era da financerização; a devastação do trabalho e o desmonte dos direitos sociais; a nova morfologia do trabalho; as múltiplas expropriações; as contrarreformas e seguridade social; a resistência dos trabalhadores; as tendências do Serviço Social hoje; os desafios do projeto Ético-Político do Serviço Social; as estratégias e lutas sociais na defesa da seguridade pública e estatal e os desafios para o serviço Social.
Os debates foram divididos nas seguintes mesas e seus respectivos palestrantes: “ 1ª Mesa: Conferência Estado e seguridade social no contexto da crise do capital”, Profa. Dra. Virginia Fontes - UFF e Profa. Dra. Sara Granemmann – UFRJ; “ 2ª Mesa:10 anos do seminário de Serviço Social”, Prof. Dra. Marilda Villella Iamamoto - UERJ; 3ª Mesa: Crise do capital, trabalho e regressão dos direitos: Para onde vai o Serviço Social? Prof. Dr. Ricardo Antunes – Unicamp, Profa. Dra. Elizabete Mota – UFPE. 
O seminário oportunizou uma reflexão sobre o contexto atual em que estão inseridas as políticas públicas, não somente as direcionadas para área do Serviço Social, mas como as demais políticas sociais, tais como: Educação, Saúde, Previdência Social, etc. Nos fez refletir sobre um sistema capitalista, na sociedade em que vivemos, que diz que todos podem alcançar o sucesso, mas, que omite a informação fundamental de que não há lugar para todos no sistema. 
A desresponsabilização estatal, historicamente constituída no país, deixando os sujeitos sem um sistema educacional de qualidade, um sistema de saúde que cuide de verdade e uma sensação de insegurança permanente. Pensemos em quem cuida de nossas crianças: um sistema educacional perverso, com aprovação automática e desmotivador, ou um poder paralelo presente, atraente, concedendo benesses em troca da lealdade, mas, com repressão?
Os avanços das políticas sociais no Brasil é algo inegável desde a Constituição de 1988, entretanto é necessário manter atenção nas lições aprendidas até aqui para que haja inovações suficientes que garantam políticas sociais e gasto público realmente eficientes. E nessa perspectiva, nós os futuros pedagogos temos o dever de defender a luta pela democracia econômica, política e social, buscar a defesa de valores éticos para o coletivo em favor da equidade, defender a luta pela universalização da seguridade social, uma educação laica, pública e universal em todos os níveis, enfim, lutar pela garantia dos direitos como estratégia de fortalecimento dos sujeitos e mediação fundamental e urgente no processo de construção de uma sociedade emancipada.